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Importância da espécie
O milho é uma gramínea que pertence à família Poaceae e à espécie Zea mays L. Todos os milhos existentes pertencem a essa única espécie que é politípica, existindo muitas raças e muitos tipos de milho dentro dessa espécie. A espécie de milho é provavelmente a que conta com maior variabilidade genética todas as plantas cultivadas. O cultivo ocorre praticamente em todos os continentes, em todas as condições, porém, para cada região, existem milhos distintos com adaptação específica. Trata-se da espécie cultivada que atingiu o mais elevado nível de domesticação, o que faz com que o milho só sobreviva quando cultivado pelo homem, uma vez que perdeu a capacidade de sobreviver por si mesmo na natureza (PATERNIALLI et al, 2000). 
Há pelo menos 7.300 anos o milho participa da história alimentar mundial. Uma vez difundido no México, o grão se firmou como produto em países da América Central com clima propício para seu cultivo, como o Panamá, e também pela América do Sul, segundo as informações da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Hoje, o milho é o produto agrícola com maior quantidade colhida anualmente, em termos mundiais. No ano de 2007, foram produzidos 791 milhões de toneladas de milho. A cultura do milho ocupa posição de destaque entre as atividades agropecuárias do Brasil, por ser a mais frequente nas propriedades rurais, e pelo seu valor de produção, em que é a segunda maior entre as culturas anuais, sendo superada apenas pela soja. Apesar de liderar em termos de quantidade produzida, este cereal não é o que ocupa a maior área em produção (CRUZ, 2011).
A importância econômica do milho é caracterizada pelas diversas formas de sua utilização, que vai desde a alimentação animal até a indústria de alta tecnologia , ao mesmo tempo, é um importante produto para fonte de renda dos agricultores e como insumo (matéria-prima) dos criadores de aves, suínos, bovinos e outros animais, compondo parcela majoritária das rações (CRUZ, 2011). Atualmente, a produção de ração para pequenos animais (pet food) tem se constituído em um mercado crescente para o uso desse cereal, dado o crescimento da demanda por alimento de melhor qualidade para esses animais (Agência embrapa) .
 Na alimentação humana os derivados de milho são mais utilizados e isso constitui um fator importante de uso desse cereal em regiões com baixa renda. Em algumas situações, o milho constitui a ração diária de alimentação. Por exemplo, no Nordeste do Brasil o milho é a fonte de energia para muitas pessoas que vivem no Semi-árido. Embora seja versátil em seu uso, a produção de milho têm acompanhado basicamente o crescimento da produção de suínos e aves, tanto no Brasil como no mundo (DUARTE, 2006).
Por ser uma cultura que é amplamente cultivada em pequenas propriedades, uma parcela importante do milho produzido destina-se ao consumo ou transformações em produtos destinados ao consumo na própria fazenda. Porém, o aumento na eficiência dos sistemas alternativos de produção de aves e suínos, as próprias características dos produtos demandados pelos consumidores urbanos e as quantidades necessárias para atingir escalas mínimas que compensam o transporte para os centros consumidores reduziram a capacidade de competição da pequena produção de milho. Sua importância hoje é muito maior na subsistência das populações rurais do que como um fator de geração de renda capaz de promover melhorias substanciais no padrão de vida dessas populações (CRUZ, 2011). 
Ecofisiologia do milho
(CADE A CLASSIFICAÇÃO BOTANICA, 
sugestão COLOQUE EM UM QUADRO)
A Ecofisiologia Vegetal estuda as respostas dos vegetais a fatores ambientais, ou seja é tudo que está a externo da planta do milho e que pode influenciá-la. (CORRÊA, 2017)
Para entendermos a resposta da planta de milho aos fatores ambientais, ou seja, a influência do meio externo, é necessário dividir estes fatores em natureza biótica (elementos físicos e químicos do meio ambiente) e abiótica ( todas as influências que os seres vivos possam receber em um ecossistema, oriundas de aspectos físicos, químicos ou físico-químicos do meio ambiente, como a luz e a radiação solar, a temperatura, o vento, a água, a composição do solo, a pressão e outros) . Fatores dos quais podem beneficiar as plantas (por exemplo, o vento é um fator abiótico de grande importância na polinização do milho) ou podem levar a danos (diminuição da produção de grãos ou de biomassa de milho pela falta de água ou por pragas) dependendo da sua força(quantidade). (EMBRAPA, 2015) 
Condições climáticas
O milho tem seu período de desenvolvimento limitado pela água, temperatura e radiação solar ou luminosidade. A cultura do milho necessita que os índices dos fatores climáticos, estejam em níveis considerados ótimos, para que o seu potencial genético de produção se expresse ao máximo. (EMBRAPA, 2010)
Temperatura (REDUZIR) já reduzi
A temperatura possui uma relação complexa com o desempenho da cultura, uma vez que é necessário oscilações de temperatura em diferentes estádios de crescimento e desenvolvimento da planta.
	Quando a temperatura é mais elevada, o processo metabólico é mais acelerado e nos períodos mais frios o metabolismo tende a diminuir. Sendo que essas oscilações metabólica ocorre dentro dos limites extremos tolerados pela planta de milho, compreendidos entre 10ºC e 30ºC.
Abaixo de 10ºC, por períodos demorados o crescimento da planta e quase zero, e sob temperaturas acima de 30ºC, também por períodos prolongados, durante a noite, o rendimento de grãos diminui. Temperaturas noturnas elevadas por muitos dias causam diminuição do desenvolvimento do grãos e provocam o envelhecimento precoce das folhas.
	Portanto a temperatura ideal para desenvolvimento do milho, da emergência à floração, está compreendida entre 24 e 30ºC. A queda do rendimento do milho quando submetidos a temperatura elevada e pelo fato do período de enchimento dos grãos serem curtos.
 Com relação ao ciclo, as cultivares são classificadas pelas empresas produtoras de sementes em normais ou tardias, semi precoces, precoces e superprecoces. (EMBRAPA, 2010)
Umidade do solo REDUZIR , JÁ REDUZI
O milho é uma cultura que necessita de água. Em fases iniciais de crescimento da planta o consumo de água e de cerca 2,5 mm/dia, logo durante o período entre o espigamento e a maturação, o consumo pode se elevar para 5 a 7,5 mm diários. Porém se a temperatura estiver muito elevada e a umidade do ar muito baixa, o consumo poderá chegar até 10 mm/dia. Sendo que o déficit hídrico na cultura do milho pode ocasionar danos em todas as fase. (EMBRAPA, 2010)
Fotoperíodo e reduzir , JA REDUZI
Dentre os componentes climáticos que afetam a produtividade do milho, está o fotoperíodo, representado pelo número de horas de luz solar, o qual é um fator climático de variação sazonal. O milho é considerado uma planta de dias curtos. Nas condições brasileiras, o efeito do fotoperíodo na produtividade do milho é praticamente insignificante. (EMBRAPA, 2010)
Fenologia do milho
O crescimento e desenvolvimento da cultura de milho é dividido em dois estádios: o vegetativo e o reprodutivo. Durante o estádio vegetativo, onde ocorre o desenvolvimento da planta, possui um número relativo de estádios entre VE (emergência) e VT (pendoamento), sendo que os mesmo são designados numericamente como V1, V2, V3 até Vn; onde (n) representa a última folha emitida antes do pendoamento (VT). (EMBRAPA, 2015). Logo, durante o estádio reprodutivo, que são dividido em seis, ocorre o desenvolvimento da espiga de milho ( AGRONEGÓCIO EM FOCO, 2018).
Estádios Vegetativos
Os estádios vegetativos (V) são caracterizados pela presença de uma aba ou “colar” foliar nas folhas novas, das quais tem três partes principais: limbo, bainha e colar. 
Conforme a planta de milho cresce, cada folha sucessiva é forçada para fora pelo alongamento do caule e pela expansão da folha em sequência desde a semente até o pendão. A ponta da folha é a primeira parte visível, seguida pelo limbo da folha e, finalmente,pelo colar foliar e a bainha.
Quando o colar fica visível, a folha é considerada totalmente expandida e passa a constar no esquema de classificação.( SOUTO, 2018)
Germinação e Emergência
Segundo Magalhães, 2002 os estágios de Germinação e Emergência 
Estádio VE (da semeadura à emergência) 
As sementes plantadas absorvem água, incham e começam a crescer. A radícula é a primeira a aumentar, seguida pelo coleóptilo, com plúmula incluída. O estádio VE é atingido pela rápida aumento do mesocótilo, o qual empurra o coleóptilo em crescimento para a superfície do solo.
	Em umidade e temperatura adequadas, a planta emerge dentro de 4 a 5 dias, no entanto em condições com baixa temperatura e pouca umidade, a germinação pode demorar até duas semanas ou mais. Assim que a emergência ocorre e a planta expõe a extremidade do coleóptilo, o mesocótilo para de crescer. 
 Estádio V3 (três folhas desenvolvidas) 
O estádio de três folhas o ponto de crescimento ainda se encontra abaixo da superfície do solo e a planta possui ainda pouco caule formado. As folhas e espigas que futuramente irão ser produzidas estão se formando no V3. 
	No estágio V5, tanto a iniciação das folhas como das espigas estão completas e a iniciação do pendão podem ser vista microscopicamente, na extremidade de formação do caule, abaixo da superfície do solo. 
Estádio V6 (seis folhas desenvolvidas) 
Durante esses estádios (V6 a V11) as plantas de milho iniciam um período de alongamento. O ponto de crescimento se move acima da superfície do solo em torno de V6, e a planta agora fica suscetível às lesões ambientais ou mecânicas que podem danificar o ponto de crescimento
	No estádio V8, se tem a máxima tolerância ao excesso de chuvas.
	Após o estádio V10, o tempo de aparição entre um estádio foliar e outro vai encurtar, geralmente ocorrendo a cada dois ou três dias. O número de grãos em potencial em cada espiga, e o tamanho da espiga, é definido em V12. 
Estádio V12 
O número de grãos em potencial em cada espiga, e o tamanho da espiga, é definido. Nessa fase, é quando se inicia o período mais crítico para a produção, o qual se estende até a polinização. (MAGALHÃES 2002)
 Estádio V15 
Esse estádio representa a continuação do período mais significativo e crucial para o desenvolvimento da planta, em termos de fixação do rendimento. Estilos-estigmas iniciam o crescimento nas espigas. Em torno do estádio V17, as espigas atingem um crescimento onde suas extremidades já são visíveis no caule, assim como a extremidade do pendão. Caso ocorra estresse de água no período de duas semanas antes ou depois do florescimento poderá causar uma grande redução na produção de grãos. (MAGALHÃES 2002)
Estádio V18 
É possível observar que os “cabelos” dos óvulos basais alongam-se primeiro em relação aos “cabelos” dos óvulos da extremidade da espiga. Em V18, a planta do milho encontra-se a uma semana do florescimento. Se houver um estresse hídrico nesse período pode afetar mais o desenvolvimento do óvulo e da espiga do que o pendão. Com o resultado do atraso no desenvolvimento da espiga, a problemas na sincronia entre emissão do pólen e recepção pela espiga. (MAGALHÃES 2002)
Pendoamento 
Esse estádio inicia-se quando o último ramo do pendão está completamente visível e os “cabelos” não tenham ainda se manifestado.
Caso haja perda no sincronismo entre a emissão dos grãos de pólen e a receptividade dos estilo-estigma da espiga, a grandes chances de ter espigas sem grãos nas extremidades.
Nessa fase a planta apresenta grande sensibilidade ao encharcamento, instigando a inviabilidade dos grãos de pólen. (MAGALHÃES 2002)
Estádio R1, Embonecamento e Polinização
Inicia-se quando os estilos-estigmas (“cabelo do milho”) estão visíveis na espiga. A polinização ocorre quando o grão de pólen liberado é capturado por um dos estilos-estigmas. O contato direto entre o grão de pólen e os pêlos viscosos do estigma estimula a germinação do primeiro, dando origem a uma estrutura denominada de tubo polínico, o qual é responsável pela fecundação do óvulo inserido na espiga (MAGALHÃES 2002)
Estádio R2, Grão Bolha D’água
Os grãos, se apresentam brancos na aparência externa e com aspectos de uma bolha d’água. O endosperma, portanto, está com uma coloração clara, assim como o seu conteúdo, que é basicamente açúcares. Embora o embrião esteja ainda se desenvolvendo, vagarosamente nesse estádio, a radícula, o coleóptilo e a primeira folha embrionária já estão formadas. A acumulação de amido está se iniciando, passando pela fase anterior à sua formação, que é a de açúcares. Esses grãos estão iniciando um período de rápida acumulação de matéria seca; esse rápido desenvolvimento continuará até próximo ao estádio R6. N e P continuam sendo absorvidos e a realocação desses nutrientes das partes vegetativas para a espiga tem início neste estádio. (MAGALHÃES 2002).
Estádio R3, Grão Leitoso
A transformação dos açúcares em amido é representado pelo grão com uma aparência amarela e, no seu interior, um fluido de cor leitosa, contribuindo, assim, para o incremento de matéria seca. Esse estádio é conhecido como aquele em que ocorre a definição da densidade dos grãos. Embora, nesse período, a planta deva apresentar considerável teor de sólidos solúveis prontamente disponíveis, objetivando a evolução do processo de formação de grãos, a fotossíntese mostra-se imprescindível. (MAGALHÃES 2002).
Estádio R4, Grão Pastoso
Com cerca de 20 a 25 dias após a emissão dos estilos-estigmas, os grãos continuam se desenvolvendo rapidamente, acumulando amido. Nessa etapa, os grãos encontram-se em fase de transição do estado pastoso para o farináceo. A divisão desses estádios é feita pela chamada linha divisória do amido ou linha do leite. Essa linha aparece logo após a formação do dente e, com a maturação, vem avançando em direção à base do grão. Devido à acumulação do amido, acima da linha é duro e abaixo é macio (MAGALHÃES 2002).
Estádio R5, (Formação de dente)
Esse período é caracterizado pelo aparecimento de uma concavidade na parte superior do grão, designada de “dente”. Alguns genótipos do tipo “duro” não formam dente, daí esse estádio é mais difícil de notar, podendo ser apenas relacionado ao aumento gradativo da dureza dos grãos (MAGALHÃES 2002).
Estádio R6 (Maturidade Fisiológica)
Esse é o estádio em que todos os grãos na espiga alcançam o máximo de acumulação de peso seco e vigor. A linha do amido já avançou até a espiga e a camada preta já foi formada. Nesse estádio, além da paralisação total do acúmulo de matéria seca nos grãos, acontece também o início do processo de senescência natural das folhas das plantas. Momento ideal para a colheita, ou ponto de máxima produção. No entanto, o grão não está ainda em condições de ser colhido e armazenado com segurança, uma vez que deveria estar com 13 a 15% de umidade, para evitar problemas com a armazenagem. A partir do momento da formação da camada preta, que nada mais é do que a obstrução dos vasos, rompe-se o elo entre a planta-mãe e o fruto, passando o mesmo a apresentar vida independente (MAGALHÃES 2002).
Zoneamento Agrícola
O Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) é um instrumento de política agrícola e gestão de riscos na agricultura. O estudo tem como objetivo de minimizar os riscos relacionados aos fenômenos climáticos adversos do qual permite a cada município identificar a melhor época de plantio das culturas, nos diferentes tipos de solo e ciclos de cultivares. Na realização dos estudos de ZARC são analisados os parâmetros de clima, solo e ciclos de cultivares, a partir de uma metodologia validada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e adotada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.(MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, 2017). Sendo assim vários fatores contribuem para a produtividade do milho (Zea mays L.), do quais os mais importantes são disponibilidade de água, a interceptação de radiação solar pelo dossel, a eficiência metabólica e de translocação de fotossintatos para os grãos.(RAFAEL,2012)
	Logo em cultivos nãoirrigados, a disponibilidade de água para a lavoura varia de acordo com a distribuição da precipitação na região, a época de semeadura e a quantidade de água disponível no solo. A quantidade de água disponível também pode variar para cada tipo de solo. Os solos mais arenosos, poucos profundos ou com teor de matéria orgânica baixa, normalmente apresentam menor capacidade de fornecimento de água para as plantas.(RAFAEL,2012). Portanto para a obtenção de boas produtividades a cultura do milho necessita de precipitação pluvial acima de 500 mm durante o ciclo; temperatura média diária acima de 19ºC e temperatura média noturna acima de 12,8ºC e abaixo de 25ºC; temperaturas, no período, próximo e durante o florescimento, entre 15ºC a 30ºC e ausência de déficit hídrico.(RAFAEL,2012).
	O Zoneamento Agrícola de Risco Climático, teve como objetivo identificar os períodos de plantio com menor risco climático para o cultivo do milho no Distrito Federal. Logo a definição dos períodos de semeadura foi realizada a partir de análises térmicas e hídricas:
a) precipitação pluvial e temperatura – utilizadas séries históricas com média de 15 anos de registros de 26 estações pluviométricas.
b) evapotranspiração potencial – estimadas médias decendiais pelo método de Pennam-Monteith nas 3 estações climatológicas.
c) ciclo e fase fenológica da cultura – Para efeito de simulação foram consideradas as fases de germinação/emergência, crescimento/desenvolvimento, floração/enchimento de grãos e maturação fisiológica
d) coeficiente de cultura – utilizados dados obtidos experimentalmente e disponibilizados através de literatura específica; 
e) disponibilidade máxima de água no solo - estimada em função da profundidade efetiva das raízes e da capacidade de água disponível dos solos. Consideraram-se os solos Tipo 1, 2 e 3, com capacidade de armazenamento de água de 20, 40 e 60 mm, respectivamente.(RAFAEL,2012)
2. TIPOS DE SOLOS APTOS AO CULTIVO
São aptos ao cultivo de milho 1ª safra no Distrito Federal os solos dos tipos 1, 2 e 3, observadas as especificações e recomendações contidas na Instrução Normativa nº 2, de 9 de outubro de 2008. 
Não são indicadas para o cultivo:
- áreas de preservação permanente, de acordo com a Lei 12.651, de 25 de maio de 2012; 
- áreas com solos que apresentam profundidade inferior a 50 cm ou com solos muito pedregosos, isto é, solos nos quais calhaus e matacões ocupem mais de 15% da massa e/ou da superfície do terreno. (RAFAEL,2012)
Períodos de semeadura 
	Períodos 
	1
	2
	3
	4
	5
	6
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	11
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	Janeiro 
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	Fevereiro 
	Março 
	Março 
	Março 
	Abril
	Abril
	Abril
	Períodos 
	13
	14
	15
	16
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	Junho
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	Julho
	Julho
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	Agosto
	Agosto
	Períodos 
	25
	26
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	Setembro
	Setembro 
	Setembro 
	Outubro 
	Outubro 
	Outubro 
	Novembro 
	Novembro 
	Novembro 
	Dezembro 
	Dezembro 
	Dezembro 
Cultivares adequados para agricultura orgânica/agroecológica (NÃO FIZ, AINDA FALTA TERMINAR)
No cultivo do milho orgânico, deve-se escolher as cultivares adaptadas às condições ambientais locais, com boa produtividade, resistência a pragas e doenças, a altas temperaturas e à seca, além de as sementes serem produzidas em sistema orgânico.
As cultivares transgênicas são expressamente proibidas na produção de milho orgânico.
 O uso de sementes híbridas é permitido, porém a disponibilidade de genótipos de milho híbrido não transgênico tem diminuído.
No caso de indisponibilidade de sementes orgânicas ou que sejam adequadas às condições de solo e clima do local do sítio ou do lote, o OAC e a OCS poderão autorizar o plantio de outra cultivar existente no mercado, dando preferência às sementes que não tenham sido tratadas com agrotóxicos ou com outros insumos não permitidos na IN 17/2014
As cultivares disponíveis podem ser híbridas simples, híbridas duplas, híbridas triplas, variedades, híbridas intervarietais ou “Top Cross”. Outro aspecto importante na escolha da cultivar é o seu ciclo, que pode ser classificado em precoce, normal e tardio
http://www.organicsnet.com.br/wp-content/uploads/2017/06/Como-Produzir-Milho-Org%C3%A2nico.pdf
https://core.ac.uk/download/pdf/15429275.pdf
http://www.zeamays.com.br/sistema-de-producao-de-milho-organico/
Nutrição (ler e ve se dá para reduzir bia(
Na maior parte do período de desenvolvimento da cultura, a absorção de nitrogênio e de fósforo acompanha o padrão de acúmulo de matéria seca da planta. As condições desses nutrientes são mínimas nos estádios iniciais de desenvolvimento, aumentando com a elevação da taxa de crescimento e atingindo valores máximos no período compreendido entre o florescimento e o início da formação de grãos, para o nitrogênio, e por ocasião do pendoamento, para o fósforo.
No tecido foliar tanto a quantidade acumulada quanto o ter no tecido são bem menores para o fósforo. Já para o potássio, a taxa de absorção é elevada nas fases iniciais de desenvolvimento da cultura, indicando ser esse um nutriente de partida. A taxa máxima de acúmulo do nutriente ocorre próximo ao pendoamento, sendo que grande parte da acumulação de potássio pela planta ocorre até o florescimento.
A um acúmulo de cálcio e enxofre pelas plantas de milho, com picos de absorção que acontece aproximadamente no estádio de grãos leitosos. Para ambos os nutrientes, ocorre uma intensa redução na quantidade acumulada por ocasião da maturação.
O magnésio, à uma semelhança do que ocorre para o nitrogênio e o fósforo, o acúmulo ocorre junto à matéria seca, com máxima acumulação ocorrendo entre os estádios de florescimento e de grãos leitosos, mantendo-se constante até a maturação.
Os períodos de máxima exigência de manganês e zinco ocorrem entre 30 e 50 dias, e entre 70 e 90 dias, para cobre e ferro. Sendo assim, os picos de acúmulo de manganês e zinco e de cobre e ferro ocorrem, respectivamente, aos ao e 100 dias. ( SCIVTTARO 2002)
 Adubação 
A adubação orgânica presta-se à reciclagem de resíduos rurais, o que possibilita maior autonomia dos produtores em face do comércio de insumos, e apresenta grande efeito residual (SANTOS 2001)
Tanto a adubação de plantio como de cobertura deve ser conforme recomendação, baseada na análise do solo e nos teores de nutrientes do adubo orgânico. Recomenda-se, preferencialmente, o composto orgânico que pode ser aplicado por ocasião do plantio. O adubo orgânico, especialmente se for esterco de animais (aves ou de gado), deve ser curtido e uniformemente incorporado ao solo, no sulco, de preferência 10 a 15 dias antes do plantio das sementes. (AZEVÊDO 2003)
Adubo de origem animal
Dos adubos orgânicos, o esterco animal é considerado o mais importante, sendo que seu principal nutriente é o nitrogênio. Sua composição química possui outros elementos, como o fósforo e o potássio. Apesar de ser bastante rico em nutrientes, pelo fato de a concentração dos elementos químicos presentes no adubo ser desbalanceada, o esterco animal deve ser aplicado e complementado por doses adicionais de fertilizantes minerais. A mistura de esterco com adubos fosfatados tem mostrado excelentes resultados, pois além de ajudar a reter o fósforo no solo, reduz as perdas de nitrogênio. (SANTIAGO, 2002).
Compostos
O composto é resultado da decomposição de restos vegetais. A decomposição pode ser feita com o auxílio de camadas superficiais de terra ou esterco animal que, pela presença de grande quantidade de microrganismos, aceleram a decomposição do material vegetal. A decomposição dos restos vegetais também é possível por meio da adiçãode corretivos, como o calcário e a uréia na mistura.
Os compostos podem possuir diferentes quantidades de carbono, nitrogênio e outros nutrientes. A relação entre as quantidades de carbono e nitrogênio e carbono e fósforo dá uma idéia do tempo de liberação dos nutrientes no solo. Assim, é possível prever quando será necessária uma nova aplicação. (SANTIAGO 2002)
Adubos verdes
A adubação verde é uma forma eficiente de fornecimento de nitrogênio, além de promover diversos benefícios: reestruturar o solo, incorporar matéria orgânica, ativar a vida microbiana, diminuir pragas, reduzir a incidência de ervas espontâneas por abafamento e ação alelopática, reciclar nutrientes lixiviados e tornar disponível o fósforo. A semeadura antecipada de adubos verdes com alta capacidade de cobertura do solo, como feijão-de-porco, crotalária, mucuna-preta e guandu, é uma das melhores práticas para evitar e reduzir a presença de ervas espontâneas (SANTOS).
Calagem 
Os solos brasileiros, em sua maioria, são ácidos, destacando-se aqueles sob vegetação de Cerrado. Tais solos são caracterizados por baixas concentrações de cálcio e de magnésio, elementos diretamente envolvidos no desenvolvimento das raízes, e por valores elevados de alumínio trocável e baixa disponibilidade de fósforo do solo (MAPA, 2006).
A correção da acidez do solo é muito importante ao adequado desenvolvimento do milho, embora existam materiais genéticos mais tolerantes às condições de acidez. O aumento do pH do solo altera a disponibilidade de nutrientes, causando aumentos na absorção de N , P, K, Ca e Mg pelo milho. Mesmo os genótipos de milho com tolerância ao Al e que conseguem aprofundar seu sistema radicular em solos ácidos também, normalmente, apresentam respostas positivas à calagem (TISSI et al., 2004).
Os métodos que quantificam a necessidade de calcário visam a eliminação não somente da acidez ativa, mas também da acidez potencial do solo. A estimativa da necessidade de calagem (NC) é feita através da análise química do solo e vários métodos vêm sendo utilizados. Os métodos atualmente em uso visam não somente a redução da acidez do solo, mas o melhor retorno econômico para a maioria das espécies cultivadas (MAPA, 2006).
A escolha do calcário, o valor neutralizante, o grau de finura e sua reatividade são fatores relevantes na aquisição do material corretivo. Em situações que exigem correção do magnésio, o calcário magnesiano ou o dolomítico são os recomendados. Não sendo suficientes, outras fontes de magnésio devem ser utilizadas. O poder neutralizante é determinado pela comparação com o poder de neutralização do carbonato de cálcio puro (CaCO 3), que é de 100%. Por essa razão, é denominado de Poder Relativo de Neutralização Total (PRNT) ou equivalente de carbonato de cálcio (MAPA, 2006).
A calagem tem efeitos diretos e indiretos sobre as plantas. Os primeiros geralmente dependem do tempo e da umidade disponível no solo e estão associados a algumas características físicas (ex: relação entre o tamanho da partícula e a sua superfície) e químicas do corretivo (ex: valor do Poder Neutralizante - PN-). Em conjunto, determinam mudanças em algumas características do solo, quais sejam: a redução da saturação por aluminio, elevação nas concentrações do cálcio e do magnésio, elevação do pH e aumento na disponibilidade do fósforo. A atividade biológica também é favorecida pela ação do calcário (MAPA, 2006).
Os efeitos indiretos podem manifestar-se através de algumas características fenológicas das plantas, como a distribuição do sistema radicular em profundidade e sua relação com a maior resistência aos déficits hídricos (veranicos). Em ambos os casos, os efeitos do calcário estão diretamente ligados a aumentos da produção e da qualidade da biomassa, tanto de grãos como matéria seca na produção de silagem (MAPA, 2006).
Como a calagem é uma prática que envolve sistemas de rotação e sucessão de culturas, na sua recomendação, deve-se priorizar a cultura mais sensível à acidez do solo. Entre as espécies cultivadas, o milho é classificado como sendo de tolerância mediana as condições de acidez e toxidez de alumínio. Solos com saturação de alumínio da CTC efetiva (valor m) maior do que 20 %, causam limitações no rendimento do milho. Entretanto, deve-se acrescentar que isto é dependente da ocorrência de déficit hídrico, teores de matéria orgânica e fósforo no solo e híbrido de milho (MAPA, 2006).
Plantio
Por suas características fisiológicas, a cultura do milho tem um potencial produtivo bastante alto , no entanto, o nível médio nacional de produtividade é muito baixo, demonstrando que os diferentes sistemas de produção de milho deverão ser melhorados para se obter uma alta na produtividade e na renda que a cultura pode proporcionar. (EMBRAPA 2010)
	
Época de semeadura
O período de crescimento e desenvolvimento é afetado pela umidade do solo, temperatura, radiação solar e fotoperíodo. A época de plantio é redigida por esses fatores, cujos limites são as variáveis em cada região agroclimática. A semeadura é efetuada na época em que faz coincidir o período de floração com os dias mais longos do ano e a etapa de enchimento de grãos com o período de temperaturas mais altas e a disponibilidade frequente de radiação solar e levando em consideração as necessidades de água pela planta. Os estados do Centro-Oeste e Sudeste, a época de semeadura na safra varia de outubro a novembro. A época de semeadura e de grande importância pois ela afeta várias características da planta, dentre elas um decréscimo mais acentuado no número de espigas por planta (prolificidade) e no rendimento de grãos resultando em perdas que podem ser superiores a 60 kg/ha/dia. Podendo ser revertida se não houver déficit hídrico e, haver uma redução na temperatura do ar, nos meses de fevereiro - março. De acordo com a análise dos levantamentos, pode-se concluir que as diferenças relativas ao clima e ao solo de cada região influenciam muito na tomada de decisão da época de plantio da cultura de milho. O milho safrinha, como é plantado no final da época recomendada, a sua produtividade é bastante afetada pelo regime de chuvas e pela a radiação solar e temperatura na fase final de seu ciclo. Além disto, o milho safrinha é plantado após uma cultura de verão, sendo assim, a sua data de plantio depende da época do plantio dessa cultura e de seu ciclo, contudo o planejamento do milho safrinha começa com a cultura do verão, visando liberar a área o mais cedo possível. Sendo assim quanto mais tarde for o plantio, menor será o potencial e maior o risco de perdas por seca e/ou geadas.
	Hoje, com os avanços nos trabalhos na área de climatologia, o Brasil já tem um Zoneamento Agrícola para o milho, elaborado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, da qual fornece informações sobre as épocas de plantio, tanto na safra como na safrinha, com menores riscos, para quase todo o país. (EMBRAPA 2010)
Profundidade da semeadura
A profundidade de semeadura está relacionada aos fatores temperatura do solo, umidade e tipo de solo. A semente deve ser colocada numa profundidade que facilite o contato com a umidade do solo. Levando em consideração que, a maior ou menor profundidade de semeadura vai depender do tipo de solo. Em solos mais pesados, com drenagem ineficiente ou com fatores que dificultam o alongamento do mesocótilo, as sementes devem ser colocadas entre 3 e 5 cm de profundidade. Logo em solos mais leves ou arenosos, as sementes podem ser colocadas mais profundas, entre 5 e 7 cm, para se beneficiarem do maior teor de umidade do solo. No Sistema Plantio Direto, que ocorre um acúmulo de resíduos na superfície do solo, especificamente em regiões mais frias, a cobertura morta pode atrasar a emergência, em alguns casos, pode até causar queda no rendimento de grãos, dependendo da profundidade em que a semente foi colocada. (EMBRAPA 2010)
Densidade de plantio
A densidade de plantio, é definida como o número de plantas por unidade de área, tem papel importante no rendimento de uma lavourade milho, sendo que se houver pequenas variações na densidade haverá grande influência no rendimento final da cultura.
	O milho por ser uma gramínea é mais sensível à variação na densidade de plantas. Para cada sistema de produção, existe uma população que maximiza o rendimento de grãos. A população recomendada para maximizar o rendimento de grãos de milho varia de 40.000 a 80.000 plantas.ha-1, dependendo de diversos fatores. O próprio genótipo e determinante da densidade de plantas. Sendo que o aumento da densidade das plantas é uma técnica usada com a finalidade de elevar o rendimento de grãos da cultura do milho.
	A densidade de plantio, e técnicas de manejo cultural, é um dos parâmetros mais importantes. Normalmente, a causa dos baixos rendimentos de milho é o baixo número de plantas por área. (EMBRAPA 2010)
Espaçamento entre fileiras
O espaçamento é bastante variado entre fileiras de milho nas lavouras, embora há uma grande redução.
	Diversos pesquisadores mostram vantagens de reduzir o espaçamento (45 a 50 cm entre fileiras) comparado ao espaçamento convencional (80 a 90 cm entre fileiras).
	Dentre as vantagens potenciais da utilização de espaçamentos menores podem ser o aumento do rendimento de grãos, em relação uma distribuição mais equidistante de plantas na área, aumenta a eficiência de utilização de luz solar, água e nutrientes, melhor controle de plantas invasoras, pois há um fechamento mais rápido dos espaços disponíveis, consequentemente diminuindo, a duração do período crítico das plantas daninhas, reduz a erosão, tem sido também mencionado que os espaçamentos reduzidos permitem melhor distribuição da palhada de milho sobre a superfície do solo, após a colheita, o que favorece o sistema de plantio direto. (EMBRAPA 2010)
Preparo do solo
O preparo inicial do solo tem por objetivo básico fornecer condições ótimas para a germinação, a emergência e o estabelecimento das plântulas. O preparo permite também reduzir a população inicial de plantas invasoras. A operação deve permitir ainda o aumento da infiltração de água, de modo a diminuir as perdas de água e sedimentos por erosão a um mínimo tolerável. O preparo convencional é realizado em duas etapas, que são o preparo primário e o secundário.
O preparo primário consiste na operação mais grosseira, realizada com arados ou grades pesadas, que visa afrouxar o solo. Na incorporação de material vegetal, os equipamentos de discos são mais eficientes, pois permitem melhor mistura desses ao solo. Têm como desvantagem o potencial de causar maior compactação subsuperficial que o arado de aivecas ou o escarificador. (ALBUQUERQUE)
A segunda etapa, chamada preparo secundário, consiste na operação de destorroamento e de nivelamento da camada arada de solo por meio de gradagens do terreno. Sendo um dos objetivos do preparo do solo o controle de plantas invasoras, pode-se proceder à última gradagem niveladora imediatamente antes do plantio. (ALBUQUERQUE)
O manejo ecológico é vinculado às práticas aplicadas a um solo visando a produção agrícola. Contendo operações de cultivo, práticas culturais, práticas de correção e fertilização. De forma geral, práticas tradicionais de conservação do solo, como o plantio em curva de nível, entre outras. A diferença entre a agricultura orgânica e a convencional é que tem se a visão do solo como o centro de todo o processo produtivo, valorizando-o como recurso-chave. O manejo “orgânico” prefere práticas que proporcionem a manutenção e a melhoria da qualidade do solo, por meio do revolvimento mínimo e do aumento dos teores de matéria orgânica e da atividade biológica. Desse modo, recomenda a manutenção de cobertura vegetal sobre o solo, a adubação verde, o cultivo mínimo, o plantio direto, entre outras práticas conservacionistas. Além disso, o manejo do solo no sistema orgânico prioriza as fontes orgânicas de nutrientes e não utiliza fertilizantes químicos de alta solubilidade.(Instituto Federal Santa Catarina) 
Manejo de plantas infestantes
De acordo com CARVALHO (1994, p. 6-9 apud ALVINO, 2011, p. 2) as plantas daninhas são favoráveis a diferentes ambientes com alta adaptação causando desequilíbrio (água, nutrientes e radiação solar). Como consequência a um grande desequilíbrio, provocando diminuição na produtividade. 
	As plantas infestantes servem de hospedeiras a diversas espécies de insetos e doenças, além de criar condições favoráveis à procriação de roedores (ANDRADE; RAMALHO, 1997 apud ALVINO, 2011, p.2).
Um bom manejo para plantas infestantes é usar plantas de cobertura no solo, além de reduzir a existência de plantas invasoras, são excelentes como cobertura do solo, possibilitando, além do controle da erosão, a redução das perdas de nutrientes, a atenuação das flutuações da temperatura do solo e a minimização dos efeitos da compactação do solo (PAIS 2011)
	Ao invés de uma eliminação completa das plantas espontâneas, no manejo agroecológico se procura conviver com elas. Para o planejamento do manejo das plantas espontâneas deve-se responder três questões fundamentais:
 É fundamental conhecer o papel ecológico de cada espécie espontânea, e neste campo as informações disponíveis são muito poucas. Muitas vezes é necessário recorrer ao conhecimento prático dos agricultores mais antigos, que possuem algumas informações empíricas sobre muitas espécies. Além dos papéis mais gerais de cobertura e proteção da superfície do solo e estoque de nutrientes nos agroecossistemas, as diferentes plantas espontâneas podem prestar serviços ecológicos tais como reciclagem e solubilização de determinados nutrientes, estímulo a microorganismos benéficos e inibição aos patogênicos, atração ou repulsão de organismos potencialmente daninhos, hospedagem de insetos polinizadores, etc.’’ (FEIDEN 2001)
Tanto a cobertura verde quanta o cultivo em consorciação exerce a função de reduzir o surgimento de plantas espontâneas. Essa ação ocorre em função da competição, por mudanças em fatores ambientais e possíveis compostos tóxicos produzidos pela cultura de cobertura. (Manejo Integrado de Plantas Espontâneas)
É necessário ficar atento a um período no desenvolvimento da cultura chamado Período Crítico de Prevenção à Interferência (PCPI), em que a convivência entre as plantas daninhas e as da cultura trazem maior prejuízo à produtividade. Tecnicamente, o período em que a presença de espécies de plantas daninhas na lavoura tem o maior impacto sobre a cultura está compreendido entre 15 - 20 e 45 - 50 dias após a emergência do milho. Caso o manejo não seja realizado, pode haver perda de produtividade do milho em torno de 10% a 80% (BORGES, 2011).
Colheita e pós colheita do milho orgânico.
O agricultor deve integrar a colheita ao sistema de produção e planejar todas as fases, para que o grão colhido apresente bom padrão de qualidade. Nesse sentido, várias etapas, como a implantação da cultura, até o transporte, secagem e armazenamento dos grãos têm de estar diretamente relacionadas (CRUZ, 2007).
A colheita do milho orgânico pode demorar de 3 a 10 meses, variando de acordo com a espécie cultivada. Contudo, a retirada das espigas e o armazenamento irá depender diretamente da finalidade do milho orgânico (CAMPOS, 2018). 
Milho verde
Para o consumidor que deseja o milho verde, o agricultor deve retirar as espigas antes que as mesmas comecem a desidratar, ou quando o estigma (popularmente conhecido como ‘cabelo do milho’) estiver marrom. Esse milho pode ser consumido normalmente ou utilizado em receitas (CAMPOS, 2018).
Segundo ANTONIALI et al., 2012, as espigas de milho-verde, por serem colhidas ainda imaturas, apresentam intensa atividade metabólica, o que pode acarretar elevadas perdas pós-colheita, como a desidratação, levando à rápida perda de massa dos grãos, sendo, portanto, um produto altamente perecível, o que exige que o produtor seja rápido na comercialização. Após a colheita, as diminuições da ação metabólica e enzimática colaboram com o retardamento do amadurecimento e perda de água das espigas, mantendo suas qualidades desejáveiscomo o sabor, a cor, a textura e o odor. Este processo é possível com a estocagem sob temperaturas ideais para cada produto, que, em geral, são menores que as do ambiente. 
A estocagem frigorificada além de diminuir o processo da respiração, pode reduzir a ação das enzimas, diminuir a ação dos microrganismos que provocam deterioração e aumentar a vida útil de comercialização. Umidade relativa alta colabora com a diminuição da perda de água pelo produto. Quanto mais rapidamente o produto for resfriado, maior será sua vida de prateleira e menores serão as perdas durante sua comercialização.
Milho para grãos
Já para os clientes que desejam o milho de pipoca para consumo, o milho mais seco para tratar de aves ou até mesmo o milho para produzir farelo de animais, é importante deixar que a espiga desidrate e seque por completo. Assim, o produtor pode revender o milho já seco e próprio para o consumo (CAMPOS, 2018).
Para o milho grão, a quebra manual das espigas com palha ocorre quando a umidade dos grãos atinge 16%. A colheita mecanizada ocorre quando a umidade dos grãos for igual ou inferior a 25% (SANTOS, 2017). 
Um lote de grãos armazenados é um material sujeito às transformações, deteriorações e perdas devido a interações entre os fenômenos físicos, químicos e biológicos. Exercem grande influência nesse ambiente os fatores temperatura, umidade, disponibilidade de oxigênio, microorganismos, insetos, roedores e pássaros. Nesse aspecto cuidados especiais devem ser tomados na secagem e armazenamento (CRUZ, 2007).
Segundo CRUZ, 2017 O armazenamento de grãos podem ser a granel, em silos, ou em a granel e sacarias, em armazéns. Caso se queira armazenar espigas, estas podem ser armazenadas em paiol ou ensacadas em armazém.
Beneficiamento
A remoção de impureza, de restos culturais e de grãos trincados, quebrados ou ardidos do lote a ser armazenado deve se realizado previamente ao armazenamento, com ou sem secagem, para que se garanta a qualidade dos grãos normais e sadios, reduzindo umidade e minimizando contaminações, uniformizando a massa de grãos, para os processos de aeração e/ou secagem (CRUZ, 2007).
Segundo SILVA et al. o beneficiamento é uma das últimas etapas da produção de grãos. É no beneficiamento que ocorre a retirada de contaminantes, no qual possibilita uma boa classificação em padrões comerciais. Os grãos e as sementes devem passar por etapas de: pré-limpeza, secagem, limpeza, separação e classificação.
Pré-limpeza : Tem como objetivo facilitar e melhorar a eficiência dos sistemas de secagem, transporte e as demais operações do beneficiamento, eliminando total o parcialmente as impurezas.
Secagem: Quando os grãos ou sementes estão com umidade inadequada para o processamento é encaminhada para a secagem após, passar pelo processo de pré limpeza.
Limpeza: Visa separar impurezas remanescentes da pré-limpeza e as produzidas pelo sistema de secagem, além de, separar materiais indesejáveis como, sementes de outras espécies, sementes defeituosas, imaturas e quebradas.
Separação e classificação: É feita de acordo com as características desejadas para a semente como, forma e tamanho.
Comercialização do Milho
A comercialização pode ser feita de forma direta a consumidores, feirantes e supermercados. No processo de comercialização o valor obtido pode ser de 30 a 40% superior que o obtido com o produto convencional, entretanto é importante o produtor ter a certificação de seu produto o qual atesta que a propriedade está em conformidade com a legislação. 
Em levantamento de preços realizado em agosto de 2010, verificou-se que o milho verde orgânico, habitualmente comercializado em feiras livres ou em sacolões tem acréscimo de até 167% no valor de comercialização quando se apresentarem embalados e higienizados. Já o milho verde convencional, na mesma forma de comercialização, tem seu valor acrescido em 57% quando comparadas às espigas comercializadas com palha (ANTONIALI et al. 2012) .
Segundo ANTONIALI et al. 2012 no mercado de produtos frescos, o consumidor está cada dia mais preocupado com a origem dos produtos que vai adquirir, devido à presença de resíduos tóxicos e sua vida útil. Por essas razões é que o consumo de produtos orgânicos tem aumentado a cada dia, o que induz mudanças na produção, no armazenamento, distribuição e comercialização de produtos agrícolas.
A oferta de espigas de milho verde orgânico ainda é pequena e se dá principalmente em lojas especializadas, redes de supermercados mais eletivos ou em feiras de produtos orgânicos próximos aos grandes centros, constituindo-se em excelente alternativa econômica. 
Referências
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BORGES, S. Z. Manejo de plantas daninhas na cultura do milho safrinha ajuda a não infestar a safra da soja. 2011. Artigo em Hipertexto. Disponível em: <http://w.infobibos.com/Artigos/2011_2/PlantasDaninhas/index.htm>. Acesso em: 03 de julho de 2011.
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