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Histologia e Embriologia Objetivos: 1. Descreva as características histológicas e funções da pele, seus respectivos tecidos e anexos. A pele é composta de duas camadas: a epiderme (tecido epitelial) e a derme (tecido conjuntivo). Após a pele existe o hipoderme ou tecido celular subcutâneo que é um tecido conjuntivo frouxo que pode acumular tecido adiposo. A junção entre a epiderme e a derme é feita por papilas dérmicas e cristas epidérmicas. A epiderme é constituída de 4 tipos de células: queratinócitos, células de Merkel, células de Langerhans e os melanócitos. Ela é composta por 4 (ou 5 no caso da pele grossa) camadas. A camada mais abaixo fica em contato com a derme e é a camada basal, constituída por células prismáticas ou cubóides, ligeiramente basófilas e rica em células tronco para a produção (junto com a camada seguinte) de queratinócitos que vão diferenciando-se progressivamente conforme vão “subindo” A camada espinhosa tem células cubóides com volume maior que as da camada basal e ajuda a produzir os queratinócitos, que aqui já tem tonofilamentos- filamentos de queratina- e as células são ligadas por desmossomos que trazem um aspecto espinhoso ao microscópio. A camada granulosa tem pouquíssimas fileiras de células, que são poligonais achatadas e basófilas por causas de grânulos de querato-hialina, que não são envolvidos por membrana, ricos em histidina fosforilada e cisteína. Esses grânulos são importantes para a condensação dos tonofilamentos . Além disso, ela possui grânulos lamelares que contém discos formados por bicamadas lipídicas e são envoltos por membrana, que contribuem para a formação de uma barreira protetora impermeável. A camada lúcida é mais evidente na pele espessa e é constituída por uma fina camada de células achatadas, eosinófilas e translúcidas, os filamentos de actina são numerosos e bem condensados. A camada córnea tem espessura variável, células achatadas, mortas e sem núcleo, com o citoplasma lotado de queratina, já que os tonofilamentos se aglutinam na matriz formada pelos granulos de querato-hialina.Na pele fina, faltam frequentemente as camadas granulosa e lúcida, além de ter uma camada córnea bem reduzida. Já a derme é dividida em duas partes: a papilar e a reticular. A papilar é fina e composta de tecido conjuntivo frouxo, é nela que se encontram as papilas dérmicas e fibrilas especiais de colágeno que se inserem na membrana basal e na derme, além de apresentar os vasos sanguíneos para nutrir a epiderme. A reticular é mais grossa e é constituída por tecido conjuntivo denso que tem muitas fibras elásticas. Anexos: Vasos e receptores sensoriais: Os vasos arteriais foram dois plexos um que se situa no limite entre a derme e a hipoderme e outro entre as camadas da derme, de onde partem ramos para as papilas dérmicas, cada papila tem uma alça vascular, com um ramo arterial ascendente e um venoso descendente. Existem três plexos venosos na pele, dois nas posições iguais das artérias e mais uma na região média da derme. Os vasos linfáticos iniciam-se em fundo cego, partem ramos para outro plexo localizado entre a derme e o hipoderme. Receptores encapsulados: Ruffini, Vater-Pacini, Meissner, Krause. Eles são responsáveis pela recepção de estímulos. Pelos: se desenvolvem a partir de uma invaginação da epiderme, cada pelo se origina de um folículo piloso. Os pelos têm uma estrutura compacta com uma queratina mais dura que da pele e o crescimento é intermitente. Unhas: são placas de células queratinizadas constituídas por escamas córneas compactas e fortemente aderidas.No epitélio da dobra da pele, junto com a camada córnea desse epitélio forma-se a cutícula. Glândulas da pele: Sebáceas: estão na derme, com ductos revestidos por epitélio estratificado e geralmente desembocam em folículos pilosos. Essas glândulas são exemplos de holócrinas, pois a formação da secreção resulta na morte celular. Sudoríparas merócrinas: estão presentes nas axilas, região perianal, pubiana e na aréola mamária, são merócrinas, tubulosas simples enoveladas, com ductos que se abrem para a superfície e não se ramificam. Nessa glândulas existem as células escuras (adjacentes ao lúmen e com grânulos de secreção) e células claras (ficam entre as células escuras e as mioepiteliais, sem grânulos de secreção.Além dessas glandulas sudoriparas merócrinas, existem as apócrinas que estão na derme e na hipoderme, apesar de serem merócrinas o nome se tornou consagrado. Glândulas mamárias: glândulas sudoríparas especializadas na secreção de nutrientes sob a influência hormonal. Referências: JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, José; ABRAHAMSOHN, Paulo. Histologia básica : texto e atlas. 13. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan Ltda, 2018. 554 p. 2. Explique o desenvolvimento do sistema tegumentar (pele e seus anexos) A pele vai ser formada por dois tecidos que possuem indução mútua, a ectoderme e o mesênquima, responsáveis respectivamente pelo desenvolvimento da epiderme e da derme. As células ectodérmicas superficiais se proliferam e formam a periderme- epitélio pavimentoso- e uma camada basal, conforme vai ocorrendo o desenvolvimento as células sofrem queratinização e descamam, formando, junto com lipídeos liberados, o verniz caseoso que vai recobrir a pele do feto e protegê-lo do líquido amniótico. A camada basal vai originar o estrato germinativo que vão produzir novas células, as quais serão deslocadas para as camadas mais superficiais, depois de 11 semanas esse processo dá origem a camada intermediária e depois a periderme desaparece e se forma o estrato córneo. Surgimento do pelo: proliferação do estrato germinativo da epiderme que vai até a derme subjacente. Surgimento das glândulas sebáceas merócrinas: a partir de evaginações epidérmicas dentro do mesenquima,e o broto enovela-se Surgimento das glândulas sebáceas apocrinas: proliferação da bainha epitelial do folículo piloso. Surgimento das glândulas sudoríparas: brotamento da epiderme que se alonga e sofre enovelamento de sua extremidade Glândulas mamárias: são umtipo diferenciado de glandula sudoripara e se desenvolvem a partir de evaginações compactas da epiderme que crescem em direção ao mesênquima subjacente. Referência: MOORE, Keith L.; PERSAUD, T.V.N.. Embriologia básica . 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier Editora Ltda, 2008.
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