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INTRODUÇÃO AO SERVIÇO SOCIAL Conteúdo Interativo

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08/09/21, 14:55 História do Serviço Social no Brasil
estacio.webaula.com.br/Classroom/index.asp?191C757E76=49442131254BB7F19DC6C1714B305B6457F895C31996AEE3272FA42A9B0B229B9FB595360A3EEFF67EFD7AFAC780ABDBF72B57DA3338F733E… 1/40
DESCRIÇÃO
Compreensão dos antecedentes históricos que se caracterizaram como base teórico-prática para surgimento do
Serviço Social no Brasil.
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PROPÓSITO
Apresentar a história do Serviço Social no Brasil e as bases para sua implantação no país, que marcam a pro�ssão
até a atualidade.
OBJETIVOS
Módulo 1
Reconhecer as bases históricas
do Serviço Social no território
nacional
Módulo 2
Identi�car o surgimento das
primeiras instituições sociais
assistenciais no país no
contexto histórico da Era
Vargas
Módulo 3
Compreender o
desenvolvimentismo no Brasil e
a expansão do Serviço Social
entre 1945 e 1961
INTRODUÇÃO
O Serviço Social é uma pro�ssão com aproximadamente 80 anos, o que confere um caráter histórico
relativamente recente. Conhecer a história do Serviço Social no Brasil, desde as bases para sua implantação nas
décadas de 1920 e 1930, é tarefa muito importante.
Por meio da análise desses fatos históricos, é possível assimilar uma série de desdobramentos que se espelham
na pro�ssão, nos pro�ssionais e nas expressões da questão social brasileira ainda hoje.
Compreenderemos a importância de realizar uma breve recuperação histórica da pro�ssão, analisando as bases
econômicas e políticas para assentamento da pro�ssão, a in�uência signi�cativa da Igreja Católica, do laicato
social, dos grupos pioneiros e o surgimento das primeiras escolas de Serviço Social no Brasil.
Por �m, identi�caremos as primeiras instituições sociais e assistenciais (surgidas na Era Vargas) e o período do
Desenvolvimentismo, no qual ocorre signi�cativa expansão pro�ssional no âmbito nacional, capitaneada pela
industrialização do país e com foco na aceleração do crescimento econômico.
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MÓDULO 1
 Reconhecer as bases históricas do Serviço Social
no território nacional
CENTRALIDADE DA QUESTÃO SOCIAL
A questão social é o centro das contradições que atravessam a sociedade nesse período histórico, no qual surge
diretamente relacionada à generalização do trabalho livre, em uma sociedade em que a escravidão marcou
profundamente seu passado recente.
A formação social e econômica brasileira diz respeito a um processo recente de “abolição” da escravidão, que
dava lugar a uma transição na qual se formou um mercado de trabalho em moldes capitalistas.
Entenda como foi esse processo:
O operário tem diante de si não mais um
senhor como proprietário dos meios de
produção, mas, sim, uma classe de
capitalistas, para os quais se torna livre para
vender sua força de trabalho, inicialmente com
quase nenhuma garantia ou proteção relativa
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ao trabalho.
Como vendedor livre de sua força de trabalho,
a certa altura do desenvolvimento capitalista
no Brasil, esse trabalhador é profundamente
afetado pela exploração desmedida do capital,
no sentido da acumulação e geração de lucro
sobre a mão de obra.
Diante desse cenário, impõe-se ao
empresariado a necessidade de controle social
sobre a exploração da força de trabalho, por
meio de uma regulamentação jurídica estatal.
Entretanto, essa regulação ocorreu fortemente
marcada pelos valores e princípios que regiam
a sociedade burguesa, de modo a conformar o
operariado às suas necessidades e
expectativas de exploração, cada vez mais
intensas.
Assim, percebe-se o deslocamento da
regulação dos trabalhadores da esfera apenas
mercantil para a esfera legal e estatal. Nesse
contexto, as leis sociais �guram como parte
mais importante dessa regulação. As
condições sociais muito precárias do
operariado desencadearam movimentos
sociais e pressões para a conquista de uma
cidadania social.
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Justamente no decurso desse processo histórico, o Serviço Social surge como pro�ssão, em seus primeiros
contornos.
BASES DE SURGIMENTO DA PROFISSÃO NO BRASIL
Longe de representar uma resposta às necessidades, pressões e à voz do proletariado para construir sua
cidadania social, o Serviço Social surge da iniciativa particular de grupos e segmentos da sociedade
(representantes da burguesia – classe dominante), que se manifestam por meio da Igreja Católica.
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A adoção de políticas de cunho social demarca os limites de surgimento e atuação do Serviço Social como
pro�ssão, alternando caridade e repressão/controle. As condições insalubres de vida e o trabalho do operariado e
de suas famílias estão diretamente relacionadas à voracidade do capital por trabalho excedente.
E que condições precárias eram essas?
Clique no botão para ver as informações.
VERIFICAR
Tal situação contribuiu para diminuir o preço da força de trabalho e aumentar o exército industrial de reserva,
regulando por baixo não só as remunerações, mas também postos de trabalho e condições objetivas de seu
desenvolvimento.

As frequentes crises do setor industrial, ainda emergente, são
marcadas por dispensas maciças e rebaixamentos salariais, que
tornam mais sombria a vida do proletariado industrial, atirado
ao pauperismo. Para suas necessidades de ensino e cultura,
�carão, basicamente, na dependência de iniciativas próprias ou
da caridade e �lantropia. Numa sociedade civil marcada pelo
patrimonialismo, onde apenas contam fortuna e linhagem, serão
considerados – quando muito – cidadãos de segunda linha, com
direito apenas à resignação.
(IAMAMOTO; CARVALHO, 1991, p. 132)
Diante dessas expressões da questão social, o operariado inicia o processo de organização para sua defesa, na
luta contra o trabalho excessivo e mutilador, preservando seu único patrimônio, que é a venda de sua força de
trabalho.
Essa forma de organização é a única via possível de participação ativa na sociedade e muda de acordo com os
diferentes estágios do desenvolvimento do modo de produção capitalista.   
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As medidas quanto à integração do proletariado nesse período, apesar de incipientes, não podem ser
desconsideradas totalmente. A precária aplicação da legislação do trabalho abrange somente uma parcela de
trabalhadores urbanos, �cando os trabalhadores rurais (que representavam a maioria), alijados da parca proteção
possível naquela época.
Nesse sentido, pode-se destacar avanços como:
 Arraste para os lados.
Somente alguns setores e parte dos centros urbanos tinham cobertura limitada de tais preceitos legais (em
especial setores não industriais ligados à agroexportação, como ferroviários, marítimos e portuários). De modo
geral, o Estado segue negando o reconhecimento da existência da “questãosocial”.
Para desenvolvimento dos estágios seguintes do modo de produção capitalista, era necessária à dominação
burguesa a organização de alguma maneira do proletariado, impedindo a sua própria organização como classe.
Para atingir esse objetivo, a hegemonia burguesa não poderia usar como recurso somente a coerção, mas, sim,
buscar gerir mecanismos de controle e integração (consenso).
Nessa relação, pode-se observar a interação entre Estado, Burguesia e Igreja, bem como os re�exos que o Serviço
Social sofre e sua constituição inicial. Para o pleno desenvolvimento daquele estágio do capitalismo, era
fundamental a integração entre o Estado e a Igreja, que aconteceu especialmente em virtude de dois aspectos:
Relações capitalistas com aparência “mais
social” e mais propensas às obras
assistenciais, diferentes dos modelos mais
simplistas e brutais da “luta pela vida” –
preocupação em criar, junto às classes
oprimidas, um sistema de adesão.
Regulação do Estado em parte das
relações de trabalho pela via da Primeira
Emenda Constitucional.
Regulação de férias. Regulação de acident
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p ,
Aparência das relações capitalistas mais
organizadas, hierarquizadas, disciplinadas e
capazes de tocar o proletariado em seu plano
ideológico, assegurando seu consentimento e
sua obediência.
Nesse contexto, vale destacar que o viés sociológico sempre apresenta o “cuidado com o mais carente”, por meio
da prática da caridade (conceito tipicamente cristão) como forma de dominação.

Esta situação resultou em uma relação de submissão, na qual
aquele que tem menos sujeita-se à vontade de quem tem mais,
pois sua condição é consequência de problemas individuais que
não foram superados, necessitando da intervenção de outro. A
Igreja Católica, por sua longa experiência e tradição na prática
de ajuda à população em situação de carência, qualquer que seja
ela, desenvolve, através de seus membros, ações voltadas para o
atendimento a essa população, seja a partir de ações individuais
ou de instituições assistenciais.
(SILVA, 2006, p. 329)
Os princípios alinhados com o espírito autoritário e dogmático da Igreja Católica montavam uma estrutura ideal
para atingimento dos objetivos burgueses. Assim, nesse contexto histórico, surge o Serviço Social como uma
espécie de desdobramento da Ação Social e da Ação Católica, marcando profundamente a pro�ssão.
O LAICATO E AS PRIMEIRAS ESCOLAS DE SERVIÇO SOCIAL NO
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BRASIL
Os grupos pioneiros e as primeiras escolas de Serviço Social têm na Igreja Católica e no laicato social uma
importante in�uência.
Após o �m da Primeira Guerra Mundial, surgem diversas obras e instituições assistenciais, fato que está
correlacionado às protoformas do Serviço Social no Brasil.
Internacionalmente, registra-se o surgimento da primeira nação socialista e a expansão do movimento operário
por toda a Europa. As primeiras escolas de Serviço Social começam a surgir pela Europa, muito estimuladas pelo
preceito do Tratado de Versalhes quanto ao trabalho, uma vez que tal tratado versa sobre condições internacionais
de maior cuidado, sob o ponto de vista do trabalho, com a classe operária.
Já no âmbito nacional, os grandes movimentos operários de 1917 a 1921 evidenciaram para a sociedade a
existência da questão social e promoveram um chamamento para sua resolução ou ao menos para minimizá-la.
É neste contexto brasileiro que surgem as
primeiras instituições assistenciais, como a
Associação das Senhoras Brasileiras
(1920) no Rio de Janeiro e a Liga das
Senhoras Católicas (1923) em São Paulo,
que apresentam atuação diferenciada das
formas tradicionais de caridade até então:
envolvimento do nome das famílias que
integram a grande burguesia carioca e
paulista, militância feminina dessas famílias
e aporte de recursos e contatos de Estado,
que possibilitam o planejamento de obras
assistenciais mais amplas, consistentes e
com mais e�ciência técnica.
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Paralelamente ao surgimento dessas instituições, ocorre um movimento denominado “reação católica”, que
signi�cava a divulgação do pensamento social da Igreja e da formação das bases de organização e doutrinas do
apostolado laico. Essa perspectiva de atuação sobre a questão social representa não mais o mero socorro aos
indigentes, mas, em seu formato inicial, a prestação de assistência preventiva, de apostolado social, visando
atender e atenuar algumas sequelas do desenvolvimento capitalista, em especial ao trato com crianças e
mulheres. Incorporava-se também uma nova lógica em relação ao trabalho feminino urbano, não apenas no lugar
das famílias operárias, mas admitindo a inserção de mulheres da pequena burguesia.
Em 1922, é fundada a Confederação Católica, que precede a Ação Católica, e é a responsável pela centralização
política e pelo fomento do apostolado laico. A partir do desenvolvimento do Movimento Laico, essas primeiras
iniciativas serão multiplicadas, desenvolvendo-se dentro da Ação Social Católica. São registradas instituições
destinadas a organizar a juventude católica para a ação social voltada ao operariado e suas famílias, a chamada
Juventude Operária Católica (JOC), rami�cando outras organizações semelhantes destinadas ao atendimento de
outros segmentos sociais, como, por exemplo, Juventude Estudantil Católica (JEC), Juventude Universitária
Católica (JUC) etc.
O surgimento do Serviço Social quanto ao aspecto do seu elemento humano e sua base organizacional são
constituídos a partir da mescla de diferentes tendências, conforme elucidam Iamamoto e Carvalho:

O elemento humano e a base organizacional que viabilizaram o
surgimento do Serviço Social se constituirão a partir da mescla
entre as antigas Obras Sociais – que se diferenciavam
criticamente da caridade tradicional – e os novos movimentos
de apostolado social, especialmente aqueles destinados a
intervir junto ao proletariado, ambos englobados dentro da
estrutura do Movimento Laico, impulsionado e controlado pela
hierarquia.
(IAMAMOTO; CARVALHO, 1991, p. 172)
Com o andamento dessa estratégia, tais grupos perceberam a necessidade de melhor especialização técnica e,
em 1932, surge o Centro de Estudos e Ação Social de São Paulo (CEAS), como condensação da necessidade
sentida por setores da Ação Social e Ação Católica em otimizar as iniciativas assistenciais promovidas pelas
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frações da classe dominante paulista, sob patrocínio da Igreja Católica e mobilizada pelo laicato.
O marco inicial do CEAS foi o Curso Intensivo de Formação Social para Moças, promovido pelas Cônegas de
Santo Agostinho. As participantes do curso, jovens oriundas das famílias que compõem as classes dominantes e
setores abastados da sociedade, tinham como expectativa se esclarecer e estabelecer um julgamento acertado
sobre os problemas sociais daquela época.

A direção desse curso coube a Mademoiselle Adèle de Loneux,
professora da Escola Católica de Serviço Social da Bélgica. Com
uma programação teórico-prática (que incluía visita a
instituições bene�centes), o curso encontrou grande aceitação
entre jovens católicas que buscavamcriar uma associação de
ação social. Foi esse o início do centro, ainda sob orientação de
Mlle. de Loneux.
(YAZBEK, 2009, p. 7)
Os estudos sobre os registros encontrados apontam para a formação de um núcleo articulador que vivenciava um
período de profundas transformações políticas e sociais e buscava intervir nesse processo, a partir de uma
perspectiva ideológica e de uma prática uni�cada, adotando uma orientação de�nida, baseada no estudo da
doutrina social da Igreja.
A nova ação social empreendida por esses grupos visava intervir diretamente junto ao proletariado, afastando-o de
in�uências subversivas, e os centros ofereceriam vantagens para um desenvolvimento mais amplo de
intervenções:
Clique nas setas para ver o conteúdo.
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Nesse caldo cultural, político e econômico, com as atividades do CEAS orientadas para a formação técnica
especializada, à luz da ação social e da doutrina social da Igreja, é fundada, em 1936, a Escola de Serviço Social de
São Paulo, a primeira desse gênero a existir no Brasil. Apesar da grande in�uência da Igreja Católica e do laicato, o
Estado também é uma força signi�cativa na primeira escola de Serviço Social; uma vez que já existe presente uma
demanda de atuação, a partir do Estado, assimilará a formação doutrinária própria do apostolado social. Tanto
assim que os principais patrocinadores de bolsas de estudo da escola em questão são as prefeituras municipais,
os órgãos públicos, o Sesi e o Senai, diversos institutos e caixas de pensão, a LBA e a Previdência Social da época.
É certo que as pioneiras do Serviço Social, constituídas pelos primeiros quadros pro�ssionais formados e
especializados, têm uma grande importância na história da pro�ssão, visto que foram responsáveis pela
divulgação e institucionalização da pro�ssão, incentivando e concretizando a demanda por seus serviços.
Entretanto, não se pode desconsiderar que ocorre um processo de mercantilização da força de trabalho dessas
pro�ssionais. Essa mercantilização acontece em consonância com uma espécie de puri�cação do per�l
pro�ssional, não mais ligado apenas à �gura de uma moça da sociedade devotada ao apostolado social, mas, sim,
ao portador da quali�cação pro�ssional, que mais tarde estará englobado na divisão social e técnica do trabalho,
ainda que sofrendo as in�uências de todo o período de constituição da pro�ssão.
Constituíam campos de observação e de prática para a trabalhadora social, como um laboratório de seus estudos t
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No Rio de Janeiro, a experiência de formação de quadros pela Escola de Serviço Social ocorre de modo diverso. Ali
se concentravam a administração federal, a capital federal, era a maior cidade do país e detinha os maiores
aparatos da Igreja Católica e dos grandes bancos, constituindo-se o grande centro nervoso da política e da
economia no Brasil. Porém, diferentemente de São Paulo, no Rio de Janeiro, as instituições assistenciais
apresentavam uma participação de órgãos públicos mais intensa, manifestada pelo Juízo de Menores e por
personalidades do setor público nas áreas de saúde, assistência e sanitárias.
Con�ra, a seguir, os principais marcos para o progresso do Serviço Social no Brasil.
Clique nas barras para ver as informações.
1936 
1944 
1947 
Vamos entender agora a importância do surgimento das Escolas de Serviço Social.
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06:42
AS PIONEIRAS DO SERVIÇO SOCIAL NO PAÍS
A formação das pioneiras do Serviço Social no Brasil tem sua origem no bloco católico e na ação caridosa de
mulheres da sociedade, mas também na interrelação entre teoria e metodologia do Serviço Social com a doutrina
social da Igreja e com o apostolado social; esses fatos marcaram a percepção pro�ssional e suas formas de
comportamento e de desempenho.
A assistente social tinha como per�l ser uma pessoa da mais integral formação moral, com sólido preparo técnico,
capacidade de devotamento e amor ao próximo.
Além disso, deveria possuir:
Inteligência
Senso prático
Desprendimento
Modéstia
Simpatia
Bom humor
Calma
Capacidade de in�uenciar e convencer
O último ponto é interessante na medida em que a forma autoritária e paternalista como o comportamento das
pioneiras reaparece é traduzido e suavizado como se fossem qualidades, capazes de serem desempenhadas por
uma pequena elite virtuosa, com a missão de redimir os elementos decaídos da sociedade.
Nessa perspectiva moralizadora e julgadora, os problemas sociais e o capitalismo são vistos como ordem natural
das coisas e as situações con�itivas e a luta de classes aparecerão como desvios. Tais desvios ocorrem por culpa
da secularização da sociedade da crise moral, do paganismo, laicismo das instituições e até mesmo do
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socialismo. Trata-se de um julgamento moral que tem por base o esquecimento das bases materiais das relações
sociais. Sob essa perspectiva, em discursos e práticas das pioneiras, a atuação sobre a questão social desenrola-
se negando as transformações econômicas e sociais.
O controle de quase todas as escolas de Serviço Social pela Igreja e a convivência no interior do bloco católico
facilitam a atração e cooptação de vocações. Cria-se assim uma mística em torno da pro�ssão, relacionada à
formação de novos agentes da justiça social e da caridade. Essa caraterização contribui para obscurecer e dar
aparência de qualidades pro�ssionais ao que diz respeito a um projeto de classe.
A adesão dos agentes pro�ssionais a esse projeto e à visão de mundo da classe dominante é naturalizada como
vocação e ação desinteressada, como se fosse um ato humanístico, despido de cidadania histórica e social, que
serve para tutelar a relação com a população cliente e acaba por se encarregar de orientar o fazer pro�ssional no
sentido dos interesses da burguesia.
Tanto na formação pro�ssional quanto no discurso das pioneiras, é possível perceber que o Serviço Social surge
em um momento em que o modo de produção capitalista determina a sociedade em que a Igreja está inserida, e,
por conseguinte, a ideologia dominante não mais pertence à Igreja. A ideologia dominante é, agora, criada e
difundida por grupos e classes sociais que detêm o monopólio dos meios de produção. Tanto assim que o tom
dos discursos das encíclicas papais (Rerum Novarum e Quadragesimo Anno), que orientam a ação do apostolado
laico, mostra-se pró-capitalista, na medida em que se opõe veementemente ao socialismo e suaviza a crítica ao
capitalismo, limitando-a à questão dos excessos e abusos, vistos não como um efeito do modo de produção
predatório, mas, sim, como problemas dos homens (e originados por eles), portanto passíveis de correção.
Essa percepção e o esquema valorativo acompanharão as pro�ssionais por um longo percurso do exercício
pro�ssional, sendo expresso inclusive durante o período de pro�ssionalização do Serviço Social, nas instituições
sociais assistenciais, durante a Era Vargas, como veremos adiante.
 VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. Assinale, de acordo com sua compreensão do texto, qual alternativa de�ne
corretamente a relação estabelecida entre a Igreja Católica e o surgimento do Serviço
Social no Brasil.O Serviço Social surge como resposta à questão social, sem qualquer in�uência da Igreja
Católica.
A)
O Serviço Social surge como pro�ssão decorrente exclusivamente do clamor do
proletariado, contando com um apoio secundário da Igreja Católica.
B)
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Responder
2. A respeito das pioneiras do Serviço Social, qual alternativa é correta em relação ao
per�l pro�ssional de assistente social na fase de constituição da pro�ssão?
Responder
O Serviço Social surge como pro�ssão apostolar, decorrente somente da vontade de ajudar
o próximo, e daí se constitui a vinculação com a Igreja Católica.
C)
No Brasil, o Serviço Social surge como pro�ssão a partir da iniciativa particular de grupos e
segmentos sociais, representantes da classe dominante, que materializavam suas ações
por meio da Igreja Católica.
D)
No Brasil, o Serviço Social surge como pro�ssão por causa da requisição do empresariado,
movido apenas pela necessidade de repressão e controle dos trabalhadores, com in�uência
pouco signi�cativa por parte da Igreja Católica.
E)
Capacidade de coerção, per�l aguerrido e desvinculado do apostolado católico.A)
Capacidade de in�uenciar e convencer, sem parecer autoritária, formação moral íntegra e
preparo técnico sólido.
B)
Bastava a capacidade de devotamento, amor ao próximo e disposição para fazer o bem.C)
Rigidez de posição, distanciamento do outro, caráter julgador moral.D)
Inteligência, neutralidade religiosa e senso prático.E)
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MÓDULO 2
 Identi�car o surgimento das primeiras instituições
sociais assistenciais no país no contexto histórico da
Era Vargas
ERA VARGAS
A caracterização do Serviço Social como pro�ssão se consolida numa
época bastante particular da história do país, chamada de Era Vargas, que
compreende o período entre 1930 e 1945, durante o qual o presidente
Getúlio Vargas governou ininterruptamente. As medidas socioeconômicas
e políticas adotadas em seu governo, aliadas às mudanças ocorridas na
sociedade brasileira, con�guraram uma nova era na história do Brasil.
Vargas foi alçado ao governo federal em decorrência da Revolução de
1930, que marcou a ruptura política com o regime anterior, denominado de
República Velha. A Revolução de 1930 �ndou o domínio político da
oligarquia cafeeira paulista, no comando federal, ocasionando o �m da
chamada política do café com leite, na alusão entre a alternância de
lideranças oligárquicas de São Paulo e Minas Gerais.
 Getúlio Vargas, cerca de 1930.
O período do governo Vargas foi dividido nas seguintes fases:
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 Juarez Távora, Getúlio Vargas e o então interventor da Bahia, Juracy Magalhães, um ano após a
vitória da Revolução de 1930.
1930-1934 – Governo Provisório
Período no qual ocorreu a reorganização do Estado nacional e de preparação para
uma nova Constituição. Setores privilegiados de São Paulo, em especial da indústria,
ressentiram-se da demora de efetivação de uma nova Constituição e se voltaram
contra o governo Vargas, fato que desencadeou a Revolução Constitucionalista de
1932. Essa revolução contribuiu signi�cativamente para que uma nova Constituição
fosse promulgada, em função de sua repercussão e pressão exercida à época.
1934-1937 – Governo Constitucional
 Vargas e Franklin D. Roosevelt, presidente dos Estados Unidos.
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
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Marcado pela efetivação da Constituição e pela manutenção de um regime de
governo democrático-liberal. Nesse período, houve con�itos entre diferentes forças
políticas daquele momento histórico. Havia uma polarização entre comunistas e
integralistas e um franco embate entre o governo Vargas e os comunistas. Essa
oposição gerou a chamada Intentona Comunista de 1935, movimento severamente
reprimido com prisões, violência e perda de direitos, servindo como justi�cativa para
que Vargas empreendesse um novo golpe de Estado.
 Propaganda do Estado Novo, mostrando Getúlio
Vargas ao lado de crianças, símbolos do futuro do Brasil.
1937-1945 – Estado Novo
Período caracterizado pelo fechamento do Congresso Nacional em 1937 e imposição
de uma nova Constituição. O período do Estado Novo foi construído sob as bases da
ditadura varguista, que foi fortemente in�uenciada pelo movimento fascista que
vigorava na Europa naquele tempo. O encerramento dessa fase do governo Vargas
ocorreu ao mesmo tempo em que terminava a Segunda Guerra Mundial, tendo em
vista não haver mais sustentação possível após 15 anos de exercício no poder.
Uma das principais características da Era Vargas foi o esforço empreendido para o enquadramento da sociedade
brasileira aos moldes capitalistas, em especial quanto ao investimento para industrialização da economia
nacional.
Para que houvesse o fortalecimento do capitalismo no país, era o Estado o ente quem detinha o potencial
econômico, capaz de levar adiante tal missão, visto que a burguesia brasileira ainda era bastante incipiente frente
à carga necessária de investimentos.
Assim, o Estado seguiu seu plano de criação de condições gerais de produção para a industrialização brasileira,
abarcando representantes da burguesia em seus cargos gestores, compondo um projeto comum de expansão das
atividades produtivas, de acumulação e de dominação.

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Contudo, para o sucesso desse conjunto de estratégias de governo, era necessário atribuir uma falsa noção de
harmonia social, que foi construída com a adoção de legislações que garantiam alguns direitos à classe
trabalhadora, e, ainda, com o controle da ação sindical pelo Estado (buscando conter a luta de classes).
Os principais marcos da época, que ilustram a estratégia de garantias de direitos à classe trabalhadora em
formação no Brasil, foram:
Criação do Ministério do
Trabalho, em 1930.  Consolidação das Leis doTrabalho (CLT), em 1943.
Assim estava, resumidamente, con�gurado o que �cou conhecido como Estado Corporativista de Vargas. Ainda na
análise da estrutura montada para viabilização e fortalecimento do governo Vargas, duas instituições assumiram
destaque:
Departamento Administrativo do Serviço
Público (DASP), criado para formar quadros de
funcionários públicos.
Departamento de Imprensa e Propaganda
(DIP), responsável pela garantia da censura à
imprensa e à expressão artística (estratégia
muito comum aos governos ditatoriais) e pela
realização da publicidade do governo,
difundindo seu ideário e formando a opinião
pública de acordo com seus interesses.
No cenário mundial, fatos importantes
contribuíram para o encerramento da Era Vargas.
Clique no botão para ver as informações.
CONFIRA
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Seis anos depois, em 1951, Vargas retornouà presidência do Brasil, por meio de eleições diretas. Sua campanha
foi baseada em forte discurso nacionalista e na promessa de ampliação do processo de industrialização, com
destaque à campanha nacional O Petróleo é Nosso e à criação da Petrobras.
Embora tenha sido exitoso em reassumir o poder, Vargas enfrentou forte oposição, encabeçada pela União
Democrática Nacional (UDN) e por Carlos Lacerda, que criaram um ambiente de governo insustentável para
Vargas, que se suicidou em agosto de 1954, deixando uma carta na qual a�rmava que saía da vida para entrar na
História.
Ficou conhecido pela parte apoiadora da população como Pai dos Pobres, em função das legislações trabalhistas,
e pela parte dissidente da população como Mãe dos Ricos, pela estrutura montada pelo Estado para expansão do
projeto de exploração e dominação capitalista.
Como tais considerações históricas convergem para a pro�ssionalização do Serviço Social?
PRIMEIRAS INSTITUIÇÕES SOCIAIS E PROFISSIONALIZAÇÃO DO
SERVIÇO SOCIAL
As instituições assistenciais, assim como as previdenciárias, começaram a surgir no Brasil a partir de 1920, pela
ação do Estado, com bastante ênfase. Até mesmo na República Velha se registravam ações estatais de cunho
reformista, com objetivo de responder à pressão das novas forças sociais urbanas, que terminavam por coagir a
sociedade civil. Contudo, o desenvolvimento dessa política só se torna mais dinâmico na década de 1930, com o
Estado Novo.
Essas ações nada mais são que respostas à necessidade do processo de industrialização e enquadramento da
classe trabalhadora urbana às requisições impostas para consolidação e aprofundamento do modo de produção
capitalista no Brasil.
As primeiras instituições apresentavam
características marcantes, sendo a principal
o 'abarcamento previdenciário estatal às
principais categorias de trabalhadores
assalariados urbanos. Essa medida
permitia a atuação ampliada sobre as
mazelas da exploração capitalista e
mantinha intocadas as condições inerentes
a essa exploração, atenuando a'penas seus
aspectos mais gritantes no campo das
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aspectos mais gritantes, no campo das
aposentadorias, pensões, assistência
médica, lazer e moradia, amparando
indiretamente aqueles que estavam no
processo ativo de trabalho e mais
diretamente os que já se encontravam
exauridos ou mutilados.
As maiores instituições assistenciais do Brasil, em especial institutos e caixas de aposentadoria e pensão, não
incorporaram assistentes sociais como trabalhadores sociais especializados em um primeiro momento. Isso
ocorreu pelo fato de que, em suas pesadas hierarquias, já contavam com uma estrutura que possuía outros
agentes institucionais desempenhando funções assemelhadas às de assistentes sociais, além do intenso jogo de
interesses políticos e corporativos nas instituições, retardando a incorporação mais rápida e ampla de assistentes
sociais.
No cenário mundial, com o �m da Segunda Guerra Mundial, avançam as medidas assistenciais generalizadas,
como o Plano Beveridge, na Inglaterra.

O Plano Beveridge de Seguridade Social exposto no Relatório
sobre Seguro Social e Serviços A�ns (Report on Social Insurance
and Allied Services), apresentado ao parlamento britânico em
1942, constituiu um dos pilares do Welfare State. Esse plano, em
vista de sua relevância histórica, principalmente no que se
refere aos estudos sobre política social, con�gura-se como um
objeto que exige análise minuciosa. Ele não foi desenvolvido em
um cenário qualquer [...], mas em condições históricas
especí�cas que envolvem o contexto do período entreguerras,
com o aprofundamento da questão social e o fortalecimento de
demandas por melhorias nas formas de proteção social.
(COSTA, 2019, p. 59)
Trata-se de articular benefícios assistenciais como forma de dominação e enquadramento político, usando as
instituições sociais e assistenciais (e suas práticas assistencialistas) como instrumento.
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Com efeito, os Círculos Operários e suas outras formas de organização são
enfraquecidas e se cria um ambiente favorável ao surgimento de
instituições assistenciais até hoje representativas no Brasil, como, por
exemplo, o Serviço Social da Indústria (SESI).
 Logo Sesi - Serviço Social da Indústria
Já as primeiras experiências de eleições democráticas após o término da Era Vargas, entre 1945 e 1946, deram ao
Partido Comunista uma votação expressiva, fator que contribuiu para o surgimento de outras instituições, como,
por exemplo, a Fundação Leão XIII, no Rio de Janeiro. Justamente essas entidades que primeiro absorverão de
forma contínua a mão de obra especializada de assistentes sociais, para atuação direta com a população carente
e marginalizada.
A criação de tais instituições sociais e assistenciais proporciona condições crescentes de mercado de trabalho
para pro�ssões de cunho social, estimulando o desenvolvimento rápido do ensino especializado de Serviço Social,
fator que legitima a pro�ssão e seus pro�ssionais.

A pro�ssão de assistente social apenas pode se consolidar e
romper o estreito quadro de sua origem no bloco católico a
partir do mercado de trabalho que se abre com aquelas
entidades [...]. O Assistente Social aparecerá como uma
categoria de assalariados – quadros médios cuja principal
instância mandatária será, direta ou indiretamente, o Estado. O
signi�cado social do Serviço Social pode ser apreendido
globalmente apenas em sua relação com as políticas sociais do
Estado, implementadas pelas entidades sociais e assistenciais.
(IAMAMOTO; CARVALHO, 1991, P. 315)
Sob o ponto de vista da formação pro�ssional, note que as grandes instituições assistenciais se desenvolvem em
um momento no qual o Serviço Social ainda caminhava no começo de seu processo de construção de
conhecimentos, métodos e técnicas, embora já �gurasse como uma pro�ssão legitimada na divisão social do
trabalho e com uma demanda pro�ssional de�nida. Nessa fase, a atividade pro�ssional ainda era profundamente
marcada e ligada à sua origem católica e aos segmentos de classe que dominavam o ensino e a prática do
Serviço Social no Brasil.
Atenção
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Observa-se um deslocamento da atuação pro�ssional da forma mais
anterior, assistencial e implementada pela Igreja, para uma forma
mais atualizada, na medida em que foi institucionalizada e legitimada
pelo Estado e pelo conjunto do bloco dominante. As escolas de
formação em Serviço Social contribuem para alargar a base social de
recrutamento de pro�ssionais em formação, na medida em que, além
das jovens católicas, outros segmentos da sociedade passam a ser
absorvidos pelas áreas de formação na pro�ssão, como a pequena
burguesia e setores médios da sociedade.
Aos poucos, como se torna uma atividade remunerada, os setores subalternos também são absorvidos pela
pro�ssão, embora se guarde, no conteúdo de formação pro�ssional e dos métodos de intervenção, seu preceito
ideológico de classes dominantes.
Gradativamente, o Serviço Social também deixa de ser uma forma de distribuição controlada da pouca caridade
realizada pelos setores mais abastados da sociedade. Ele assume o papel de importante peça na estrutura de
execução das políticas sociais do Estado e de corporações empresariais, utilizando um forte componente
pro�ssional voltado para enquadramento da população-alvo das ações ao seu discurso ainda marcadopelo
aspecto moralizador das protoformas da pro�ssão.
Esse discurso e a prática não se voltavam apenas para aquela parcela da
população mais pobre, que mais demandava a assistência material do
Estado, mas também sob o viés da educação, voltada aos usuários
considerados de comportamento desviante, ou seja, aqueles que, de
alguma maneira, ameaçavam a ordem do sistema vigente.
Nesse novo estágio da pro�ssão, cabe ao Serviço Social selecionar e
manter em acompanhamento e controle constantes os usuários e suas
famílias, sob a égide do paternalismo institucional, compreendendo os
auxílios materiais fora da escala de direitos (são tidos como concessões) e
os atendimentos em geral, sob perspectiva de controle e disseminação
ideológica da classe dominante.
Para além dessas questões do Serviço Social à época, emerge também o caráter psicologizante das abordagens,
expressos especialmente nas atividades empreendidas no campo da pesquisa social, tendo por base uma escala
teórica de desajustamentos biopsicossociais, promovendo a classi�cação dos indivíduos, reiterando o viés
moralizador, de enquadramento da clientela e de visão que o problema apresentado passa longe de ser
considerado estrutural; ele ocorre por culpa ou falha do sujeito.
Apesar de todas as contradições e críticas, nesse diapasão, a prática institucional do Serviço Social serve para seu
desenvolvimento pro�ssional e da força de trabalho em geral, conforme inferem Iamamoto e Carvalho:
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
Muito mais que a prestação de ajuda ou serviços assistenciais –
os quais, apesar de seu conteúdo perverso, auxiliam e subsidiam
objetivamente a sobrevivência e reprodução da Força de
Trabalho – o Serviço Social, isto é, a prática institucional do
Serviço Social se vincula e aparece como aspecto de um projeto
mais amplo. Este projeto se articula através do conjunto das
práticas institucionais englobadas numa estratégia de
hegemonia, em que o Estado (a partir do surgimento e
desenvolvimento das grandes instituições sociais e assistenciais
na década de 1920) assume paulatinamente um controle
crescente.
(IAMAMOTO; CARVALHO, 1991, p. 327)
Seguindo o conteúdo preventista e educativo, a pro�ssão encontrará um campo propício para a a�rmação de seu
status pro�ssional, experimentando signi�cativo desenvolvimento da parte teórica e prática, na medida em que é
elevada ao nível de disciplina e tem seus agentes especializados integrados em equipes multipro�ssionais.
Com o estímulo de tantas mudanças e de adoção de um novo instrumental, diferentemente do ponto de vista
teórico e metodológico, os assistentes sociais procurarão a�rmar o status teórico da pro�ssão e apagar o estigma
do agente benévolo e autoritário, bem como do agente intermediário entre a clientela e o agente principal da
instituição, abrindo horizontes para novas atualizações da pro�ssão, que vão se consolidar com as discussões
pro�ssionais que se seguirão nos congressos pro�ssionais e durante o período desenvolvimentista do país, como
veremos adiante.
Conheceremos um pouco mais sobre as primeiras Instituições Assistenciais do Brasil.
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06:19
 VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. De acordo com o texto, qual a conexão mais acertada em relação à pro�ssionalização do
Serviço Social e o surgimento das primeiras instituições sociais e assistenciais?
Com o processo de industrialização, emerge a necessidade de maior controle da massa de
trabalhadores e administração das mazelas sociais, decorrentes da implantação do modo
de produção capitalista. Assim, o Serviço Social tem sua mão de obra absorvida pelas
instituições destinadas a lidar com a parcela marginalizada da sociedade, ainda que não
imediatamente.
A)
Na verdade não há uma conexão identi�cada, uma vez que tanto o surgimento das primeiras
instituições sociais e assistenciais quanto a pro�ssionalização do Serviço Social são
processos absolutamente distintos e ocorridos em épocas diferentes, portanto totalmente
independentes.
B)
A conexão entre a pro�ssionalização do Serviço Social e o surgimento das primeiras
instituições reside no fato de que imediatamente as instituições assistenciais e sociais
abarcaram a mão de obra especializada de assistentes sociais.
C)
Primeiro ocorreu a pro�ssionalização do Serviço Social e, posteriormente, surgiram as
instituições assistenciais, espaços nos quais os assistentes sociais foram desde sempre os
agentes privilegiados, em termos de atuação pro�ssional.
D)
A conexão entre o surgimento das primeiras instituições assistenciais e sociais e a
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Responder
2. Quais os fatores preponderantes para consolidação do Serviço Social nos primórdios da
pro�ssão?
Responder
MÓDULO 3
 Compreender o desenvolvimentismo no Brasil e a
expansão do Serviço Social entre 1945 e 1961
CONTEXTUALIZANDO O DESENVOLVIMENTISMO NO BRASIL
pro�ssionalização do Serviço Social passa pelo fato de os círculos operários exigirem que
houvesse atuação de assistentes sociais para atender a classe trabalhadora e suas famílias.
E)
Permanência e atualização da vinculação original da pro�ssão com o bloco católico.A)
Manutenção do forte viés apostolar e amor ao próximo como únicas bases pro�ssionais.B)
Abertura de mercado de trabalho e relação de assalariamento.C)
Desvinculação do bloco católico para vinculação direta ao movimento operário.D)
Compromisso de ação apostolar, desinteressada e voluntária.E)
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O desenvolvimentismo ocorre principalmente no governo de Juscelino
Kubitschek (1956-1961) a partir de um plano de metas, que basicamente
visava o desenvolvimento do país a �m de atrair indústrias estrangeiras
para auxiliar na questão econômica, na geração de empregos e no
aumento da qualidade de vida, embora este último intento não tenha
ocorrido como planejado. Aliado ao discurso desenvolvimentista, havia um
forte discurso nacionalista, herdado do populismo da Era Vargas.
 Foto o�cial de Juscelino Kubitschek,
presidente do Brasil entre 1956 e 1961.
Em linhas gerais, a ideologia desenvolvimentista se de�ne pela busca da expansão econômica, no sentido de
prosperidade, riqueza, grandeza material e soberania nacional, com a adoção de uma política econômica que
elimine, como consequência, o pauperismo, a miséria, elevando o nível de vida da população como consequência
direta do crescimento econômico. Tal expansão econômica prometida visava à expansão do próprio sistema
capitalista global e, para tanto, deveria cuidar também da manutenção da ordem social vigente, compreendendo a
paz social e manutenção da ordem como ausência de questionamentos ao sistema (perfeita integração, não
questionada).
A tônica embasada nas questões econômicas para todas as leituras e respostas sobre a realidade social �gura
como fator preponderante para que a ideologia desenvolvimentista tardasse a se aproximar do Serviço Social.
MARCOS PROFISSIONAIS EM BUSCA DE ATUALIZAÇÃO
O cenário político e econômico nacional desenhado pelo desenvolvimentismo empreende mudanças também no
interior do Serviço Social.
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A implantação da pro�ssão, o desenvolvimento e sua legitimação são centrados na demanda social.
Considerando a quase inexistência de uma demanda a partir dos setores da população, a prática dos assistentes
sociais é marcada pelo caráter de imposição, advinda do Estado e das classes dominantes, para reprodução da
força de trabalho.
Com o passar dos anos, a secularização (compreendida como passagem do domínio religioso para o domínio
leigo), e a base de recrutamento da pro�ssão abarcando setores das camadas subalternas, houve a
ultrapassagem do bloco católico, embora a pro�ssão siga marcada por essa importante in�uência; além disso,
tem a constante necessidade de rea�rmar seu status como pro�ssão e legitimar-se perante a população usuária e
perante seus empregadores. Tais necessidades convergem para a realização de grandes encontros e seminários
pro�ssionais, como resposta da categoria, a �m de construir suas estratégias pro�ssionais em bloco para aquele
momento.
Emerge a necessidade de autojusti�cação pro�ssional nas esferas de de�nição de suas funções especí�cas e a
realização e participação nos congressos pro�ssionais também serve para esse �m, visto que tais reuniões
contavam com a participação de delegados do meio pro�ssional, das escolas especializadas, das entidades
assistências públicas e privadas, do Estado e da intelectualidade a serviço das classes dominantes e da Igreja e do
empresariado.
Assim, ocorria a atualização da pro�ssão e do seu objeto, métodos e técnicas em relação aos principais
problemas sociais daquela conjuntura, no período entre 1941 e 1961, conforme o quadro:
I Congresso
Interamericano de
Serviço Social – Atlantic
City (EUA) – 1941
Marca uma nova hegemonia internacional,
a�rmando a in�uência norte-americana no
Serviço Social latino-americano.
I Congresso Pan-
americano de Serviço
Social – Chile – 1945
Caráter de o�cialidade e presença de diversas
delegações. Continuidade também em relação ao
I Congresso Interamericano de Serviço Social.
I Congresso Brasileiro
de Serviço Social – São
Paulo – 1947
Promovido pelo CEAS. Foi o primeiro grande
encontro da pro�ssão e teve caráter preparatório
para o II Congresso Pan-americano de Serviço
Social.
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II Congresso Pan-
americano de Serviço
Social – Rio de Janeiro –
1949
Diferente dos encontros nacionais, passa a ter
um tema especí�co, no lugar de uma
multiplicidade de temas relativos às expressões
das questões sociais.
II Congresso Brasileiro
de Serviço Social – Rio
de Janeiro – 1961
Intervalo de 14 anos em relação ao I Congresso,
ocorrido em conjuntura bastante diferente,
decorrente de mais de uma década de
desenvolvimentismo. Apresentou caráter
preparatório para a XI Conferência Internacional
de Serviço Social, em Petrópolis (1962).
Fonte: Isabel Cristina Silva Marques Paltrinieri.
A cada congresso, eram estabelecidas tônicas ou temáticas e prevalências de posições políticas e ideológicas,
relacionadas à conjuntura nacional, às instituições e às relações sociais de modo mais abrangente.
Com relação ao estabelecimento de temáticas, observa-se que, no I Congresso Brasileiro de Serviço Social, havia
ausência de uma temática central, expressando que o meio pro�ssional, ainda bastante restrito, voltava suas
preocupações para frentes diversas e pulverizadas.
Tal cenário se explica como re�exo da situação social do Brasil, considerando a expansão do aparato assistencial
desenvolvido pelo Estado Novo e pelas corporações empresariais. A expansão em questão decorre da
necessidade de absorver as pressões desencadeadas pelos novos setores urbanos, que atingem níveis de
crescimento acelerado, por causa do avanço da industrialização e urbanização nacional.
Com esse registro de crescimento econômico, crescem também as sequelas mais severas, decorrentes da
exploração do modo de produção capitalista sobre o proletariado urbano.
É com esse arcabouço assistencial autoritário e paternalista que o Serviço Social consolida suas experiências
mais representativas, lembrando que tal herança decorre de anos de ditadura, administrados pelo empresariado e
pelo Estado.
Nos congressos seguintes, embora pouco se registrem inovações, são de�nidas novas qualidades para os
assistentes sociais (voltadas ao equilíbrio psíquico e afetivo), a �m de eliminar con�itos e não os criar, �xando seu
caráter de utilizador de bases cientí�cas.
Além disso, a�rma-se o caráter fundamental do Serviço
Social com relação aos casos individuais integridade
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Social com relação aos casos individuais, integridade
da vida familiar e entrevista como principal instrumento
de trabalho. Registra-se também a maior solicitação
para os métodos de grupo e comunidade, além da
preparação do Serviço Social para atuação no meio
rural.
Tais ações eram facilitadas pela incidência do Estado
sobre a pro�ssão, já que o Estado �gurava como
principal empregador dos assistentes sociais. Note que
havia uma estratégia de acumulação de forças e
manutenção de posições pela Igreja Católica, uma vez
que os intelectuais e burocratas que participavam
destes encontros tinham uma ligação direta com o
movimento católico ou com grupos católicos de
extrema direita.
IDEOLOGIA DESENVOLVIMENTISTA E EXPANSÃO PROFISSIONAL
A década de 1960 representa um marco importante na expansão do
Serviço Social. As transformações pro�ssionais registradas têm como
pano de fundo o desenvolvimentismo no cenário nacional, fato que
in�uencia diretamente os caminhos da pro�ssão.
No decorrer desses anos, a pro�ssão sofrerá acentuadas transformações,
apreendidas como modernização. Esse processo de modernização atinge
os agentes pro�ssionais, o corpo teórico da pro�ssão, os métodos e as
técnicas, e a ampliação das funções exercidas pelos assistentes sociais.
 Logo do Serviço Social
Assim, se na década de 1940 e metade da década de 1950, a economia nacional apresenta taxas de crescimento
positivas, em grande parte decorrentes da melhoria das relações de intercâmbio internacionais, aliadas a medidas
econômicas que visavam o aprofundamento da industrialização, nos anos seguintes, há uma mudança de cenário.
Essa equação começa a deixar de funcionar a partir de 1955, com a reversão dessas tendências positivas,
marcadas pela deterioração das relações de troca, pelo esgotamento das reservas em moeda forte e aumento da
dívida externa.
Desse modo, ocorrem lutas no sentido de viabilizar estratégias favoráveis à expansão econômica, sem abandono
dos marcos do capitalismo dependente da economia internacional, o que fundamenta a ideologia
desenvolvimentista no Brasil.
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A estratégia que associa a política de massas getulista à abertura para internacionalização da economia brasileira,
serve como suporte ideal para a eleição de JK como presidente da República e estabelece o desenvolvimentismo
como ideologia dominante.
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Ao estabelecermos um olhar mais apurado para a relação entre o desenvolvimentismo e o Serviço Social,
percebemos que até o �nal da década de 1950 a pro�ssão �cará alheia à ideologia desenvolvimentista.
Embora seja a ideologia dominante no país, o desenvolvimentismo do governo JK subordina a resolução de todos
os problemas ao da expansão econômica, trazendo problemas à incorporação dessa ideologia pelo Serviço Social:
O social aparece em diversoscampos nos
quais se subdivide, como variável dependente.
Todas as políticas sociais têm por eixo a
potencialização do desenvolvimento
econômico.
A perspectiva de integração das massas
marginalizadas através das políticas sociais é
marcada pelos esforços da política
econômica, restringindo o espaço de atuação
pro�ssional para um reforço da ação
assistencial (caráter restritivo, contrário ao da
ampliação vislumbrada pela pro�ssão).
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Assim, os assistentes sociais viviam um período no qual consolidavam importantes posições e campos de
atuação no interior do equipamento social e assistencial, e não se sentiam impelidos a reciclar-se e adequar-se
àquela ideologia dominante (sem contar com o choque entre o apelo à participação da massa trabalhadora –
herança da política de massas do getulismo e a tendência conservadora do Serviço Social, apoiada pela posição
da Igreja naquele momento). As únicas áreas que expressavam essa preocupação no meio pro�ssional eram as
ligadas ao método de Desenvolvimento de Comunidade (DC) e Desenvolvimento e Organização de Comunidade
(DOC).
Embora o Serviço Social se mantivesse relativamente alheio ao desenvolvimentismo, bene�ciava-se dele pelas
questões da expansão econômica e das novas pressões pela ampliação de seu consumo, desencadeadas pelas
classes subordinadas, bem como pela absorção e pelo aprofundamento de novas experiências, que contribuíram
para a institucionalização da pro�ssão, pela via do mercado de trabalho.
No plano do ensino, a in�uência norte-americana é
aprofundada, voltando o foco da atuação do Serviço
Social para o tratamento dos desajustamentos
psicossociais, nas linhas da Psicologia e Psiquiatria.
O Serviço Social de Grupo, até a década de 1950, vinha sendo utilizado de forma tradicional (recreação e
educação), e, a partir de então, começa a fazer parte dos programas nacionais do SESI, LBA, SESC, em diversos
campos, como hospitais, favelas e escolas.
Na década de 1960, há uma generalização de abordagem que relaciona estudos psicossociais do participante
com os problemas da estrutura social e utilização de técnicas de dinâmica de grupo.
As iniciativas vinculadas ao Desenvolvimento de Comunidade apresentam franco desenvolvimento nesse período,
registrando-se o surgimento de uma série de organismos e a realização de seminários importantes, inspirados na
experiência norte-americana.
A descoberta do desenvolvimentismo pelo Serviço Social tem, no II Congresso Brasileiro de Serviço Social, um
marco signi�cativo. Após 14 anos da realização do I Congresso e mais de uma década de desenvolvimentismo,
com a vitória de Jânio Quadros em 1961, descortinava-se para o Serviço Social uma possibilidade de recomeço no
sentido de atualização pro�ssional.
A mudança em questão se baseia na preocupação central do projeto desenvolvimentista janista, focado na
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formação de uma nação forte, com um povo forte e uma economia globalmente forte, com uma atenção especial
voltada ao social, cuja meta prioritária é o homem e não o crescimento econômico em si.
Essa nuance atualizada exibe a crítica ao modelo
de crescimento econômico proposto no governo
anterior, visto que marginalizava ainda mais os
setores sociais atingidos pela pobreza,
aumentando as disparidades entre renda, nível de
vida e questões regionais.
Neste contexto, o II Congresso Brasileiro de Serviço Social aparece como um exemplo bastante claro de uma
estratégia de atualização em relação às ideias que agitam os setores dominantes, bem como às demandas
colocadas ao Serviço Social. A vitória do populismo de direita, em aliança com forças mais conservadoras da
sociedade, contribui para que o Serviço Social procure sintonizar seu discurso e método com as preocupações das
classes dominantes e do Estado em relação à evolução da questão social.
Nas discussões do II Congresso, são apontadas questões relacionadas às novas concepções político-sociais e as
responsabilidades do Serviço Social diante do processo de industrialização, que, para melhor desempenho por
parte do meio pro�ssional, resultam em preparos centrados na formação pro�ssional para assumir tais
responsabilidades.
Contudo, perdura a perspectiva pro�ssional de modernização, ou seja, modi�cam-se estilos de atuação
pro�ssional, mas fundamentalmente sem alterações estruturais signi�cativas, seguindo a facilitação do
movimento do capital e a permanência das relações sociais capitalistas.
Observa-se a adesão ao desenvolvimento
de métodos considerados adequados,
adotam-se novos ideólogos, são celebradas
novas perspectivas para atuação sobre a
questão social, o discurso pro�ssional é
alterado com a integração de uma série de
novas categorias como demonstração de
sua nova racionalidade (uso de
produtividade, programação de atividades,
racionalização de recursos etc.), mas tais
transformações acabam �cando na
superfície da estrutura pro�ssional do
Serviço Social, mantendo-se, entre outras
heranças, a população cliente como objeto
de atuação pro�ssional e nunca como
sujeito dessa relação.
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O período desenvolvimentista chega ao seu ocaso com a crise do “milagre econômico”, fazendo com que parcelas
da categoria passem a questionar o conteúdo de sua prática. Os setores médios da sociedade são levados a se
organizar na defesa de seus interesses corporativos, estimulando o reaparecimento dos movimentos sociais
reivindicatórios, inclusive com apoio de setores da Igreja, que se posicionam a favor dos oprimidos.
Todo esse conjunto de fatores e contradições sociais faz com que a categoria pro�ssional se ocupe,
posteriormente, em aprofundar o questionamento da prática pro�ssional, espaço que será permeado por vertentes
mais tradicionalistas, outras modernizadoras e reformistas e outras mais críticas, questionadoras, apontando no
sentido futuro do Movimento de Reconceituação Pro�ssional.
Nesse sentido, podemos falar (NETTO, 1996) em uma erosão do Serviço Social “tradicional” no Brasil, que ajuda a
entender as etapas seguintes do desenvolvimento da pro�ssão no país. Portanto, destacam-se cinco fatores
relacionados entre si que contribuíram signi�cativamente para o processo de erosão das formas tradicionais da
pro�ssão:
Clique nos fatores a seguir.
Fator 1 Fator 2 Fator 3 Fator 4
Fator 5
Todos esses fatores in�uenciaram o passo seguinte do trajeto do Serviço Social, voltado para o Desenvolvimento
de Comunidades, em suas três vertentes, marcadas pelas seguintes características:
Clique nas setas para ver o conteúdo.
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Desse modo, o período histórico seguinte, do golpe militar, afetará severamente o processo democrático no país e,
consequentemente, a pro�ssão, indicando novos caminhos e outras perspectivas de resistência e lutas sociais, no
sentido da redemocratização nacional e de reconceituação pro�ssional, pelo menos no que se refere a uma
intenção de ruptura com as antigas formas pro�ssionais no Serviço Social.
Agora, vamos entender um pouco mais como os governos de Juscelino Kubitschek e de Jânio Quadros
in�uenciaram o Serviço Social no Brasil.
Utilizaçãometodológica de Desenvolvimento de Comunidade, mantendo procedimentos, representações e lógicas t
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 VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. Qual alternativa representa o princípio fundamental do desenvolvimentismo no país,
especialmente durante sua fase no governo JK?
Responder
2. Como o desenvolvimentismo colaborou para a expansão do Serviço Social
pro�ssionalizado?
Necessidade de investimento no meio rural.A)
Manutenção das políticas econômicas nos mesmos moldes do governo antecessor.B)
Adoção de política econômica, baseada no capital estrangeiro, que promova o amplo
desenvolvimento do país pela via da industrialização.
C)
Resolução de todos os problemas sociais e de subdesenvolvimento no país pela via da
adoção de políticas sociais fortes.
D)
Negação do atraso e do subdesenvolvimento, estabelecendo o nacionalismo sem críticas.E)
Com o processo de modernização pro�ssional movimentado pela categoria que buscou a
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Responder
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao encerrar nosso estudo, é importante que você perceba que o objetivo principal deste tema foi apresentar o
contexto histórico em que ocorreu o processo de consolidação da pro�ssão do assistente social no país.
Muitos pontos de vistas poderiam ter sido abordados, mas privilegiou-se aqueles sob nomes de expressão no
âmbito do Serviço Social no Brasil e que se dedicaram a produzir conhecimento na área.
É exatamente a partir dessas abordagens que podemos a�rmar a relevância do que aqui foi apresentado. A�nal,
sabemos que conhecer o passado é uma forma de melhor compreender o presente, além de possibilitar a re�exão
sobre os melhores caminhos para o futuro.
Com o processo de modernização pro�ssional, movimentado pela categoria, que buscou a
ampliação das funções exercidas pelos assistentes sociais para além das demandas
tradicionais de atendimentos.
A)
Com a rea�rmação acrítica do laicato e de grupos católicos de extrema direita, con�rmando
as alianças pro�ssionais já estabelecidas.
B)
Com a restrição do investimento na formação pro�ssional.C)
Com a negação da validade de métodos e técnicas de atuação pro�ssional, como, por
exemplo, o Desenvolvimento de Comunidade.
D)
Com a independência em relação ao capital estrangeiro.E)
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PODCAST
Escute o podcast com a Professora Nataly Barros Pereira resgatando os
assuntos importantes sobre a História do Serviço Social no Brasil.
0:00 11:48
REFERÊNCIAS
COSTA, A. A seguridade social no Plano Beveridge: história e fundamentos que a conformam. 2019. 162 f.
Dissertação (Mestrado em Política Social) – Universidade de Brasília, Brasília, 2019.
DICIONÁRIO HISTÓRICO Biográ�co Brasileiro pós-1930. 2. ed. Getúlio Vargas. Rio de Janeiro: FGV, 2001.
Consultado em meio eletrônico em: 18 fev. 2021.
DICIONÁRIO HISTÓRICO Biográ�co Brasileiro pós-1930. 2. ed. Juscelino Kubitschek. Rio de Janeiro: FGV, 2001.
Consultado em meio eletrônico em: 18 fev. 2021.
IAMAMOTO, M. V.; CARVALHO, R. Relações Sociais e Serviço Social no Brasil: esboço de uma interpretação
histórico-metodológica. São Paulo: Cortez, 1982.
LEÃO XIII. Rerum novarum. Encíclica. Cidade do Vaticano, 1891.
NETTO, J. P. Ditadura e Serviço Social: uma análise do Serviço Social no Brasil pós-64. 3. ed. São Paulo: Cortez,
1996. p. 115-141.
PIO XI. Quadragesimo anno. Encíclica. Cidade do Vaticano, 1931.
SILVA, C. Igreja católica, assistência social e caridade: aproximações e divergências. Revista Sociologias, Porto
Alegre, ano 8, n. 15, jan/jun 2006, p. 326-351.
YAZBEK, M. O signi�cado sócio-histórico da pro�ssão. In: CFESS/ABEPSS (org.). Serviço Social: direitos sociais e
competências pro�ssionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009.
EXPLORE+
Assista ao vídeo Serviço Social no Brasil - 80 anos de história, ousadia e lutas, da Editora Cortez sobre os 80
anos da pro�ssão. Além da história do Serviço Social no Brasil, é possível aos discentes ver os rostos de
importantes autoras e autores que até então eram conhecidos somente por seus nomes.
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http://estacio.webaula.com.br/cursos/temas/01653/index.html
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O vídeo Especial apresenta história da Assistência Social no Brasil conta a história da Assistência Social no
Brasil, elaborado pelo Ministério de Desenvolvimento Social em 2010. É muito didático e contém falas de
nomes de expressão no Serviço Social. Possibilita uma boa compreensão da trajetória histórica da
Assistência Social no país.
Leia dois artigos sobre a relação entre a caridade e a assistência social (especialmente diante das pessoas
mais necessitadas economicamente), que merecem destaque, por fugirem do lugar comum:
Quanto mais liberdade econômica, mais solidariedade e caridade – na teoria e na prática, de André
Pereira Gonçalves.
A atual maneira como ajudamos as pessoas não ajuda as pessoas, de Dominic Frisby.
CONTEUDISTA
Isabel Cristina Silva Marques Paltrinieri
 Currículo Lattes
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