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GOTAS DE UMBANDA

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20
ESPAÇO HOLÍSTICO FLOR DE VENTO
Apresenta
GOTAS DE UMBANDA
Um estudo rápido e sucinto sobre a Umbanda Sagrada, seus fundamentos, arquétipos, tronos, linhas de trabalho e mediunidade. Acompanha uma breve informação sobre a Magia Divina.
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO	3
HISTÓRIA DA FUNDAÇÃO DA UMBANDA	3
ORIGEM: COMO SURGIU A UMBANDA	5
COMO A UMBANDA SE DESENVOLVEU ATÉ HOJE	12
TRONOS – ORIXÁS	15
Trono da Fé	17
Trono do Amor	24
Trono do Conhecimento	30
Trono da Justiça	35
Trono da Lei	41
Trono da Evolução	48
Trono da Geração	55
Trono da Vitalidade	61
Trono do Desejo	66
Trono das Intenções - Orixá Exu Mirim	74
Trono da Satisfação - Orixá Moça Menina ou Pombagira Mirim	74
LINHAS DE TRABALHO	84
Introdução	84
Linhas de Trabalho – Caboclos	88
Pretos-Velhos	96
Erês	98
Guardiões	88
Ciganos	100
Marinheiros	102
Boiadeiros	103
Baianos	104
Malandros	106
Sereias	108
GUIAS ESPIRITUAIS	112
TEMPLO ESCOLA DE UMBANDA	116
MÉDIUNS E MEDIUNIDADE	119
TIPOS DE MEDIUNIDADE	121
MAGIA DIVINA	125
BIBLIOGRAFIA	131
LISTA DE LINKS	131
APRESENTAÇÃO 
Primeiro, vou me apresentar: meu nome é Alexsandra Denise de Medeiros, tenho 48 anos, moro em Viamão/RS. Desde jovem, sempre tive uma preocupação com a questão religiosa. Ainda criança, 5 ou 6 anos, ia na primeira missa de domingo, às 6h da manhã, na antiga Capela de Nossa Senhora da Medianeira, em Santa Maria, detalhe: eu ia sozinha, morava perto. Minha avó materna, era umbandista, batizou a mim e as outras netas, minhas irmãs, na Umbanda, com a preta-velha Vó Maria Conga. Até a adolescência tinha também muitas sensações, ouvia e sentia muita coisa que não entendia, depois de muito sentir medo, não vi nem senti mais nada. Já na juventude conheci muitas religiões, superficialmente é verdade, por que não faziam sentido pra mim. E a vida seguiu, até que há 5 anos atrás, comecei uma nova caminhada, começando novamente num Centro Espiritualista, com manifestações de guias de umbanda e atividades de centro espírita. Depois passei para uma casa espírita, depois para uma casa de Umbanda, que estava se formando, mas ainda não fazia sentido. Resolvi então estudar, mas a literatura e as publicações de internet me confundiam mais ainda, por que falavam de linhas diferentes de umbanda. Até que resolvi não saber mais. Mas nada é por acaso, ao procurar na internet um curso de benzimento, encontrei um templo que tinha um curso de sacerdócio de umbanda. Não consegui evitar, e fui fazer o curso. Não podia imaginar o resultado. Graduei-me como Sacerdotisa de Umbanda Sagrada em 15 de dezembro de 2019. E Agora estou aqui, tentando repassar o que aprendi e buscando novos conhecimentos.
HISTÓRIA DA FUNDAÇÃO DA UMBANDA
Zélio Fernandino de Moraes, com 17 anos, começou a apresentar problemas de saúde, estranhos para aquela época, 1908, às vezes falava como velho, num dialeto diferente, e caminhava curvado. A família levou-o ao médico, mas nada havia de errado com a sua saúde, entretanto aqueles episódios não cessavam. 
A família católica, já não sabia mais o que fazer, quando uma vizinha, frequentadora das sessões espíritas kardecistas, convidou a mãe de Zélio para leva-lo a uma sessão espírita. 
Lá chegando, o rapaz foi convidado a sentar na mesa junto com os médiuns, era o dia de 15 de novembro de 1908, e ali ele incorporou um espírito que se apresentou como Caboclo; começou dizendo que faltava algo naquela mesa, foi até a rua e trouxe uma flor.
Um médium que possuía clarividência perguntou porque ele se apresentava como um caboclo/índio, mas sua imagem era de um frade franciscano. E como, naquela época, o espiritismo kardecista entendia que espíritos de velhos negros, escravos ou índios, eram espíritos atrasados, não poderiam se manifestar na mesa mediúnica, ele foi convidado a se retirar. 
Levantou-se então, apresentou-se como Caboclo das Sete Encruzilhadas, e que no dia seguinte, 16 de novembro de 1908, às 20h, iria fundar uma nova religião, e os atendimentos seriam na casa de Zélio, onde nenhum espírito ou pessoa deixaria de ser atendida. E assim foi, no dia seguinte, ele estava atendendo centenas de pessoas que foram buscar auxílio na casa de Zélio Fernandino de Moraes, muitos necessitados e alguns curiosos. Disse que a religião que ora estava fundando se chamaria Umbanda, e que com os espíritos mais elevados aprenderíamos, aos mais atrasados ensinaríamos, e a nenhum renegaremos.
Além dessa apresentação disse: “Me chamo Caboclo das Sete Encruzilhadas, por que, para mim, todos os caminhos que levam a Deus, estão abertos para mim”;
Depois incorporou o espírito de um ex-escravo, um velho benzedor que se apresentou como Pai Antônio;
Posteriormente, outros espíritos foram se apresentando, mas todos se diziam Guias Espirituais de Umbanda.
O nome Umbanda tem origem no idioma quimbundo, que tem a grafia Mbanda, e significa curador, feiticeiro, sacerdote, chefe de culto, benzedor. 
Pesquisadores descobriram que em alguns cultos de origem angolana, o chefe religioso é chamado como Mbanda ou Embanda; 
ORIGEM: COMO SURGIU A UMBANDA
Nenhuma religião nasce inteiramente nova, sempre uma serve de base para outra, a umbanda possui 4 pilares que deram surgimento aos seus fundamentos: cristianismo, espiritismo, xamanismo e africanismo.
Cristianismo: herdado por nossa característica cultural de país ocidental e cristão; é comum nos terreiros ter a imagem de Cristo em destaque nos altares, por que vemos na imagem de Cristo a vibração de fé de Oxalá, e todos os ensinamentos trazidos por Jesus estão muito vivos na Umbanda.
Do espiritismo, herdamos a manifestação dos espíritos através da mediunidade, em seus diversos tipos.
Do xamanismo herdamos todo o conhecimento sobre ervas e sua utilização das mais diversas formas: banhos, bate folhas, defumação, chás, enfim, a influência indígena é muito forte na umbanda.
Do africanismo herdamos o panteão de divindades, os orixás; e algo interessante neste ponto é que, cada clã da África tinha seus próprios orixás, que eram diferentes entre si, por exemplo o povo que vivia às margens do rio Niger, cultuava orixá Oya, também conhecida como Iansã, em outros locais da África ela não era cultuada, assim como outros orixás não era cultuados por aquele povo; cada cultura tinha o seu próprio panteão de divindades, porém no Brasil, juntaram-se povos diferentes, até inimigos entre si, e a partir daí houve a junção dos vários orixás que são cultuados no Candomblé, e na Umbanda;
Sincretismo religioso: na época do cativeiro, os negros vinham de várias áreas da África, e ao chegarem no Brasil eram batizados como católicos, recebiam um nome, que normalmente era de um santo católico, e eram obrigados a cultuar a religião católica. Ocorre que, ao conhecerem os santos católicos, eles acabavam ligando-o a algum orixá que tivesse as mesmas características, como força, atuação, poder, ferramenta, história. E assim, fazendo essa ligação, eles abrandavam a dor da obrigação de cultuar uma religião que não era a sua, com os orixás da sua terra, surgiu o sincretismo religioso, que é essa ligação entre orixá e santo católico; Nesta ligação temos por exemplo: Oxalá e Jesus Cristo, com sua vibração de fé, emanando esse poder o tempo todo; esse entendimento é também regionalizado, por exemplo Ogum é São Jorge aqui no sul, já na Bahia Ogum é sincretizado com São Sebastião, que pra nós aqui é sincretizado com Oxóssi; mais adiante vamos ver melhor isso.
A Umbanda é uma religião nova ainda, 112 anos é muito pouco tempo, está em constante formação, e os aspectos utilizados no início, sofreram alterações ao longo deste tempo, por que não se mostraram eficientes ou foram contraproducentes, já que a umbanda é uma religião de massa, que foca no externo, na relação entre as pessoas, na palavra, no benzimento, no auxílio de quem sabe para quem precisa, então alguns procedimentos foram sendo simplificados.
Na contramão dessa expansão e simplificação, temos o movimento das pessoas, indo e vindo de uma religião para outra, tentando se encontrar, e encontrar o seu ponto de equilíbrio, buscando o seu desenvolvimento,que saíram de outras religiões e vieram para a umbanda, que saíram da umbanda e foram para outras religiões, e nesse movimento muitos fundamentos foram se misturando em determinadas casas, e por isso vemos tantas casas com procedimentos diferentes. Contudo a umbanda é uma religião horizontal, ou seja, não há um mestre supremo, um líder carismático que congregue os umbandistas, mas cada casa é uma casa de umbanda, independente dos rituais e orixás que ali se cultuem, e assim dizemos: casa do irmão, regra do irmão, por que a responsabilidade é de quem faz; 
A umbanda é uma religião aberta, sabemos que em tempos muito remotos já haviam manifestações dos espíritos, incorporações e outros ritos comuns atualmente, porém muitas dessas práticas eram feitas e entendidas como ocultismo. Assim a umbanda não se liga às práticas do ocultismo, justamente por que temos como um dos fundamentos o esclarecimento das pessoas, a explicação dos motivos e a promoção do autodesenvolvimento;
São os principais fundamentos religiosos da umbanda: 
1. Deus único; 
2. Existência das divindades, os Orixás; 
3. Existência do espírito e a faculdade dele se manifestar por meio de pessoas dotadas de mediunidade; 
4. Comunicar-se com os desencarnados e atuar em seus benefícios.
A umbanda é uma religião, é brasileira, e esses fundamentos são a base para manter, independentemente de quaisquer dificuldades que as pessoas tenham para uniformizar suas práticas religiosas.
Vamos detalhar esses fundamentos religiosos da umbanda: 
· Deus único
Em todas as civilizações há a atribuição de poderes supremos a seres divinos, aqui vamos nos ater ao monoteísmo, quando é cultuado um Criador de tudo o que existe, um Deus Supremo, Pai Criador, a origem de tudo, o inefável, o inominável;
Muitos foram os nomes dado a Ele e por mais que estudemos tudo o que há a respeito da Criação, como ocorreu, quando, quem coordenou, como surgiu a matéria, enfim, tem muito conteúdo em livros científicos e escritos com inspiração extrafísica, nós não conseguiremos chegar até Ele, não nos é possível compreendê-lo em sua plenitude, por que nosso cérebro, nosso raciocínio não pode alcançá-lo; 
Mas se não podemos compreendê-lo, podemos senti-lo em nosso íntimo, entrar em comunhão com essa energia que brota do nosso interior mais interno, e assim como está em cada um de nós, está em tudo o que existe, absolutamente em tudo; 
Algumas pessoas não acreditam na sua existência, mas não podem negar o que existe no íntimo de cada ser; e por isso o seu culto é o próprio sentimento de fé, cultuamos no íntimo, mantendo uma postura de respeito e reverência;
Na Umbanda Deus é chamado de Olorum ou Olodumaré.
· Existência das divindades, os Orixás
As divindades na Umbanda estão assentados nos tronos divinos, sendo que trono é uma posição na escala hierárquica das divindades de Deus, assim como os Anjos, Arcanjos, Querubins, Serafins, Potestades e Tronos. Os orixás estão na escala dos tronos.
Segundo a obra de Rubens Saraceni, os tronos estão ligados aos sentidos da vida: fé, amor, conhecimento, lei, justiça, evolução e geração, em cada trono há um par vibratório de Orixás.
Aqui é preciso fazer uma observação, Orixás não são pessoas, não são santos, eles foram ao longo do tempo humanizados para que as pessoas pudessem compreendê-los, e através dos mitos, das histórias pudéssemos entender a atuação e a energia de cada um; 
Os orixás são emanações das irradiações divinas, e tem atuações específicas na Criação; 
Cada orixá é uma vibração, uma energia própria com a qual influencia toda a Criação, por exemplo Ogum é o fator ordenador de Deus, a energia conhecida como Orixá Ogum coloca tudo na sua posição correta, falando em termos gerais; Iemanjá é o fator criacionista, gerador, ela gera novas ideias, criatividade, novos seres; Xangô é o fator equilibrador, a Justiça Divina, e assim por diante, cada orixá é uma divindade, e como tal pode nos auxiliar com sua vibração em nossas necessidades;
Somos todos feitos de energias em diferentes estados, do mais sutil ao mais sólido. Nesta dimensão em que estamos, sentimos tudo com os órgãos físicos dos cinco sentidos: olfato, tato, visão, audição e paladar, mas esses órgãos não são capazes de sentir muita coisa que passa imperceptível por nós, ou por alguns de nós, por que algumas pessoas possuem uma sensibilidade maior para perceber nuances energéticas que outros nem imaginam. 
Assim, estamos em um oceano energético, e de acordo com o padrão vibratório que estivermos vibrando, sentiremos e nos conectaremos com outros seres que vibram padrão semelhante. Por exemplo, alguém com raiva vai sintonizar outras pessoas com raiva, espíritos que estiverem sentindo esse sentimento irão percebê-lo e, magneticamente irão se ligar a essa pessoa, e a raiva vai aumentar cada vez mais. Da mesma forma com sentimentos positivos, alguém que sinta amor, vai ligar-se a outros seres que também sintam amor, e assim, os seres vão se conectando de acordo com seu padrão vibratório e obtendo mais do que estão sentindo.
Os orixás são as divindades que emanam suas vibrações o tempo todo, enviando suas energias para todos. Os orixás universais, aqueles que tem a sua polaridade positiva, emanam o tempo todo para todos; os orixás cósmicos emanam suas vibrações para os seres em desequilíbrio naquele sentido da vida que lhe é original. Por exemplo, Oxalá e Logunan são os orixás do trono da Fé, Oxalá é positivo, universal, passivo e masculino, Logunan é negativa, cósmica, ativa e feminina; Oxalá emana a vibração de fé o tempo todo a todo mundo; Logunan paralisa quem se desequilibra no sentido da fé, quem utiliza mau ou se fanatiza. Ele atinge a todos, ela somente a quem se desequilibra, para que possa evitar que a pessoa continue no caminho errado, buscando e oferecendo uma nova opção, por outro caminho, neste caso da fé.
· Existência do espírito e a faculdade dele se manifestar por meio de pessoas dotadas de mediunidade, e de se comunicar com os desencarnados e, além de se comunicar, atuar em seus benefícios.
A vida acontece de formas diferentes, de acordo com a dimensão em que o ser está. Encarnado o indivíduo está no lado material, desencarnado, no lado espiritual. Ambos os lados são locais de aprendizagem e evolução, por que esse é o propósito, evoluir, aprender, desenvolver suas capacidades físicas e mentais, interagindo uns com os outros, independente do lado que estiver. 
Muito conhecimento há acerca deste ponto, principalmente na doutrina espírita, e a Umbanda também se utiliza desse conhecimento para fundamentar a manifestação dos guias espirituais, que são espíritos trabalhadores da luz, que atuam sob a regência dos orixás para o benefício dos consulentes.
A umbanda permite que qualquer espírito que tenha algo a contribuir se manifeste: caboclos, pretos-velhos, crianças, ciganos, guardiões e guardiãs, boiadeiros, baianos, marinheiros, são falanges que oferecem os seus préstimos a quem necessita. 
Mas não se engane, um guia que se apresente numa roupagem de preto velho, tem muito mais conhecimento que podemos imaginar. Cada guia é um espírito que possui uma grande evolução, e que vem para auxiliar e orientar os que ainda estão na roda das encarnações, tentando evoluir.
A mediunidade é a capacidade que a pessoa tem de perceber, sentir e transmitir mensagens de um plano para o outro, são pontes, são medianeiros que conseguem se conectar com o lado espiritual, a fim de trazer uma palavra de conforto, uma orientação, uma mensagem para quem precisa, limpeza energética, desmanche de demandas, etc. Há vários tipos de mediunidade: a incorporação, psicofonia, psicografia, vidência, clariaudiência, enfim, são muitas, e todas elas são muito importantes para a condução dos trabalhos.
Na atuação dos guias NÃO está incluído conseguir emprego, amarrações amorosas, vinganças, ou qualquer outro trabalho que afete o livre arbítrio de alguém, pelo contrário, o objetivo é sempre o fortalecimento da pessoa que busca auxílio, seu esclarecimento, limpeza energética e vitalização das suas forçasfísica, psíquica, emocional e espiritual, isso sim é trabalho realizado pelos espíritos abnegados que vem trabalhar na Umbanda.
E você que já é umbandista pode nos contar qual habilidade mediúnica tem maior facilidade ou gosta mais?
E você que ainda não é umbandista, pode nos contar qual habilidade mediúnica acha que tem ou gostaria de ter?
A mediunidade independe da religião que a pessoa siga, ela é inerente a todas as pessoas, em maior ou menor intensidade. 
Antes de reencarnarmos nesta vida, durante o planejamento da nossa trajetória, acordamos que teríamos certas capacidades mediúnicas, com o objetivo de adiantar a nossa evolução pela caridade, e auxiliar os irmãos mais necessitados. Quando reencarnamos, o véu do esquecimento nos impede de lembrar, mas sentimos no nosso íntimo essa vontade de ajudar, o gosto pelo desenvolvimento mediúnico, e até mesmo a completa negação pode ser um indicativo de que temos algo a ver com o trabalho de auxílio através da religião, seja qual for a religião escolhida. 
Cada um tem seu próprio caminho, e quando segue seu coração, descobre toda a beleza da mediunidade e a sua capacidade que está adormecida. A espiritualidade sempre nos conduz da melhor forma possível. É preciso acreditar.
A umbanda é a religião do amor. Amor a tudo o que é natural, sem dogmas, mas com regras que são muito bem fundamentadas e explicadas, conseguindo explicar todos os seus rituais, de forma clara para que o umbandista saiba o que está fazendo, e faça sem medo nem receio. Mas nem sempre foi assim.
Abaixo vou colocar o link de um vídeo do Pai Ronaldo Linhares, onde ele explica como foi esse desenvolvimento da Umbanda até os dias de hoje.
Pai Ronaldo Linhares foi a pessoa que iniciou o estudo dos conhecimentos sobre umbanda, sempre instigado em saber os por quês!
https://youtu.be/zfhlORUec-M 
Pai Rubens Saraceni, escreveu muitos livros psicografados, inspirados e intuídos sobre a Umbanda, nos trazendo muitos conhecimentos sobre aspectos doutrinários, fundamentos e explicações sobre as questões energéticas e espirituais. Sua obra é grande e serve de base para os nossos estudos, além de incentivar cada vez mais às pessoas que desejam compreender os mistérios divinos através da prática da caridade, da religiosidade e do amor ao próximo. Por que com essas práticas entendemos como os processos ocorrem e como podemos realizar a reforma íntima. 
Nos apresenta uma Umbanda explicada e transparente, sem medos e cada vez mais firmes nas suas ações. 
Rubens Saraceni trouxe para o plano material os conhecimentos sobre a magia divina, fundando o Colégio Tradição de magia divina em São Paulo.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Rubens_Saraceni 
COMO A UMBANDA SE DESENVOLVEU ATÉ HOJE
A Umbanda surgiu num momento em que o Brasil deixou de ser oficialmente um país católico, com a proclamação da República, passou a ser um estado laico, ou seja, liberdade de culto a todos os brasileiros, não havendo mais uma religião oficial; 
Por outro lado, havia uma necessidade cada vez mais crescente de manifestação dos espíritos que não eram aceitos nas salas espíritas, pelo entendimento que eles eram atrasados, iletrados, e assim impedidos de manifestar toda a sabedoria que eles possuíam. 
No candomblé há somente a manifestação dos orixás e suas energias, não sendo permitido também a manifestação de espíritos desencarnados, e o desenvolvimento de seus médiuns é realizado de forma muito intimista; 
A Umbanda surge como uma insatisfação com as religiões da época, sendo uma opção para que as pessoas pudessem buscar uma condição de externar a sua fé, mantendo-a viva e se aproximando de Deus.
Foi como uma porta aberta para todos os espíritos que desejavam auxiliar os mais necessitados e pudessem trabalhar na caridade, buscando também seu adiantamento espiritual; 
No início, a Umbanda não chamou muito a atenção, porém com o passar do tempo, virou um saco de pancadas, justamente por conta da incorporação de espíritos, o que ia de encontro com os dogmas da religião dominante no Brasil, e até hoje muitos torcem o nariz para a manifestação espiritual, contudo a Umbanda vem se desenvolvendo e atraindo cada vez mais adeptos, cansados de fazer rituais sem compreender os motivos e os por quês;
Nesse caminhar da umbanda até os dias de hoje, podemos ver muitas casas com rituais diferentes, praticando umbandas diferentes, Umbanda Branca, Umbanda de Mesa, Umbanda Omolocô, Umbandaime, Umbanda Cruzada, Umbanda Esotérica; esses nomes identificam as diferentes tradições de Umbanda, como resultado das misturas com outros ritos, conceitos teológicos, doutrinas, filosofia específicos. 
Mas como isso ocorreu? As pessoas que, vindo de outra religião ou tradição religiosa, com seus conhecimentos, vem pra Umbanda e na busca de um sentido para o ritual e querendo continuar com aquilo que mais afinizava consigo, traz para a umbanda essas características, e assim vamos tendo várias umbandas. E mesmo assim, todas estarão dentro da Umbanda, por que o campo de atuação da Umbanda é tão vasto que em qualquer ponto estará dentro. 
E dentro dos conhecimentos das pessoas que foram abrindo terreiras de umbanda, surge outro aspecto interessante que são os orixás cultuados, algumas tradições entendem como linhas de umbanda um grupo de Orixás, outras tradições incluem nessa lista algumas linhas de trabalho, dando inúmeras explicações, e muitas divergentes, de por que se cultua um orixá e outro não. Sabemos que o número de orixás é enorme, e ainda há muito para descobrir sobre os sagrados orixás.
Aqui uma observação minha: todas as religiões foram criadas para que o ser humano pudesse ter um ponto de conexão com o divino; para cada gosto uma forma, um caminho, uma religião; as religiões foram mudando ao longo dos milênios atendendo às necessidades culturais e psicológicas da humanidade; mas cada religião tem um formato estanque, fixo, rituais muito bem formatados, quem não se enquadra ou não se adapta normalmente vai para outra religião; na umbanda, em termos gerais, temos várias tradições de Umbanda, não é preciso deixar de ser umbandista, pois é possível praticar a Umbanda de várias maneiras diferentes dentro do amplo espectro que há a disposição, até mesmo sozinho em casa é possível cultuar o sagrado; essa característica nos dá uma liberdade, pelo conhecimento por que o conhecimento liberta, e assim nos é facultada várias formas de cultuar o divino e entender isso de forma tão clara.
A Umbanda Sagrada é uma vertente, uma tradição de umbanda que foi codificada por Rubens Saraceni, a história dele já foi colocada no link do Wikipédia, com um breve histórico da sua vida.
Pai Rubens Saraceni foi chamado pelos seus mentores espirituais para um trabalho muito importante, que nos proporcionou a fundamentação teórica como religião de Umbanda. Nos trouxe a teologia – estudo sobre Deus, teogonia – estudo sobre as divindades, gênese – estudo sobre a origem dos seres, manuais doutrinários, ritualísticos, arquétipos, e tudo o mais que podemos nos aprofundar sobre a Umbanda. Orientado por seus mentores ele colocou em livros todo esse conhecimento, falando sobre mistérios até então ocultos e que foram permitidos serem repassados aos umbandistas que ansiavam por explicações acerca dos rituais que participavam sem compreender os mistérios divinos envolvidos em cada um. As explicações passadas por Pai Benedito de Aruanda e Caboclo 7 Espadas, nos dão uma compreensão da religião Umbanda como nunca antes foi possível. 
Todas as umbandas são sagradas, mas entre as vertentes há diferenças importantes, na Umbanda Sagrada não tem sacrifícios de animais, o estudo da doutrina é incentivado, o desenvolvimento mediúnico do médium também, e para tanto há inúmeros livros que explicam cada aspecto da religião, e é o que estamos estudando aqui neste grupo. Ainda vamos nos aprofundar mais, e tudo vai fazer sentido por que tudo o que ocorre em nossa vida tem um propósito, um motivo. Claro, nem sempre sabemos, estamos encarnados e não temos ciência dos planos divinos, mas isso é algo que todospodem ter certeza absoluta, não há acaso nem coincidência, tudo tem um propósito, e outro aspecto importante, que nos coloca em condições de sempre crer no que se apresenta a nós, é que o conhecimento chega quando a pessoa está pronta para aprender, quando tem condições de compreender o ensinamento. Então bora estudar, se estamos aqui, é por que estamos prontos para compreender tudo isso!
Para terminarmos essa semana e nos prepararmos para o próximo tema, que são os tronos divinos, deixo dois vídeos com a mesma música.
Mas por que mesma música em dois vídeos? Por que são cantadas de forma muito diferente e mesmo assim são tão lindas e contagiantes, por que a Umbanda é assim, libertadora, livre e nos deixa a vontade para cultuar o sagrado, o divino da forma que mais nos agradar. Isso é um pequeno exemplo, para dizer que não há o errado, mas o diferente, alguns vão gostar de um, outros da outra forma de cantar e tocar, o que não significa que o outro jeito esteja errado, ou não tenha valor, simplesmente não se afiniza consigo, e está tudo certo.
Ponto das 7 Linhas de Umbanda – 
https://youtu.be/MGhbPCSdbEY 
https://youtu.be/TR-YsTkT1vM 
TRONOS – ORIXÁS
Na Umbanda Sagrada as chamadas 7 linhas de umbanda estão relacionadas aos Tronos, que são um coro de anjos de primeira grandeza na escala divina, junto com arcanjos e querubins. Esses anjos estão em contato íntimo com Deus, e cada um transmite uma mensagem diferentes aos coros inferiores. Os Tronos acolhem em si a grandeza do Criador, são chamados de Sedes Dei (Sede de Deus), são os símbolos da autoridade divina e da humildade, e da perfeita pureza, livre de toda contaminação. 
Segundo a Umbanda Sagrada os Tronos divinos estão ligados aos sentidos da vida dos seres, que são: fé, amor, conhecimento, justiça, lei, evolução e geração. Então as 7 linhas da Umbanda Sagrada são Fé, Amor, Conhecimento, Justiça, Lei, Evolução e Geração. 
Em cada trono estão assentados um par de Orixás, que possuem correspondência energética com o sentido do trono. Por exemplo no Trono da Fé estão assentados Oxalá e Logunan, ambos orixás que vibram fé, Oxalá com polaridade positiva, irradiador, universal, e Logunan com polaridade negativa, absorvedora, cósmica. Um irradia fé o tempo todo para todos, o outro paralisa aqueles seres que se desequilibraram no campo da fé. E assim ocorre com todos os tronos, o par é formado por um orixá de polaridade positiva e outro negativo, para que haja o equilíbrio sempre.
Os orixás não são pessoas que encarnaram, são energias divinas, que formam tudo o que existe. Eles são as fontes dos fatores divinos, que podem ser traduzidos como a menor partícula energética formadora de tudo, assim como o átomo, em suas diversas combinações formam a matéria. Cada fator pode ser identificado por um verbo, por exemplo, fator ordenador de Ogum, fator movimentador de Iansã, fator gerador de Iemanjá, fator equilibrador de Xangô, fator vitalizador de Exu, cada orixá tem o fator principal e outros fatores que se ligam a ele.
Os Orixás estão divididos nos Tronos da seguinte forma:
Trono da Fé: Oxalá e Logunan
Trono do Amor: Oxum e Oxumaré
Trono do Conhecimento: Oxóssi e Obá
Trono da Justiça: Xangô e Egunitá
Trono da Lei: Ogum e Iansã
Trono da Evolução: Obaluaê e Nanã Buruquê
Trono da Geração: Iemanjá e Omulu
Vamos ver cada um dos orixás, separadamente e combinado com seu par vibratório, por que ambos trabalham juntos para o bem e evolução dos seres.
Todos os orixás emitem ondas vibratórias específicas, relacionadas ao trono ao qual estão assentados. Essas ondas vibratórias, segundo a literatura umbandista de Rubens Saraceni, apresenta padrões, desenhos, podendo ser simples ou combinadas, e produzem diversos efeitos, são os fatores divinos, que são irradiados e nos amparam e nos sustentam nessa caminhada terrena e no plano astral também.
Os feixes dessas vibrações e suas combinações e arranjos diversos são a base formadora e mantenedora de toda a Criação. 
Cada trono vibra e rege uma estrutura física específica, ligada aos elementos, e ligado aos Orixás assentado em cada trono.
Trono da Fé – estrutura cristalina, elemento cristal
Trono do Amor – estrutura mineral, elemento mineral
Trono do Conhecimento – estrutura vegetal, elemento vegetal
Trono da Justiça – estrutura ígnea, elemento fogo
Trono da Lei – estrutura eólica, elemento ar
Trono da Evolução – estrutura telúrica, elemento terra
Trono da Geração – estrutura aquática, elemento água
Os orixás possuem polaridades positiva e negativa, em cada trono há um par. Não tem a ver com bem e mal, bom ou ruim, mas com o caráter magnético dos dois pólos contrários, irradiação e absorção, que dão o equilíbrio à Criação. Os Orixás com polaridade positiva são irradiadores, eles irradiam seus fatores o tempo todo pra toda a Criação, fazem a sustentação energética de todos os seres ligados a eles, também são chamados universais por isso, já os Orixás com polaridade negativa, são absorvedores, ou seja eles absorvem os desequilíbrios, os excessos, as negatividades, no sentido de quem saiu da linha, errou, esses orixás atuam na vida do ser nesses casos, por isso são também cósmicos.
São Orixás irradiadores, universais e positivos: Oxalá, Oxum, Oxóssi, Xangô, Ogum, Obaluaê e Iemanjá;
São Orixás absorvedores, cósmicos e negativos: Oya Logunan, Oxumaré, Obá, Oro Iná, Iansã, Nanã Buruquê e Omulu.
Trono da Fé
O Orixá Oxalá tem como trono que foram humanizados Jesus Cristo, Buda, Krishna e outros espíritos que encarnaram e trabalharam pela fé humana em Deus, eles não são o Oxalá Orixá, mas vibram na mesma frequência, enquanto estavam encarnados deram exemplo de uma vida voltada para a espiritualidade, para a compaixão e para a fé, e continuam trabalhando no plano astral, buscando fortalecer esse sentido cada vez mais.
O sentimento de religiosidade acontece no mundo inteiro, cada religião possui seus padrões de comportamento e são uma fonte de conhecimento para o seu povo, ou seja para o grupo de pessoas que estão ligadas a elas. Para Oxalá todas as religiões são caminhos de espiritualidade, de religiosidade, de conexão dos seres com uma Força Superior, com um Ser Divino ou ainda com o Divino Criador, não importa como as pessoas sintam essa conexão, se por meio de um de seus representantes, se através da religião em si, se no interior de cada pessoa, o que mais importa é que saibamos que há uma força superior a nós, que nos conduz, nos orienta, nos impulsiona, que apesar de nossas escolhas, sempre nos oferece o melhor para a nossa condição, mesmo que a gente não entenda desta forma.
Sentimento de religiosidade é muito mais amplo do que rezar, do que acender uma vela ou cantar um ponto, esse sentimento nos conecta com toda a Criação, com as pessoas próximas, quando ajudamos alguém, com os animais quando cuidamos deles, com as plantas, quando regamos uma árvore. Enfim, quando sentimo-nos parte de um todo.
Outros fatores de Oxalá são magnetizador e agregador, sustentando o magnetismo mental dos seres e congregando-os por meio do sentido da fé e direcionando-os a Deus. Vejam que aqui em nosso grupo há uma atuação forte de Oxalá, que nos mantém vibrando a fé em busca do conhecimento sobre as questões religiosas, no nosso caso, da Umbanda Sagrada. Mas isso não significa que, se alguém sair do grupo, por exemplo, irá perder essa conexão com Oxalá, caso perceba que esta não é a sua religião e ir procurar outra que fale ao seu coração, aí também estará a atuação de Oxalá, conduzindo-o ao caminho que mais atende à sua expectativa religiosa.
Oxalá emite essas ondas vibratórias o tempo todo, para todos, entretanto só sentem, só percebem essas ondas aqueles que se permitem perceber, que se permitem fazer essa conexão com algo que não compreendem, mas que sentem no seu íntimo. E é esse sentimento que não podemos deixar se perder, esse é o sentido que nos mantém no caminho do bem, da luz e da evolução. Podemos falhar em todos os outros sentidos, mas não no sentido da fé.
Oxalá tem seu ponto de força nos campos abertos, nos jardins, nos bosques,locais onde reine a paz, a sua pedra é o quartzo translúcido, por que a estrutura mais próxima da sua vibração é a cristalina. Na Umbanda Sagrada seu símbolo é a estrela de cinco pontas, e o animal que o representa é o pombo branco, que é sempre mensagem de paz. A sua saudação é Epa Babá! Como Oxalá é um orixá solar, irradiante, seu dia na semana é o domingo. 
Podemos oferendar à Oxalá utilizando uma toalha ou pano branco, velas brancas, frutas brancas (melão, goiaba etc), vinho branco doce ou suave, todas as flores brancas, fitas e linhas brancas, comidas brancas (canjica, arroz-doce, etc), pães, mel, farinha de trigo (para circular e fechar as oferendas por fora), água, pedras e cristais de quartzo branco, pembas brancas, milho verde em espiga, cru e leitoso. O que e como arrumar fica de acordo com a sua intuição, não é necessário tudo, mas o que for sugerido pela espiritualidade. São algumas ervas de Oxalá, que podem ser usadas como defumação, banhos ou amacis: boldo, anis estrelado, cravo-da-índia, flor-de-são-josé, folha da fortuna, funcho, rosa branca, alecrim do campo, flor de angélica, levante, hortelã verde, lírio-do-brejo, malva cheirosa, malva do campo, manjerona, macela, mastruço, nogueira, sálvia, poejo, saião, umbuzeiro.
As entidades que vem trabalhar na Umbanda possuem nomes simbólicos que representam, muitas vezes, a vibração a qual estão ligados. Os caboclos são mistérios de Oxóssi, mas aqueles que tem a palavra Branco, Branca, no nome simbólico, possuem a vibração de Oxalá, os caboclos da falange do Caboclo Pena Branca trabalham na irradiação de Oxalá.
Pombinho Branco – Ponto de Oxalá
https://youtu.be/YG7-qV1g-iw
Logunan: sincretizada com Santa Clara, também é conhecida como Oya Tempo. Logunan é uma orixá cósmica, absorvedora dos negativismos, paralisa os seres que se desvirtuam no campo da fé, congelando seus mentais. Ela só entra em ação na vida do ser, quando as atitudes e pensamentos (crenças) saem do limite aceitável do bom senso, sob o ponto de vista da espiritualidade, quando se fanatizam ou utilizam mal os conhecimentos religiosos, por isso Logunan trabalha no tempo, sua atuação é atemporal, o seu mistério está na eternidade do tempo e na infinitude de Deus, por que a evolução virá em algum momento. Alguns podem pensar que Oya Tempo é uma qualidade de Iansã, mas isso não é adequado, por que Oya Tempo ou Logunan atua no campo da fé dos seres, sendo esse sentido sua irradiação divina, já Iansã atua no campo da lei, conduzindo os seres sob a ordenação em uma área mais ampla, direcionando-os para os sentidos em que devem se equilibrar. 
Imagine um lugar onde tudo fica paralisado, não há passado, nem presente, nem futuro, tudo é agora e é também todos os momentos juntos, imaginou? Esse é o tempo, um vazio cósmico para onde são conduzidos os seres que se desvirtuaram no campo da fé, da religiosidade, que caíram vibratoriamente tanto, que não conseguem voltar ao seu local, somente depois que Logunan esgotar todos os negativismos religiosos. 
A vibração de Logunan está nas geleiras, pois se parecem com o local aonde seus filhos amados ficam para esgotarem em si os desequilíbrios e excessos cometidos no campo da fé. Mas as oferendas à essa mãe Orixá devem ser sempre no tempo, em campo aberto, pois ela não aceita ser firmada no interior do templo, ao contrário de Oxalá, que aprecia ser cultuado dentro do templo, entretanto não se preocupe em oferendar a Logunan, por que ela está em todos os seres através da fé. E onde não existir a fé, não há nada, por que no vazio nada existe. Sacerdotes desvirtuados e pervertidos, serão esvaziados e esgotados de sua religiosidade desequilibrada no outro lado da vida, pela executora cósmica e absorvedora.
Mãe Logunan é o rigor divino para com os filhos que voltaram as costas para o Divino Pai Olorum.
Logunan possui também uma irradiação movimentadora, que faz com o ser se movimente em direção à sua religiosidade. Percebam que se fala em religiosidade e não em religião, por que a religiosidade é a expressão individual e equilibrada da fé e não depende em nada de qualquer religião. 
Pode-se firmar a Orixá Logunan utilizando-se um bambu fincado no solo, com uma fita branca e uma preta amarrando uma cabaça com o gargalo aberto, colocar água dentro desta cabaça, e acender uma vela branca e uma preta ao lado do bambu. Pedir a Mãe Logunan a sua proteção, a sua bênção para que tudo transcorra em paz, solicitando seu amparo e sua guia luminosa para que nos conduza sob a sua luz cristalina e amparados por nossa fé no Divino Criador.
A saudação a Mãe Logunan é: Olha o tempo Minha Mãe! 
Assim como Oxalá, seu dia da semana é domingo, e sua cor é azul escuro, sua pedra é o quartzo fumê, e o seu símbolo é o laço enrolado representando uma espiral do tempo.
São itens que possuem a irradiação divina de Mãe Logunan: côco verde, maracujá, licor de aniz, pétalas de rosas amarelas, folhas de eucalipto. A vor da vela é azul escuro, mas pode-se utilizar também branca e roxa, junto com a azul escura.
Mãe Logunan rege a linha de trabalho dos Boiadeiros, que utilizavam seus laços, enquanto estavam encarnados para laçar os bois, agora os utilizam para laçar espíritos que estejam em desacordo com a Lei Divina, são refreadores do baixo-astral, aguerridos demandadores e rigorosos com os espíritos trevosos, apesar de se apresentarem nas giras como brincalhões e hiperativos. Os laços e chicotes são suas ferramentas de trabalho, são mistérios que iremos estudar mais adiante, quando falarmos sobre as linhas de trabalho da Umbanda.
https://youtu.be/y2jndimE8yw
O Trono da Fé, com seus dois Orixás – Oxalá e Logunan – formam o par vibratório e energético, que nos mantém ligados a uma força divina, que não vemos, não entendemos, não conhecemos, mas mesmo assim, até a pessoa mais cética, acredita em algo que seja mais poderoso que nós, os humanos, que existe algum poder além da nossa compreensão. Mas como ter fé sem compreender? Não precisa compreender, basta confiar. A fé propagada pela Umbanda é uma fé forte, ampla, que não oculta nada daquilo que a pessoa queira saber, que nos ampara pela explicação clara de como os processos acontecem, que nos sustenta nas horas difíceis, de provação e luta, mas que nos dá a certeza que no final de nossa história, teremos feito tudo o que podíamos ter feito, sendo justos, honestos, bons, caridosos, humildes e fortes. Essa é a fé que fortificamos na Umbanda, uma fé inteligente, que não faz nada por fazer, mas participa sabendo que tudo tem um sentido e um motivo. Bate palmas por que sabe que com o som das palmas e o movimento rápido das mãos, se movimentam energias, estalam os dedos porque sabem que esse barulho quebra barreiras, bate cabeça, por que sabe que alinha o chacra coronário com o altar, fortalecendo a ligação energética, além do que demonstra que não somos mais que ninguém, sendo um gesto de humildade. 
Pai Oxalá nos comunica com seu olhar manso, que podemos confiar, que podemos depositar em suas mãos as nossas dores, que o acalanto virá, que nada será em vão, ele nos incentiva a acreditar que tudo pode melhorar, basta que comecemos por nós mesmos. Com o exemplo deixado por Jesus Cristo, um homem que mesmo sendo humilde, não deixou de ser forte, e o seu exemplo é conhecido há mais de 2 mil anos, ele realmente mudou o mundo após a sua passagem encarnada pela Terra, com certeza tinha o poder divino. E nós, seres humanos, espíritos encarnados, quando absorvemos as suas ondas vibratórias e nos apropriamos deste poder energético da fé inabalável, passamos a ser irradiadores Dele, por que as outras pessoas nos veem como referência daquilo que falamos. É um longo caminho a percorrer, mas cada um de nós tem a eternidade para continuar tentando. Somos seus filhos, e um dia o alcançaremos.
Mãe Logunan, orixá cósmica, absorvedora, é como a mãe rígida que corrige seus filhos quando eles tomam um rumo que não é o mais adequado. É aquela que mesmo sofrendo, coloca seu filho de castigo para que ele aprenda a lição da vida, e ela faz isso no campoda fé, quando seus filhos desvirtuam o sublime sentimento de fé, enganam e levam vantagens diversas sobre as pessoas que confiam neles, que veem neles um irradiador da fé. Infelizmente esses irmãos, que ainda não sabem, serão levados para as geleiras de Logunan, e lá terão todo o tempo do mundo para refletir sobre seus atos, até que se arrependam de suas falcatruas, e desejem sinceramente recomeçar. E não pensem que no plano espiritual é possível enganar, pois não é, lá os pensamentos são ouvidos por todos, os sentimentos e intenções são percebidas, não há como esconder nada. Mas essa mãe rígida e disciplinadora só atua quando não há possibilidade da pessoa retomar o rumo certo, e vemos aqui, mais um exemplo de fé equilibrada, inteligente, consciente, por que a fé não exime nenhum compromisso com a verdade, a justiça e a lei.
Quando um espírito é exteriorizado por Deus, ou seja, quando nasce um espírito, ele é recepcionado por um orixá, se for um espírito feminino será recepcionado por uma orixá feminina, se for um espírito masculino, será recepcionado por um orixá masculino. Esse primeiro orixá que por um tempo irá imantar essa centelha divina, por que o espírito quando nasce é somente uma pequena luz, sem nenhuma proteção nem conhecimento, mas esse orixá irá criar uma pequena camada de proteção com a sua vibração divina, e quando já estiver pronto, carregado com essa energia primordial, irá passar para outro orixá para receber uma irradiação diferente e assim sucessivamente. Junto com o primeiro orixá que irá recepcionar a centelha divina, há outro, de gênero oposto, que atuará junto. Esse primeiro par de orixás – pai/mãe ou mãe/pai – será o Orixá Ancestral e o Orixá Remissivo, daquele ser. 
A cada nova etapa de evolução, há ainda, outro par de orixás que irão auxiliar no desenvolvimento espiritual do ser, para nós, a cada reencarnação temos um par diferente de orixás que nos rege, é o Orixá de Frente e o Orixá Juntó ou Adjunto. O Orixá de Frente será feminino nas mulheres e masculino nos homens, e o Juntó será do gênero oposto.
Nós vamos aprofundar esse assunto depois que estudarmos todos os orixás, por agora é só uma rápida explicação para passar algumas características dos irmãos que tem Oxalá e Logunan como orixá Ancestral:
Mas o assunto não se esgota aqui, ainda há muito o que se falar sobre o Trono da Fé, é muito vasto o conhecimento sobre esses dois Orixás amados, nem que ficássemos até o final do ano, não iriámos esgotar todo esse conhecimento.
Desejo a todos um excelente final de semana, e que todos e em especial os pais, sejam abençoados por Pai Oxalá e Mãe Logunan, que eles nos imantem com suas ondas vibratórias, nos fortalecendo a fé, nos fortificando no caminho do bem e da paz, e que possamos ser irradiadores de suas energias positivas, harmonizadoras e cristalinas. Que assim seja, e assim será!
Trono do Amor
Orixá Oxum, irradiadora, universal e positiva, essa orixá tem como fator principal as ondas congregadoras, aproximando de acordo com as afinidades, por isso é normalmente invocada para questões amorosas, para aproximar o par perfeito para a vida, mas não é só na questão amorosa que Oxum atua, mas em todas as situações de afinidades positivas, na prosperidade com o dinheiro, aproximando a moeda de quem tem afinidade com ela. 
Mãe Oxum é a orixá do amor, não o amor possessivo, que controla, que domina, mas aquele amor que cuida, que doa, incondicional. Esse é o amor fraternal que Mãe Oxum emana o tempo todo para todos. 
Oxum vibra no reino mineral, então pedras, cristais e metais, são seu domínio. Na Umbanda Sagrada ela tem a cor principal rosa, mas tem também a cor amarela. A cor da vela é rosa. Ela está nas cachoeiras, sendo uma mãe aquática, junto com Iemanjá e Nanã Buruquê, por que trabalha nossas emoções. 
Outra fator importante de Oxum é a de conceber. Ela gera o amor e concebe a vida.
Pedras de rio são excelentes para firmar Oxum no altar, e as oferendas devem ser colocadas ao pé de uma cachoeira, com velas brancas, rosas, azuis e amarelas, flores, frutas doces, champanhe.
A água naturalmente é uma excelente condutora, e a água doce é a melhor condutora de energias minerais que temos. Já a água salgada, é a melhor condutora de energias cristalinas. Água doce é domínio de Oxum, água salgada de Iemanjá. A energia mineral está em todos os seres e nos vegetais, e também Oxum está presente neles.
Quando estamos emanando sentimentos positivos, como o amor fraternal, entramos em sintonia com Mãe Oxum, criando uma camada vibracional, que manterá nossos sentimentos puros, com determinação, paz interior, equilíbrio e fortalecendo a vontade de continuar amando. Esse estado interno acaba gerando a gentileza e a fraternidade.
A onda vibratória de Oxum tem a forma de um coração, como não poderia ser diferente, o maior símbolo do amor está ligado a Oxum.
Todo esse movimento provocado por suas ondas vibratórias ocorrem não só no nosso nível humano, mas em toda a Criação Divina, do microcosmo ao macrocosmo. 
Algumas ervas de Oxum: folhas de amora, açafrão, alfavaquinha, arnica, calêndula, camomila, macela, melissa, entre outras.
A saudação a Oxum é ORA YEYÊ YEYÊ Ô!
Salve Mãe Oxum, nos envolva com suas vibrações divinas de amor e fraternidade, nos ampare nessa época de dificuldades no planeta, e nos fortaleça na vontade de evoluir em amor e fé. 
ORA YEYÊ YEYÊ Ô MINHA MÃE!!!
https://youtu.be/RnXKnQazPtY 
Orixá Oxumaré, com suas ondas vibratórias ondulantes, não poderia ter outro símbolo que a serpente, que periodicamente troca de pele, como quem troca de roupa, renova sua pele para um novo ciclo. Essa é uma das atuações de Pai Oxumaré, que é um orixá cósmico, masculino, negativo, absorvedor, que renova os seres que se negativaram no campo do amor, trazendo um novo ciclo, um novo caminho, novas possibilidades, e em todos os sentidos da vida, assim com a luz que quando entra em nossa atmosfera é dividida no espectro de 7 cores, também conhecido como arco-íris, outro símbolo de Pai Oxumaré. 
Esse orixá é compreendido desta forma na tradição da Umbanda Sagrada, em outras tradições há outras interpretações, que também estão certas para as pessoas que percebem sentido nelas.
Como orixá cósmico, ele atua principalmente nos seres em que houve atitudes repetidas de descaso, descomprometimento, ruptura com o amor incondicional, amor fraternal entre os seres humanos, que esqueceram-se que somos todos irmãos e não concorrentes, estamos todos no caminho da evolução espiritual, e o melhor que podemos fazer e ajudarmos uns aos outros, amar uns aos outros, como a nós mesmos.
A renovação de Oxumaré não ocorre somente na vida dos seres, mas em toda a criação, vemos nas religiões essa renovação, que de tempos em tempos, algumas desaparecem, outras surgem, os próprios orixás passam por renovações em suas imagens, que ao longo do tempo vão se adaptando à humanidade para que possam ser compreendidos e continuem atuando ativamente em nosso benefício. 
Renovação é aperfeiçoamento constante, e para isso, não podemos cultivar mágoas nem rancores. E essa renovação em nosso íntimo é o que faz resignificar os nossos sentimentos, melhorando nossa compreensão sobre a vida, e assim, evoluindo.
Não há religião que possam fazer qualquer alteração na vida de uma pessoa, sem que ela permita isso, reformando seu íntimo, seus pensamentos e suas atitudes, assim, nas horas difíceis não haverá tanta aflição, desconfiança e desesperança. 
Outra atuação de Pai Oxumaré é diluidora, e ocorre quando ele dilui os sentimentos negativos, depressivos e os acúmulos de energias que pesam no campo áurico do ser, justamente para aliviar o sofrimento e proporcionar o início do movimento de renovação. Na religião, ele atua como renovador no campo da Fé, diluindo o interesse por aquela religião que está atrasando a evolução da pessoa, encaminhando para outra, que lhe dará a possibilidade de aprendizado e evolução. 
Pai Oxumaré rege sobre a sexualidade, enquanto Mãe Oxum rege a concepção, e quando o amor cede espaço para a paixão e ociúme, cessa a irradiação de Oxum, e começa a de Oxumaré, diluindo tanto a paixão quanto o ciúme. 
Uma sugestão de meditação na vibração de Pai Oxumaré, é ficar sentado, com as mãos sobre as pernas, palmas pra cima, fechar os olhos, respirar calmamente, mentalizar um lindo arco-íris, inspirar pelo nariz e expirar pela boca, absorvendo a energia viva e divina de Pai Oxumaré. 
A cor principal de Pai Oxumaré é azul celeste, nas oferendas é comum utilizar fitas e velas coloridas, melão, champanhe rose.
A saudação à Pai Oxumaré é: ARÔ BOBOÍ (arrôboboi). 
Também tem simbologia ligada a Pai Oxumaré, a lança com a cobra entrelaçada. 
Muitas conexões podem ser feitas a partir da compreensão de Pai Oxumaré e toda a sua ampla atuação na nossa vida. 
São ervas na vibração de Pai Oxumaré: alcaparreira, cavalinha, condessa, araticum do brejo, dracena rajada, erva das serpentes, guaco, língua de vaca.
Orixá Oxumaré é sincretizado com São Bartolomeu, e seu dia de homenagem é 24 de agosto, na semana seu dia é terça-feira. 
Bem, pedimos neste momento que Pai Oxumaré envolva a todos nós, com suas vibrações ondulantes, proporcionando a renovação necessária para que possamos evoluir, conquistar, aprender, vencer, conter, expandir, concentrar, movimentar e seguir em frente, rumo ao amor infinito de Deus.
Salve Oxumaré!
Arroboboi Oxumaré!
https://youtu.be/n__J1bduDCM
Vimos o Trono do Amor, com Mãe Oxum e Pai Oxumaré, que nos ensinam sobre o amor divino em todos os sentidos da vida.
Amor no campo da Fé
Amor no campo do Amor
Amor no campo do Conhecimento
Amor no campo da Justiça
Amor no campo da Lei
Amor no campo da Evolução
Amor no campo da Geração
Isso nos mostra que a atuação dos orixás é muito ampla em nossa vida, em tantos aspectos que quanto mais estudamos mais compreendemos a relação deles conosco, e como ainda temos que aprender a amar, a ser amado, a proporcionar acalento a quem precisa, sem cobrança, sem julgamento e sem interesse ou segundas intenções. 
Aos poucos vamos tendo essa noção e abrindo mão de pensamentos e sentimentos de apego, de dominação, de poder, por que quanto mais evoluímos nas questões de autoconhecimento mais conseguimos entender que ninguém pertence a ninguém, no sentido de ser posse, estamos aqui para desenvolver nossos sentidos, e os orixás, com suas ondas vibratórias vivas e divinas, nos conduzem sempre pelo melhor caminho. Deus está em tudo e em todos. 
E assim como nossos pais e mães, eles nos ensinam com amor e com rigidez, nos corrigindo quando tomamos o caminho errado, até que aceitamos a correção e retomamos o caminho reto da evolução. 
E nossa vida está tão impregnada dessa vibração, que nem percebemos a sua influência, vejamos alguns exemplos:
1) aliança símbolo do casamento, normalmente é de ouro, que é mineral magnetismo do Trono do Amor;
2) coração símbolo do sentimento do amor, onda vibratória da orixá Oxum;
3) rosas são comumente dadas às namoradas, e são também irradiadoras da energia amorosa de Mãe Oxum;
4) já parou pra pensar por que foi uma serpente que tentou Adão e Eva no paraíso? Seria uma atuação de Oxumaré, promovendo uma renovação na vida deles? Quem seria Adão e Eva? Bem, esse assunto dá uma boa conversa!
Então, encerramos o Trono do Amor, mas de forma alguma esgotamos esse assunto, por que cada vez que lemos ou estudamos um assunto, encontramos novas chaves interpretativas que nos dão outras informações, outros pontos de vista.
https://youtu.be/6tUWvHcDz50
Trono do Conhecimento
Orixá Oxóssi, sincretizado com São Sebastião, é a divindade das matas, das ervas, da cura física e espiritual, da expansão do conhecimento.
Pai Oxóssi é o regente de todos os caboclos e caboclas, índios e índias da Umbanda, seus símbolos são o arco e flecha, e como a flecha segue ligeira abrindo caminho até o seu objetivo, acontece o mesmo com a expansão do conhecimento. Ele é o caçador hábil que sabe a ciência e a doutrina de como buscar a sua caça, o seu alimento, o seu objetivo. Mas conhecimento de quê? Todo e qualquer conhecimento, em qualquer área, em qualquer ciência, é sustentado pela onda vibratória em forma de flecha de Pai Oxóssi, desbravando novos campos, novas áreas em todos os sentidos da vida. 
A cor verde na cromoterapia é a cor da cura, também é a cor da natureza, das ervas, das plantas, e assim é a cor de Oxóssi, ele que é o Guardião dos mistérios da Natureza, por isso sua energia e essência é vegetal.
Como orixá universal, positivo e passivo, ele irradia suas energias de expansão o tempo todo a todos. Quem estiver em sua sintonia sentirá uma vontade de descobrir, de aprender, de conhecer, de buscar informações sobre assunto de seu interesse, justamente por conta de sua função expansora. Ele estimula o raciocínio rápido, assim como ele é rápido em seus movimentos. 
Percebam que cada orixá traz em um arquétipo os seus campos de atuação, e Pai Oxóssi, no arquétipo de índio, profundo conhecedor da mata e de toda a sua ciência de cura, de seus movimentos rápidos durante a caça, de suas habilidades com arco e flecha e outras ferramentas, demonstram toda a sua possibilidade de atuação energética em nossas vidas, e todas as formas de auxílio que podemos buscar em seus domínios. 
Quando estudarmos a linha dos Caboclos, vamos ver que todos são regidos por Oxóssi, mas possuem também a vibração de outro orixá na sua atuação, por exemplo, Caboclo Pena Branca, é regido por Oxóssi por ser um caboclo, mas trabalha na vibração de Oxalá, por conta do seu nome simbólico Pena Branca, sendo que todos os guias que possuem o nome Branco ou Branca, são da linha da Fé. 
OKE ARO é a saudação, e a cor da vela é verde. 
Lembram qual foi o guia espiritual que fundou a Umbanda? Caboclo das Sete Encruzilhadas, regido por Oxóssi, em seu movimento de expansão, trazendo ao plano material mais uma religião. E o fundamento mais básico da Umbanda? "Com os espíritos mais sábios aprenderemos; aos mais atrasados ensinaremos; e a nenhum renegaremos".
Muitas vezes, quando sentimos um vazio em nossa vida, e nos deparamos com uma religião tão vasta em conhecimento como é a Umbanda, e se o nosso interesse desperta, se abrirá a nossa frente um imenso leque de possibilidades de aprendizado, evolução e de auxílio aos outros. 
E aqueles que usam o conhecimento para o lado errado, terão suas evoluções paralisadas, até que resgatem e transmutem todo o mal que fizeram, para então serem liberados para recomeçar o seu caminho de evolução. 
Oxóssi está na fé, no amor, no conhecimento, na justiça, na lei, na evolução e na geração, em cada sentido estimulando o ser a buscar as formas de melhorar no seu íntimo e nas suas atitudes. 
Uma boa meditação para entrar em contato com a vibração desse orixá vegetal, é sentar-se confortavelmente, respirar fundo por três vezes, relaxando o corpo e a mente, e imaginar que está caminhando em direção a uma floresta, seguindo por um lindo gramado, com sol radiante; ao chegar próximo da floresta, parar diante dos guardiões que guardam a entrada da mata, pedir licença para entrar, e seguir caminhando pela trilha, observando as árvores, o chão, os animais que enxergar, sentir o cheiro do mato, das plantas, ver o sol por entre as folhas e galhos das árvores, chegar até uma clareira, sentar e se deixar permanecer ali por alguns minutos, respirar fundo a energia viva e divina vinda direto do orixá para imantar todo o nosso ser. Após, levantar e voltar pelo caminho que veio, agradecer aos guardiões, e voltar, sentir seu corpo, se movimentar lentamente mãos e pés, abrir os olhos. 
Pedimos que Pai Oxóssi nos envolva com sua energia vegetal curadora, curando nossas doenças físicas, emocionais e espirituais, reforçando nossa vontade de buscar conhecimento, de alcançar nossos objetivos, traga para a nossa vida o raciocínio divino e claro, para que tenhamos clareza dos processos que estão ocorrendo conosco. Sagrado Senhor Oxóssi, dê-nos a vossa bênção e proteção, e afastai-nos da ignorância! Salve Oxóssi! Okê Arô Oxóssi!
https://youtu.be/Fm9cbGw39jk
Orixá Obá, é par vibratório de Oxóssi, eleuniversal, positivo, passivo, irradiante, ela cósmica, negativa, ativa e absorvente. E assim como Mãe Logunan e Pai Oxumaré, trabalha no sentido complementar, enquanto Pai Oxóssi expande o conhecimento, Mãe Obá concentra a informação, memoriza, enraíza tudo que foi aprendido de forma correta, com verdade e clareza. 
Vejam que aqui no grupo, estamos todos sendo influenciados pelas ondas vibratórias de Oxóssi, por que estamos expandindo o nosso conhecimento sobre a Umbanda, e muitos estão achando legal tudo isso. Mãe Obá concentra essas informações, faz fixar na mente o conhecimento, nem todos irão fixar tudo, somente os que forem transformar em sabedoria e, mais adiante, em evolução, mas aí já é domínio de Nanã Buruquê, no Trono da Evolução.
Mãe Obá vibra no reino vegetal, mas se concentra nas raízes, fixadas na terra, por que é regida pelos elementos terra e vegetal. Mas também como orixá cósmica e absorvente que é, atua nos seres aquietando e densificando o racional, esgotando os conhecimentos desvirtuados, sendo atraídos para seu polo negativo por que o assimilaram de forma viciada, falsa ou distorcida.
Essa atuação de Mãe Obá é bem discreta, sendo que os seres que são atraídos não percebem que estão passando por uma descarga emocional. Esse processo ocorre na pessoa fazendo com que o assunto não seja mais atrativo, e assim perdem o interesse. E quando já descarregou todo o conhecimento equivocado, Mãe Obá o conduz aos domínios de Pai Oxóssi para que seja encaminhado para a linha reta do conhecimento. 
Preferencialmente Mãe Obá atua no conhecimento religioso, assim as doutrinas religiosas rígidas e rigorosas com seus adeptos, tem a orixá Obá sustentando-as silenciosamente.
Ela é implacável com aqueles que são sarcásticos e sátiros com o sagrado e o divino, pune com rigor todos que colocam as divindades no mesmo nível chulo em que eles mantém suas consciências desnorteadas.
Sua cor é a magenta, cor de tabatinga, terroso, e sua pedra é a madeira petrificada preferencialmente, mas o jaspe marrom. Está nas águas doces revoltas, nos redemoinhos, e junto com Nanã Buruquê, controla as enchentes e o barro.
A sua saudação é "AKIRO OBÁ YE!" Que significa "eu saúdo o seu conhecimento, Senhora da Terra!" ou "eu saúdo a terra, senhora do Conhecimento!".
Salve Mãe Obá!
Akiro Obá Ye!
Te pedimos Mãe Obá que nos auxilie a concentrar o conhecimento aqui estudado, que faça sentido para todos aqueles que se interessarem por esse assunto, pela doutrina e fundamentação da Umbanda Sagrada, para possamos irradiar para pessoas o pouco que absorvemos de conhecimento nos seus domínios. 
Ampare-nos, sustente-nos e guie-nos nessa caminhada terrena, envolva-nos em todos os nossos sentidos, materiais e espirituais. 
Que assim seja!!!
Salve, salve querida Mãe Obá!
Akiro Obá Ye!
https://youtu.be/06mJQ7yhuVA
A vibração do trono do Conhecimento nos impulsiona em direção ao desenvolvimento intelectual, mas também a todas as questões que exijam raciocínio mental, informação estruturada e conexões entre os processos. 
Não foi coincidência o Senhor Caboclo das Sete Encruzilhadas ter trazido para o plano material a nossa religião de umbanda, uma religião raciocinada, que está em plena expansão nesse primeiro século. E nas últimas décadas teve uma explosão de informação sobre os mistérios divinos, que estão à disposição de quem se interessar em desvendá-los.
Essa energia de expansão tem tudo a ver com o reino vegetal, plante uma mudinha de grama e veja como ela se alastra, observe um pé de funcho, em pouco tempo há várias mudinhas na volta, ou a espada de são jorge, como se desenvolve. E assim o conhecimento puro, verdadeiro, positivo e irradiante se alastra, seja de boca em boca, nos livros ou nas escolas, se perpetua sendo transmitido. Nós estamos nesse movimento expansor, a humanidade está neste movimento, porém é preciso estar na direção correta, por que entrar na contra mão da evolução pelo conhecimento, nos leva direto ao seu pólo negativo, domínio de Obá, que paralisa essas pessoas que se utilizam desse processo de expansão pelo conhecimento para ludibriar, enganar, tirar proveito para si ou para outros, mesmo que passe muito tempo neste plano da dimensão humana, em algum momento o ser terá que acertar suas contas com a orixá cósmica regente deste pólo, por que assim são os desígnios de Olorum, suas leis são imutáveis e sua justiça infalível. 
Nós não sabemos de muita coisa, e sempre que a gente pensar que já sabe de tudo, então não sabemos de nada mesmo. Somos eternos aprendizes, e mesmo nas esferas luminosas há sempre uma esfera superior que sabe mais. Somente Deus tem todo o conhecimento.
Nesse processo de aprender, passamos por algumas fases, primeiro ocorre uma inquietação diante de algo que não compreendemos, dessa inquietação podemos desistir, mudando o nosso foco ou insistir e buscar assimilar novas informações, utilizando esquemas mentais, despertando faculdades intelectuais, memorizando, enfim, há várias formas para se apropriar de um conhecimento. Depois que conseguimos assimilar, passamos a incorporação desse conhecimento à nossa vida, essa é a fase da acomodação, é quando alcançamos a mudança de comportamento, é quando o conhecimento vira sabedoria. Muitas pessoas não tem conhecimentos acadêmicos ou científicos, entretanto possuem uma sabedoria invejável. Isso ocorre por que a mente não se prende a livros e escolas, mas busca infinitas possibilidades para sobreviver numa dimensão dual, aonde é imprescindível posicionar-se frente às situações. E nesse momento temos Pai Oxóssi nos incentivando sempre a busca esse conhecimento, independente da fonte, desde que seja legal, positivo, útil e para o bem próprio e dos outros.
Então encerramos esta semana com o Trono do Conhecimento, e assim pedimos a bênção ao Pai Oxóssi e à Mãe Obá, reforçando nossa vontade íntima de melhorarmos como seres humanos, como irmãos que somos, nos aproximando cada vez mais dos seres de luz que nos oferecem sempre a oportunidade de evoluir.
Salve Oxóssi!
Oke Aro Oxóssi!
Salve Obá!
Akiro Obá Ye!
https://youtu.be/tF4TeFRX6PY
https://youtu.be/ps6mkSv9j1s
Trono da Justiça 
Orixá Xangô, Senhor do Fogo Divino, Senhor da Justiça Divina, aquele que equilibra entre certo e errado, justo e injusto, é o fiel da balança. Mas atenção e cuidado, pois esse fiel da balança pende sempre para o lado certo, do ponto de vista divino, o que na maioria das vezes, não é o mesmo que pensamos, por isso o cuidado ao pedir justiça a Pai Xangô, por que se nós formos os culpados, ele não terá nenhum constrangimento em aplicar a justiça divina.
Assim é esse orixá universal, positivo e irradiante, vibra seus fatores divinos equilibrando tudo e todos, oferecendo o caminho do meio, por que esse é sempre o melhor caminho.
A Justiça Divina é o trono onde as questões são definidas não como certas ou erradas, mas compensando as atitudes e consequências, por que se alguém causou um dano a outra pessoa, para equilibrar, essa pessoa deve sofrer o mesmo dano, mesmo que a outra perdoe ou não deseje nada negativo, irá acontecer, pois a Lei do Retorno é como um bumerangue, sempre volta a quem jogou, sempre!
Muitas vezes pensamos que algo que acontece conosco ou com outra pessoa não é justo, por que não vemos motivos que justifiquem tal situação. Ocorre que a Justiça Divina não falha nunca, e situações de vidas passadas podem estar repercutindo agora, então os nossos olhos limitados não vêem o mesmo que a espiritualidade, muito menos sabemos os motivos iniciais de tais sofrimento. Esse é um dos motivos que dizemos que tudo está certo, por que se não fosse assim, a Justiça Divina seria falha.
Temos muito ainda a aprender na prática, por que o conhecimento somente é assimilado de verdade na prática, quando é feito o registro da mudança de comportamento nas telas vibratórias individuais e que registram tudo o que fizemos durante a nossa vida, desde a exteriorização divina até hoje, e acreditem são milênios de registros. E cada vez que ofendemos, prejudicamos, matamos ou enganamosalguém foi registrado na nossa tela vibratória, e quando for possível e a pessoa estiver pronta, será posta de frente com quem prejudicou anteriormente, nas mais diversas situações, para resgatar o passado. Sendo Pai Xangô quem equilibra essa situação entre os seres.
Aí vemos uma questão importante, que auxilia muito no nosso desenvolvimento espiritual que é o perdão. Quando perdoamos nossos algozes, nos desprendemos dessa ligação com eles, e podemos seguir nosso caminho mais tranquilos, senão iremos sempre estar conectados aos nossos algozes, vida após vida, estaremos encrencados com eles, até que uma das partes perdoe a outra. Neste caso, a espiritualidade irá ligar a parte que não perdoou a outra pessoa em situação similar. E assim passamos nossas vidas, tentando melhorar, só que enquanto não amadurecermos espiritualmente, não sairemos do mesmo lugar, e neste caso, podemos cair nos domínio do fogo consumidor de energias negativas, que é mãe Egunitá, ela que é par vibratório de Xangô, cósmica e absorvedora dos desequilíbrios humanos. 
O equilíbrio é racional, pensado e raciocinado, não é levado pela emoção, já que um ser emocionado não consegue ser racional ao mesmo tempo, e esse é o nosso grande desafio, não deixar que as emoções nos dominem. Até mesmo o amor em excesso é prejudicial. 
Talvez por essa questão do senso de equilíbrio, da razão e da equidade, o símbolo de Pai Xangô seja o machado com dois lados, e muitas vezes vemos dois machados cruzados, demonstrando visualmente que tudo tem dois lados, sempre, e que o equilíbrio entre essas partes é o principal objetivo da nossa trajetória de aprendizagem nestes ciclos, nestas inúmeras vidas encarnadas que vivemos, até que tenhamos aprendido o mínimo para podermos seguir viagem em direção a outros rumos.
KAO KABECILE XANGÔ!!
Essa é a saudação a esse pai e significa "Venham saudar o Rei Xangô!". O Trono da Justiça tem como elemento principal o fogo, tendo estrutura ígnea. A cor da vela é marrom, e as pedras marrons tem a sua vibração. As ervas alfavaca roxa, erva de são João, folha de figo, folha da fortuna, levante, lírio do brejo, manjericão roxo, manjerona, mulungu, panaceia, para-raio possuem as vibração a vibração de Pai Xangô. O ponto de força de Xangô são as pedreiras, por que são o resultado da ação do fogo sobre as substâncias que geram as pedras, como a lava do vulcão ou do magma do centro da terra. 
Pedimos a Pai Xangô que nos imante com suas vibrações vivas e divinas, nos equilibrando e nos harmonizando em todos os sentidos, nos traga força e luz. Te pedimos, Pai Xangô, que sois o Juiz da Lei Divina, que anule todas as magias negativas enviadas a nós, para que possamos seguir nosso aprendizado nessa vida com sentimentos justos. 
Livre-nos da prisão às emoções e aos instintos, para que possamos desenvolver nosso aspecto racional e equilibrado.
Salve Xangô!
Kao Kabecile Xangô!
https://youtu.be/o-fDjfE1EPc
Orixá Oro Iná, também conhecida por Egunitá, sincretizada com Santa Sara Kali, é a regente da linha de trabalho dos Ciganos, é o próprio Fogo Divino junto com orixá Xangô no Trono da Justiça. 
Magneticamente Oro Iná também pode se ligar ao Orixá Ogum, na execução da Lei Maior, ela sendo o fogo, ele sendo o ar, fazem uma dobradinha imbatível, já que o ar aumenta ou diminui o fogo, vamos ver mais sobre essa dupla quando estudarmos o Trono da Lei.
Oro Iná é a orixá negativa, absorvedora dos negativismos e desequilíbrios humanos no campo da Justiça, o seu elemento ígneo é o consumidor desses excessos, trabalhando assim para proporcionar o reequilíbrio do ser, para que possa voltar para o caminho reto da Justiça. 
A Justiça que se fala aqui é a Justiça Divina, quem deve paga, quem merece recebe, e assim é. Levamos muito tempo para compreender essas relações entre ação e reação, por isso sofremos tanto, marcamos passo por milênios em vidas após vidas, entretanto estamos num momento crucial para avançarmos. 
Em outras tradições de Umbanda os orixás possuem qualidades, por exemplo Iansã é uma orixá que tem como elemento o ar, porém tem uma qualidade de Iansã que é do Fogo, conhecida como Egunitá, assim, na vertente da Umbanda Sagrada para não haver confusão com os nomes, já que é considerada como uma orixá diferente, passou a ser chamada de Oro Iná. No Candomblé ela não é cultuada.
Purificando os seres, Oro Iná limpa os embaraços que vamos acumulando ao longo do tempo, e quando permitimos essa limpeza, cultuando a boas atitudes, se esforçando para dominar as emoções negativas, controlando as reações agressivas, com vistas a nos colocarmos em condições de avançarmos em nosso aprendizado. 
Mãe Oro Iná, no panteão hindu era conhecida como a deusa Kali, evitada e temida por todos que não conheciam seus mistérios, já que o fogo é um elemento que requer respeito e cuidado. Daí vem a sua saudação: " Kali-Ye Minha Mãe!" Que significa "Salve a Senhora Negra, minha Mãe!"
A cor da sua vela é laranja, sua pedra é a ágata de fogo, mas sua vibração está em todas as pedras laranjas, frutas cítricas também são usadas nas oferendas. 
As entidades que se apresentam na vibração de Mãe Oro Iná são os caboclos do fogo, formados por magos do fogo, adoradores do Sagrado Agni. Sendo que o Sagrado Agni e o Trono da Justiça são a mesma divindade planetária. 
Percebam que de acordo com a linha de pensamento, cultura ou época, os nomes mudam, mas a entidade permanece a mesma, que continua irradiando suas vibrações sobre a humanidade. Nomes diferentes mas a essência é a mesma.
Ela é cósmica, portanto atua em nossa vida quando nos desequilibramos, nos negativamos com nossas atitudes, porém podemos invocar Mãe Oro Iná para desmanche de magias negativas e outras formas de magia, por que ela responde muito rápido.
Salve Senhora do Fogo Divino, vos pedimos que irradie a sua vibração de fluidos energéticos ígneos, equilibrando nossos corpos, nossos sentidos, nossas emoções, abrindo nossos caminhos, para que possamos avançar em nosso aperfeiçoamento moral e autoconhecimento. Purifique nossas mentes emocionadas, anule as energias negativas enviadas a nós, e anule as que nós enviamos para outros irmãos. 
Pedimos a vossa bênção sagrada mãe, que nos conduz pela senda evolutiva na dimensão humana.
Salve a Senhora do Fogo Divino! 
Salve Mãe Oro Iná!
Kali-Ye Minha Mãe!
https://youtu.be/rSjrCGz4ZRc
Imaginem se o mundo não tivesse equilíbrio, as pessoas extremamente passionais, cada um querendo tudo de seu direito, ninguém querendo cumprir os seus deveres, sem respeitar o espaço do outro, sem medir palavras nem atitudes, sem hierarquia, exigindo tudo o queira. Seria o caos absoluto! Por outro lado uma humanidade apática, acomodada, sem ir atrás dos seus desejos, sem exigir seus direitos e sem cumprir seus deveres, sem vontade, sem brilho, aceitando somente o que estiver ao alcance da sua mão, sem progredir, sem descobrir nem evoluir. Seria o caos absoluto!
Pai Xangô nos envia constantemente suas vibrações de equilíbrio, nos influenciando a andar pelo meio do caminho, nem tanto para um lado nem para o outro. 
Tudo o que existe, tudo o que acontece tem um propósito, não estamos a mercê do acaso, não estamos desprotegidos, há uma justiça divina que nos ampara, imutável e justa, mesmo que a gente não compreenda os desígnios divinos, os processos que ocorrem conosco, ou as ligações que temos com as outras pessoas, podemos ter a certeza que tudo o que nos acontece, seja bom ou ruim, é o resultado de nossas próprias ações.
No plano astral há registro das nossas ações, positivas e negativas, nada passa despercebido, nem mesmo as intenções, aquelas que não falamos pra ninguém. Esses registros são sempre compensados de alguma forma, as ações negativas são compensadas com o karma, as ações positivas com o darma. Débitos e créditos. E assim vamos aos poucos saudando as nossas dívidas com os irmãos de caminhada. Se hoje somos ofendidos é por que ontem ofendemos, simples assim. Lembram daquele ditado: "quem com ferro fere, com ferro será ferido ". Contudo essa justiça não é feita por nós,por que nós somos falhos e orgulhosos, não temos condições de fazer qualquer julgamento algum. Esse mistério está sob o domínio dos orixás do Trono da Justiça, Pai Xangô e Mãe Oro Iná, fazem esse equilíbrio, nos colocam no caminho do meio, e nos ensinam que esta é a melhor forma de seguir o caminho evolutivo.
Podemos pedir muitas coisas a esses orixás amados, mas cuidado ao pedir justiça para si, talvez o executado seja a mesma pessoa que exige, e quando a Justiça for feita, se revoltará com o resultado, por que esperava outro resultado. Por que isso ocorre? Por que a Justiça é a divina, não a humana.
Pedimos, humildemente, ao Pai Xangô e a mãe Oro Iná, amparo para seguir em frente em busca do nosso autoconhecimento, sustentação nas horas difíceis, orientação para fazer as melhores escolhas, e proteção para seguir em segurança, evitando os caminhos perigosos.
Salve Xangô!
Kao Kabecile Xangô!
Salve Oro Iná!
Kali Ye Minha Mãe!
https://youtu.be/iEnKWJhEIfE
https://youtu.be/yitZZPMksNQ
Trono da Lei
Orixá Ogum, muito conhecido por todos, umbandistas ou não, São Jorge é um santo guerreiro, sincretizado com Ogum aqui no sul, no Estado da Bahia, Ogum é São Sebastião, apenas um regionalismo, que não afeta em nada a força de Pai Ogum, orixá forte, de polaridade positiva, irradiante, universal, o que significa que ele vibra o tempo todo para todos os seres as suas ondas vibratória ordenadoras, colocando tudo no seu devido lugar, na sua ordem correta. 
Esse Pai amoroso e rígido, carrega a espada da Lei Maior, com a qual executa o que a Justiça Divina determinou, portanto trabalha em conjunto com Xangô, no trono da Justiça. Assim todos nós estamos sob a espada de Ogum, podendo ser sob sua proteção ou sob ameaça de execução da lei, depende de nossas atitudes e escolhas. Sejamos bons e justos e a proteção de Pai Ogum estará conosco; sejamos cruéis, intolerantes e injustos, e a espada da Lei Maior estará pronta para fazer cumprir a Justiça Divina. Assim é, simples assim.
Ogunhê Meu Pai! é a saudação a esse Pai Orixá que nos mostra o melhor caminho a seguir, por que as estradas e caminhos são os seus pontos de força e a sua emanação divina nos auxilia a tomar as melhores escolhas, ele está na linha divisória entre a razão e a emoção. Ogum é o Trono Regente das milícias celestes, guardião dos procedimentos dos seres em todos os sentidos.
Não é à toa que Ogum/São Jorge, é o padroeiro das polícias, por sua ligação com o aspecto militar no sentido de ser ordenado, conjunto, unido, além de que São Jorge era um militar romano. Todas essas ligações nos dão uma ideia de sua energia, de sua vibração e atuação.
Pedimos a sua ajuda quando precisarmos colocar ordem em nossa vida, em nossos pensamentos, em nosso trabalho, quando precisarmos encontrar o melhor caminho a seguir, podemos pedir que os caminhos se abram.
Lei é a ordem de tudo, aonde cada coisa deve estar, e a Lei Maior é a ordem divina e imutável, constante e equilibrada de Deus, esse é o campo de atuação de Pai Ogum, pai ordenador, pai que conduz seus filhos pelo caminho reto da evolução, sua vibração atua em todos os sentidos da vida: fé, amor, conhecimento, justiça, lei, evolução e geração, assim como todos os outros orixás.
Na tela vibratória individual regida por Ogum estão todas as nossas escolhas, todas as nossas faltas e todas as nossas boas ações. A partir desta tela vibratória os caminhos são traçados, o destino é construído, e é com base nela que a espiritualidade nos oferece oportunidades de evolução, de melhorar nossa condição de espíritos ignorantes das coisas divinas.
Bom seria se todos nós pudéssemos ser auxiliares de Ogum, desenvolvendo os nossos dons, seguindo as leis divinas, e assim auxiliando nossos irmãos a encontrar o caminho da lei, justa e boa.
Muitas são as falanges de Ogum que vem trabalhar na Umbanda, e os entrecruzamentos entre os orixás são bem visíveis nos nomes simbólicos dos guias: Ogum Beira Mar, trabalha na vibração de Iemanjá, Ogum Rompe Mato, na vibração de Oxóssi, Ogum Sete Cobras, na vibração de Oxumaré, Ogum Corta Fogo, na vibração de Oro Iná, entre outros.
O elemento do Trono da Lei é o eólico, o ar que está em tudo o que existe.
Pai Ogum tem algumas características diversas dos demais tronos, por que os orixás de polaridade positiva são irradiadores das suas ondas vibratórias, deixando para o seu par vibratório, o orixá de polaridade negativa, a atuação de correção, de paralização daqueles seres que se desequilibrarem no sentido da vida em questão. Porém no Trono da Lei, os orixás tem uma hierarquia diferenciada, e todo Ogum é um aplicador da Lei Maior, são os olhos da Lei em qualquer lugar aonde estiverem, sempre observando vigilante, atento e pronto para agir quando lhe for ordenado. Muito há para se falar sobre esse orixá, entretanto ficaremos por aqui, pois a profundidade do tema iria confundir quem ainda não conhece a literatura umbandista de Rubens Saraceni, aqui a proposta é repassar informações básicas e algumas reflexões sobre os orixás e a religião como um todo e em particular as características. Entretanto há livros excelentes na literatura publicada de Mestre Rubens Saraceni que vai suprir a curiosidade de quem se interessar em ir mais a fundo no estudo da Umbanda Sagrada.
A cor da vela de Pai Ogum é vermelha, mas pode ser azul, sua bebida é a cerveja branca, suas ferramentas são de ferro. As ervas que tem a sua vibração são espada de são Jorge, angico, aroeira branca, babosa, bico-de-papagaio, carqueja, dracena, folhas de groselha, eucalipto cidró, losna, malmequer, sálvia, pitanga branca, salso chorão.
Amado Pai Ogum te pedimos força e amparo nesta caminhada terrena, abra nossos caminhos para que possamos seguir sempre em frente protegidos por tua capa, tenhamos em mente sempre o bem a fazer, e estejamos sempre preparados para combater o bom combate.
Salve Ogum!
Ogunhê Meu Pai!
https://youtu.be/2NDSs058_cY
Orixá Iansã, sincretizada com Santa Bárbara, alguns a chamam Oya, é a senhora das tempestades, das ventanias, dos temporais, aquela que não deixa nada parado, é a própria movimentação divina, aquela que impulsiona o ser nos caminhos de Ogum, e ambos nos conduzem pelos caminhos da lei, da ordem, da correção e da justiça. Ogum mostra o caminho a seguir, e Iansã diz: Agora vai!
Mãe Iansã é uma mãe amorosa, que defende seus filhos de todas as injustiças, retira da nossa volta os eguns, os espíritos perdidos, sofredores, obsessores, quiumbas e zombeteiros, levando-os para os seus lugares na Criação, nos livrando de suas influências negativas. Iansã tem uma ferramenta chamada eruexim, é um cabo com crina de cavalo, que ela agita e roda ele no ar, e neste movimento recolhe esses espíritos magneticamente, levando-os consigo para o lugar aonde devem estar, seja por necessidade ou por merecimento.
Existem muitos mitos sobre todos os orixás, pois é assim que o conhecimento tem sobrevivido durante tanto tempo, sendo passado de geração em geração através de histórias, de mitos que contam sobre as características de cada orixá como se humano fosse, com características positivas e negativas. Em alguns mitos o nome Iansã significa “mãe de nove filhos”. Ela tem a força de um búfalo e a delicadeza de uma borboleta, dependendo da situação.
Iansã é uma Yabá (orixá feminina) guerreira, junto com Obá, Oro Iná e Logunan. Ela polariza com Ogum no Trono da Lei, mas vibra magneticamente com Xangô no Trono da Justiça, atuando na execução da Lei, recolhendo os espíritos desregrados e devedores da Lei Divina, preferencialmente no campo emocional. Ela, assim como Ogum, atua em todos os sete sentidos da vida, como orixá ativa aplicadora da lei.
O elemento do Trono da Lei é o ar, o que é muito evidente na atuação de Mãe Iansã, a Senhora dos Ventos, direcionadora da lei, ou seja, quando nossa vida está seguindo por um caminho que não é alinhado com a Lei Divina, ela entre em sintonia conosco e começa a atuar, mudando o rumo, movimentando tudo e todos, até que tenhamos colocado o pé no caminho certo, e para isto tem muitas formas de

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