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Compactação do Solo na Cultura do Trigo

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1 
 
INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DE PASSO 
FUNDO 
FACULDADES IDEAU 
CURSO DE AGRONOMIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMPACTAÇÃO DO SOLO NO 
DESENVOLVIMENTO DA CULTURA DO TRIGO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 
 
 
 
 
 
 
 
JANRIE MULLER DALBOSCO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PASSO FUNDO/RS 
2021 
 
2 
 
JANRIE MULLER DALBOSCO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMPACTAÇÃO DO SOLO NO 
DESENVOLVIMENTO DA CULTURA DO TRIGO 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado 
ao curso de Agronomia, do Instituto de 
Desenvolvimento Educacional de Passo 
Fundo, como parte dos requisitos para 
obtenção do grau de Bacharel em Agronomia. 
Orientador: Prof. Me. Guilherme Victor 
Vanzetto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PASSO FUNDO/RS 
2021 
 
3 
 
INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL 
DE PASSO FUNDO 
FACULDADES IDEAU 
CURSO DE AGRONOMIA 
 
 
 
 
A comissão examinadora, abaixo assinada, aprova o Trabalho de Conclusão 
de Curso 
 
 
COMPACTAÇÃO DO SOLO NO 
DESENVOLVIMENTO DA CULTURA DO TRIGO 
 
ELABORADO POR 
JANRIE MÜLLER DALBOSCO 
 
 
Como requisito parcial para obtenção do grau de 
Bacharel em Agronomia 
 
Aprovado em:___/___/___ 
 
 
COMISSÃO EXAMINADORA: 
 
 
________________________________ 
Prof. Me. Guilherme Victor Vanzetto - IDEAU 
 
 
 
_____________________________________ 
Prof. Dr. Fabiola Stockmans De Nardi - IDEAU 
 
 
 
______________________________________ 
Dr. Francisco Wilson Reichert Junior 
 
 
 
PASSO FUNDO/RS 
2021 
 
4 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho em especial aos meus 
pais, meus amigos e colegas e a todos 
aqueles que contribuíram para sua 
realização. 
 
 
 
5 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Agradeço a Deus pela infinita misericórdia de guiar o melhor caminho e abençoar a minha vida. 
 
Aos meus pais Sulimar Dalbosco e Cléria Muller pelo amor, pelo incentivo e apoio em todas 
minhas conquistas. 
 
Aos colegas de turma que no decorrer da graduação, nos tornamos cada vez mais amigos. 
 
Ao meu orientador Prof. Me. Guilherme Victor Vanzetto o qual teve papel fundamental dando 
apoio, ensinando, não medindo esforços quanto a disponibilização de tempo e dedicação para a 
realização deste trabalho. 
 
Aos professores que no decorrer do curso transmitiram seu conhecimento e suas experiências das 
atividades do “AGRO” de forma geral e outras disciplinas que tivemos no curso. 
A todos vocês, 
 
MEU MUITO OBRIGADO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“O grau mais elevado da sabedoria 
humana é saber adaptar o seu caráter às 
circunstâncias e ficar interiormente calmo 
apesar das tempestades exteriores.” 
 
 (Daniel Defoe) 
 
 
7 
 
RESUMO 
 
O presente trabalho justifica-se pela importância da verificação da compactação do solo que ainda é considerado 
um empecilho que limita a produtividade em muitas áreas agrícolas, influenciando em diversos fatores como 
diminuição de macroporos do solo diminuindo a retenção e disponibilidade de água, menor taxa de 
mineralização da matéria orgânica tornando o solo mais resistente a penetração o que acaba diminuindo o 
tamanho das raízes e interferindo na absorção de nutrientes. Teve como objetivo principal analisar qual a 
interferência da compactação do solo na disponibilidade de nutrientes para o trigo e como influencia seu 
desenvolvimento a fim de procurar compreender as possíveis causas de perdas de produtividade em solos mais 
densos, avaliando a produtividade do trigo em solos de diferentes densidades, assim como, os objetivos 
específicos visam analisar níveis de nutrientes para conhecer qual o estado geral da fertilidade do solo; 
analisando a resistência a penetração que compreende o nível de compactação presente na área; verificando o 
porte de planta e sistema radical em diferentes estádios de desenvolvimento. A principal hipótese é que se 
diminuir a compactação do solo, então a cultura do trigo obterá melhor desenvolvimento. Pode-se verificar o 
desenvolvimento diferenciado das plantas desde o início do plantio, pois o desenvolvimento das plantas é muito 
melhor e mais rico na área onde foi efetuada a descompactação do solo, verificando-se que o número de folhas e 
de perfilhos são menores, quanto maior a densidade do solo, menor altura das plantas, menor produção de massa 
da parte aérea e principalmente o crescimento das raízes é limitado. 
 
 
Palavras-chave: Desenvolvimento; Interferência; Planta; Produtividade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
This work is justified by the importance of verifying soil compaction, which is still considered an obstacle that 
limits productivity in many agricultural areas, influencing several factors such as a decrease in soil macropores, 
reducing water retention and availability, lower rate of mineralization of organic matter making the soil more 
resistant to penetration, which ends up reducing the size of the roots and interfering with the absorption of 
nutrients. Its main objective was to analyze the interference of soil compaction on the availability of nutrients for 
wheat and how it influences its development in order to understand the possible causes of productivity losses in 
denser soils, evaluating wheat productivity in different soils. densities, as well as the specific objectives aim to 
analyze nutrient levels to know the general state of soil fertility; analyzing the resistance to penetration which 
comprises the level of compaction present in the area; verifying plant size and root system at different stages of 
development. The main hypothesis is that if soil compaction is reduced, then the wheat crop will obtain better 
development. It is possible to verify the differentiated development of the plants from the beginning of planting, 
as the development of the plants is much better and richer in the area where the soil was decompacted, verifying 
that the number of leaves and tillers are smaller, the higher the soil density, the lower the plant height, the lower 
shoot mass production, and especially the root growth is limited. 
 
 
Keywords: Development; Interference; Plant; Productivity. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
 
Figura 01 - Perfil do solo utilizado no experimento.............................................. 27 
Figura 02: Blocos ao acaso com quatro repetições (DBA).................................... 28 
Figura 03: semeadora-adubadora de precisão, SHM 15/17................................... 28 
Figura 04: Trator Valtra BM 125i.......................................................................... 29 
Figura 05: Semente TBIO Sinuelo da Biotrigo Genética...................................... 29 
Figura 06 - Temperatura do solo 20/05/2021 à 30/05/2021.................................. 30 
Figura 07- Temperatura do solo 05/06/2021 à 15/06/2021................................... 31 
Figura 08 - Resultado da análise de solo onde a área experimental está 
localizada.................................................................................................................. 
 
31 
Figura 09: - Temperatura ºC mensal na cidade de Ibirapuitã-RS........................... 32 
Figura 10: - Precipitação mensal na cidade de Ibirapuitã-RS................................. 33 
Figura 11: - Médias Climatológicas de Ibirapuitã-RS............................................ 33 
Figura 12: Planta com 15 dias em solo descompactado......................................... 34 
Figura 13:Planta com 15 dias em solo compactado............................................... 34 
Figura 14: Planta com 30 dias em solo descompactado......................................... 35 
Figura 15: Planta com 30 dias em solo compactado............................................... 35 
Figura 16: Tamanho e qualidade das plantas em solo compactado........................ 36 
Figura 17: Tamanho e qualidade das plantas em solo descompactado .................. 36 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 01: Estádios do plantio a colheita da Planta de Trigo................................. 19 
Tabela 02: Dados Climatológicos Ibirapuitã-RS.................................................... 30 
Tabela 03: Dados de análise morfológica da cultivar de 
Trigo................................ 
34 
 
Tabela 04:Valores médios dos parâmetros da área compactada e 
descompactada.. 
34 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS/SIGLAS 
 
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas 
Apassul- Associação dos Produtores de Sementes e Mudas do RS 
EMBRAPA- Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária 
IBGE- Instituto brasileiro de geografia e estatística 
INMET- Instituto Nacional de Meteorologia 
K- Potássio 
MAPA- Ministério da Agricultura e Abastecimento 
MO- Matéria Orgânica 
MOS- Matéria Orgânica do Solo 
N- Nitrogênio 
P- Fósforo 
PC- Plantio Convencional 
PD- Plantio Direto 
RS- Rio Grande do Sul 
SC- Santa Catarina 
TCC- Trabalho de Conclusão de Curso 
TS- Tensão Superficial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ...............................................................................................................13 
2 REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................................. 15 
2.1 CARACTERÍSTICAS, ESTÁDIOS E QUALIDADE INDUSTRIAL DO TRIGO.......... 
17 
2.2 O SOLO ........................................................................... Erro! Indicador não definido.20 
2.3 COMPACTAÇÃO E DESCOMPACTAÇÃO DO 
SOLO................................................Erro! Indicador não definido.23 
3 MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................................ 27 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................................ 32 
5 CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 37 
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 38 
ANEXOS..................................................................................................................................43 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A compactação influencia no desenvolvimento do trigo... é fundamental que o solo 
seja de boa qualidade, fértil e produtivo, onde a compactação desse solo pode vir a influenciar 
na qualidade do produto final. O solo é dividido fases, fase sólida, fase liquida e fase gasosa, 
esta última é de suma importância para garantir o desenvolvimento estrutural do solo, sendo 
responsável pela drenagem da água da chuva e também aeração do solo. 
A Matéria Orgânica (MO) é importante para a característica textural do solo levando 
em conta que tem menor densidade, além de disponibilizar nutrientes diretamente, após sua 
mineralização, contudo em solo muito compactados a presença de MO em profundidade é 
mínima o que dificulta a mineralização e densifica essa fração mais profunda, em solos muito 
densos a mobilidade dos nutrientes é comprometida pois há menor espaço para absorção da 
solução do solo. 
O presente trabalho justifica-se pela importância da verificação da compactação do 
solo que ainda é considerado um empecilho que limita a produtividade em muitas áreas 
agrícolas, influenciando em diversos fatores como diminuição de macroporos do solo 
diminuindo a retenção e disponibilidade de água, menor taxa de mineralização da MO 
tornando o solo mais resistente a penetração o que acaba diminuindo o tamanho das raízes e 
interferindo na absorção de nutrientes, além de aumentar a interação dos íons fosforo (P) e 
potássio (K) com o os colóides, o que dificulta a difusão destes nutrientes, afetando 
diretamente o desenvolvimento da cultura do Trigo provocando perdas na rentabilidade. Por 
isso é importante que a cultura se desenvolva adequadamente, desse modo vários manejos 
podem ser efetuados de maneiras mais corretas e com maior eficácia, levando em 
consideração vários fatores como a sanidade da planta, desenvolvimento e produtividade. 
O primeiro passo para uma lavoura com boa sanidade é garantir um manejo adequado, 
isso está diretamente ligado com o solo para o plantio, desse modo é imprescindível que este 
apresente boas características estruturais, pois assim haverá uma correta absorção dos 
nutrientes pelas plantas além de ser necessária menor dose de produtos químicos para obter a 
produtividade desejada, resultando em um manuseio de sucesso. 
14 
 
Dessa forma, o objetivo deste trabalho é analisar qual a interferência da compactação 
do solo na disponibilidade de nutrientes para o trigo e como influencia seu desenvolvimento a 
fim de procurar compreender as possíveis causas de perdas de produtividade em solos mais 
densos, avaliando a produtividade do trigo em solos de diferentes densidades, assim como, os 
objetivos específicos visam analisar níveis de nutrientes para conhecer qual o estado geral da 
fertilidade do solo; analisando a resistência a penetração que compreende o nível de 
compactação presente na área; verificando o porte de planta e sistema radical em diferentes 
estádios de desenvolvimento afim de observar possíveis problemas e fazer a análise da taxa de 
micro e macroporos presente do solo buscando explicar como estes interferem na aeração e 
água no solo. 
A principal hipótese é que se diminuir a compactação do solo, então a cultura do trigo 
obterá melhor desenvolvimento. A formação de camadas mais densas diminui o 
desenvolvimento e crescimento das culturas, devido ao aumento da resistência à penetração e 
a diminuição do aprofundamento das raízes no perfil do solo. Solos sob o sistema de plantio 
direto possuem maior capacidade de suporte de carga e são menos suscetíveis à compactação, 
em relação a solos revolvidos. A compactação do solo afeta de diferentes formas as suas 
propriedades físicas, crescimento e rendimento de culturas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
 
 
 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
Originário nas regiões montanhosas do Sudoeste Asiático o Trigo, Triticum 
aegilopoides (Einkorn) é provável ancestral de todos os outros tipos de trigo, sendo esse o que 
contem 7 cromossomos (MUNDSTOCK, 1983). O trigo pertence à família das gramíneas, 
Poaceae, subfamília Pooideaee ao gênero Triticum, é um dos grãos com maior produtividade 
mundial, sendo que foi a primeira cultura a ser utilizada em grande escala pelo homem, bem 
adaptada em várias partes do mundo, possui características morfológicas bastante parecidas às 
outras culturas de inverno como a cevada, a aveia, o centeio e a triticale. O grão de trigo 
possui grande valor nutricional em relação às outras culturas, contendo baixo teor de água, 
facilitando o transporte e processamento dos grãos (SCHEEREN et al., 2011). 
A espécie de trigo Triticum aestivum, é hexaplóide, com três genomas (A, B, D), 
estreitamente relacionados cada um com sete cromossomos (2n=6x=42 cromossomos). É uma 
espécie autógama, com flores perfeitas que, em normais condições de cultivo, apresenta 
frequênciabaixa de polinização cruzada (MENEGUSSI, et al. 2010). O primeiro relato no 
Brasil da planta de trigo (Triticum) foi por volta de 1534 e obteve uma excelente aceitação 
dos produtores no Sul do Brasil, no estado do Rio Grande do Sul começou a ser cultivado em 
áreas maiores onde encontrou condições climáticas favoráveis para sua produtividade 
desempenho serem bastante rentáveis, também obteve boa produtividade e rendimento no 
Mato Grosso do Sul e demais regiões (ROSSI; NEVES, 2004). 
No Brasil as variedades de trigo cultivadas pertencem principalmente à espécie 
aestivum, sendo essa a espécie mais cultivada em todo o mundo e que melhor se adequa a 
panificação. A Triticum durum é a espécie utilizada principalmente para produção de 
macarrão e outras massas tendo seu cultivo bastante expressivo na Índia, Rússia, Europa 
América do Norte e Norte da África (ABITRIGO, 2009). 
O trigo é um dos cereais mais produzidos mundialmente, principalmente pela grande 
demanda de seus derivados como: pães, massas, biscoitos, entre outros. Dessa forma, o trigo 
exerce papel fundamental na agricultura, sendo considerado pelos agricultores de extrema 
necessidade para a rotação de cultura, sem esquecer que é de suma importância alimentar, 
16 
 
utilizado mundialmente para abastecimento da alimentação humana, é fonte de proteínas, 
gordura, fibra, cálcio, ferro, ácido fólico, é um dos principais fornecedores de energia para o 
dia a dia, tendo desempenho em várias outras atividades (COSTA et al., 2008). 
Na última safra, a área de trigo teve um crescimento de 14,8% no País com relação ao 
ano anterior, obtendo uma produtividade 5,4% maior, contemplando a maior produção do 
grão desde o ano 2000. Conforme a Apassul (Associação dos Produtores de Sementes e 
Mudas do RS), o Estado do Rio Grande do Sul já conta com mais de 89 mil hectares 
aprovados para a produção de sementes de trigo no Rio Grande do Sul, demonstrando um 
aumento de 18% em relação à safra anterior (IBGE, 2019). 
Mesmo que a produção de trigo seja historicamente conhecida como cultura de 
inverno e seja, inicialmente, exclusivamente produzida na Região Sul do Brasil, atualmente, 
com todo o desenvolvimento e melhoramento genético o cultivo do trigo foi disseminado para 
outras regiões Brasileiras, como no Centro Oeste e Sudeste, os quais já apresentam boa 
contribuição para a produção nacional (EMBRAPA, 2006). O trigo é considerado um dos 
grãos mais importantes para a alimentação humana pois possui uma composição única de 
proteínas que permite a fabricação de inúmeros produtos destinados ao consumo humano, 
como por exemplo biscoitos, bolos, farinhas, pães e massas alimentícias. Consequentemente, 
o grão de trigo destaca-se por ser mundialmente consumido (JOSHI et al., 2007; MAPA, 
2013). 
Além do exposto acima, cabe enfatizar que o trigo é de suma importância na 
alimentação animal, não somente pela produção da ração, mas também para o provimento de 
forragem, na forma de feno, ensilagem ou naturalmente em pastejo, com variedades adaptadas 
geneticamente para cada situação. O trigo como cultura de inverno é extremamente 
importante para que seja provido o sustento de pequenas e médias propriedades da região sul 
do Brasil, devido a excelente adaptação ao clima e fazendo parte do sistema de rotação de 
culturas com a soja e o milho no sistema de semeadura direta, garantindo poder econômico e 
sustentabilidade das propriedades (GEWEHR, 2012). 
A cultura do trigo tem seu desenvolvimento dividido basicamente em três principais 
fases consecutivas: vegetativa, reprodutiva e enchimento de grãos. A fase vegetativa engloba 
o período desde a semeadura até o estádio de duplo anel, passando pela germinação e 
emergência. A fase reprodutiva compreende desde o estádio de duplo-anel até a antese ou 
floração, onde acontece a diferenciação de estruturas florais e determinação de número de 
flores férteis. A fase de enchimento de grãos vai desde a antese até a maturação fisiológica 
que define a massa dos grãos (CUNHA et al., 2002). Todos esses aspectos referentes ao 
17 
 
crescimento e desenvolvimento da planta são de extrema importância para que seu 
rendimento seja apropriado e para que os possíveis problemas causados pelo clima possam ser 
contidos de maneira eficiente (SCHEEREN et al., 2011). 
Segundo Sá et al., (2001); Séguy et al., (2006) indiscutivelmente o cultivo do grão no 
inverno, contribui com inúmeros fatores relacionados ao solo, principalmente na proteção 
e/ou estruturação física e na composição química e biológica do mesmo. Além de fazer a 
cobertura sobre o solo após a colheita, os resíduos do trigo fazem um processo lento de 
decomposição, devido a sua elevada relação C/N, favorecendo assim na ciclagem de 
nutrientes permanecendo por um longo período sobre o solo, isso acontece devido ao trigo 
apresentar uma maior quantidade de lignina quando relacionado a outras culturas de inverno. 
Oliveira e Borszowskei (2012), concluíram em suas pesquisas que a palha do trigo 
apresentou-se permanente durante a sua decomposição ao longo dos 140 dias após o manejo, 
sendo que a taxa de liberação dos nutrientes N e P foi lenta e gradativa durante o período. 
Observaram ainda que o elemento K existente nos resíduos da cultura é liberado logo após o 
manejo. 
A liberação progressiva do nutriente N é de fundamental importância para o sistema, 
visto que é um elemento de grande mobilidade do solo (SÁ; BORSZOWSKEI, 2009). As 
condições climáticas como temperatura e as precipitações alteram o fluxo do N no solo, 
submetendo-o a degradação por microrganismos ocasionando a mineralização, o que ao longo 
do tempo tende a propiciar melhor aproveitamento deste elemento pela cultura seguinte ao 
trigo (WENDLING, 2005). Conforme Kliemann et al., (2006), a putrefação dos resíduos de 
uma plantação depende da sua origem no vegetal, da fertilidade do solo, do volume, do clima, 
do sistema de manejo dos resíduos, mas principalmente dos fatores climáticos como 
temperatura e pluviosidade. 
 
 
2.1 CARACTERÍSTICAS, ESTÁDIOS E QUALIDADE INDUSTRIAL DO TRIGO 
 
Conforme o glossário do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 
(BRASIL, 2009), a definição de Triticum aestivum (L.) Fiori et Paoletti é uma cariopse longo 
elíptico-obovado, de cor amarelada a castanho -amarelado. Seu tamanho varia com as 
cultivares. Os dois lados são mais ou menos convexos, o lado ventral com sulco longitudinal 
de raso a profundo, ápice com tufo de pelos; o lado dorsal, na extremidade mais estreita, com 
área do embrião obovada. 
18 
 
A planta de trigo possui raiz fasciculada, caule do tipo colmo oco (com entre nós), no 
início do desenvolvimento uma pseudo folha (coleóptilo) protege o desenvolvimento do 
mesocótilo e emissão da Plúmula (1ª folha). No final as plantas têm em torno de 5 a 6 folhas, 
correspondentes aos entre nós, compostas por bainha, lâmina, lígula e um par de aurículas, 
normalmente pilosas, na base da lâmina. A disposição das folhas é alternada (EMBRAPA, 
2009). O grão de trigo possui um grão do tipo cariopse armazena grande quantidade de 
proteínas e amido e se divide em quatro principais partes que são: tegumento, nucelo, camada 
de aleurona e endosperma (EMBRAPA, 2009). 
O Tegumento é a camada de células que recobre a semente e posteriormente forma o 
ovário, o Nucelo em conjunto com o tegumento formam uma fenda com deposição lipoide 
que cria uma camada semipermeável com função de retenção de nutrientes e barreira 
antipatogênica; a Camada de aleurona é uma camada de células que possuem proteínas de 
catálise, sendo diferentes das que compõe o endosperma. São ricas em substâncias graxas e 
em compostos nitrogenados e não contém amido, o Endosperma forma a maior parte do grão, 
constituído por células que contém principalmente amido e proteína, carboidrato, além de 
ferro e vitaminas do complexo B (riboflavina, niacina, tiamina) e o Gérmen ou embriãoque é 
o órgão mais complexo da semente nele se encontram as estruturas que darão origem a nova 
planta. Habitualmente é separado, pois possui quantidade de gordura que interfere na 
qualidade na conservação da farinha (EMBRAPA, 2009). 
A planta de trigo pode conter algumas variações, mas no geral sua composição 
química contém: 13% de água, 13% de proteína, 2% de óleo, 2% de fibras, 2% de minerais e 
67% de Amido (Extratos não nitrogenados). (EMBRAPA, 2009). Para o bom cultivo do trigo 
a temperatura adequada é em tomo de 20°C, sendo considerada ideal de 15 a 20°Cpara o 
afilhamento, de 20 e 25°C para o desenvolvimento das folhas e de 18 a 24°C para fertilização. 
A temperatura menor do que -1°C durante a floração e menores do que -2°C durante a 
formação de grãos devido as geadas podem vir a prejudicar a qualidade e o enchimento de 
grãos. 
O ciclo de desenvolvimento da planta de trigo são as mudanças em sua morfologia 
externa, é um aspecto que deve ser considerado, o que pode auxiliar na caracterização dos 
respectivos estádios de desenvolvimento da planta, críticos na composição do rendimento de 
grãos. A profundidade de semeadura deve ser realizada em concordância com as condições de 
ambiente local (CUNHA et al., 2000). 
De acordo com a escala de Feekes (1940), modificada por Large (1954) a planta de 
trigo é dividida em cinco estádios afilhamento, alongamento do colmo, espigamento, 
19 
 
florescimento e maturação, onde cada estádio possui suas subdivisões, conforme Quadro 01 
Estádios da Planta de Trigo, pode-se verificar todo o processo do plantio a colheita, ficando 
bem especificados todos os estádios da planta. 
 
 
 
 
 
 
Tabela 1: Estádios do plantio a colheita da Planta de Trigo 
 
Estádio de 
Afilhamento 
Estádio de 
Alongamento do 
Colmo 
Estádio de 
Espigamento 
 
Estádio de 
Florescimento 
Estádio de 
Maturação 
1: Emergência do 
coleóptilo e das 
primeiras folhas. 
6: Primeiro nó do 
colmo visível na base. 
10.1: Primeiras 
espigas visíveis 
10.5.1: Início do 
florescimento. 
11.1: Grão em 
estádio leitoso. 
 
2: Início do 
afilhamento. 
7: Segundo nó do 
colmo visível. 
10.2: ¼ do 
processo de 
espigamento. 
10.5.2: 
Florescimento 
completo na ponta da 
espiga. 
11.2: Grão em 
estádio de massa 
(macio e seco). 
3: Afilhos formados, 
folhas em espiral 
8: Última folha é 
visível. 
10.3: ½ do 
processo de 
espigamento 
completo. 
10.5.3: 
Florescimento 
completo na parte da 
base da espiga. 
11.3: Grão duro. 
4: Alongamento das 
bainhas foliares. 
9: Lígula da última 
folha é visível. 
10.4: ¾ do 
processo de 
espigamento 
completo. 
10.5.4: 
Florescimento 
terminado grão no 
estádio aquoso. 
11.4: Grão 
maduro. Palhas 
secas. 
5:Pseudocaule 
fortemente 
desenvolvido, 
bainhas foliares 
eretas. 
10: Emborrachamento, 
espigas ainda não 
visíveis. 
10.5: Toda a 
espiga fora da 
bainha. 
 
Fonte: Escala de Feekes & Large (Large, 1954) 
 
Para o produtor, o trigo que possui boas características agronômicas é considerado de 
qualidade superior, sendo fundamental características como alto potencial de produção, 
resistência a doenças e pragas e elevado peso do hectolitro, sendo que a qualidade também 
pode ser definida como o resultado da interação do potencial genético do cultivar e dos efeitos 
das condições de solo e de clima, da incidência de pragas e doenças, do manejo da cultura, 
bem como nas operações de colheita, de secagem e de armazenamento (EMBRAPA, 1996). 
Diversos fatores limitam a produtividade da cultura do trigo, dentre os quais se destaca a 
competição imposta por plantas daninhas. A intensidade da competição normalmente é 
avaliada por meio de decréscimos de produção e/ou pela redução no crescimento da planta 
cultivada, como respostas à competição pelos recursos de crescimento disponíveis no 
ambiente (AGOSTINETTO et al., 2008). 
20 
 
Conforme a normativa Nº 7 do Ministério da Agricultura e Abastecimento – MAPA, o 
trigo possui classes definidas de acordo com a Alveografia que analisa a firmeza e 
flexibilidade da massa; Índice de Queda que é uma medida indireta da enzima alfa-amilase no 
aparelho “Filling number” e expresso em segundos, e são elas: brando, pão, melhorador e 
durum. Ainda de acordo com a normativa Nº 7 do Ministério da Agricultura e Abastecimento- 
MAPA de 15/08/01 os tipos de trigo de acordo com a indústria são distintos conforme 
critérios que têm como base o pH (peso hectolitro), porcentagem de impurezas e umidade e 
quantidade de grãos danificados (chochos, quebrados, mofados, ardidos). 
 Tipo 1: pH (peso hectolitro), acima de 78, umidade 13% e até 1% de impureza, 0,5% 
grãos mofados e ardidos, 1,5% de grãos chochos e quebrados; 
 Tipo 2: pH (peso hectolitro), entre 75 e 77, umidade 13% e até 1,5% de impureza, 1% 
grãos mofados e ardidos, 2,5% de grãos chochos e quebrados; 
 Tipo 3: pH (peso hectolitro), entre 70 e 74, umidade 13% e até 2% de impureza, 2% 
grãos mofados e ardidos, 5% de grãos chochos e quebrados; 
Estes critérios de avaliação e separação são abrangentemente utilizados na indústria 
para determinar o destino do grão pela qualidade e fabricação dos subprodutos do trigo, pois 
os alimentos oriundos do trigo são importantíssimos, pois são fontes de proteínas, 
carboidratos complexos, fibras, gorduras, tiaminas, riboflavina, niacina, minerais, ferro e 
zinco. Alguns fatores genéticos e ambientais, como solo, clima, tratos culturais, e outros 
podem afetar a qualidade industrial do trigo (GUARIENTI, et al., 2000). 
 
 
2.2 O SOLO 
 
O solo sustenta a biodiversidade terrestre, sendo um dos recursos naturais mais 
importantes de todo o planeta, a maior parte de todo o alimento consumido vem direta ou 
indiretamente de cultivos e pastagens. O solo tem a função de receber toda a água da chuva 
que emerge diretamente em nascentes, rios, lagos (EMBRAPA SOLOS 2018). 
O solo é um elemento natural responsável por abrigar as espécies vegetais e também 
por ser o meio de sobrevivência do ser humano e dos animais, embora a má conservação e 
utilização dos solos façam com que eles se tornem incultiváveis. Para que o solo tenha 
qualidade necessita fornecer adequadas condições para o desenvolvimento e crescimento das 
plantas, regular e fracionar os fluxos da água, propiciar a ciclagem de importantes elementos 
como Carbono (C), Fósforo (P), Nitrogênio (N), e Potássio (K), entre outros (EMBRAPA, 
21 
 
2010). Ao classificar o solo obtemos uma coleção de corpos naturais, constituído por partes 
líquidas e gasosas, sólidas, dinâmicos, tridimensionais, formados por materiais orgânicos e 
minerais que ocupam grande parte do manto superficial das extensões continentais do nosso 
planeta, contém matéria viva e podem ser vegetados na natureza onde ocorrem e, 
eventualmente, terem sido modificados por interferências antrópicas (EMBRAPA, 2006). 
Solos que são cultivados com o sistema de plantio convencional (PC) possuem uma 
distribuição mais ou menos uniforme da matéria orgânica do solo (MOS), nos primeiros 20 
cm do perfil do solo, devido à periódica inversão e mistura das camadas superficiais pelo 
revolvimento do solo feito pela operação com arado e gradagem. Em algumas situações, pode 
acontecer um aumento dos teores da matéria orgânica do solo nas camadas de subsolo pelo 
fato dos dejetos residuais das culturas serem mecanicamente misturados pelas operações de 
preparo do solo. Entretanto, a prática do sistema de plantio direto (PD), a longo prazo, 
possibilita a gradual estratificação da matéria orgânica do solo nas camadas superficiais do 
perfil, devido à inexistência de revolvimento do solo (BALOTA, 2018). 
Morfologicamente a estrutura do solo pode ser descrita quanto à sua forma em: blocos 
angulares, blocos subangulares e granulares, colunar, laminar e prismática. Quanto ao 
tamanho pode ser classificada em: muito pequena, pequena, média, grande e muitogrande. A 
disposição dessas partículas é que define a porosidade do solo (BALOTA, 2018). O 
crescimento das plantas de várias formas é diretamente influenciado pela estrutura do solo, 
sendo os efeitos sobre o alongamento radicular os mais claros e determinantes sobre a 
habilidade das raízes em extrair água e nutrientes do solo em quantidades adequadas 
(MULLER et al., 2001). 
Os microrganismos (bactérias, fungos, actinomicetos, algas e vírus) que podem 
alcançar bilhões de organismos pertencentes a mais de cinco mil diferentes espécies por 
grama de solo é o que compõe a microbiota que são os microrganismos que agem como 
agentes reguladores nos processos bioquímicos que ocorrem no solo, tais como a 
decomposição da matéria orgânica, a produção de metabólitos e ainda a degradação de 
agroquímicos (BALOTA, 2018). De acordo com Lepsch (2010), pelos indícios arqueológicos 
entende-se que o ser humano aprendeu que existem solos diferentes uns dos outros, que 
alguns podem ser demasiadamente úmidos, duros e arenosos e se diferenciavam em relação a 
produtividade. Segundo Veiga (2007) entre os séculos XVIII e XIX na Europa, originou-se a 
agricultura moderna, onde aconteceu a Revolução agrícola, que propiciou inúmeras mudanças 
tecnológicas e socioeconômicas, priorizando e valorizando o solo, viabilizando a aproximação 
22 
 
da pecuária e da agricultura, onde a criação de animais e a atividade agrícola se 
complementaram, firmando os alicerces da sociedade contemporânea. 
Conforme Azambuja (1996), à absorção e movimento da água no solo, aeração, 
penetração de raízes, facilidade de cultivo e erosão tem grande importância na estrutura do 
solo, onde a adequada estruturação do solo garante simples manuseio e adequada infiltração 
de água, mantendo dessa forma um suporte viável para a formação das plantas, por favorecer 
a passagem de ar e o avanço das raízes. A porosidade do solo, é um padrão referente com a 
ocupação do ar e da água no solo, resulta da textura, do grau de compactação e do teor de 
matéria orgânica existente no solo, comprovam Taylor e Brar (1991) em estudo realizado em 
relação ao efeito da compactação no desenvolvimento sobre as raízes das plantas, onde as 
mesmas tendem a ser afetadas pelos padrões estruturais do solo sobre a compactação do 
mesmo. 
O manejo de solo em maior adoção no Brasil, para o estabelecimento de espécies 
anuais, é o "plantio direto". Esse processo de manejo tem levado os solos à degradação física, 
com intensificação da erosão hídrica e elevação do risco de perda de rendimento da lavoura 
por déficit hídrico (EMBRAPA, 2017). A aplicação de gesso para tornar o Al indisponível, 
assim como para suprir nutrientes do solo para as plantas, pode proporcionar condições para a 
obtenção de elevada produtividade das culturas (RAMPIM et al., 2011). 
Para o monitoramento da fertilidade do solo, a análise do solo a cada dois anos é 
ferramenta fundamental para a tomada de decisão quanto à quantidade e periodicidade das 
adubações. A análise de solo deve ser obrigatória ao final do cultivo de soja onde houve a 
supressão da adubação com fósforo e potássio (SILVA et al., 2017). Perdas de nutrientes e 
matéria orgânica por erosão hídrica são fortemente influenciadas pelo manejo do solo. O uso 
de sistema de manejo inadequado pode causar poluição e eutroficação de mananciais, 
aumentar os custos com adubação e provocar a degradação de agroecossistemas (HERNANI 
et al., 1998). As modificações nos atributos químicos do solo verificadas com a utilização de 
gesso, tanto nas camadas superficiais quanto nas camadas subsuperficiais, ao fornecerem Ca e 
S melhoraram a nutrição mineral das espécies vegetais, aumentando a produtividade das 
culturas comerciais (RAMPIM et al., 2011). 
O plantio direto pode ser uma alternativa ao sistema convencional de preparo do solo e 
contribuir para a sustentabilidade de sistemas agrícolas intensivos, por manter o solo coberto 
por restos culturais ou por plantas vivas o ano inteiro, minimizando os efeitos da erosão e, 
ainda, manter o conteúdo de matéria orgânica (SILVEIRA et al., 2003). Azambuja (1996) 
define que os “latossolos” do ponto de vista das propriedades físicas são um dos melhores 
23 
 
solos, apresentando cerca de 60% de porosidade total, sendo fracionados50% em macroporos 
e 50% em microporos. 
Capeche (2008) relata existir uma concordância estrutural com a ação da água no solo 
e o desenvolvimento vegetal, resultando em melhor absorção e armazenamento da água no 
solo, melhor atividade biológica, espaço poroso maior para as trocas gasosas do sistema 
radicular, resistência maior à compactação e à erosão, e uma decomposição da matéria 
orgânica maior. Para assegurar a boa estruturação agrícola do solo é preciso que o manejo seja 
feito de forma adequada através de terraceamento, plantio em nível, eficiente sistema de 
irrigação, plantio direto, rotação de culturas, cultivares adaptados para a região, entre outros. 
A rotação de culturas exercida com o plantio direto, deixa no solo os resíduos culturais das 
diferentes espécies, contudo, esses resíduos culturais tendem a multiplicar os patógenos 
agentes causais de doenças, aparecimento de plantas daninhas, e dessa forma as sementes 
infectadas constituem as principais fontes de inóculos primários para fungos (PRESTES et al., 
2002). 
 
 
2.3 COMPACTAÇÃO E DESCOMPACTAÇÃO DO SOLO. 
 
Segundo Lepsch (2010), a aplicação de cargas na superfície resulta na compactação do 
solo gerando a ocorrência de resistência à penetração e diminuição da porosidade total, da 
macroporosidade, penetração e absorção de água. O piso dos animais e a preparação do solo 
influem diretamente nas especificidades físicas, químicas e biológicas do solo, afetando o 
sistema radicular e a produção das culturas e (SILVA et al, 2000). 
A compactação do solo reduz a infiltração, aumenta o escoamento superficial de água 
no solo, dificulta o crescimento do sistema radicular das plantas e reduz a absorção de 
nutrientes e, consequentemente, o rendimento das culturas (LUCIANO et al, 2012). A aeração 
do solo influi na solubilidade da água do solo e na manutenção dos processos aeróbicos. 
Enquanto que em condições de baixa aeração ocorrem os processos anaeróbicos, como a 
redução de sulfato e a desnitrificação (BALOTA, 2018). O uso de máquinas e implementos 
agrícolas com umidade do solo próxima ao limite de plasticidade é o principal fator que 
compacta os solos agrícolas, pois a água reduz a coesão e atua como lubrificante entre as 
partículas de solo, permitindo o deslizamento e o empacotamento das partículas quando este é 
submetido a algum tipo de pressão (LUCIANO et al., 2012). 
24 
 
No sistema de plantio direto a ausência ou revolvimento mínimo do solo favorece a 
manutenção de teores de água mais elevados em virtude da manutenção dos resíduos culturais 
(D. SECCO et al., 2004). Tráfego de máquinas agrícolas é a principal causa da compactação 
do solo, que foi intensificada pela modernização da agricultura, com o aumento do peso das 
máquinas e equipamentos e da intensidade de uso do solo. Esse processo não foi 
acompanhado por um aumento proporcional do tamanho e largura dos pneus, resultando em 
significativas alterações nas propriedades físicas do solo (RICHART et al., 2005). 
O volume total de um solo é constituído do volume das partículas minerais e orgânicas 
do solo e do volume de poros entre as partículas. O volume de um poro é ocupado com água e 
ar. O solo caracteriza-se compactado quando a proporção do volume total de poros para o do 
solo é inadequada ao máximo desenvolvimento de uma cultura ou manejo eficiente do campo. 
A compactação do solo pode ser considerada em relação à porosidade e densidade do solo e à 
resistência à penetração (MANTOVANI, 1987). 
A evolução rápida de extensas áreas mecanizadas acelerou o processo erosivo, visto 
que, em grande parte dessas áreas, a mecanizaçãoé feita de forma empírica, principalmente 
no que se refere, intensidade e condições de uso de máquinas e implementos. A partir de 
1975, intensificou-se o interesse pelo sistema de plantio direto, reconhecidamente eficiente no 
controle à erosão. Do ponto de vista de física do solo, é importante conhecer o seu 
comportamento em alguns solos e compará-lo ao sistema convencional de preparo, uma vez 
que ambos possuem características completamente diferenciados no que se refere a tráfego, 
intensidade de movimentação e exposição (VIERIA; MUZILLI, 1984). 
Segundo Lima (2004), pressões externas exercidas sobre o solo geram a compactação 
do solo e muitas de suas causas são o trafego de veículos agrícolas de pequeno, médio e 
grande porte, assim como a circulação de animais, exercendo altas cargas sobre o solo, 
compactando de forma gradual e continua. O processo de compactação de solo é o resultado 
físico da ação de forças mecânicas, assim como, a calagem que promove a substituição do 
elemento Al + H que tem ação de acidez do solo a o condicionamento do solo resulta no 
processo químico, já a decomposição dos resíduos orgânicos que oxigenam o solo efetuando a 
decomposição de todo o material residual deixado no solo é o que se denomina de processo 
biológico de compactação (EMBRAPA, 2000). O crescimento das plantas pode ter alterado 
uma série de fatores devido a compactação, como aeração, contenção de água, resistência à 
penetração das raízes, ocasionando e aumentando a sensibilidade à erosão do solo (SÁ, 2005), 
nestas circunstancias, ao atingir níveis críticos a compactação, esta assume destaque nas 
25 
 
relações do solo biológicas, físicas e químicas, que influenciam o desenvolvimento vegetativo 
ocasionando a redução da produtividade agrícola devido a degradação do solo. 
A perda de macroporosidade do solo é um dos problemas causados na estrutura física 
do solo pela agricultura. Primavesi (2009) demonstra que esta característica física influencia 
diretamente na dinâmica da drenagem e na infiltração de água no solo, promovendo a 
oxigenação das raízes e servindo como trajeto para sua expansão. Ainda, conforme a autora 
ao iniciar o cultivo em um solo, automaticamente é comprometida a sua estrutura física, tanto 
pelo empobrecimento em cátions e ânions e pela exposição do solo ao impacto das gotas de 
chuva quanto pela decomposição residual de matéria orgânica, deste modo, comprometendo a 
estabilidade da produção agrícola, pelas diversas razões do cultivo. Dentre elas salienta-se a 
monocultura, deficiência de nutrientes, aração profunda, exposição da superfície do solo, 
retorno deficiente da matéria orgânica ou sua adição excessiva, dentre outras. 
Segundo Kochhann et al., (2000), a descompactação do solo é vista como a melhoria 
da redução de sua consistência e dessa maneira o aumento do volume, mediante a interação de 
processos mecânicos e biológicos para possibilitar a separação dos agregados do solo. A 
descompactação mecânica do solo se baseia no conceito da subsolagem, onde procura quebrar 
camadas compactadas através de maquinas (escarificadores com hastes, subsoladores, entre 
outros) que exerçam atividades em profundidade maior do que os implementos de uso geral 
para a preparação do solo. 
Para auxiliar na descompactação do solo o processo biológico presta uma grande 
ajuda, assim como o processo mecânico, pois se associa ao acréscimo de massa orgânica ao 
solo, através do sistema radicular das plantas que, vivas, encham a macroporosidade do solo, 
conferindo equilíbrio aos agregados do solo, que, em decomposição, produzem resíduos 
orgânicos, através da liberação de substâncias cimentantes dos macroagregados do solo. A 
descompactação biológica é a alternativa onde pode-se usar plantas de cobertura com sistema 
radicular pivotante e desenvolvido, possuam a capacidade de crescimento em camadas 
compactadas, formando bioporos estáveis e melhorando os atributos físicos do solo 
(CUBILLA et al., 2002). 
Junto aos processos biológicos e mecânicos, pode se utilizar práticas alternativas para 
organizar o processo de descompactação do solo (EMBRAPA, 1998), como: 
 Modificar o percurso efetuado por máquinas, veículos e animais, para local distante 
da área compactada, perfazendo rotas alternativas e impedindo o acesso às áreas compactadas, 
promovendo um “repouso” à área compactada. 
26 
 
 Diminuir, ou alterar a área de cultivo onde existam solos compactados para que o 
mesmo possa fazer o repouso necessário, evitando todas as ações que possam prejudicar ainda 
mais esse solo. 
Os processos de preparação do solo são realizados para produzir condições favoráveis 
à germinação e ao desenvolvimento radicular das plantas. Contudo, alguns fatores podem 
levar a modificação da estrutura do solo como a umidade durante o preparo, o teor de matéria 
orgânica e de argila do solo, a profundidade de mobilização e o tipo de implemento, 
proporcionando restrições ao desenvolvimento das raízes (DE MARIA, et al. 1999). 
Nos diferentes sistemas de manejo do solo é fundamental a escolha e utilização dos 
equipamentos agrícolas, pois depende do tratamento a ser aplicado ao solo para exploração 
agrícola. Além do mais, a necessidade de energia nos sistemas de manejo do solo tendem 
definir as vantagens econômicas dos referidos sistemas (EMBRAPA, 2009). 
Resumidamente o arado de disco, arado de aiveca e arado escarificador são os 
equipamentos utilizados para à descompactação e preparo do solo na subsolagem, que é usada 
quando há presença de camadas compactadas em profundidades não atingidas por outros 
equipamentos, recomendada para o rompimento destas sem, entretanto, causar inversão do 
solo (CAMARGO; ALLEONI, 1997). Devido à grande utilização da mecanização nos 
processos agrícolas podem surgir alguns problemas em relação a produção, pois toda essa 
pratica envolve o intenso e incessante revolvimento do solo, desde o preparo inicial até a 
colheita do grão através de toda a modificação física do solo que compreendem vários fatores 
equipamentos, manejo de resíduos vegetais e condições de umidade do solo, segundo 
(VIEIRA; MUZILLI,1984). 
Conforme Seki et al., (2015), ao avaliar a intervenção da subsolagem, da utilização de 
mecanismos sulcadores tipo haste e da escarificação no processo de semeadura sobre a 
manutenção do solo com cobertura, a quantidade de água e a densidade do solo, assim como 
os efeitos sobre a produtividade em um Nitossolo Vermelho distroférrico, concluí que a 
influência é evidente da subsolagem e a escarificação na manutenção de cobertura, a 
densidade e o quantidade de água no solo após o processo de plantio, entretanto não 
interferiram no crescimento das plantas e na produtividade de grãos, sendo que, os efeitos da 
subsolagem e da escarificação tendem a persistir após a colheita, mantendo os valores de 
densidade do solo baixos. O uso de práticas inadequadas ou com pouco conhecimento técnico 
nas práticas agrícolas, como queima, plantio em áreas descobertas, excesso de preparo do solo 
sem o devido cuidado ao longo dos anos, causaram degradação física, química e biológica dos 
solos, reduzindo a produtividade e rendimento das culturas (PAULUS et al., 2008). 
27 
 
Para que consiga se aumentar a matéria orgânica e recuperar a vida, estrutura e 
fertilidade dos solos reduzindo a erosão, é o cultivo de plantas que façam a recuperação do 
solo ou o uso de adubos verdes de inverno e verão. As plantas que fazem a recuperação do 
solo no inverno devem ser cultivadas antes de efetuar a plantação dos cultivares de verão em 
processo de plantio direto ou cultivo mínimo enquanto que o plantio de adubos verdes de 
verão, que são bastante rústicos são aconselhados para a recuperação de áreas degradadas, 
com teores baixos de matéria orgânica (PAULUS et al., 2008). 
 
 
 
3 MATERIAL E MÉTODOS 
 
Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado ao curso de Agronomia, do Institutode 
Desenvolvimento Educacional de Passo Fundo, como parte dos requisitos para obtenção do 
grau de Bacharel em Agronomia. O experimento foi realizado em área particular no 
Município de Ibirapuitã, localizado no Norte do Estado do Rio Grande Do Sul, está localizado 
na Mesorregião do Noroeste Rio-grandense e Microrregião de Passo Fundo, Brasil, Latitude: 
28º 36' 50" S, Longitude: 52º 31' 17" W, altitude 641 metros, pluviosidade significativa ao 
longo do ano. Na vegetação, predominam campos abertos com matas nativas do tipo floresta 
subtropical com araucária e outras espécies de pinheiros e coníferas. Seu solo é argiloso, 
Classe 2 (Figura 01) com derramamentos basálticos, com partes planas e suaves planaltos 
(IBGE, 2010). A área é cultivada em sistema de plantio direto desde 2003, sendo utilizado a 
técnica de rotação de culturas com soja, trigo e milho. 
 
28 
 
Figura 01 - Perfil do solo utilizado no experimento classificado como Argiloso de Classe 2. Fonte: 
DALBOSCO, J.M. (2021). 
 
O clima da região varia frequentemente. É subtropical úmido. Apresenta uma 
temperatura média de 18ºC, com uma precipitação pluviométrica anual de 1.700mm. 
Apresenta invernos muito frios e chuvosos, com geadas nos meses de Junho e Julho. O verão 
é suave, com chuvas passageiras. A forma predominante de Relevo da Região Sul é a de 
Planaltos, tendo como linhas básicas a Serra do Mar e a Serra Geral, que se subdividem em 
inúmeras serras menores (IBGE, 2010). 
O experimento foi conduzido no delineamento de blocos ao acaso (DBA) (Figura 02) 
com quatro repetições. As parcelas têm as dimensões de 20 metros lineares por 3,60 metros de 
largura, delineamento experimental de blocos inteiramente casualizados, com velocidade de 
semeadura fixa. 
 
Figura 02: Blocos ao acaso com quatro repetições (DBA) Fonte: DALBOSCO, J.M. (2021). 
 
O plantio foi efetuado no mês de Junho de 2021, com uma semeadora-adubadora de 
precisão, marca Semeato SHM 15/17 de 15 Linhas, (Figura 03) com adubação taxa fixa e 
sementes distribuídas por disco. Como fonte de potência, utilizou-se um trator Valtra BM 
125i (Figura 04) 4x4, 125cv, 4400 Cilindradas (cm3), com Sistema hidráulico de 4760 kg de 
Capacidade máx. do olhal de elevação e 51,8 l/min de Vazão da bomba. 
 
29 
 
 
Figura 03: semeadora-adubadora de precisão, SHM 15/17 Fonte: DALBOSCO, J.M. (2021). 
 
 
Figura 04: Trator Valtra BM 125i Fonte: DALBOSCO, J.M. (2021). 
 
A cultivar utilizada para atingir os objetivos desta pesquisa foi a TBIO Sinuelo da 
Biotrigo Genética (Figura 05), onde que não serão feitos tratamentos específicos na semente, 
somente com Tensão Superficial (TS). A semeadura direta do trigo foi realizada pelo 
agricultor, com espaçamento entre linhas de 0,17 m, com uma deposição de sementes 
aproximada em 80 sementes por metro linear. 
 
30 
 
 
Figura 05: Semente TBIO Sinuelo da Biotrigo Genética Fonte: DALBOSCO, J.M. (2021). 
 
Apresenta um clima quente e temperado. Existe uma pluviosidade significativa ao 
longo do ano. Mesmo o mês mais seco ainda assim tem muita pluviosidade. A classificação 
do clima é Cfa segundo a Köppen e Geiger. Conforme Tabela 02, Ibirapuitã, local onde foi 
realizado o experimento tem uma temperatura média de 17.8 °C até outubro de 2021, e 
apresenta uma temperatura adequada para o plantio do trigo no mês de junho. A média anual 
de pluviosidade é de 1741 mm até outubro de 2021. 
 
Tabela 02: Dados Climatológicos Ibirapuitã-RS 
 Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro 
Temperatura média (°C) 22.9 22.5 21.4 19.1 15.3 14 13.1 15 16.5 19 
Temperatura mínima (°C) 19 18.8 17.7 15.3 11.9 10.5 9.2 10.8 12.3 14.7 
Temperatura máxima (°C) 27.4 27 26.1 23.9 19.8 18.6 18.2 20.4 21.8 24 
Chuva (mm) 200 186 161 157 168 151 168 122 172 255 
Umidade(%) 76% 78% 77% 76% 78% 80% 79% 76% 74% 75% 
Dias chuvosos (d) 13 12 10 8 7 7 8 7 9 11 
Horas de sol (h) 9.3 8.8 8.1 7.4 6.2 6.2 7.0 7.6 7.7 8.1 
Fonte: DALBOSCO, J.M (2021) 
 
A temperatura do solo é extremamente importante para que seja verificado o quanto 
pode ou não interferir na produtividade. Por isso foi analisada a temperatura do solo em 
10cm/ºC sendo verificada de 20 de maio de 2021 à 30 de maio de 2021 (Figura 06) e de 05 de 
junho de 2021 à 15 de junho de 2021 (Figura 07). 
 
31 
 
 
Figura 06 - Temperatura do solo 20/05/2021 à 30/05/2021 Fonte: DUX Agro 
 
 
Figura 07- Temperatura do solo 05/06/2021 à 15/06/2021. Fonte: DUX Agro 
 
A adubação foi realizada de acordo com interpretação da análise química de solo 
(Figura 08) seguindo a recomendação da Comissão de Química e Fertilidade do solo – RS/SC 
(2016). Foram utilizados 250 kg/ha da fórmula 5-30-15 de NPK e adubação em cobertura com 
uma aplicação de nitrogênio na dose de 150 kg/ha de ureia Cibra 46 00 00. 
 
32 
 
 
Figura 08 - Resultado da análise de solo onde a área experimental está localizada. Fonte: 
Labfertil(2020) 
 
Já o manejo de plantas daninhas foi realizado através da dessecação pré-semeadura 
com herbicida de contato não seletivo e aplicação de herbicida seletivo Hussar para cultura 
em pós emergência. Já para o controle de doenças foram realizados quatro tratamentos com 
fungicidas específicos para a cultura do Trigo. Após a coleta os dados foram submetidos a 
análise de variância e ao teste de Tukey a 5% de significância com utilização do programa 
estatístico Sisvar e, para a realização da análise de regressão e distribuição de frequência, a 
planilha eletrônica Excel. 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
O período compreendido entre o plantio e o cultivo da planta de trigo está com 
duração 107 dias, ou seja, a semente foi planta no solo no dia 14 de junho de 2021. Entre a 
data do plantio até o dia de hoje, as condições meteorológicas observadas foram de elevados 
índices de precipitação e temperatura média de 23,5ºC (Figura 09), sendo estas favoráveis ao 
desenvolvimento vegetal durante todo o ciclo da cultura. O total de chuva acumulada durante 
este período foi de 877 mm, sendo este, um volume considerado normal quando comparado 
aos dados normais do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), que apontam um volume 
médio de 452 mm de chuvas na região, no mesmo período. 
Na Figura 10, apresentam-se os índices mensais da precipitação e na Figura 11, 
apresentam-se as médias climatológicas durante o ano de 2021 na cidade de Ibirapuitã-RS. 
Observa-se, que houve uma precipitação bem satisfatória no mês de setembro em que foi 
efetuado o plantio, favorecendo assim a umidade do solo e, consequentemente, possibilitando 
33 
 
boas condições de emergência de plântulas. Observou-se que os meses sequentes obtiveram 
bons períodos de precipitação. 
 
 
Figura 09: - Temperatura ºC mensal na cidade de Ibirapuitã-RS Fonte: SOMAR Meteorologia(2021) 
 
 
Figura 10: - Precipitação mensal na cidade de Ibirapuitã-RS Fonte: SOMAR Meteorologia(2021) 
 
34 
 
 
Figura 11: - Médias Climatológicas de Ibirapuitã-RS Fonte: SOMAR Meteorologia(2021) 
 
As temperaturas ocorridas no período de desenvolvimento desta pesquisa estão entre 
as faixas consideradas ideais de acordo com alguns autores entre estes, Hoffmann Junior e 
colaboradores, assim, excluindo a possibilidade de interferência deste fator nos demais 
resultados da pesquisa. Os resultados obtidos ao final do plantio do Trigo demonstram que a 
compactação e descompactação do solo tem interferência direta nos parâmetros do cultivo, 
interferindo desde a raiz até a planta conforme demonstrado na Tabela 3, onde são colocados 
os dados da analise morfológica da planta, com os dados utilizados para análise, tanto na área 
compactada, quanto na área descompactada, assim como podem ser verificados na Tabela 4, 
os valores médios dos parâmetros das áreas. 
 
Tabela 3: Dados de análise morfológica da cultivar de Trigo. 
 
 ÁREA COMPACTADA ÁREA DESCOMPACTADA 
REPETIÇÃO 1 2 3 4 1 2 3 4 
PLANTA (cm) 61,0 62,054,0 61,0 105,0 91,0 95,0 100,0 
RAIZ (cm) 2,50 3,5 2,0 4,0 5,0 4,5 5,0 6,0 
ESPIGA (cm) 4,0 4,5 3,0 4,5 6,5 8,0 8,0 7,0 
Fonte: DALBOSCO, J.M. (2021) 
 
Tabela 4: Valores médios dos parâmetros da área compactada e descompactada. 
 
 PLANTA 
(cm) 
RAIZ(cm) 
 
ESPIGA(cm) 
Área Compactada 59 ab 3 ab 4 ab 
Área Descompactada 97 aa 5.1 aa 7.3 aa 
35 
 
Fonte: DALBOSCO, J.M. (2021) 
 
Pode-se verificar o desenvolvimento diferenciado das plantas desde o início do 
plantio, pois o desenvolvimento das plantas é muito melhor e mais rico na área onde foi 
efetuada a descompactação do solo, como pode ser visto na Figura 12, com 15 dias após o 
plantio, sendo que na Figura 13, com os mesmos 15 dias após o plantio é explicito a menor 
quantidade de plantas e com desenvolvimento bem deficitário. 
 
 
Figura 12: Planta com 15 dias em solo descompactado Fonte: DALBOSCO, J.M. (2021) 
 
 
Figura 13: Planta com 15 dias em solo compactado Fonte: DALBOSCO, J.M. (2021) 
 
O desenvolvimento das plantas foi acompanhado em todo o período para evidenciar a 
diferença existente entre os tipos de solo e o quanto pode ser benéfico o manejo de culturas e 
uma boa cobertura de solo para proteção da raiz que é essencial para firmar a planta ao solo, o 
que foi identificado aos 30 dias, percebe-se que a população de plantas de trigo é maior onde 
o solo é descompactado, conforme Figura 14 e Figura 15. 
 
36 
 
 
Figura 14: Planta com 30 dias em solo descompactado Fonte: DALBOSCO, J.M. (2021) 
 
 
Figura 15: Planta com 30 dias em solo compactado Fonte: DALBOSCO, J.M. (2021) 
 
Com o passar dos dias e em pleno desenvolvimento das plantas vai se tornando cada 
vez mais evidente o quanto influencia e é determinante para o cultivo da planta um solo bem 
cuidado, com rotação de culturas e com boa cobertura vegetal. O número de folhas e de 
perfilhos de plantas de trigo, são menores no solo compactado, conforme Tabela 4 e visto na 
Figura 16, pois ocorrem limitações físicas relacionadas a absorção de nutrientes pelas plantas, 
reduzindo bastante o número de folhas e de perfilhos. Já no solo descompactado pode-se 
verificar a superioridade das plantas conforme o que se pode analisar na Figura 17. 
 
37 
 
 
Figura 16: Tamanho e qualidade das plantas em solo compactado Fonte: DALBOSCO, J.M.(2021) 
 
 
Figura 17: Tamanho e qualidade das plantas em solo descompactado Fonte: DALBOSCO, J.M.(2021) 
 
Esses resultados comprovam o que observou BONELLI, et al. (2011), que verificaram 
redução no número de folhas e de perfilhos de capim Mombaça com o aumento dos níveis de 
compactação de solo. Segundo Dias (2014), a densidade do solo não limita o 
desenvolvimento da planta diretamente, mas afeta outros processos que exercem influência 
direta no crescimento das plantas, como a absorção de água e nutrientes. A produção de massa 
seca da parte aérea do trigo demonstrou redução de qualidade na área compactada em 
proporção a área descompactada, conforme STIRZAKER et al., (1996), relata que em solos 
muito compactados, tende a ocorrer rapidamente a diminuição de água e de nutrientes 
disponíveis ao sistema radicular que explora um pequeno volume de solo, refletindo na 
produção da parte aérea. 
 
38 
 
5 CONCLUSÃO 
 
O presente trabalho demonstrou que áreas compactadas reduzem a macroporosidade, a 
porosidade de aeração e aumentam a resistência do solo à penetração, implicando diretamente 
no sistema radicular das plantas, impedindo a planta de ter acesso aos nutrientes necessários 
para seu desenvolvimento. Assim como, baixa quantidade de água, confinado as raízes na 
parte superficial do solo, não proporcionando a sustentação necessária para que a planta se 
fortaleça e produza de forma adequada, tornando a mesma deficitária, em consequência a 
baixa produtividade do grão. 
Nos solos descompactados as plantas tendem a produzir melhor, pois tem sustentação 
e acesso a todos os nutrientes necessários para o desenvolvimento efetivo da planta, gerando 
grãos de qualidade, aumentando a produtividade, que é o esperado. Desse modo pode-se 
verificar que o cultivo da planta do trigo foi bastante afetada no solo compactado. 
 Por consequência quanto maior a densidade do solo, menor altura das plantas, menor 
produção de massa da parte aérea e principalmente é bastante prejudicial ao crescimento de 
raízes, pois é limitado. Logo, para se obter altas produtividades, na cultura do trigo deve ter 
cuidados com o solo, onde a cobertura vegetal e a descompactação são fundamentais para que 
o desempenho da planta seja adequado e gere um produto de qualidade, claro que esse 
processo conta com outros fatores importantes como irrigação, clima, manejo fitossanitário 
assim como, a escolha de cultivares de alto desempenho agronômico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
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44 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
45 
 
ANEXO 1: ANÁLISE QUÍMICA DE SOLO 
 
 
 
 
 
 
 
 
46 
 
ANEXO 2- ANÁLISE FÍSICA DO SOLO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
47 
 
ANEXO 03: TESTE SISVAR 
 
 
Arquivo analisado: 
C:\Users\janri\Desktop\DADOS.dbf 
-------------------------------------------------------------------------------- 
 Variável analisada: tamanho de PLANTA 
 Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y ) 
-------------------------------------------------------------------------------- 
 TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA 
-------------------------------------------------------------------------------- 
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc 
-------------------------------------------------------------------------------- 
TRATAMENTO 1 2926.125000 2926.125000 138.515 0.0013 
REPETI__O 3 88.375000 29.458333 1.394 0.3956 
erro 3 63.375000 21.125000 
-------------------------------------------------------------------------------- 
Total corrigido 7 3077.875000 
-------------------------------------------------------------------------------- 
CV (%) = 5.85 
Média geral: 78.6250000 Número de observações: 8 
-------------------------------------------------------------------------------- 
 Teste Tukey para a FV TRATAMENTO 
-------------------------------------------------------------------------------- 
DMS: 10,3429232251364 NMS: 0,05 
-------------------------------------------------------------------------------- 
Média harmonica do número de repetições (r): 4 
Erro padrão: 2,29809703885628 
-------------------------------------------------------------------------------- 
Tratamentos Médias Resultados do teste 
-------------------------------------------------------------------------------- 
1 59.500000 a1 
2 97.750000 a2 
-------------------------------------------------------------------------------- 
Variável analisada: PLANTA 
 
 Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y ) 
------------------------------------------------------------------------------- 
 TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA 
-------------------------------------------------------------------------------- 
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc 
-------------------------------------------------------------------------------- 
TRATAMENTO 1 2926.125000 2926.125000 138.515 0.0013 
REPETI__O 3 88.375000 29.458333 1.394 0.3956 
erro 3 63.375000 21.125000 
-------------------------------------------------------------------------------- 
Total corrigido 7 3077.875000 
-------------------------------------------------------------------------------- 
CV (%) = 5.85 
Média geral: 78.6250000 Número de observações: 8 
-------------------------------------------------------------------------------- 
 Teste Tukey para a FV TRATAMENTO 
-------------------------------------------------------------------------------- 
DMS: 10,3429232251364 NMS: 0,05 
-------------------------------------------------------------------------------- 
 
Média harmonica do número de repetições (r): 4 
Erro padrão: 2,29809703885628 
-------------------------------------------------------------------------------- 
Tratamentos Médias Resultados do teste 
-------------------------------------------------------------------------------- 
1 59.500000 a1 
2 97.750000 a2 
-------------------------------------------------------------------------------- 
 Variável analisada: RAIZ 
 Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y ) 
-------------------------------------------------------------------------------- 
 TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA 
-------------------------------------------------------------------------------- 
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc 
-------------------------------------------------------------------------------- 
TRATAMENTO 1 9.031250 9.031250 24.771 0.0156 
REPETI__O 3 2.593750 0.864583 2.371 0.2484 
erro 3 1.093750 0.364583 
-------------------------------------------------------------------------------- 
Total corrigido 7 12.718750 
48 
 
-------------------------------------------------------------------------------- 
CV (%) = 14.86 
Média geral: 4.0625000 Número de observações: 8 
-------------------------------------------------------------------------------- 
 Teste Tukey para a FV TRATAMENTO 
-------------------------------------------------------------------------------- 
DMS: 1,35876185979581 NMS: 0,05 
-------------------------------------------------------------------------------- 
Média harmonica do número de repetições (r): 4 
Erro padrão: 0,30190368221228 
-------------------------------------------------------------------------------- 
Tratamentos Médias Resultados do teste 
-------------------------------------------------------------------------------- 
1 3.000000 a1 
2 5.125000 a2 
-------------------------------------------------------------------------------- 
Variável analisada: RAIZ 
 
 Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y ) 
-------------------------------------------------------------------------------- 
 TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA 
-------------------------------------------------------------------------------- 
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc 
-------------------------------------------------------------------------------- 
TRATAMENTO 1 9.031250 9.031250 24.771 0.0156 
REPETI__O 3 2.593750 0.864583 2.371 0.2484 
erro 3 1.093750 0.364583 
-------------------------------------------------------------------------------- 
Total corrigido 7 12.718750 
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