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Jenny Gibbs DESIGN DE INTERIORES Guia útil para estudantes e profissionais GG® Introdução A quem este livro se destina 6 / O papel do designer de interiores 8 / Outros profissionais do setor 10 / Como utilizar este livro 12 1. Contexto A importância da análise histórica 14 / A profissão através do tempo 14 / O design de interiores no século xxI 26 / Segmentação do mercado e especialização 26 / Globalização 34 / O papel da mídia 35 / Aspectos ambientais 39 / A linguagem do design de interiores 39 2. Atividades prévias ao projeto A relação cliente-designer 42 / Questões ambientais 46 / O programa de necessidades 46 / O diagnóstico 49 / Estudos preliminares 58 / Formulação de um conceito 62 / A proposta de design 66 3. Planejamento e design Princípios do design 70 / Princípios de ordem 76 / Planejamento prático 79 / Integração das instalações 82 / A elaboração dos desenhos 93 / Desenhos de apresentação 99 4. Harmonização dos elementos Cor 110 / Psicologia da cor 114 / Fornecedores e fidelização 120 / Texturas 121 / Estamparia 122 / Materiais e acabamentos 123 / A escolha do mobiliário 137 / Detalhes e acessórios 140 / Painéis de amostras 140 / Preparação da apresentação 140 5. Coordenação e gerenciamento de projetos As fases de um projeto 146 / Primeira fase 146 / Segunda fase 149 / Terceira fase 153 / Quarta fase 159 / Honorários 166 6. Formação em design e inserção no mercado Aptidões necessárias 170 / A escolha do curso 171 / Requisitos 173 / A grade curricular 173 / Trabalho de conclusão de curso 178 / Avaliação 178 / O futuro da educação em design 180 / A importância da qualificação 185 / Inserção no mercado 186 / Candidatando-se a um emprego 187 7. Especializações Design residencial 194 / Design comercial 194 / O futuro do setor 204 Apêndices Glossário 212 / Leituras recomendadas 215 / Endereços úteis 216 / Índice analítico 218 / Créditos e agradecimentos 223 Título original: Interior Design, 2ª edição publicada por Laurence King Publishing, Londres, 2009 Versão em português: Cláudia Ardións Espasandin/Itinerário Editorial, Ltda. Edição: Flavio Coddou Design da capa: Toni Cabré/Editorial Gustavo Gili, SL Fotografia da capa: © Vicky Smith Frontispício: Mirabelle Restaurant, Londres, reformado pelo arquiteto e designer David Collins Design: Robin Farrow Coordenação das imagens: Claire Gouldstone e Jennifer Hudson Qualquer forma de reprodução, distribuição, comunicação pública ou transformação desta obra só pode ser realizada com a autorização expressa de seus titulares, salvo exceção prevista pela lei. Caso seja necessário reproduzir algum trecho desta obra, entrar em contato com a Editora. A editora não se pronuncia e não se expressa, nem implicitamente, quanto à exatidão da informação contida neste livro, razão pela qual não assume nenhum tipo de responsabilidade em caso de erro ou omissão. © da tradução: Cláudia Ardións Espasandin/Itinerário Editorial, Ltda. © do texto: Jenny Gibbs 2005, 2009 © Laurence King Publishing Ltd., 2005, 2009 e a edição em português © Editorial Gustavo Gili, SL, Barcelona, 2010 ISBN: 978-85-65985-70-3 (digital PDF) www.ggili.com.br Editorial Gustavo Gili, SL Rosselló 87-89, 08029 Barcelona, Espanha. Tel. (+34) 93 322 81 61 Editora G. Gili, Ltda Av. José Maria de Faria, 470, Sala 103, Lapa de Baixo CEP: 05038-190, São Paulo/SP - Brasil. Tel. (+55) (11) 3611 2443 64 Os painéis conceituais ajudam o designer a passar da metodologia do processo de design para a solução criativa do programa de necessidades do cliente, proporcionando parâmetros úteis para o trabalho. Reunidos como uma colagem, os painéis conceituais costumam ser compostos por recortes de revistas, fotografias e croquis que remetem ao estilo ou tema do projeto em questão. Acima Para a formulação deste conceito, o designer de interiores captou o desejo do cliente de cores quentes e naturais e a importância que ele dá a uma circulação fluida e livre no ambiente. O uso de materiais é muito importante para a elaboração da síntese conceitual, assim como o uso de contrastes entre texturas, de padronagens (principalmente as curvas) e de superfícies reflexivas. À esquerda O designer de interiores expressa alguns dos elementos potencialmente conflitantes da personalidade do cliente ao apresentar tanto cores quentes quanto frias e os contrastes entre as diferentes texturas. O conceito responde ao programa do projeto e, ao mesmo tempo, confere-lhe harmonia e equilíbrio. PAINÉIS CONCEITUAIS 65 2. A ti vi da de s pr év ia s ao p ro je to Fo rm ul aç ão d e um c on ce ito O contraste entre forma e textura constitui a essência deste conceito, que apresenta ideias interessantes envolvendo o uso do reflexo de sombras. As imagens também sugerem a paixão do cliente por viagens. O dinamismo presente neste conceito reflete a diversidade de gostos e interesses do cliente. Uma imagem urbana foi posta em oposição a uma cena de deserto, enquanto o forte caráter industrial contrasta com elementos sugestivamente artesanais. 66 de espaços comerciais, o nome da empresa ou estabelecimento pode ser o ponto de partida para que o designer desenvolva seu conceito. Alguns designers de interiores formalizam seus conceitos em painéis que são apre- sentados ao cliente com o objetivo de transmitir a atmosfera do conceito do projeto. Os painéis conceituais permitem comunicar com sucesso a essência do projeto, de uma forma que a apresentação convencional de materiais não possibilita. Esses painéis costumam ser montados como uma colagem, reunindo recortes de panfletos, jornais, revistas, fotografias e croquis que expressam o estilo ou tema que o designer de inte- riores tem em mente. Imagens e diferentes combinações de cores podem ser extraídas de uma grande variedade de fontes, mesmo as que não são relacionadas diretamente com o design de interiores, como imagens de jardins, moda ou culinária. Encontrar ins- piração em algo que não seja uma revista de design de interiores tem a vantagem de forçar o designer a ampliar sua imaginação. Uma simples combinação de cores ou for- mas pode gerar uma ideia que produzirá um trabalho muito mais original e inspirador que a simples cópia de um interior já existente. Os painéis conceituais também podem incorporar elementos de texturas interessantes, como amostras de papéis e tecidos. Croquis Após o estabelecimento do conceito básico será necessário desenvolvê-lo e aprimo- rá-lo. Para a elaboração das ideias preliminares, os croquis são insubstituíveis. Mesmo que o designer de interiores não tenha muita aptidão nesse aspecto, o croqui, por mais tosco que seja, ajudará a visualizar como o conceito do projeto se adequará ao espaço e se é interessante continuar trabalhando nele. Os croquis devem ser feitos como perspectivas a mão livre ou esboços de layout que servirão de base para a evo- lução dos desenhos em papel manteiga ou vegetal. Uma das habilidades que distin- guem o designer de interiores profissional de um amador é a capacidade necessária para trabalhar em três dimensões, visualizando a aparência de determinado design no espaço. A proposta de design Flexibilidade e mente aberta são características fundamentais para o desenvolvimento de um espaço que maximize os aspectos estéticos e funcionais. Em alguns casos, o processo criativo e de planejamento pode ser árduo, resultando tentador desenvolver a primeira ideia que vem à mente. No entanto, o designer de interiores profissional deve se aprofundar para encontrar alternativas que resultem em soluções mais adequadas ao projeto. Além das questões básicas de estilo, escala e proporção que norteiam o projeto, muitos fatores devem ser levados em consideração ao desenvolver as atividades em determinados espaços. Os designers de interiores também devem estar atentos às suas responsabilidades em relação ao meio ambiente, por exemplo. Nesse sentido, o profissional deve desenvolver junto aos clientes projetos e especificações que permi- tam criar ambientes saudáveis, possibilitandoque futuras atualizações necessárias sejam mais simples e de baixo custo. Em alguns países, como o Reino Unido, a legis- lação que protege o futuro do meio ambiente ainda é limitada. Apesar de serem abor- dados aspectos como a eficiência térmica, os códigos de obras precisam ampliar as 2. 67 Os diferentes croquis em perspectiva expressam a dramaticidade pretendida nesta proposta para o vestíbulo de um hotel. O croqui é uma excelente forma de registrar um layout. A ti vi da de s pr év ia s ao p ro je to A p ro po st a de d es ig n Dormitório 162 Acompanhamento de obras O acompanhamento de obras é uma atividade muito importante, mesmo quando há um gerente de projeto envolvido. A visita constante ao local é necessária para acom- panhar o andamento dos trabalhos, resolver possíveis problemas e realizar quaisquer alterações necessárias. Essas visitas de acompanhamento da execução da obra repre- sentam uma oportunidade para verificar se produtos foram entregues no prazo certo e se o custo, a qualidade e o cronograma estão sendo seguidos. Como a maioria dos construtores é geralmente contratada pelo cliente, sempre há o risco de o cliente querer falar diretamente com os operários, dando-lhes orientações que irão alterar o projeto. O acompanhamento de obras pode ser especialmente deli- cado quando os clientes permanecem no imóvel ao longo da execução da obra; nesse caso, os clientes costumam estar mais atualizados do que o designer de interiores em relação ao andamento dos trabalhos e, muitas vezes, tomam conhecimento de um pro- blema antes que os operários possam comunicá-lo ao designer de interiores. Essa situação dificulta a atuação do designer, no sentido de realizar as alterações necessá- rias e evitar o incômodo do cliente e seu aborrecimento. Além disso, a despesa com a mão de obra pode aumentar, pois serão necessárias mais horas para que os operários realizem as atividades necessárias, como limpar o ambiente no final do dia. Para evitar problemas desgastantes desse tipo, o designer de interiores deve estabelecer de forma A supervisão de uma obra é bem-sucedida quando os responsáveis por sua execução recebem todas as informações necessárias com antecedência. Estes desenhos detalhados de uma casa e seu pátio ressaltam as áreas externas que exigem maior atenção. Pátio da fachada sul Detalhe A Detalhe C Detalhe D Detalhe E Detalhe F Novembro de 2001 Detalhe B 163 5. bastante clara e desde o início dos trabalhos quem está no controle do projeto e quais devem ser os limites da participação do cliente. Segurança e saúde ocupacional na construção civil Cada país possui suas próprias normas de segurança e saúde ocupacional, e o desig- ner de interiores profissional deve conhecer a legislação relacionada ao seu âmbito de atuação. As normas de segurança e de saúde ocupacional visam proteger a integridade físi- ca de todos os envolvidos em determinada atividade por meio de ações preventivas. No caso da construção civil, as normas de segurança protegem não só os operários que atuam diretamente nas obras, mas também os demais profissionais, fornecedores, visitantes, clientes etc. Entre as ações preventivas encontra-se o uso obrigatório do equipamentos de segurança individual, como capacetes, óculos e luvas. Os designers de interiores devem considerar os aspectos de segurança desde a fase inicial de cada projeto e reduzir os riscos ao longo da execução das obras. No entanto, a responsabilidade do designer vai mais além. O profissional deve levar em consideração futuras manutenções, reparos e reformas do imóvel após a obra, assim como a saúde e a segurança de seus usuários. O designer de interiores precisa saber os procedimentos práticos do trabalho dos construtores, além de conhecer profundamente as propriedades e riscos de cada material e acabamento que especifica. Os riscos potenciais envolvem tudo que pode causar danos à saúde ou mesmo provocar catástrofes, como um início de incêndio, explosão ou inundação. No caso de projetos de maior envergadura, o designer de interiores precisa ter bons conhecimentos de processos de construção e demolição. A aplicação adequada das normas reguladoras de segurança e saúde ocupacional proporciona a melhoria dos métodos praticados na indústria da construção civil. É recomendável que, nos projetos desse porte, haja a assessoria de um arquiteto para a orientação desses aspectos. Início das obras e instalações A instalação de elementos de marcenaria, materiais, acabamentos e mobiliário deve ser cuidadosamente planejada, com a atenção necessária aos aspectos de acessibili- dade. Certamente, o cliente ficará preocupado se um determinado item não passa por uma porta, por exemplo, por ter sido dimensionado de forma equivocada. Ao acompa- nhar uma obra, o designer ou o gerente de projeto deve inspecionar cada entrega e verificar se algum produto foi danificado. Os comprovantes de entrega devem ser guar- dados e as faturas, notas fiscais e pagamentos devem ser registrados. É importante manter um contato constante com os construtores para garantir o cumprimento do cro- nograma. Infelizmente, diversas situações que prejudicam um projeto podem ocorrer, como o atraso na finalização das obras, a baixa qualidade do trabalho de determina- dos operários, a falta de materiais ou o estouro do orçamento previsto. O bom designer de interiores ou gerente de projeto saberá avaliar cuidadosamente o sucesso de um projeto através das atitudes, reações e comentários do cliente. C oo rd en aç ão e g er en ci am en to d e pr oj et os Q ua rta fa se 164 O interior com as mesas dispostas em seus lugares. DESIGN DE UMA SALA DE REUNIÕES MULTIFUNCIONAL Esta sequência de imagens apresenta detalhes de um projeto de Maurice Mentjens para uma sala de reuniões com características multifuncionais para a sede da DSM (Heerlen, Holanda). Corte detalhado de uma das mesas móveis. A execução de uma mesa. Maquete eletrônica de uma mesa. 165 5. C oo rd en aç ão e g er en ci am en to d e pr oj et os Q ua rta fa se Acima Os clientes sempre gostam de receber manuais técnicos de manutenção contendo informações sobre como preservar os materiais e acabamentos em boas condições, operar equipamentos e dispositivos e quem contatar em caso de problemas técnicos. Estes manuais podem ser especialmente úteis no caso de banheiros e cozinhas, que possuem acabamentos que requerem cuidados especiais, como mármore, granito, material derivado da combinação de minerais naturais e polímero acrílico, vidro e aço inoxidável. À esquerda O designer de interiores pode impressionar um cliente no momento de entregar um projeto finalizado, complementando o ambiente com certos acessórios, como vasos estilizados com flores e fruteiras com frutas frescas. 195 7. Es pe ci al iz aç õe s D es ig n co m er ci al 196 À esquerda Além de projetar o layout geral, o designer de exposições também se responsabiliza pelo projeto de iluminação e demais instalações. Esta perspectiva ilustra os pontos de luz e de energia elétrica necessários para uma estrutura expositiva. Abaixo Esta planta esquemática para uma exposição apresenta os elementos propostos no projeto, como as cores dos pisos e as estruturas dos expositores, mas também contempla as possibilidades de interação por parte do público. Na página seguinte, acima O projeto de interiores de estabelecimentos de hotelaria e gastronomia exige uma boa compreensão do comércio e do marketing, além das questões inerentes ao design. Na página seguinte, abaixo O design de interiores de estabelecimentos de hotelaria e gastronomia tem se tornado uma especialização cada vez mais requisitada nos últimos anos devido ao crescimento desse setor. 197 7. Exposições O design de exposições pode incluir feiras comerciais, exposições temporárias e expo- sições em museus. Essa área de especialização pode ser muito estimulante para o designer, pois possibilita integrar aspectos acadêmicos e exigea criação de uma expe- riência completa para os visitantes. Costuma envolver consideráveis pesquisas históricas e um amplo planejamento e análise da circulação dos visitantes e demais usuários no espaço, a iluminação, a forma de exibir os elementos da exposição em ordem cronológica e, inclusive, efeitos sonoros. Es pe ci al iz aç õe s D es ig n co m er ci al 198 Muitos turistas e viajantes escolhem onde se hospedar tanto pelo design de um hotel quanto por suas instalações e serviços. O design elegante do vestíbulo do hotel HI em Nice, por exemplo, chama a atenção de clientes que admiram linhas e acabamentos puros e modernos. DESIGN PARA LOCAIS DE HOTELARIA E ENTRETENIMENTO Os centros de entretenimento, como teatros, cinemas e cassinos, constituem um segmento de grande dinamismo da especialização em design de interiores. A iluminação é um dos elementos mais importantes do design de interiores de bares e restaurantes, podendo ser utilizada para a criação de diferentes atmosferas e estilos ou para a definição de setores funcionais específicos. 205 7. Diferentes funções estão se relacionando de forma cada vez mais difusa nos projetos de interiores, como este café na livraria Waterstones de Londres, projetada por BDG McColl. O desafio do designer de interiores é criar projetos que estimulem o usuário a circular pelo ambiente e a aproveitar os diferentes serviços que lhe são oferecidos. Es pe ci al iz aç õe s O fu tu ro d o se to r 206 Globalização A crescente globalização exigirá que o designer de interiores aborde com conhecimen- to e sensibilidade temas tanto de identidade global como local ou regional. Os fabri- cantes terão que competir em um mercado globalizado com forte atuação asiática. A China se converterá em um dos principais mercados em crescimento para o design de interiores. O Japão continuará desenvolvendo um design de interiores contemporâ- neo muito interessante. A inovação em design continuará surgindo a partir da Europa e dos Estados Unidos, assim como da Austrália, onde a indústria de design de interiores está em crescimento. As economias atuais com capacidade para absorver como novidade o design de espaços comerciais, de lazer, educação e exibição estão concentradas em países da costa do Pacífico e, em menor medida, Oriente Médio. Os escritórios de design de inte- riores estabelecidos nos Estados Unidos e na Europa provavelmente continuarão a desenvolver sua carteira de clientes nessas áreas, embora suas atividades possam diminuir conforme países com economias dinâmicas, como a China, desenvolvam suas próprias escolas de design. A tecnologia tornou-se parte integrante do processo de design de interiores. Esta maquete eletrônica ilustra, de forma realista, o projeto de uma loja de roupas. 207 7. O design de interiores continuará a crescer em muitos países europeus, onde a pro- fissão é relativamente nova. Em Portugal, por exemplo, a profissão se desenvolveu prin- cipalmente nos últimos dez anos e os negócios aumentam conforme a confiança do público também aumenta. Em países como a Rússia, o futuro do design de interiores como profissão dependerá da manutenção do crescimento econômico e da qualidade de vida. Atualmente, na Rússia, os direitos dos designers que trabalham como autônomos nem sempre estão garantidos, fazendo com que muitos profissionais prefiram um tra- balho estável em empresas de arquitetura ou design. No Japão, embora especialistas acreditem que há um grande potencial para o mercado de design de interiores crescer substancialmente, poucos designers possuem o mesmo status dos arquitetos, que ten- dem a dominar o setor; será fundamental promover um design de interiores de alta qualidade para que o setor possa crescer satisfatoriamente. Desaparecimento das fronteiras A individualização dos serviços conduzirá ao estabelecimento de novos tipos de insta- lações, que se tornarão mais complexas e abrangentes. O desaparecimento dos limi- tes entre certas funções continuará a afetar os tipos arquitetônicos, como lojas que também são cafeterias, lojas de roupas combinadas com livrarias ou espaços para ido- sos que combinam residência e serviços de spa. Haverá um crescente cruzamento entre diferentes disciplinas e, em alguns casos, a distinção dos tipos de design, residencial e comercial, continuará a diminuir, concen- trando-se cada vez mais no cliente. Os designers de interiores renomados ultrapassa- rão as fronteiras, tornando-se famosos em todo o mundo, enquanto a maioria do design continuará sendo produzida em âmbito local ou regional. A colaboração entre designers e empresas de design também cruzará as fronteiras globais para se adequar e atender um cliente também global. Evidentemente, os estilos de design de interiores continuarão mudando. Em grande parte, estilos tradicionais serão substituídos por outros de linhas simples, porém de execução mais complexa. É provável que o minimalismo continue na forma de interio- res simples e de menor custo, e haja maior demanda por uma abordagem individuali- zada do design de interiores, equivalente à alta costura, principalmente nas áreas urba- nas. No entanto, a procura por interiores clássicos e confortáveis, que equilibram praticidade e uma elegância atemporal, provavelmente continuará existindo. Desenvolvimento da profissão A tecnologia continuará a avançar e a influenciar a forma de trabalhar e de realizar os serviços. A tecnologia também estará mais integrada aos ambientes e os clientes soli- citarão as novidades em equipamentos de entretenimento e sistemas de controle. Interiores de linhas simples e impecáveis com belos materiais naturais serão mais comuns e as obras de arte e antiguidades serão elementos de grande destaque nes- ses ambientes. O designer de interiores precisará estar sempre atualizado sobre essas tendências e trabalhar com fornecedores e artesãos especializados para obter sucesso na união entre a forma e a função. Es pe ci al iz aç õe s O fu tu ro d o se to r 208 Escolher o tipo de formação acadêmica Identificar os pontos fortes e fracos Rede de contatos/Experiência/Pesquisa Identificar as necessidades do mercado (saúde e lazer) PLANEJAMENTO DA CARREIRA Preparar portfolio e CV Comercial Comércio, hotelaria, gastronomia, entretenimento, escritórios, saúde, educação, exposição, eventos, cozinhas e banheiros, empreendimentos imobiliários, iluminação Residencial Mobiliário residencial/ Lojas de mobiliário Vendas/ Marketing Jornalismo/ Meio editorial Ensino/ Pesquisa Identificar o tipo de trabalho preferido Ilustração CAD, maquete eletrônica Consultoria
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