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Unidade III Formas de Apuração de Custos em uma Empresa Industrial

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Custos Industriais
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
 Prof. Ms. Edson Nunes
Revisão Textual:
Profa. Dra. Sílvia Albert
Formas de Apuração de Custos em uma Empresa Industrial
• Introdução
• Sistema de Acumulação de Custos
por Processo
• Produção Equivalente na Apuração de Custos por Processo
• Alocação dos Custos aos Produtos na Apuração de Custos por Processo
• Sistema de Acumulação de Custos por Ordem de Produção 
· Fornecer conceitos básicos sobre as formas de apuração em uma
empresa industrial.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Formas de Apuração de Custo
em uma Empresa Industrial
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e 
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também 
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, 
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato 
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Formas de Apuração de Custos em uma Empresa Industrial
Introdução
Será que todas as empresas são iguais em se tratando de critérios de apuração de custos? 
Podemos apurar os custos de forma única?
Ex
pl
or
Segundo Megliorini (2001) existem, basicamente, dois tipos de empresas in-
dustriais, em relação a produtos fabricados: as que produzem produtos padroni-
zados em série e as que produzem mediante encomendas, conforme as especifi-
cações dos clientes.
Os produtos fabricados em série são aqueles que encontramos prontos para 
serem consumidos. São exemplos de produtos fabricados em série: produtos 
alimentícios, produtos farmacêuticos, automóveis, televisores, máquinas de lavar, 
computadores, calculadoras, móveis, etc.
Os produtos fabricados sob encomenda não são encontrados facilmente nas 
prateleiras, necessitando de um pedido do cliente especificando os seus requisitos 
como é o caso de um móvel sob medida para a sala de uma casa térrea com 
dimensões específicas e detalhes personalizados de acordo com o gosto do cliente. 
São exemplos de produtos fabricados sob encomenda: veículos especiais, peças 
e equipamentos especiais para indústrias siderúrgicas e petroquímicas, móveis 
conforme especificações de decoradores, navios, aeronaves, etc. 
Para efeitos de custeamento, temos dois sistemas distintos de acumulação de custos:
• Para empresas que trabalham com produção em série aplica-se o sistema 
de acumulação de custos por processo, no qual os custos são acumulados por 
processo, departamento ou etapas do processo de fabricação de acordo com 
o volume produzido. Nesse sistema, o custo unitário é a soma dos custos de 
cada processo e é obtido por meio do quociente dos custos de cada processo 
por sua respectiva quantidade equivalente;
• Para empresas que trabalham com produção sob encomenda aplica-se o 
sistema de acumulação de custos por ordem de produção ou ordem de serviço, 
no qual os custos são acumulados em contas representativas de cada produto. 
Nesse sistema, o custo de uma encomenda é a somatória dos valores acumu-
lados durante todo o processo de fabricação, sendo que o custo total só será 
conhecido quando da finalização do produto.
Importante!
Como você pode perceber até este momento, separamos as empresas industriais em 
duas modalidades: as que fabricam produtos padronizados em série e as empresas que 
fabricam seus produtos sob encomenda. Para as primeiras, utilizaremos a acumulação 
de custos por processo enquanto que para as outras (as que fabricam sob encomenda) 
utilizaremos o sistema de acumulação por ordem de produção.
Em Síntese
8
9
Sistema de Acumulação
de Custos por Processo
O sistema de acumulação de custos por processo é utilizado em empresas que 
fabricam produtos padronizados em série. Os produtos padronizados são aqueles 
que recebem quantidades equivalentes ou proporcionais de recursos (materiais, 
mão de obra e Custos Indiretos de Fabricação - CIF).
Nas empresas que trabalham por processo, a produção obedece a uma sequência 
de fabricação que, em geral, pode ser considerado um departamento. É como se 
tivéssemos várias fábricas dentro da mesma empresa em que uma fábrica fornece 
a matéria-prima, a outra recebe essa matéria-prima e a transforma em um novo 
produto que entrega para a etapa final do produto (produto que será entregue ao 
cliente). Cada uma dessas fábricas consome matéria-prima, mão de obra e Custos 
Indiretos de Fabricação (CIF) que somados fornecem o custo total.
A Figura 1, a seguir, representa esquematicamente o funcionamento da sequência 
de fabricação de empresas que fabricam produtos padronizados em série:
ESTOQUE DE
MATÉRIA PRIMA
ESTOQUE DE
MATÉRIA PRIMA
DEPARTAMENTO 1
Matéria-prima
(+) Mão de Obra
(+) Custos Indiretos
de Fabricação
(=) Custo do produto
semiacabado
DEPARTAMENTO 2
Matéria-prima
Componentes
(+) Mão de Obra
(+) Custos Indiretos
de Fabricação
(=) Custo do produto
Figura 1 – Sequência de fabricação de empresas que fabricam produtos em série
Fonte: Adaptado de Megliorini (2001)
Analisando a Figura 1, nota-se que o sistema de acumulação de custos obedece 
a seguinte sequência de fabricação:
a) O estoque de matéria-prima fornece os materiais para o departamento
1 e o departamento 2;
b) A matéria-prima e o custo do produto semiacabado do departamento
1 se transformam em matéria-prima componente do departamento 2;
c) O custo do produto 2 é transferido ao estoque de produto acabado.
Esses tipos de empresas acumulam os custos em cada departamento produtivo 
e, de acordo com o volume de produção fabricado, debitam os custos. O custo 
unitário é obtido por meio da divisão do custo do departamento pela quantidade 
total de produtos por ele fabricado.
Uma vez obtido o custo unitário dos produtos acabados de um determinado 
departamento ou fase, o mesmo é transferido para o departamento ou fase seguinte 
até a conclusão do produto. Sendo assim, o custo acumulado de um departamento 
ou fase do processo passa a constituir o custo de matéria-prima da etapa seguinte.
9
UNIDADE Formas de Apuração de Custos em uma Empresa Industrial
Muitas vezes, não é possível concluir todas as fases ou etapas de produção em 
um determinado período. Nesse caso, as unidades não concluídas devem receber 
uma parcela menor de custos, equivalente aos serviços já executados em com-
paração com as unidades já concluídas. Para isso, há necessidade de avaliação da 
quantidade de serviços e materiais que foram aplicados, por meio de uma produ-
ção equivalente que trataremos em maiores detalhes no próximo capítulo. 
ProduçãoEquivalente na Apuração 
de Custos por Processo 
Um produto que ainda não foi completado, ou seja, os produtos que estão em andamento 
nos departamentos, não podem receber o mesmo custo dos produtos acabados, pois 
haveria uma supervalorização dos produtos semiacabados e uma subavaliação dos produtos 
acabados. Então, como atribuir custos aos produtos semiacabados, já que os custos são 
atribuídos aos departamentos e não aos custos?
Ex
pl
or
A fim de solucionar a problemática de contabilização dos produtos inacabados, 
recorre-se à conversão da produção em andamento em unidades equivalentes aos 
produtos acabados e para tanto seguimos os seguintes passos:
• Definir qual o grau médio de andamento da produção inacabada;
• Determinar a quantidade da produção equivalente, baseado no grau médio de 
produção inacabada.
Deve-se levar em consideração que na produção haverá itens que podem não 
ser consumidos de maneira uniforme e assim podemos ter:
• A matéria-prima sendo colocada a qualquer momento no processo de 
fabricação, podendo ocorrer no início do processo ou continuamente durante a 
fabricação. Para cada uma dessas situações, haverá uma produção equivalente 
específica;
• A mão de obra direta sendo empregada uniformemente durante a fabricação;
• Os custos indiretos sendo rateados por uma base que não seja a mão de 
obra direta.
10
11
Alocação dos Custos aos Produtos na 
Apuração de Custos por Processo
Primeiramente os custos incorridos são identificados com os departamentos 
onde os produtos sofrem os processos de fabricação para, posteriormente, serem 
alocados aos produtos, fazendo-se divisão do montante de custos pela quantidade 
de produção equivalente. O custo obtido pelo departamento é transferido, então, ao 
próximo departamento, de acordo com a sequência de fabricação, até a finalização 
do produto.
Os custos podem ser obtidos da seguinte maneira:
a) Matérias primas: são requisitadas do estoque de matéria-prima para os
departamentos produtivos;
b) Mão de obra direta: é extraída da folha de pagamento, acrescido dos
encargos sociais e trabalhistas;
c) Custos Indiretos de Fabricação: alguns são identificados nos departa-
mentos e outros são comuns; estes últimos são rateados, de acordo com
critérios pré-estipulados pela empresa.
Veja o exemplo adaptado de Megliorini (2001):
Uma empresa fabricante do produto Y tem dois departamentos produtivos: 
Montagem e Pintura. Os dados de fabricação são apresentados a seguir: 
a) Em janeiro, o departamento de Montagem iniciou o processamento
de 800 unidades. Concluiu 600 delas, restando a conclusão de 200
unidades, que estão, na média, com 50% de conclusão;
b) Os custos de matéria-prima, mão de obra direta e custos indiretos de
fabricação totalizaram em janeiro $150.500,00 no departamento de
Montagem e $100.000,00 no departamento de Pintura, conforme
Quadro 1;
c) Em fevereiro o departamento de Montagem concluiu as 200 unidades
não acabadas de janeiro. Iniciou a fabricação de outras 1.000 unidades
concluindo 700 destas unidades, ficando, em andamento na produção,
com 300 peças que estão, na média, com 40% de conclusão;
d) Os custos de matéria-prima, mão de obra direta e os custos indiretos
de fabricação totalizaram em fevereiro $202.400,00 no departamento
de Montagem e $150.000,00 no departamento de pintura, conforme
Quadro 1.
Outras informações:
e) No início do mês de janeiro não havia produção em andamento em 
nenhum dos departamentos;
f) Os produtos acabados da Montagem são transferidos para a Pintura e 
desta para o estoque de produtos acabados; 
11
UNIDADE Formas de Apuração de Custos em uma Empresa Industrial
g) No departamento de Pintura não ficam produtos em andamento de um
mês para o outro;
h) A matéria-prima é aplicada continuamente na produção, tendo a mes-
ma porcentagem de uso da mão de obra direta e dos Custos Indiretos
de Fabricação.
O Quadro 1 traz o resumo dos dados:
Quadro 1: Resumo dos dados
Quadro resumo dos dados
Montagem Pintura
Janeiro Fevereiro Janeiro Fevereiro
Saldo inicial da produção 0 0 0 0
Quantidade iniciada no mês 800 1.000 600 900
Quantidade concluída no mês 600 900 600 900
Saldo final da produção 200 300 0 0
Grau médio de execução 50% 40% 0 0
Custos
Matéria-prima 40.500 54.000 20.000 35.000
Mão de obra 60.000 70.000 40.000 57.500
Custos Indiretos 50.000 69.400 40.000 57.500
Custo Total 150.500 202.400 100.000 150.000
A resolução poderá ser realizada por duas metodologias, uma considerando 
os custos pelo método PEPS (Primeiro que Entra Primeiro que Sai) e a outra 
considerando o custo médio. 
Resolução pelo PEPS
Tabela 1: Alocação dos custos aos produtos na apuração de custos por processo (PEPS)
Departamento de Montagem Departamento de Pintura
JANEIRO JANEIRO
Saldo inicial da produção em andamento 0 Saldo inicial da produção em andamento 0
Quantidade iniciada no mês 800 Quantidade iniciada no mês 600
Quantidade concluída no mês e transferida para 
a Pintura 600
Quantidade concluída no mês e 
transferida para a Pintura 600
Saldo final da produção em andamento 200 Saldo final da produção em andamento 0
Cálculo da produção equivalente Cálculo da produção equivalente
Produção acabada 600 Produção acabada 600
Produção em andamento 200 u a 50% 100 --- ---
12
13
Quantidade equivalente a unidades acabadas 
durante o mês 700
Quantidade equivalente a unidades 
acabadas durante o mês 600
Cálculo dos custos Cálculo dos custos
Custo unitário
$150.500/700 u $215,00/u
Custo unitário
($100.000 + $129.000)/600 u $381,67
Custo da produção acabada
600 x 215,00 $129.000,00
Custo da produção acabada
600 x $381,67,00 $229.000,00
Custo da produção em andamento
(200 x 50%) x 215,00 $21.500,00 --- ---
FEVEREIRO FEVEREIRO
Saldo inicial da produção em andamento 200 Saldo inicial da produção em andamento 0
Quantidade iniciada no mês 1.000 Quantidade recebida da montagem 900
Quantidade concluída no mês e transferida para 
a Pintura
Saldo inicial
A seguir mais
200
700 Quantidade concluída no mês 900
Saldo final da produção em andamento 300 Saldo final da produção em andamento 0
Cálculo da produção equivalente Cálculo da produção equivalente
Conclusão do saldo inicial 200 u x 50% dos 
serviços restantes 100 u ---
Produção iniciada e acabada do mês 700 u Produção acabada do mês 900
Produção em andamento 300 u a 40% 120 u Produção em andamento 0
Quantidade equivalente a unidades acabadas 
durante o mês 920 u
Quantidade equivalente a unidades 
acabadas durante o mês 900
Cálculo dos custos Cálculo dos custos
1) Custo unitário
$202.400/920 u $220,00
1) Custo unitário
($150.000,00 + $197.500,00)/900 u 386,11
2) Custo da produção acabada:
a) mês anterior 
b) custo do mês (100 x $220,00)
c) iniciada e concluída no mês (700 x $220,00)
d) SOMA TOTAL
a) $21.500,00
b) $22.000,00
c) $154.000,00
d) $197.500,00
2) Custo da produção acabada
900 x 386,11 $347.500,00
Custo da produção em andamento
(300 x 40%) x 220,00 $26.400,00 --- ---
Resolução pelo Custo Médio
Para o mês de janeiro, os custos da produção acabada e da produção em 
andamento serão os mesmos quer se utilize a metodologia PEPS ou a metodologia 
do CUSTO MÉDIO.
Para o mês de FEVEREIRO tem-se:
13
UNIDADE Formas de Apuração de Custos em uma Empresa Industrial
Tabela 2: Alocação dos custos aos produtos na apuração de custos por processo (CUSTO MÉDIO)
Departamento de Montagem Departamento de Pintura
FEVEREIRO FEVEREIRO
Saldo inicial da produção em andamento 200 Saldo inicial da produção em andamento 0
Quantidade iniciada no mês 1.000 Quantidade recebida da montagem 900
Quantidade concluída no mês e 
transferida para a Pintura
900 Quantidade concluída no mês 900
Saldo final da produção em andamento 300 Saldo final da produção em andamento 0
Cálculo da produção equivalente Cálculo da produção equivalente
Produção acabada do mês 900 Produção acabada do mês 900
Produção em andamento 300 u a 40% 120 u Produção em andamento 0
Quantidade equivalente a unidades 
acabadas durante o mês 
1.020 u Quantidade equivalentea unidades 
acabadas durante o mês 900
Cálculo dos custos Cálculo dos custos
2) Custo unitário:
($202.400 + $21.500)/1.020 u
$219,51 2) Custo unitário
($150.000,00 + $197.559,00)/900 u 386,18
3) Custo da produção acabada:
(900u x 219,51)
$197.559 3) Custo da produção acabada
900 x 386,18 $347.559,00
4) Custo da produção em andamento
(300 x 40%) x 219,50
$26.341 --- ---
Em resumo, os custos das peças acabadas e as em andamento ficaram conforme 
Tabela 3:
Tabela 3: Resumo dos Custos
Janeiro Fevereiro
Montagem Pintura Montagem Pintura
Produção em andamento
Pelo PEPS $21.500,00 0 $26.400,00 0
Pelo Custo Médio $21.500,00 0 $26.341,00 0
Produção acabada
Pelo PEPS $129.000,00 $229.000,00 $197.500,00 $347.500,00
Pelo Custo Médio $129.000,00 $229.000,00 $197.559,00 $347.559,00
Você viu um exemplo de sistema de acumulação de custos por processo de 
maneira detalhada. Essa metodologia é utilizada em empresas que possuem 
processos de fabricação contínua. Agora, veremos, a seguir, como funciona em 
empresas cujos processos são sob encomenda.
14
15
Sistema de Acumulação de 
Custos por Ordem de Produção
Em geral, as empresas que trabalham por encomendas necessitam de uma auto-
rização do cliente, antes de iniciarem quaisquer atividades em produtos ou serviços.
Muitas vezes essa autorização se dá após a empresa vencer a concorrência de 
que participou e assinar o contrato ou autorização de fornecimento. Usualmente, 
os processos de concorrência possuem as seguintes etapas:
1. Cotação de preços: o cliente, antes de adquirir o produto ou serviço
que necessita, realiza consultas geralmente em mais de um fornecedor
objetivando melhores condições de pagamento, melhores preços, prazo de
entrega, garantias, etc.;
2. Orçamento do produto ou serviço cotado: o fabricante consultado
calcula ou estima o custo do produto ou serviço para formular o preço de
venda que será oferecido ao cliente.
Para que o fornecedor obtenha o valor da base de custo para a formulação 
do preço de venda a ser ofertado ao cliente, algumas etapas e procedimentos 
são executados:
a) Projetos e desenhos: caso o cliente não forneça, o departamento de
engenharia é o responsável pelo desenvolvimento;
b) Listas de materiais: estes materiais podem ser fabricados ou comprados;
c) Estimativa de horas de fabricação nos departamentos produtivos;
d) Previsão de custos de atividades complementares como fretes, seguros,
embalagens especiais, etc. Estes custos são previstos juntamente com os
custos dos produtos.
Os custos orçados devem prever:
• Valores de reposição dos materiais;
• Custo atualizado dos valores pagos devido à mão de obra;
• Custos atualizados de demais recursos que possam ser utilizados na confecção
do produto ou do serviço;
• Cláusulas de reajustes de preços entre a data da proposta do orçamento e a
data da assinatura do contrato ou entrega do equipamento, prevenindo-se da
inflação que possa ocorrer nesse período;
• Gastos na elaboração do orçamento.
A seguir, apresentamos um modelo de formulário para o orçamento proposto 
por Megliorini (2001):
15
UNIDADE Formas de Apuração de Custos em uma Empresa Industrial
Quadro 2: Modelo de formulário de orçamento
ORÇAMENTO DE EQUIPAMENTO Número: 
Cliente: Código:
Equipamento: Desenho
MATERIAIS
Código Descrição Qtde Peso líquido Peso bruto Custo 
Unitário
Custo Total
Total dos Materiais
SERVIÇOS EXECUTADOS EXTERNAMENTE
Descrição Fornecedor Custo
Total dos serviços externos
FABRICAÇÃO (Mão De Obra e Custos Indiretos)
Departamento Horas orçadas Custo/
hora
Custo Total
Total mão de obra direta + CIF
ENGENHARIA
Atividades Horas orçadas Custo/
hora
Custo Total
Projetos
Engenharia
Total engenharia
DEMAIS CUSTOS
Descrição Custo Total
Total demais custos
TOTAL CUSTO ORÇADO
DESPESAS ADMINISTRATIVAS E DE VENDAS
PREÇO DE VENDA: 
Alíquota do ICMS (%): Alíquota do IPI (%):
Encargo financeiro para pagamento a _______________ dias = ________________(%)
Fonte: Adaptado de Megliorini (2001)
Importante!
Observe que uma empresa que trabalha sob encomenda, de acordo com os requisitos do 
cliente, incorre em gastos antes de conquistar o pedido do cliente. Os gastos mais signif-
icativos da etapa de orçamento são aqueles relacionados com a engenharia de projetos. 
Trocando ideias...
16
17
Caso a empresa conquiste o pedido, os custos relacionados com o orçamento 
poderão ser transferidos para a ordem de serviço, a fim de se fazer a apuração dos 
custos totais da encomenda. 
No caso da empresa ganhar a concorrência e, como consequência, conquistar 
efetivamente o pedido, o departamento de vendas aciona todos os demais 
departamentos por meio da emissão de uma ordem de Serviço (OS) para que todos 
realizem suas atribuições:
• Departamento financeiro: programar o recebimento dos contratos de 
fornecimento e atualizar o fluxo de caixa da empresa;
• Departamento de contabilidade: abrir as contas nas quais serão acumulados 
os custos;
• Departamento de estoque de matéria-prima (almoxarifado): verificar, reservar 
ou solicitar as compras de materiais que serão utilizados na execução do 
produto;
• Departamento de Planejamento e Controle da Produção (PCP): efetuar a 
programação da produção;
• Produção: providenciar ferramentas, máquinas, equipamentos e recursos 
produtivos para a confecção do produto.
O número da Ordem de Serviço emitido pelo departamento de vendas 
corresponderá ao número da conta em que as receitas e os custos serão lançadas. 
Também é gerada uma ficha de apropriação, que deve conter informações tais 
como: cliente, produto, data prevista de entrega, horas orçadas; nela serão 
acumuladas custos e receitas realizadas até a finalização e entrega do produto.
Nesse processo, são gerados relatórios mensais para a contabilização dos 
dados. Sendo assim, as informações que devem ser lançadas para essa finalidade 
nas Fichas de Apropriação são:
• Relatório de materiais: resume por Ordem de Serviço (OS) as requisições de 
materiais emitidas, indicando o tipo de material, quantidade e valor;
• Relatório de mão de obra: resume por OS as horas de produção dos 
departamentos produtivos e de seus custos;
• Relatório da engenharia: resume por OS as atividades e projetos realizados e 
a apuração dos respectivos custos;
• Relatório de custos diversos: resume por OS todos os documentos referentes 
aos gastos com ferramentas, viagens, representações, serviços executados por 
terceiros, etc.
• Relatório de faturamento: resume por OS os faturamentos referentes ao valor 
principal e os reajustes de preços ocorridos no período.
Encerrada a encomenda, acumulam-se as receitas e os custos, para a determina-
ção de lucro ou prejuízo; além de se confrontar o custo orçado com os realizados, 
para detectar eventuais distorções que possam afetar o resultado da encomenda.
17
UNIDADE Formas de Apuração de Custos em uma Empresa Industrial
Apresentamos, a seguir, no Quadro 2, um exemplo de ficha de acompanhamento 
de custos:
Quadro 3: Exemplo ficha de acompanhamento de custos
Ficha de Acompanhamento O.S.: 
Cliente:
Produto:
Preço Contratual Prazo de entrega:
Contas Mês e ano _____/_______ _____/_______ _____/_______ Acumulado
Mão de obra
Depto.
Depto.
Depto.
Total
Engenharia
Projetos
Desenhos
Total
Materiais
Chapas 
Tubos
Perfis
Outros
Total
Demais custos
Total
Total de custo do mês 
Custo acumulado
Receita do mês 
Receita acumulada
Horas de fabricação
Horas de engenharia
Fonte: Adaptado de Megliorini (2001)
Essa ficha é destinada para o acompanhamento dos custos e das receitas, além 
de ser uma ferramenta gerencial baseada nos resultados obtidos. Os detalhamentos 
das informações estão em relatórios e documentações específicas que poderão ser 
consultados.
Exemplo: Uma empresa vence a concorrência para o fornecimento de um 
equipamento cujo prazo de execução é de 3 anos. Seus custos orçados e preços 
estão descritos a seguir:
Custo orçado: $30.000,00
Preço de venda: $42.000,00
Margem de lucro: $12.000,00
18
19
(%)margem/custo: 40%
Relação preço/custo: 1,40
Admitindo que no primeiro ano ocorra:
Revisão dos custos orçados: não houve
Revisão do preço de venda: não houve
Custos reais incorridos: $8.000,00
A receita atribuída ao primeiro ano será de:
Custo incorrido $8.000,00
Relação preço/custo x 1,40
Receita $11.200,00
No segundo ano, caso ocorra:
1. Reajuste em 20% nos custos orçados passando de $30.000,00 (primeiro 
ano) para $36.000,00.
2. Reajuste do preço de venda em 35% passando de $42.000,00 (primeiro ano) 
para $56.700,00 de acordo com cláusula de reajuste constante no contrato.
3. Custos reais incorridos no segundo ano = $15.000,00
Dessa maneira, a nova situação para o segundo ano passou a ser como 
apresentamos a seguir:
Novo Custo orçado: 36.000,00
Novo Preço de venda: $56.700,00
Nova Margem de lucro: $20.700,00
Nova (%) margem/custo: 57,5%
Relação preço/custo: 1,575
Assim deve-se considerar a margem de 57,5% para a encomenda toda e não 
apenas para o segundo exercício e, portanto, os resultados do primeiro ano devem 
ser reavaliados conforme segue:
(+) Custo real incorrido no primeiro ano: $8.000,00
(+) Custo real incorrido no segundo ano: $15.000,00 (item 3)
(=) Custo acumulado: $23.000,00
(x) Nova relação preço/custo: 1,575
(=) Receita acumulada: $36.225,00
(-) Receita do primeiro ano: $11.200,00
(=) Receita do segundo ano: $25.025,00
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UNIDADE Formas de Apuração de Custos em uma Empresa Industrial
No terceiro ano, ocorre o término da fabricação e o faturamento do equipamento 
é o seguinte:
Custos reais incorridos: $22.000,00
Receita total: $60.000,00
Dessa maneira, para a finalização do equipamento no terceiro ano, o cálculo se 
dá assim:
(+) Custo acumulado ano anterior: $23.000,00
(+) Custo terceiro ano: $22.000,00
(=) Custo acumulado total: $45.000,00
(+) Receita total: $60.000,00
(-) Receita acumulada ano anterior: $25.025,00
(=) Receita terceiro ano: $34.975,00
O lucro total considerando os três anos é obtido conforme abaixo:
(+) Receita total: $60.000,00
(-) Custo acumulado total: $45.000,00
(=) Lucro: $15.000,00
O Quadro 3, a seguir, resume os resultados obtidos:
Quadro 4
Contas
Previsão 1° ano 2° ano 3° ano
Total da 
encomendaCusto orçado e 
Preço contratual
Resultado
Revisão do Custo 
orçado e do Preço 
contratual
Resultado Acumulado Resultado
Custo 30.000 8.000 36.000 15.000 23.000 22.000 45.000,00
Receita 42.000 11.200 56.700 25.025 36.225 23.775 60.000,00
Margem de lucro 12.000 3.200 20.700 10.025 13.225 1.775 15.000,00
(%) M/C 40% 40% 57,5% 66,8% 57,5% 8,1% 33,3%
Fonte: Adaptado de Megliorini (2001)
Finalizamos, assim, mais uma unidade com importantes tópicos sobre os Custos 
Industriais. Até a próxima!!!!!
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Análise de Balanços, Estruturação e Avaliação das Demonstrações Financeiras Contábeis
BLATT, A. Análise de balanços, estruturação e avaliação das demonstrações financeiras 
contábeis. Pearson: 2000. (e-book).
Gestão de Custos Perspectivas e Funcionalidades
CRUZ, A.W. Gestão de custos perspectivas e funcionalidades. IBPEX: 2012. (e-book)
Contabilidade Gerencial Novas Práticas Contábeis para Gestão de Negócios
HONG, Y.C. Contabilidade gerencial novas práticas contábeis para gestão de negócios. 
Pearson: 2005. (e-book)
Custos
MEGLIORINI, E. Custos. São Paulo: Makron books, 2001. (e-book).
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UNIDADE Formas de Apuração de Custos em uma Empresa Industrial
Referências
MARTINS, E. Contabilidade de Custos: Livro de Exercícios. 9. Ed. São Paulo: 
Atlas, 2007.
MARTINS, E. Contabilidade de Custos: O Uso da Contabilidade de Custos como 
Instrumento Gerencial. 9. Ed. Atlas: 2003.
RIBEIRO, O. M. Contabilidade de Custos Fácil; 7 Ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
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