Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DE PASSO FUNDO FACULDADES IDEAU CURSO DE AGRONOMIA COMPACTAÇÃO DO SOLO NO DESENVOLVIMENTO DA CULTURA DO TRIGO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO JANRIE MULLER DALBOSCO PASSO FUNDO/RS 2021 2 JANRIE MULLER DALBOSCO COMPACTAÇÃO DO SOLO NO DESENVOLVIMENTO DA CULTURA DO TRIGO Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado ao curso de Agronomia, do Instituto de Desenvolvimento Educacional de Passo Fundo, como parte dos requisitos para obtenção do grau de Bacharel em Agronomia. Orientador: Prof. Me. Guilherme Victor Vanzetto. PASSO FUNDO/RS 2021 3 INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DE PASSO FUNDO FACULDADES IDEAU CURSO DE AGRONOMIA A comissão examinadora, abaixo assinada, aprova o Trabalho de Conclusão de Curso COMPACTAÇÃO DO SOLO NO DESENVOLVIMENTO DA CULTURA DO TRIGO ELABORADO POR JANRIE MÜLLER DALBOSCO Como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Agronomia Aprovado em:___/___/___ COMISSÃO EXAMINADORA: ________________________________ Prof. Me. Guilherme Victor Vanzetto - IDEAU _____________________________________ Prof. Dr. Fabiola Stockmans De Nardi - IDEAU ______________________________________ Dr. Francisco Wilson Reichert Junior PASSO FUNDO/RS 2021 4 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho em especial aos meus pais, meus amigos e colegas e a todos aqueles que contribuíram para sua realização. 5 AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus pela infinita misericórdia de guiar o melhor caminho e abençoar a minha vida. Aos meus pais Sulimar Dalbosco e Cléria Muller pelo amor, pelo incentivo e apoio em todas minhas conquistas. Aos colegas de turma que no decorrer da graduação, nos tornamos cada vez mais amigos. Ao meu orientador Prof. Me. Guilherme Victor Vanzetto o qual teve papel fundamental dando apoio, ensinando, não medindo esforços quanto a disponibilização de tempo e dedicação para a realização deste trabalho. Aos professores que no decorrer do curso transmitiram seu conhecimento e suas experiências das atividades do “AGRO” de forma geral e outras disciplinas que tivemos no curso. A todos vocês, MEU MUITO OBRIGADO. 6 “O grau mais elevado da sabedoria humana é saber adaptar o seu caráter às circunstâncias e ficar interiormente calmo apesar das tempestades exteriores.” (Daniel Defoe) 7 RESUMO O presente trabalho justifica-se pela importância da verificação da compactação do solo que ainda é considerado um empecilho que limita a produtividade em muitas áreas agrícolas, influenciando em diversos fatores como diminuição de macroporos do solo diminuindo a retenção e disponibilidade de água, menor taxa de mineralização da matéria orgânica tornando o solo mais resistente a penetração o que acaba diminuindo o tamanho das raízes e interferindo na absorção de nutrientes. Teve como objetivo principal analisar qual a interferência da compactação do solo na disponibilidade de nutrientes para o trigo e como influencia seu desenvolvimento a fim de procurar compreender as possíveis causas de perdas de produtividade em solos mais densos, avaliando a produtividade do trigo em solos de diferentes densidades, assim como, os objetivos específicos visam analisar níveis de nutrientes para conhecer qual o estado geral da fertilidade do solo; analisando a resistência a penetração que compreende o nível de compactação presente na área; verificando o porte de planta e sistema radical em diferentes estádios de desenvolvimento. A principal hipótese é que se diminuir a compactação do solo, então a cultura do trigo obterá melhor desenvolvimento. Pode-se verificar o desenvolvimento diferenciado das plantas desde o início do plantio, pois o desenvolvimento das plantas é muito melhor e mais rico na área onde foi efetuada a descompactação do solo, verificando-se que o número de folhas e de perfilhos são menores, quanto maior a densidade do solo, menor altura das plantas, menor produção de massa da parte aérea e principalmente o crescimento das raízes é limitado. Palavras-chave: Desenvolvimento; Interferência; Planta; Produtividade. 8 ABSTRACT This work is justified by the importance of verifying soil compaction, which is still considered an obstacle that limits productivity in many agricultural areas, influencing several factors such as a decrease in soil macropores, reducing water retention and availability, lower rate of mineralization of organic matter making the soil more resistant to penetration, which ends up reducing the size of the roots and interfering with the absorption of nutrients. Its main objective was to analyze the interference of soil compaction on the availability of nutrients for wheat and how it influences its development in order to understand the possible causes of productivity losses in denser soils, evaluating wheat productivity in different soils. densities, as well as the specific objectives aim to analyze nutrient levels to know the general state of soil fertility; analyzing the resistance to penetration which comprises the level of compaction present in the area; verifying plant size and root system at different stages of development. The main hypothesis is that if soil compaction is reduced, then the wheat crop will obtain better development. It is possible to verify the differentiated development of the plants from the beginning of planting, as the development of the plants is much better and richer in the area where the soil was decompacted, verifying that the number of leaves and tillers are smaller, the higher the soil density, the lower the plant height, the lower shoot mass production, and especially the root growth is limited. Keywords: Development; Interference; Plant; Productivity. 9 LISTA DE FIGURAS Figura 01 - Perfil do solo utilizado no experimento.............................................. 27 Figura 02: Blocos ao acaso com quatro repetições (DBA).................................... 28 Figura 03: semeadora-adubadora de precisão, SHM 15/17................................... 28 Figura 04: Trator Valtra BM 125i.......................................................................... 29 Figura 05: Semente TBIO Sinuelo da Biotrigo Genética...................................... 29 Figura 06 - Temperatura do solo 20/05/2021 à 30/05/2021.................................. 30 Figura 07- Temperatura do solo 05/06/2021 à 15/06/2021................................... 31 Figura 08 - Resultado da análise de solo onde a área experimental está localizada.................................................................................................................. 31 Figura 09: - Temperatura ºC mensal na cidade de Ibirapuitã-RS........................... 32 Figura 10: - Precipitação mensal na cidade de Ibirapuitã-RS................................. 33 Figura 11: - Médias Climatológicas de Ibirapuitã-RS............................................ 33 Figura 12: Planta com 15 dias em solo descompactado......................................... 34 Figura 13:Planta com 15 dias em solo compactado............................................... 34 Figura 14: Planta com 30 dias em solo descompactado......................................... 35 Figura 15: Planta com 30 dias em solo compactado............................................... 35 Figura 16: Tamanho e qualidade das plantas em solo compactado........................ 36 Figura 17: Tamanho e qualidade das plantas em solo descompactado .................. 36 10 LISTA DE TABELAS Tabela 01: Estádios do plantio a colheita da Planta de Trigo................................. 19 Tabela 02: Dados Climatológicos Ibirapuitã-RS.................................................... 30 Tabela 03: Dados de análise morfológica da cultivar de Trigo................................ 34 Tabela 04:Valores médios dos parâmetros da área compactada e descompactada.. 34 11 LISTA DE ABREVIATURAS/SIGLAS ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas Apassul- Associação dos Produtores de Sementes e Mudas do RS EMBRAPA- Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária IBGE- Instituto brasileiro de geografia e estatística INMET- Instituto Nacional de Meteorologia K- Potássio MAPA- Ministério da Agricultura e Abastecimento MO- Matéria Orgânica MOS- Matéria Orgânica do Solo N- Nitrogênio P- Fósforo PC- Plantio Convencional PD- Plantio Direto RS- Rio Grande do Sul SC- Santa Catarina TCC- Trabalho de Conclusão de Curso TS- Tensão Superficial 12 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ...............................................................................................................13 2 REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................................. 15 2.1 CARACTERÍSTICAS, ESTÁDIOS E QUALIDADE INDUSTRIAL DO TRIGO.......... 17 2.2 O SOLO ........................................................................... Erro! Indicador não definido.20 2.3 COMPACTAÇÃO E DESCOMPACTAÇÃO DO SOLO................................................Erro! Indicador não definido.23 3 MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................................ 27 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................................ 32 5 CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 37 REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 38 ANEXOS..................................................................................................................................43 13 1 INTRODUÇÃO A compactação influencia no desenvolvimento do trigo... é fundamental que o solo seja de boa qualidade, fértil e produtivo, onde a compactação desse solo pode vir a influenciar na qualidade do produto final. O solo é dividido fases, fase sólida, fase liquida e fase gasosa, esta última é de suma importância para garantir o desenvolvimento estrutural do solo, sendo responsável pela drenagem da água da chuva e também aeração do solo. A Matéria Orgânica (MO) é importante para a característica textural do solo levando em conta que tem menor densidade, além de disponibilizar nutrientes diretamente, após sua mineralização, contudo em solo muito compactados a presença de MO em profundidade é mínima o que dificulta a mineralização e densifica essa fração mais profunda, em solos muito densos a mobilidade dos nutrientes é comprometida pois há menor espaço para absorção da solução do solo. O presente trabalho justifica-se pela importância da verificação da compactação do solo que ainda é considerado um empecilho que limita a produtividade em muitas áreas agrícolas, influenciando em diversos fatores como diminuição de macroporos do solo diminuindo a retenção e disponibilidade de água, menor taxa de mineralização da MO tornando o solo mais resistente a penetração o que acaba diminuindo o tamanho das raízes e interferindo na absorção de nutrientes, além de aumentar a interação dos íons fosforo (P) e potássio (K) com o os colóides, o que dificulta a difusão destes nutrientes, afetando diretamente o desenvolvimento da cultura do Trigo provocando perdas na rentabilidade. Por isso é importante que a cultura se desenvolva adequadamente, desse modo vários manejos podem ser efetuados de maneiras mais corretas e com maior eficácia, levando em consideração vários fatores como a sanidade da planta, desenvolvimento e produtividade. O primeiro passo para uma lavoura com boa sanidade é garantir um manejo adequado, isso está diretamente ligado com o solo para o plantio, desse modo é imprescindível que este apresente boas características estruturais, pois assim haverá uma correta absorção dos nutrientes pelas plantas além de ser necessária menor dose de produtos químicos para obter a produtividade desejada, resultando em um manuseio de sucesso. 14 Dessa forma, o objetivo deste trabalho é analisar qual a interferência da compactação do solo na disponibilidade de nutrientes para o trigo e como influencia seu desenvolvimento a fim de procurar compreender as possíveis causas de perdas de produtividade em solos mais densos, avaliando a produtividade do trigo em solos de diferentes densidades, assim como, os objetivos específicos visam analisar níveis de nutrientes para conhecer qual o estado geral da fertilidade do solo; analisando a resistência a penetração que compreende o nível de compactação presente na área; verificando o porte de planta e sistema radical em diferentes estádios de desenvolvimento afim de observar possíveis problemas e fazer a análise da taxa de micro e macroporos presente do solo buscando explicar como estes interferem na aeração e água no solo. A principal hipótese é que se diminuir a compactação do solo, então a cultura do trigo obterá melhor desenvolvimento. A formação de camadas mais densas diminui o desenvolvimento e crescimento das culturas, devido ao aumento da resistência à penetração e a diminuição do aprofundamento das raízes no perfil do solo. Solos sob o sistema de plantio direto possuem maior capacidade de suporte de carga e são menos suscetíveis à compactação, em relação a solos revolvidos. A compactação do solo afeta de diferentes formas as suas propriedades físicas, crescimento e rendimento de culturas. 15 2 REFERENCIAL TEÓRICO Originário nas regiões montanhosas do Sudoeste Asiático o Trigo, Triticum aegilopoides (Einkorn) é provável ancestral de todos os outros tipos de trigo, sendo esse o que contem 7 cromossomos (MUNDSTOCK, 1983). O trigo pertence à família das gramíneas, Poaceae, subfamília Pooideaee ao gênero Triticum, é um dos grãos com maior produtividade mundial, sendo que foi a primeira cultura a ser utilizada em grande escala pelo homem, bem adaptada em várias partes do mundo, possui características morfológicas bastante parecidas às outras culturas de inverno como a cevada, a aveia, o centeio e a triticale. O grão de trigo possui grande valor nutricional em relação às outras culturas, contendo baixo teor de água, facilitando o transporte e processamento dos grãos (SCHEEREN et al., 2011). A espécie de trigo Triticum aestivum, é hexaplóide, com três genomas (A, B, D), estreitamente relacionados cada um com sete cromossomos (2n=6x=42 cromossomos). É uma espécie autógama, com flores perfeitas que, em normais condições de cultivo, apresenta frequênciabaixa de polinização cruzada (MENEGUSSI, et al. 2010). O primeiro relato no Brasil da planta de trigo (Triticum) foi por volta de 1534 e obteve uma excelente aceitação dos produtores no Sul do Brasil, no estado do Rio Grande do Sul começou a ser cultivado em áreas maiores onde encontrou condições climáticas favoráveis para sua produtividade desempenho serem bastante rentáveis, também obteve boa produtividade e rendimento no Mato Grosso do Sul e demais regiões (ROSSI; NEVES, 2004). No Brasil as variedades de trigo cultivadas pertencem principalmente à espécie aestivum, sendo essa a espécie mais cultivada em todo o mundo e que melhor se adequa a panificação. A Triticum durum é a espécie utilizada principalmente para produção de macarrão e outras massas tendo seu cultivo bastante expressivo na Índia, Rússia, Europa América do Norte e Norte da África (ABITRIGO, 2009). O trigo é um dos cereais mais produzidos mundialmente, principalmente pela grande demanda de seus derivados como: pães, massas, biscoitos, entre outros. Dessa forma, o trigo exerce papel fundamental na agricultura, sendo considerado pelos agricultores de extrema necessidade para a rotação de cultura, sem esquecer que é de suma importância alimentar, 16 utilizado mundialmente para abastecimento da alimentação humana, é fonte de proteínas, gordura, fibra, cálcio, ferro, ácido fólico, é um dos principais fornecedores de energia para o dia a dia, tendo desempenho em várias outras atividades (COSTA et al., 2008). Na última safra, a área de trigo teve um crescimento de 14,8% no País com relação ao ano anterior, obtendo uma produtividade 5,4% maior, contemplando a maior produção do grão desde o ano 2000. Conforme a Apassul (Associação dos Produtores de Sementes e Mudas do RS), o Estado do Rio Grande do Sul já conta com mais de 89 mil hectares aprovados para a produção de sementes de trigo no Rio Grande do Sul, demonstrando um aumento de 18% em relação à safra anterior (IBGE, 2019). Mesmo que a produção de trigo seja historicamente conhecida como cultura de inverno e seja, inicialmente, exclusivamente produzida na Região Sul do Brasil, atualmente, com todo o desenvolvimento e melhoramento genético o cultivo do trigo foi disseminado para outras regiões Brasileiras, como no Centro Oeste e Sudeste, os quais já apresentam boa contribuição para a produção nacional (EMBRAPA, 2006). O trigo é considerado um dos grãos mais importantes para a alimentação humana pois possui uma composição única de proteínas que permite a fabricação de inúmeros produtos destinados ao consumo humano, como por exemplo biscoitos, bolos, farinhas, pães e massas alimentícias. Consequentemente, o grão de trigo destaca-se por ser mundialmente consumido (JOSHI et al., 2007; MAPA, 2013). Além do exposto acima, cabe enfatizar que o trigo é de suma importância na alimentação animal, não somente pela produção da ração, mas também para o provimento de forragem, na forma de feno, ensilagem ou naturalmente em pastejo, com variedades adaptadas geneticamente para cada situação. O trigo como cultura de inverno é extremamente importante para que seja provido o sustento de pequenas e médias propriedades da região sul do Brasil, devido a excelente adaptação ao clima e fazendo parte do sistema de rotação de culturas com a soja e o milho no sistema de semeadura direta, garantindo poder econômico e sustentabilidade das propriedades (GEWEHR, 2012). A cultura do trigo tem seu desenvolvimento dividido basicamente em três principais fases consecutivas: vegetativa, reprodutiva e enchimento de grãos. A fase vegetativa engloba o período desde a semeadura até o estádio de duplo anel, passando pela germinação e emergência. A fase reprodutiva compreende desde o estádio de duplo-anel até a antese ou floração, onde acontece a diferenciação de estruturas florais e determinação de número de flores férteis. A fase de enchimento de grãos vai desde a antese até a maturação fisiológica que define a massa dos grãos (CUNHA et al., 2002). Todos esses aspectos referentes ao 17 crescimento e desenvolvimento da planta são de extrema importância para que seu rendimento seja apropriado e para que os possíveis problemas causados pelo clima possam ser contidos de maneira eficiente (SCHEEREN et al., 2011). Segundo Sá et al., (2001); Séguy et al., (2006) indiscutivelmente o cultivo do grão no inverno, contribui com inúmeros fatores relacionados ao solo, principalmente na proteção e/ou estruturação física e na composição química e biológica do mesmo. Além de fazer a cobertura sobre o solo após a colheita, os resíduos do trigo fazem um processo lento de decomposição, devido a sua elevada relação C/N, favorecendo assim na ciclagem de nutrientes permanecendo por um longo período sobre o solo, isso acontece devido ao trigo apresentar uma maior quantidade de lignina quando relacionado a outras culturas de inverno. Oliveira e Borszowskei (2012), concluíram em suas pesquisas que a palha do trigo apresentou-se permanente durante a sua decomposição ao longo dos 140 dias após o manejo, sendo que a taxa de liberação dos nutrientes N e P foi lenta e gradativa durante o período. Observaram ainda que o elemento K existente nos resíduos da cultura é liberado logo após o manejo. A liberação progressiva do nutriente N é de fundamental importância para o sistema, visto que é um elemento de grande mobilidade do solo (SÁ; BORSZOWSKEI, 2009). As condições climáticas como temperatura e as precipitações alteram o fluxo do N no solo, submetendo-o a degradação por microrganismos ocasionando a mineralização, o que ao longo do tempo tende a propiciar melhor aproveitamento deste elemento pela cultura seguinte ao trigo (WENDLING, 2005). Conforme Kliemann et al., (2006), a putrefação dos resíduos de uma plantação depende da sua origem no vegetal, da fertilidade do solo, do volume, do clima, do sistema de manejo dos resíduos, mas principalmente dos fatores climáticos como temperatura e pluviosidade. 2.1 CARACTERÍSTICAS, ESTÁDIOS E QUALIDADE INDUSTRIAL DO TRIGO Conforme o glossário do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (BRASIL, 2009), a definição de Triticum aestivum (L.) Fiori et Paoletti é uma cariopse longo elíptico-obovado, de cor amarelada a castanho -amarelado. Seu tamanho varia com as cultivares. Os dois lados são mais ou menos convexos, o lado ventral com sulco longitudinal de raso a profundo, ápice com tufo de pelos; o lado dorsal, na extremidade mais estreita, com área do embrião obovada. 18 A planta de trigo possui raiz fasciculada, caule do tipo colmo oco (com entre nós), no início do desenvolvimento uma pseudo folha (coleóptilo) protege o desenvolvimento do mesocótilo e emissão da Plúmula (1ª folha). No final as plantas têm em torno de 5 a 6 folhas, correspondentes aos entre nós, compostas por bainha, lâmina, lígula e um par de aurículas, normalmente pilosas, na base da lâmina. A disposição das folhas é alternada (EMBRAPA, 2009). O grão de trigo possui um grão do tipo cariopse armazena grande quantidade de proteínas e amido e se divide em quatro principais partes que são: tegumento, nucelo, camada de aleurona e endosperma (EMBRAPA, 2009). O Tegumento é a camada de células que recobre a semente e posteriormente forma o ovário, o Nucelo em conjunto com o tegumento formam uma fenda com deposição lipoide que cria uma camada semipermeável com função de retenção de nutrientes e barreira antipatogênica; a Camada de aleurona é uma camada de células que possuem proteínas de catálise, sendo diferentes das que compõe o endosperma. São ricas em substâncias graxas e em compostos nitrogenados e não contém amido, o Endosperma forma a maior parte do grão, constituído por células que contém principalmente amido e proteína, carboidrato, além de ferro e vitaminas do complexo B (riboflavina, niacina, tiamina) e o Gérmen ou embriãoque é o órgão mais complexo da semente nele se encontram as estruturas que darão origem a nova planta. Habitualmente é separado, pois possui quantidade de gordura que interfere na qualidade na conservação da farinha (EMBRAPA, 2009). A planta de trigo pode conter algumas variações, mas no geral sua composição química contém: 13% de água, 13% de proteína, 2% de óleo, 2% de fibras, 2% de minerais e 67% de Amido (Extratos não nitrogenados). (EMBRAPA, 2009). Para o bom cultivo do trigo a temperatura adequada é em tomo de 20°C, sendo considerada ideal de 15 a 20°Cpara o afilhamento, de 20 e 25°C para o desenvolvimento das folhas e de 18 a 24°C para fertilização. A temperatura menor do que -1°C durante a floração e menores do que -2°C durante a formação de grãos devido as geadas podem vir a prejudicar a qualidade e o enchimento de grãos. O ciclo de desenvolvimento da planta de trigo são as mudanças em sua morfologia externa, é um aspecto que deve ser considerado, o que pode auxiliar na caracterização dos respectivos estádios de desenvolvimento da planta, críticos na composição do rendimento de grãos. A profundidade de semeadura deve ser realizada em concordância com as condições de ambiente local (CUNHA et al., 2000). De acordo com a escala de Feekes (1940), modificada por Large (1954) a planta de trigo é dividida em cinco estádios afilhamento, alongamento do colmo, espigamento, 19 florescimento e maturação, onde cada estádio possui suas subdivisões, conforme Quadro 01 Estádios da Planta de Trigo, pode-se verificar todo o processo do plantio a colheita, ficando bem especificados todos os estádios da planta. Tabela 1: Estádios do plantio a colheita da Planta de Trigo Estádio de Afilhamento Estádio de Alongamento do Colmo Estádio de Espigamento Estádio de Florescimento Estádio de Maturação 1: Emergência do coleóptilo e das primeiras folhas. 6: Primeiro nó do colmo visível na base. 10.1: Primeiras espigas visíveis 10.5.1: Início do florescimento. 11.1: Grão em estádio leitoso. 2: Início do afilhamento. 7: Segundo nó do colmo visível. 10.2: ¼ do processo de espigamento. 10.5.2: Florescimento completo na ponta da espiga. 11.2: Grão em estádio de massa (macio e seco). 3: Afilhos formados, folhas em espiral 8: Última folha é visível. 10.3: ½ do processo de espigamento completo. 10.5.3: Florescimento completo na parte da base da espiga. 11.3: Grão duro. 4: Alongamento das bainhas foliares. 9: Lígula da última folha é visível. 10.4: ¾ do processo de espigamento completo. 10.5.4: Florescimento terminado grão no estádio aquoso. 11.4: Grão maduro. Palhas secas. 5:Pseudocaule fortemente desenvolvido, bainhas foliares eretas. 10: Emborrachamento, espigas ainda não visíveis. 10.5: Toda a espiga fora da bainha. Fonte: Escala de Feekes & Large (Large, 1954) Para o produtor, o trigo que possui boas características agronômicas é considerado de qualidade superior, sendo fundamental características como alto potencial de produção, resistência a doenças e pragas e elevado peso do hectolitro, sendo que a qualidade também pode ser definida como o resultado da interação do potencial genético do cultivar e dos efeitos das condições de solo e de clima, da incidência de pragas e doenças, do manejo da cultura, bem como nas operações de colheita, de secagem e de armazenamento (EMBRAPA, 1996). Diversos fatores limitam a produtividade da cultura do trigo, dentre os quais se destaca a competição imposta por plantas daninhas. A intensidade da competição normalmente é avaliada por meio de decréscimos de produção e/ou pela redução no crescimento da planta cultivada, como respostas à competição pelos recursos de crescimento disponíveis no ambiente (AGOSTINETTO et al., 2008). 20 Conforme a normativa Nº 7 do Ministério da Agricultura e Abastecimento – MAPA, o trigo possui classes definidas de acordo com a Alveografia que analisa a firmeza e flexibilidade da massa; Índice de Queda que é uma medida indireta da enzima alfa-amilase no aparelho “Filling number” e expresso em segundos, e são elas: brando, pão, melhorador e durum. Ainda de acordo com a normativa Nº 7 do Ministério da Agricultura e Abastecimento- MAPA de 15/08/01 os tipos de trigo de acordo com a indústria são distintos conforme critérios que têm como base o pH (peso hectolitro), porcentagem de impurezas e umidade e quantidade de grãos danificados (chochos, quebrados, mofados, ardidos). Tipo 1: pH (peso hectolitro), acima de 78, umidade 13% e até 1% de impureza, 0,5% grãos mofados e ardidos, 1,5% de grãos chochos e quebrados; Tipo 2: pH (peso hectolitro), entre 75 e 77, umidade 13% e até 1,5% de impureza, 1% grãos mofados e ardidos, 2,5% de grãos chochos e quebrados; Tipo 3: pH (peso hectolitro), entre 70 e 74, umidade 13% e até 2% de impureza, 2% grãos mofados e ardidos, 5% de grãos chochos e quebrados; Estes critérios de avaliação e separação são abrangentemente utilizados na indústria para determinar o destino do grão pela qualidade e fabricação dos subprodutos do trigo, pois os alimentos oriundos do trigo são importantíssimos, pois são fontes de proteínas, carboidratos complexos, fibras, gorduras, tiaminas, riboflavina, niacina, minerais, ferro e zinco. Alguns fatores genéticos e ambientais, como solo, clima, tratos culturais, e outros podem afetar a qualidade industrial do trigo (GUARIENTI, et al., 2000). 2.2 O SOLO O solo sustenta a biodiversidade terrestre, sendo um dos recursos naturais mais importantes de todo o planeta, a maior parte de todo o alimento consumido vem direta ou indiretamente de cultivos e pastagens. O solo tem a função de receber toda a água da chuva que emerge diretamente em nascentes, rios, lagos (EMBRAPA SOLOS 2018). O solo é um elemento natural responsável por abrigar as espécies vegetais e também por ser o meio de sobrevivência do ser humano e dos animais, embora a má conservação e utilização dos solos façam com que eles se tornem incultiváveis. Para que o solo tenha qualidade necessita fornecer adequadas condições para o desenvolvimento e crescimento das plantas, regular e fracionar os fluxos da água, propiciar a ciclagem de importantes elementos como Carbono (C), Fósforo (P), Nitrogênio (N), e Potássio (K), entre outros (EMBRAPA, 21 2010). Ao classificar o solo obtemos uma coleção de corpos naturais, constituído por partes líquidas e gasosas, sólidas, dinâmicos, tridimensionais, formados por materiais orgânicos e minerais que ocupam grande parte do manto superficial das extensões continentais do nosso planeta, contém matéria viva e podem ser vegetados na natureza onde ocorrem e, eventualmente, terem sido modificados por interferências antrópicas (EMBRAPA, 2006). Solos que são cultivados com o sistema de plantio convencional (PC) possuem uma distribuição mais ou menos uniforme da matéria orgânica do solo (MOS), nos primeiros 20 cm do perfil do solo, devido à periódica inversão e mistura das camadas superficiais pelo revolvimento do solo feito pela operação com arado e gradagem. Em algumas situações, pode acontecer um aumento dos teores da matéria orgânica do solo nas camadas de subsolo pelo fato dos dejetos residuais das culturas serem mecanicamente misturados pelas operações de preparo do solo. Entretanto, a prática do sistema de plantio direto (PD), a longo prazo, possibilita a gradual estratificação da matéria orgânica do solo nas camadas superficiais do perfil, devido à inexistência de revolvimento do solo (BALOTA, 2018). Morfologicamente a estrutura do solo pode ser descrita quanto à sua forma em: blocos angulares, blocos subangulares e granulares, colunar, laminar e prismática. Quanto ao tamanho pode ser classificada em: muito pequena, pequena, média, grande e muitogrande. A disposição dessas partículas é que define a porosidade do solo (BALOTA, 2018). O crescimento das plantas de várias formas é diretamente influenciado pela estrutura do solo, sendo os efeitos sobre o alongamento radicular os mais claros e determinantes sobre a habilidade das raízes em extrair água e nutrientes do solo em quantidades adequadas (MULLER et al., 2001). Os microrganismos (bactérias, fungos, actinomicetos, algas e vírus) que podem alcançar bilhões de organismos pertencentes a mais de cinco mil diferentes espécies por grama de solo é o que compõe a microbiota que são os microrganismos que agem como agentes reguladores nos processos bioquímicos que ocorrem no solo, tais como a decomposição da matéria orgânica, a produção de metabólitos e ainda a degradação de agroquímicos (BALOTA, 2018). De acordo com Lepsch (2010), pelos indícios arqueológicos entende-se que o ser humano aprendeu que existem solos diferentes uns dos outros, que alguns podem ser demasiadamente úmidos, duros e arenosos e se diferenciavam em relação a produtividade. Segundo Veiga (2007) entre os séculos XVIII e XIX na Europa, originou-se a agricultura moderna, onde aconteceu a Revolução agrícola, que propiciou inúmeras mudanças tecnológicas e socioeconômicas, priorizando e valorizando o solo, viabilizando a aproximação 22 da pecuária e da agricultura, onde a criação de animais e a atividade agrícola se complementaram, firmando os alicerces da sociedade contemporânea. Conforme Azambuja (1996), à absorção e movimento da água no solo, aeração, penetração de raízes, facilidade de cultivo e erosão tem grande importância na estrutura do solo, onde a adequada estruturação do solo garante simples manuseio e adequada infiltração de água, mantendo dessa forma um suporte viável para a formação das plantas, por favorecer a passagem de ar e o avanço das raízes. A porosidade do solo, é um padrão referente com a ocupação do ar e da água no solo, resulta da textura, do grau de compactação e do teor de matéria orgânica existente no solo, comprovam Taylor e Brar (1991) em estudo realizado em relação ao efeito da compactação no desenvolvimento sobre as raízes das plantas, onde as mesmas tendem a ser afetadas pelos padrões estruturais do solo sobre a compactação do mesmo. O manejo de solo em maior adoção no Brasil, para o estabelecimento de espécies anuais, é o "plantio direto". Esse processo de manejo tem levado os solos à degradação física, com intensificação da erosão hídrica e elevação do risco de perda de rendimento da lavoura por déficit hídrico (EMBRAPA, 2017). A aplicação de gesso para tornar o Al indisponível, assim como para suprir nutrientes do solo para as plantas, pode proporcionar condições para a obtenção de elevada produtividade das culturas (RAMPIM et al., 2011). Para o monitoramento da fertilidade do solo, a análise do solo a cada dois anos é ferramenta fundamental para a tomada de decisão quanto à quantidade e periodicidade das adubações. A análise de solo deve ser obrigatória ao final do cultivo de soja onde houve a supressão da adubação com fósforo e potássio (SILVA et al., 2017). Perdas de nutrientes e matéria orgânica por erosão hídrica são fortemente influenciadas pelo manejo do solo. O uso de sistema de manejo inadequado pode causar poluição e eutroficação de mananciais, aumentar os custos com adubação e provocar a degradação de agroecossistemas (HERNANI et al., 1998). As modificações nos atributos químicos do solo verificadas com a utilização de gesso, tanto nas camadas superficiais quanto nas camadas subsuperficiais, ao fornecerem Ca e S melhoraram a nutrição mineral das espécies vegetais, aumentando a produtividade das culturas comerciais (RAMPIM et al., 2011). O plantio direto pode ser uma alternativa ao sistema convencional de preparo do solo e contribuir para a sustentabilidade de sistemas agrícolas intensivos, por manter o solo coberto por restos culturais ou por plantas vivas o ano inteiro, minimizando os efeitos da erosão e, ainda, manter o conteúdo de matéria orgânica (SILVEIRA et al., 2003). Azambuja (1996) define que os “latossolos” do ponto de vista das propriedades físicas são um dos melhores 23 solos, apresentando cerca de 60% de porosidade total, sendo fracionados50% em macroporos e 50% em microporos. Capeche (2008) relata existir uma concordância estrutural com a ação da água no solo e o desenvolvimento vegetal, resultando em melhor absorção e armazenamento da água no solo, melhor atividade biológica, espaço poroso maior para as trocas gasosas do sistema radicular, resistência maior à compactação e à erosão, e uma decomposição da matéria orgânica maior. Para assegurar a boa estruturação agrícola do solo é preciso que o manejo seja feito de forma adequada através de terraceamento, plantio em nível, eficiente sistema de irrigação, plantio direto, rotação de culturas, cultivares adaptados para a região, entre outros. A rotação de culturas exercida com o plantio direto, deixa no solo os resíduos culturais das diferentes espécies, contudo, esses resíduos culturais tendem a multiplicar os patógenos agentes causais de doenças, aparecimento de plantas daninhas, e dessa forma as sementes infectadas constituem as principais fontes de inóculos primários para fungos (PRESTES et al., 2002). 2.3 COMPACTAÇÃO E DESCOMPACTAÇÃO DO SOLO. Segundo Lepsch (2010), a aplicação de cargas na superfície resulta na compactação do solo gerando a ocorrência de resistência à penetração e diminuição da porosidade total, da macroporosidade, penetração e absorção de água. O piso dos animais e a preparação do solo influem diretamente nas especificidades físicas, químicas e biológicas do solo, afetando o sistema radicular e a produção das culturas e (SILVA et al, 2000). A compactação do solo reduz a infiltração, aumenta o escoamento superficial de água no solo, dificulta o crescimento do sistema radicular das plantas e reduz a absorção de nutrientes e, consequentemente, o rendimento das culturas (LUCIANO et al, 2012). A aeração do solo influi na solubilidade da água do solo e na manutenção dos processos aeróbicos. Enquanto que em condições de baixa aeração ocorrem os processos anaeróbicos, como a redução de sulfato e a desnitrificação (BALOTA, 2018). O uso de máquinas e implementos agrícolas com umidade do solo próxima ao limite de plasticidade é o principal fator que compacta os solos agrícolas, pois a água reduz a coesão e atua como lubrificante entre as partículas de solo, permitindo o deslizamento e o empacotamento das partículas quando este é submetido a algum tipo de pressão (LUCIANO et al., 2012). 24 No sistema de plantio direto a ausência ou revolvimento mínimo do solo favorece a manutenção de teores de água mais elevados em virtude da manutenção dos resíduos culturais (D. SECCO et al., 2004). Tráfego de máquinas agrícolas é a principal causa da compactação do solo, que foi intensificada pela modernização da agricultura, com o aumento do peso das máquinas e equipamentos e da intensidade de uso do solo. Esse processo não foi acompanhado por um aumento proporcional do tamanho e largura dos pneus, resultando em significativas alterações nas propriedades físicas do solo (RICHART et al., 2005). O volume total de um solo é constituído do volume das partículas minerais e orgânicas do solo e do volume de poros entre as partículas. O volume de um poro é ocupado com água e ar. O solo caracteriza-se compactado quando a proporção do volume total de poros para o do solo é inadequada ao máximo desenvolvimento de uma cultura ou manejo eficiente do campo. A compactação do solo pode ser considerada em relação à porosidade e densidade do solo e à resistência à penetração (MANTOVANI, 1987). A evolução rápida de extensas áreas mecanizadas acelerou o processo erosivo, visto que, em grande parte dessas áreas, a mecanizaçãoé feita de forma empírica, principalmente no que se refere, intensidade e condições de uso de máquinas e implementos. A partir de 1975, intensificou-se o interesse pelo sistema de plantio direto, reconhecidamente eficiente no controle à erosão. Do ponto de vista de física do solo, é importante conhecer o seu comportamento em alguns solos e compará-lo ao sistema convencional de preparo, uma vez que ambos possuem características completamente diferenciados no que se refere a tráfego, intensidade de movimentação e exposição (VIERIA; MUZILLI, 1984). Segundo Lima (2004), pressões externas exercidas sobre o solo geram a compactação do solo e muitas de suas causas são o trafego de veículos agrícolas de pequeno, médio e grande porte, assim como a circulação de animais, exercendo altas cargas sobre o solo, compactando de forma gradual e continua. O processo de compactação de solo é o resultado físico da ação de forças mecânicas, assim como, a calagem que promove a substituição do elemento Al + H que tem ação de acidez do solo a o condicionamento do solo resulta no processo químico, já a decomposição dos resíduos orgânicos que oxigenam o solo efetuando a decomposição de todo o material residual deixado no solo é o que se denomina de processo biológico de compactação (EMBRAPA, 2000). O crescimento das plantas pode ter alterado uma série de fatores devido a compactação, como aeração, contenção de água, resistência à penetração das raízes, ocasionando e aumentando a sensibilidade à erosão do solo (SÁ, 2005), nestas circunstancias, ao atingir níveis críticos a compactação, esta assume destaque nas 25 relações do solo biológicas, físicas e químicas, que influenciam o desenvolvimento vegetativo ocasionando a redução da produtividade agrícola devido a degradação do solo. A perda de macroporosidade do solo é um dos problemas causados na estrutura física do solo pela agricultura. Primavesi (2009) demonstra que esta característica física influencia diretamente na dinâmica da drenagem e na infiltração de água no solo, promovendo a oxigenação das raízes e servindo como trajeto para sua expansão. Ainda, conforme a autora ao iniciar o cultivo em um solo, automaticamente é comprometida a sua estrutura física, tanto pelo empobrecimento em cátions e ânions e pela exposição do solo ao impacto das gotas de chuva quanto pela decomposição residual de matéria orgânica, deste modo, comprometendo a estabilidade da produção agrícola, pelas diversas razões do cultivo. Dentre elas salienta-se a monocultura, deficiência de nutrientes, aração profunda, exposição da superfície do solo, retorno deficiente da matéria orgânica ou sua adição excessiva, dentre outras. Segundo Kochhann et al., (2000), a descompactação do solo é vista como a melhoria da redução de sua consistência e dessa maneira o aumento do volume, mediante a interação de processos mecânicos e biológicos para possibilitar a separação dos agregados do solo. A descompactação mecânica do solo se baseia no conceito da subsolagem, onde procura quebrar camadas compactadas através de maquinas (escarificadores com hastes, subsoladores, entre outros) que exerçam atividades em profundidade maior do que os implementos de uso geral para a preparação do solo. Para auxiliar na descompactação do solo o processo biológico presta uma grande ajuda, assim como o processo mecânico, pois se associa ao acréscimo de massa orgânica ao solo, através do sistema radicular das plantas que, vivas, encham a macroporosidade do solo, conferindo equilíbrio aos agregados do solo, que, em decomposição, produzem resíduos orgânicos, através da liberação de substâncias cimentantes dos macroagregados do solo. A descompactação biológica é a alternativa onde pode-se usar plantas de cobertura com sistema radicular pivotante e desenvolvido, possuam a capacidade de crescimento em camadas compactadas, formando bioporos estáveis e melhorando os atributos físicos do solo (CUBILLA et al., 2002). Junto aos processos biológicos e mecânicos, pode se utilizar práticas alternativas para organizar o processo de descompactação do solo (EMBRAPA, 1998), como: Modificar o percurso efetuado por máquinas, veículos e animais, para local distante da área compactada, perfazendo rotas alternativas e impedindo o acesso às áreas compactadas, promovendo um “repouso” à área compactada. 26 Diminuir, ou alterar a área de cultivo onde existam solos compactados para que o mesmo possa fazer o repouso necessário, evitando todas as ações que possam prejudicar ainda mais esse solo. Os processos de preparação do solo são realizados para produzir condições favoráveis à germinação e ao desenvolvimento radicular das plantas. Contudo, alguns fatores podem levar a modificação da estrutura do solo como a umidade durante o preparo, o teor de matéria orgânica e de argila do solo, a profundidade de mobilização e o tipo de implemento, proporcionando restrições ao desenvolvimento das raízes (DE MARIA, et al. 1999). Nos diferentes sistemas de manejo do solo é fundamental a escolha e utilização dos equipamentos agrícolas, pois depende do tratamento a ser aplicado ao solo para exploração agrícola. Além do mais, a necessidade de energia nos sistemas de manejo do solo tendem definir as vantagens econômicas dos referidos sistemas (EMBRAPA, 2009). Resumidamente o arado de disco, arado de aiveca e arado escarificador são os equipamentos utilizados para à descompactação e preparo do solo na subsolagem, que é usada quando há presença de camadas compactadas em profundidades não atingidas por outros equipamentos, recomendada para o rompimento destas sem, entretanto, causar inversão do solo (CAMARGO; ALLEONI, 1997). Devido à grande utilização da mecanização nos processos agrícolas podem surgir alguns problemas em relação a produção, pois toda essa pratica envolve o intenso e incessante revolvimento do solo, desde o preparo inicial até a colheita do grão através de toda a modificação física do solo que compreendem vários fatores equipamentos, manejo de resíduos vegetais e condições de umidade do solo, segundo (VIEIRA; MUZILLI,1984). Conforme Seki et al., (2015), ao avaliar a intervenção da subsolagem, da utilização de mecanismos sulcadores tipo haste e da escarificação no processo de semeadura sobre a manutenção do solo com cobertura, a quantidade de água e a densidade do solo, assim como os efeitos sobre a produtividade em um Nitossolo Vermelho distroférrico, concluí que a influência é evidente da subsolagem e a escarificação na manutenção de cobertura, a densidade e o quantidade de água no solo após o processo de plantio, entretanto não interferiram no crescimento das plantas e na produtividade de grãos, sendo que, os efeitos da subsolagem e da escarificação tendem a persistir após a colheita, mantendo os valores de densidade do solo baixos. O uso de práticas inadequadas ou com pouco conhecimento técnico nas práticas agrícolas, como queima, plantio em áreas descobertas, excesso de preparo do solo sem o devido cuidado ao longo dos anos, causaram degradação física, química e biológica dos solos, reduzindo a produtividade e rendimento das culturas (PAULUS et al., 2008). 27 Para que consiga se aumentar a matéria orgânica e recuperar a vida, estrutura e fertilidade dos solos reduzindo a erosão, é o cultivo de plantas que façam a recuperação do solo ou o uso de adubos verdes de inverno e verão. As plantas que fazem a recuperação do solo no inverno devem ser cultivadas antes de efetuar a plantação dos cultivares de verão em processo de plantio direto ou cultivo mínimo enquanto que o plantio de adubos verdes de verão, que são bastante rústicos são aconselhados para a recuperação de áreas degradadas, com teores baixos de matéria orgânica (PAULUS et al., 2008). 3 MATERIAL E MÉTODOS Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado ao curso de Agronomia, do Institutode Desenvolvimento Educacional de Passo Fundo, como parte dos requisitos para obtenção do grau de Bacharel em Agronomia. O experimento foi realizado em área particular no Município de Ibirapuitã, localizado no Norte do Estado do Rio Grande Do Sul, está localizado na Mesorregião do Noroeste Rio-grandense e Microrregião de Passo Fundo, Brasil, Latitude: 28º 36' 50" S, Longitude: 52º 31' 17" W, altitude 641 metros, pluviosidade significativa ao longo do ano. Na vegetação, predominam campos abertos com matas nativas do tipo floresta subtropical com araucária e outras espécies de pinheiros e coníferas. Seu solo é argiloso, Classe 2 (Figura 01) com derramamentos basálticos, com partes planas e suaves planaltos (IBGE, 2010). A área é cultivada em sistema de plantio direto desde 2003, sendo utilizado a técnica de rotação de culturas com soja, trigo e milho. 28 Figura 01 - Perfil do solo utilizado no experimento classificado como Argiloso de Classe 2. Fonte: DALBOSCO, J.M. (2021). O clima da região varia frequentemente. É subtropical úmido. Apresenta uma temperatura média de 18ºC, com uma precipitação pluviométrica anual de 1.700mm. Apresenta invernos muito frios e chuvosos, com geadas nos meses de Junho e Julho. O verão é suave, com chuvas passageiras. A forma predominante de Relevo da Região Sul é a de Planaltos, tendo como linhas básicas a Serra do Mar e a Serra Geral, que se subdividem em inúmeras serras menores (IBGE, 2010). O experimento foi conduzido no delineamento de blocos ao acaso (DBA) (Figura 02) com quatro repetições. As parcelas têm as dimensões de 20 metros lineares por 3,60 metros de largura, delineamento experimental de blocos inteiramente casualizados, com velocidade de semeadura fixa. Figura 02: Blocos ao acaso com quatro repetições (DBA) Fonte: DALBOSCO, J.M. (2021). O plantio foi efetuado no mês de Junho de 2021, com uma semeadora-adubadora de precisão, marca Semeato SHM 15/17 de 15 Linhas, (Figura 03) com adubação taxa fixa e sementes distribuídas por disco. Como fonte de potência, utilizou-se um trator Valtra BM 125i (Figura 04) 4x4, 125cv, 4400 Cilindradas (cm3), com Sistema hidráulico de 4760 kg de Capacidade máx. do olhal de elevação e 51,8 l/min de Vazão da bomba. 29 Figura 03: semeadora-adubadora de precisão, SHM 15/17 Fonte: DALBOSCO, J.M. (2021). Figura 04: Trator Valtra BM 125i Fonte: DALBOSCO, J.M. (2021). A cultivar utilizada para atingir os objetivos desta pesquisa foi a TBIO Sinuelo da Biotrigo Genética (Figura 05), onde que não serão feitos tratamentos específicos na semente, somente com Tensão Superficial (TS). A semeadura direta do trigo foi realizada pelo agricultor, com espaçamento entre linhas de 0,17 m, com uma deposição de sementes aproximada em 80 sementes por metro linear. 30 Figura 05: Semente TBIO Sinuelo da Biotrigo Genética Fonte: DALBOSCO, J.M. (2021). Apresenta um clima quente e temperado. Existe uma pluviosidade significativa ao longo do ano. Mesmo o mês mais seco ainda assim tem muita pluviosidade. A classificação do clima é Cfa segundo a Köppen e Geiger. Conforme Tabela 02, Ibirapuitã, local onde foi realizado o experimento tem uma temperatura média de 17.8 °C até outubro de 2021, e apresenta uma temperatura adequada para o plantio do trigo no mês de junho. A média anual de pluviosidade é de 1741 mm até outubro de 2021. Tabela 02: Dados Climatológicos Ibirapuitã-RS Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Temperatura média (°C) 22.9 22.5 21.4 19.1 15.3 14 13.1 15 16.5 19 Temperatura mínima (°C) 19 18.8 17.7 15.3 11.9 10.5 9.2 10.8 12.3 14.7 Temperatura máxima (°C) 27.4 27 26.1 23.9 19.8 18.6 18.2 20.4 21.8 24 Chuva (mm) 200 186 161 157 168 151 168 122 172 255 Umidade(%) 76% 78% 77% 76% 78% 80% 79% 76% 74% 75% Dias chuvosos (d) 13 12 10 8 7 7 8 7 9 11 Horas de sol (h) 9.3 8.8 8.1 7.4 6.2 6.2 7.0 7.6 7.7 8.1 Fonte: DALBOSCO, J.M (2021) A temperatura do solo é extremamente importante para que seja verificado o quanto pode ou não interferir na produtividade. Por isso foi analisada a temperatura do solo em 10cm/ºC sendo verificada de 20 de maio de 2021 à 30 de maio de 2021 (Figura 06) e de 05 de junho de 2021 à 15 de junho de 2021 (Figura 07). 31 Figura 06 - Temperatura do solo 20/05/2021 à 30/05/2021 Fonte: DUX Agro Figura 07- Temperatura do solo 05/06/2021 à 15/06/2021. Fonte: DUX Agro A adubação foi realizada de acordo com interpretação da análise química de solo (Figura 08) seguindo a recomendação da Comissão de Química e Fertilidade do solo – RS/SC (2016). Foram utilizados 250 kg/ha da fórmula 5-30-15 de NPK e adubação em cobertura com uma aplicação de nitrogênio na dose de 150 kg/ha de ureia Cibra 46 00 00. 32 Figura 08 - Resultado da análise de solo onde a área experimental está localizada. Fonte: Labfertil(2020) Já o manejo de plantas daninhas foi realizado através da dessecação pré-semeadura com herbicida de contato não seletivo e aplicação de herbicida seletivo Hussar para cultura em pós emergência. Já para o controle de doenças foram realizados quatro tratamentos com fungicidas específicos para a cultura do Trigo. Após a coleta os dados foram submetidos a análise de variância e ao teste de Tukey a 5% de significância com utilização do programa estatístico Sisvar e, para a realização da análise de regressão e distribuição de frequência, a planilha eletrônica Excel. 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO O período compreendido entre o plantio e o cultivo da planta de trigo está com duração 107 dias, ou seja, a semente foi planta no solo no dia 14 de junho de 2021. Entre a data do plantio até o dia de hoje, as condições meteorológicas observadas foram de elevados índices de precipitação e temperatura média de 23,5ºC (Figura 09), sendo estas favoráveis ao desenvolvimento vegetal durante todo o ciclo da cultura. O total de chuva acumulada durante este período foi de 877 mm, sendo este, um volume considerado normal quando comparado aos dados normais do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), que apontam um volume médio de 452 mm de chuvas na região, no mesmo período. Na Figura 10, apresentam-se os índices mensais da precipitação e na Figura 11, apresentam-se as médias climatológicas durante o ano de 2021 na cidade de Ibirapuitã-RS. Observa-se, que houve uma precipitação bem satisfatória no mês de setembro em que foi efetuado o plantio, favorecendo assim a umidade do solo e, consequentemente, possibilitando 33 boas condições de emergência de plântulas. Observou-se que os meses sequentes obtiveram bons períodos de precipitação. Figura 09: - Temperatura ºC mensal na cidade de Ibirapuitã-RS Fonte: SOMAR Meteorologia(2021) Figura 10: - Precipitação mensal na cidade de Ibirapuitã-RS Fonte: SOMAR Meteorologia(2021) 34 Figura 11: - Médias Climatológicas de Ibirapuitã-RS Fonte: SOMAR Meteorologia(2021) As temperaturas ocorridas no período de desenvolvimento desta pesquisa estão entre as faixas consideradas ideais de acordo com alguns autores entre estes, Hoffmann Junior e colaboradores, assim, excluindo a possibilidade de interferência deste fator nos demais resultados da pesquisa. Os resultados obtidos ao final do plantio do Trigo demonstram que a compactação e descompactação do solo tem interferência direta nos parâmetros do cultivo, interferindo desde a raiz até a planta conforme demonstrado na Tabela 3, onde são colocados os dados da analise morfológica da planta, com os dados utilizados para análise, tanto na área compactada, quanto na área descompactada, assim como podem ser verificados na Tabela 4, os valores médios dos parâmetros das áreas. Tabela 3: Dados de análise morfológica da cultivar de Trigo. ÁREA COMPACTADA ÁREA DESCOMPACTADA REPETIÇÃO 1 2 3 4 1 2 3 4 PLANTA (cm) 61,0 62,054,0 61,0 105,0 91,0 95,0 100,0 RAIZ (cm) 2,50 3,5 2,0 4,0 5,0 4,5 5,0 6,0 ESPIGA (cm) 4,0 4,5 3,0 4,5 6,5 8,0 8,0 7,0 Fonte: DALBOSCO, J.M. (2021) Tabela 4: Valores médios dos parâmetros da área compactada e descompactada. PLANTA (cm) RAIZ(cm) ESPIGA(cm) Área Compactada 59 ab 3 ab 4 ab Área Descompactada 97 aa 5.1 aa 7.3 aa 35 Fonte: DALBOSCO, J.M. (2021) Pode-se verificar o desenvolvimento diferenciado das plantas desde o início do plantio, pois o desenvolvimento das plantas é muito melhor e mais rico na área onde foi efetuada a descompactação do solo, como pode ser visto na Figura 12, com 15 dias após o plantio, sendo que na Figura 13, com os mesmos 15 dias após o plantio é explicito a menor quantidade de plantas e com desenvolvimento bem deficitário. Figura 12: Planta com 15 dias em solo descompactado Fonte: DALBOSCO, J.M. (2021) Figura 13: Planta com 15 dias em solo compactado Fonte: DALBOSCO, J.M. (2021) O desenvolvimento das plantas foi acompanhado em todo o período para evidenciar a diferença existente entre os tipos de solo e o quanto pode ser benéfico o manejo de culturas e uma boa cobertura de solo para proteção da raiz que é essencial para firmar a planta ao solo, o que foi identificado aos 30 dias, percebe-se que a população de plantas de trigo é maior onde o solo é descompactado, conforme Figura 14 e Figura 15. 36 Figura 14: Planta com 30 dias em solo descompactado Fonte: DALBOSCO, J.M. (2021) Figura 15: Planta com 30 dias em solo compactado Fonte: DALBOSCO, J.M. (2021) Com o passar dos dias e em pleno desenvolvimento das plantas vai se tornando cada vez mais evidente o quanto influencia e é determinante para o cultivo da planta um solo bem cuidado, com rotação de culturas e com boa cobertura vegetal. O número de folhas e de perfilhos de plantas de trigo, são menores no solo compactado, conforme Tabela 4 e visto na Figura 16, pois ocorrem limitações físicas relacionadas a absorção de nutrientes pelas plantas, reduzindo bastante o número de folhas e de perfilhos. Já no solo descompactado pode-se verificar a superioridade das plantas conforme o que se pode analisar na Figura 17. 37 Figura 16: Tamanho e qualidade das plantas em solo compactado Fonte: DALBOSCO, J.M.(2021) Figura 17: Tamanho e qualidade das plantas em solo descompactado Fonte: DALBOSCO, J.M.(2021) Esses resultados comprovam o que observou BONELLI, et al. (2011), que verificaram redução no número de folhas e de perfilhos de capim Mombaça com o aumento dos níveis de compactação de solo. Segundo Dias (2014), a densidade do solo não limita o desenvolvimento da planta diretamente, mas afeta outros processos que exercem influência direta no crescimento das plantas, como a absorção de água e nutrientes. A produção de massa seca da parte aérea do trigo demonstrou redução de qualidade na área compactada em proporção a área descompactada, conforme STIRZAKER et al., (1996), relata que em solos muito compactados, tende a ocorrer rapidamente a diminuição de água e de nutrientes disponíveis ao sistema radicular que explora um pequeno volume de solo, refletindo na produção da parte aérea. 38 5 CONCLUSÃO O presente trabalho demonstrou que áreas compactadas reduzem a macroporosidade, a porosidade de aeração e aumentam a resistência do solo à penetração, implicando diretamente no sistema radicular das plantas, impedindo a planta de ter acesso aos nutrientes necessários para seu desenvolvimento. Assim como, baixa quantidade de água, confinado as raízes na parte superficial do solo, não proporcionando a sustentação necessária para que a planta se fortaleça e produza de forma adequada, tornando a mesma deficitária, em consequência a baixa produtividade do grão. Nos solos descompactados as plantas tendem a produzir melhor, pois tem sustentação e acesso a todos os nutrientes necessários para o desenvolvimento efetivo da planta, gerando grãos de qualidade, aumentando a produtividade, que é o esperado. Desse modo pode-se verificar que o cultivo da planta do trigo foi bastante afetada no solo compactado. Por consequência quanto maior a densidade do solo, menor altura das plantas, menor produção de massa da parte aérea e principalmente é bastante prejudicial ao crescimento de raízes, pois é limitado. Logo, para se obter altas produtividades, na cultura do trigo deve ter cuidados com o solo, onde a cobertura vegetal e a descompactação são fundamentais para que o desempenho da planta seja adequado e gere um produto de qualidade, claro que esse processo conta com outros fatores importantes como irrigação, clima, manejo fitossanitário assim como, a escolha de cultivares de alto desempenho agronômico. 39 REFERÊNCIAS AGOSTINETTO, D, et al. Período crítico de competição de plantas daninhas com a cultura do trigo. Viçosa, 2008. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-83582008000200003. Acesso em: 25 de abril de 2021. AZAMBUJA, J. M., O solo e o clima na produtividade agrícola. Guaíba: Agropecuária, 1996. 164p. BALOTA, Elcio Liboria. Manejo e qualidade biológica do solo. Londrina, PR: Ed. Midiograf, 2018. 280 p. BARBALHO, Celia Regina Simonetti; MORAES, Suely Oliveira. Guia para normalização de teses e dissertações. Manaus: UFAM, 2003. 74p. BONELLI, E. A.; BONFIM-SILVA, E.M.; CABRAL, C.E.A.; CAMPOS, J.J.; SCARAMUZZA, W.L.P.;POLIZEL, A.C. Compactação do solo: Efeitos nas características produtivas e morfológicas dos capins Piatã e Mombaça. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental. v.15, n.3, p.264–269, 2011. CAMARGO de, O. A.; Alleoni, L.R.F. Conceitos Gerais de Compactação do solo. 2006. Artigo emHypertexto. Disponível 42 em: Acesso em: 16 de abril de 2021 CAPECHE, C. L. Noções sobre tipos de estrutura do solo e sua importância para o manejo conservacionista Rio de Janeiro: Embrapa Solos, 2008. 6 p. (Embrapa Solos. Comunicado Técnico, 51). Disponível em:https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/CNPS-2009- 09/14002/1/comtec51_2008_nocoes_estrutura_solo.pdf. Acesso em 24 de abril de 2021. COMO ELABORAR REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (pg. 59 a 69 do manual de normas técnicas do IDEAU) CONAB, Companhia Nacional de Abastecimento, www.conab.com.br. Acesso em 06 de abril de 2021 COSTA, M. G. da; SOUZA, E. L. de; STAMFORD, T. L. M.; ANDRADE, S. A. C. Qualidade tecnológica de grãos e farinhas de trigo nacionais e importados. Ciênc. Tecnol. Aliment., Campinas, v. 2, n. 1, p. 220-225, jan.-mar. 2008. CUBILLA, M.; REINERT, D.J.; AITA, C. & REICHERT, J.M. Plantas de cobertura do solo: uma alternativa para aliviar a compactação em sistema plantio direto. Revista Plantio Direto, 71:29-32, 2002. CUNHA, G. R. da; SCHEEREN, P. L.; PIRES, J. L. F.; MALUF, J. R. T.; PASINATO, A.; CAIERÃO, E.; SÓ E SILVA, M.; DOTTO, S. R.; CAMPOS, L. A. C.; FELÍCIO, J. C.; CASTRO, R. L. de; MARCHIORO, V.; RIEDE, C. R.; ROSA FILHO, O.; TONON, V. D.; SVOBODA, L. H. Regiões de adaptação para trigo no Brasil. Passo Fundo: Embrapa Trigo, 2006. 10 p. Disponível:< http://www.cnpt.embrapa.br/biblio/ci/p_ci20.pdf> Acesso em 2 de Abril de 2021. https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/CNPS-2009-09/14002/1/comtec51_2008_nocoes_estrutura_solo.pdf https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/CNPS-2009-09/14002/1/comtec51_2008_nocoes_estrutura_solo.pdf http://www.conab.com.br/ 40 CUNHA, Gilberto R.; BACALTCHUK, Benami. Tecnologia para producir trigo no Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2000. Disponível em: file:///D:/Usuario/Downloads/ID8598LV0313.pdf. Acesso em: 15 de abril de 2021. D. Secco et al. Produtividade de soja e propriedades físicas de um latossolo submetido a sistemas de manejo e compactação. Rio Grande do Sul, 2004. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/1802/180214235001.pdfAcesso em: 06 de abril de 2021. DE MARIA, I. C., CASTRO, O. M., DIAS, H. S. Atributos físicos do solo e crescimento radicular de soja em latossolo roxo sob diferentes métodos de preparo do solo. Revista brasileira ciência dos solos. 23:703-709, 1999. Edusp, 2007. 236p. EMBRAPA, Amostragem de Solo, www.cnpt.embrapa.br. Acesso em 02 de abril de 2021. EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos (Rio de Janeiro, RJ). Manual de métodos de análise de solo / Centro Nacional de Pesquisa de Solos. – 2. ed. rev. atual. – Rio de Janeiro, 1997. 212p. EMBRAPA. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária- Trigo. Passo Fundo-RS, 2009. Disponível em: https://www.cnpt.embrapa,br/culturas/trigo/index.htm> Acesso em: 05 de abril de 2021. EMBRAPA. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. Brasília, 2006. Disponível em: https://www.agrolink.com.br/downloads/sistema-brasileiro-de-classificacao-dossolos2006.pdf Acesso em: 05 de abril de 2021. GEWEHR, E. Eficiência técnica e econômica de produtividade em trigo e os parâmetros de adaptabilidade e estabilidade na interação doses de nitrogênio e sistemas de cultivo. 2012. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Agronomia), Departamento de Estudos Agrários, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Ijuí, 2012. GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2002. GUARIENTI, Eliana Maria, et al. Influência do manejo do solo e da rotação de culturas na qualidade industrial do trigo. Brasília, 2000. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/pab/v35n12/a07v3512.pdf. Acesso em: 05 de abril de 2021. HERNANI, L. C.; SALTON, J. C. O CPAO e o sistema plantio direto. Revista Plantio Direto, Passo Fundo, n. 45, p. 27-28, maio/jun. 1998.Disponível em https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/65199/1/ID-15257.pdfAcesso em 24 de abril de 2021. IBGE. Projeto Levantamento e Classificação do Uso da Terra. Rio de Janeiro, 2010. 151p. (Relatório Técnico, n.1) JOSHI, A. K. et al. Staygreentrait: variation, inheritanceand its associationwith spot blotchresistance in springwheat (Triticumaestivum L.). Euphytica, Dordrecht, v. 153, n. 1, p. 59-71, 2007. http://www.cnpt.embrapa.br/ https://www.cnpt.embrapa,br/culturas/trigo/index.htm https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/65199/1/ID-15257.pdf 41 KANO, Cristiaini et al. Produção e qualidade de couve-flor cultivar Teresópolis Gigante em função de doses de nitrogênio. São Paulo, 2010. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/hb/v28n4/13.pdf Acesso em: 06 de abril de 2021. KER, João C. Latossolos do Brasil: uma revisão. Minas Gerais. Disponível em: http://general.igc.ufmg.br/geonomos/PDFs/5_1_17_40_Ker.pdf Acesso em: 05 de abril de 2021. KLIEMANN, H. J.; BRAZ, A. J. P. B; SILVEIRA, P. M. da. Taxas de decomposição de resíduos de espécies de cobertura em Latossolo Vermelho Distróférrico. Pesquisa Agropecuária Tropical, vol. 36, n.1, p. 21-28, 2006. KOCHHANN, R.A.; DENARDIN, J.E.; SER TON, A.L. Compactação e descompactação de solos. Passo Fundo: Embrapa Trigo, 2000. 20p. (Embrapa Trigo. Documentos, 19). LEPSCH, I. F. Formação e conservação dos solos. 2.ed. São Paulo: Oficina de textos, 2010. 216p. LIMA, C.L.R., SILVA, A.P.; IMHOFF, S.; LEÃO, T.P. Compressibilidade de um solo sob sistemas de pastejo rotacionado intensivo irrigado e não irrigado. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v.28, p. 945-951, 2004. LUCIANO, Rodrigo Vieira et al. Atributos físicos relacionados à compactação de solo sob vegetação nativa em região de altitude no sul do Brasil. Santa Catarina, 2012. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbcs/v36n6/07.pdf Acesso em: 05 de abril de 2021. M. M. L. Müller, G. Ceccon, C. A. Rosolem. Influência da compactação do solo em subsuperfície sobre o crescimento aéreo e radicular de plantas de adubação verde de inverno. São Paulo, 2001. Disponível em: https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/114595/S0100- 6832001000300002.pdf?sequence=1&isAllowed=y Acesso em: 05 de abril de 2021. MANTOVANI, Evandro Chartuni. Compactação do solo. Belo Horizonte, 1987. Disponível em: https://www.alice.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/475654/1/Compactacaosolo.pdf Acesso em: 05 de abril de 2021. MAPA, (Ministério da Agricultura Agropecuária e Abastecimento), www.agricultura.gov.br. Acesso em 02 de abril de 2021. MAY, André et al. A cultura da couve-flor. Campinas, agosto de 2007. Disponível em: http://www.iac.sp.gov.br/publicacoes/publicacoes_online/pdf/Tecnico200.pdf Acesso em: 04 de abril de 2021. MENEUSSI, B., et al.; Ocorrência de regiões repetitivas de transcritos de trigo. 2010. II Amostra Científica. Disponível em: Acesso em: 20 de abril de 2021. MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO - MAPA. Política agrícola brasileira para a triticultura e demais culturas de inverno. Brasília: MAPA/ACS, 2013. https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/114595/S0100- https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/114595/S0100- http://www.agricultura.gov.br/ 42 MUNDSTOCK, C.M. Cultivo dos cereais de estação fria. Editora NBS: Porto Alegre (RS), 1983. 265p. OLIVEIRA, D. L.; BORZSOWSKEI, P. R. Taxa de decomposição da palhada de trigo e liberação de N-P-K em sistema de plantio direto no município de Ponta Grossa-PR. Revista Technoengro de ensino superior dos campos gerais – CESCAGE 5ª Ed. / Jan-Jul de 2012. PAULUS, G.; MULLER, A.M.; BARCELLOS, L.A.R. Agroecologia aplicada: práticas e métodos para uma agricultura de base ecológica. Porto Alegre: EMATER/RS, 2008. p. 86 PENA, Rodolfo F. Alves. "Solo"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/o-solo.htmAcesso em 08 de abril de 2021. PRESTES, Ariano Moraes, et al. Práticas culturais e incidencia de manchas foliares em trigo. Brasília, 2002. Disponível em: file:///D:/Usuario/Downloads/6404-21809-1-PB.pdf. Acesso em:18 de abril de 2021 PRIMAVESI, A. Manejo ecológico do solo: a agricultura em regiões tropicais. São Paulo: Nobel, 2002. 549 p. RAMPIM, L. et al. Atributos químicos de solo e resposta do trigo e da soja ao gesso em sistema semeadura direta. Revista Brasileira Ciência do Solo, v. 35, p. 1687-1698, 2011. RICHART, Alfredo et al. Compactação do solo: causas e efeitos. Semina: Ciências Agrárias, v. 26, n. 3, 2005. Disponível em: https://www.redalyc.org/html/4457/445744077016/ Acesso em: 05 de abril de 2021. ROSSI, R. M.; NEVES, M. F. (Coord.). Estratégias para o trigo no Brasil. São Paulo: Atlas, 2004. SA, J. C. M.; BORSZOWSKEI, P. R. Fluxo de Nitrogênio Mineral em Experimento de Longa Duração Sobre Sistema de Manejo do Solo. In: XXXII Congresso Brasileiro de Ciência do Solo, 2009, Fortaleza. Anais do XXXII Congresso Brasileiro de Ciência do Solo, 2009. SÁ, M. A. C., JUNIOR, J. D. G. S. Compactação do solo: consequências para o crescimento vegetal. Planaltina, DF: Embrapa Cerrados, 2005. 24p SCHEEREN, P. L. et al. Melhoramento de trigo no Brasil. In PASINATO, A. et at. Trigo no Brasil: bases para produção competitiva e sustentável. Cap.17, p. 427-452, 2011. SÉGUY, L., BOUZINAC, S. & HUSSON, O. Direct-Seeded tropical soil systems withpermanentsoil cover: learningfromBrazilianexperience. In: N. Uphoff et al., (eds). Biological approaches tosustainablesoil systems. Boca Raton, Taylor and Francis Group, CRC Press Publ., 2006.p.323-342. SEKI, A. S., GONÇALVES SEKI, F., JASPER, S. P., SILVA, P. R., BENEZ, S. H.. Efeitos de práticas de descompactação do solo em área sob sistema de plantio direto. Revista Ciência Agronômica, v.46, n.3, p.460-468, 2015. https://brasilescola.uol.com.br/geografia/o-solo.htm 43 SILVA, V. R., REINERT, D. J., REICHERT, J. M,.Densidade do solo, atributos químicos e sistema radicular do milho afetados pelo pastejo e manejo dosolo. Revista Brasileira Ciência dos solos. 24:191-199, 2000. SILVEIRA, S. D. J.; SILVA, A. P.; FIGUEIREDOO G. C.; TORMENA, C. A.; GIAROLA, N. F. B. Qualidade física de um latossolo vermelho sob plantio direto submetido à descompactação mecânica e biológica. Revista Brasileira Ciência do Solo. v.36. p. 1854- 1867. São Paulo. 2012. STIRZAKER, R. J.; PASSIOURA, J. B. & WILMS, Y. Soil structure and plant growth: Impact of bulk density and bioporos. Plant and Soil, 185: 151-162, 1996. TAYLOR, H.M.; BRAR, G.S. Effectofsoilcompactionon root development. SoilandTillageResearch, v.19, p.111-119, 1991. VIEIRA, Marcos José e MUZILLI, Osmar. Características físicas de um latossolo vermelho-escuro sob diferentes sistemas de manejo. Londrina, 1984. Disponível em: file:///C:/Users/laure/Downloads/15825-69487-1-SM.pdf Acesso em: 16 de abril de 2021. 44 ANEXOS 45 ANEXO 1: ANÁLISE QUÍMICA DE SOLO 46 ANEXO 2- ANÁLISE FÍSICA DO SOLO 47 ANEXO 03: TESTE SISVAR Arquivo analisado: C:\Users\janri\Desktop\DADOS.dbf -------------------------------------------------------------------------------- Variável analisada: tamanho de PLANTA Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y ) -------------------------------------------------------------------------------- TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA -------------------------------------------------------------------------------- FV GL SQ QM Fc Pr>Fc -------------------------------------------------------------------------------- TRATAMENTO 1 2926.125000 2926.125000 138.515 0.0013 REPETI__O 3 88.375000 29.458333 1.394 0.3956 erro 3 63.375000 21.125000 -------------------------------------------------------------------------------- Total corrigido 7 3077.875000 -------------------------------------------------------------------------------- CV (%) = 5.85 Média geral: 78.6250000 Número de observações: 8 -------------------------------------------------------------------------------- Teste Tukey para a FV TRATAMENTO -------------------------------------------------------------------------------- DMS: 10,3429232251364 NMS: 0,05 -------------------------------------------------------------------------------- Média harmonica do número de repetições (r): 4 Erro padrão: 2,29809703885628 -------------------------------------------------------------------------------- Tratamentos Médias Resultados do teste -------------------------------------------------------------------------------- 1 59.500000 a1 2 97.750000 a2 -------------------------------------------------------------------------------- Variável analisada: PLANTA Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y ) ------------------------------------------------------------------------------- TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA -------------------------------------------------------------------------------- FV GL SQ QM Fc Pr>Fc -------------------------------------------------------------------------------- TRATAMENTO 1 2926.125000 2926.125000 138.515 0.0013 REPETI__O 3 88.375000 29.458333 1.394 0.3956 erro 3 63.375000 21.125000 -------------------------------------------------------------------------------- Total corrigido 7 3077.875000 -------------------------------------------------------------------------------- CV (%) = 5.85 Média geral: 78.6250000 Número de observações: 8 -------------------------------------------------------------------------------- Teste Tukey para a FV TRATAMENTO -------------------------------------------------------------------------------- DMS: 10,3429232251364 NMS: 0,05 -------------------------------------------------------------------------------- Média harmonica do número de repetições (r): 4 Erro padrão: 2,29809703885628 -------------------------------------------------------------------------------- Tratamentos Médias Resultados do teste -------------------------------------------------------------------------------- 1 59.500000 a1 2 97.750000 a2 -------------------------------------------------------------------------------- Variável analisada: RAIZ Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y ) -------------------------------------------------------------------------------- TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA -------------------------------------------------------------------------------- FV GL SQ QM Fc Pr>Fc -------------------------------------------------------------------------------- TRATAMENTO 1 9.031250 9.031250 24.771 0.0156 REPETI__O 3 2.593750 0.864583 2.371 0.2484 erro 3 1.093750 0.364583 -------------------------------------------------------------------------------- Total corrigido 7 12.718750 48 -------------------------------------------------------------------------------- CV (%) = 14.86 Média geral: 4.0625000 Número de observações: 8 -------------------------------------------------------------------------------- Teste Tukey para a FV TRATAMENTO -------------------------------------------------------------------------------- DMS: 1,35876185979581 NMS: 0,05 -------------------------------------------------------------------------------- Média harmonica do número de repetições (r): 4 Erro padrão: 0,30190368221228 -------------------------------------------------------------------------------- Tratamentos Médias Resultados do teste -------------------------------------------------------------------------------- 1 3.000000 a1 2 5.125000 a2 -------------------------------------------------------------------------------- Variável analisada: RAIZ Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y ) -------------------------------------------------------------------------------- TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA -------------------------------------------------------------------------------- FV GL SQ QM Fc Pr>Fc -------------------------------------------------------------------------------- TRATAMENTO 1 9.031250 9.031250 24.771 0.0156 REPETI__O 3 2.593750 0.864583 2.371 0.2484 erro 3 1.093750 0.364583 -------------------------------------------------------------------------------- Total corrigido 7 12.718750 --------------------------------------------------------------------------------
Compartilhar