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Peça Prático Profissional no 01 Aline é proprietária de uma pequena casa situada na cidade de São Paulo, residindo no imóvel há cerca de 5 anos, em terreno constituído pela acessão e por um pequeno pomar. Pouco antes de iniciar obras no imóvel, Aline precisou fazer uma viagem de emergência para o interior de Minas Gerais, a fim de auxiliar sua mãe que se encontrava gravemente doente, com previsão de retornar dois meses depois a São Paulo. Aline comentou a viagem com vários vizinhos, dentre os quais, João Paulo, Nice, Marcos e Alexandre, pedindo que “olhassem” o imóvel no período. Ao retornar da viagem, Aline encontrou o imóvel ocupado por João Paulo e Nice, que nele ingressaram para fixar moradia, acreditando que Aline não retornaria a São Paulo. No período, João Paulo e Nice danificaram o telhado da casa ao instalar uma antena “pirata” de televisão a cabo, o que, devido às fortes chuvas que caíram sobre a cidade, provocou graves infiltrações no imóvel, gerando um dano estimado em R$ 6.000,00 (seis mil reais). Além disso, os ocupantes vêm colhendo e vendendo boa parte da produção de laranjas do pomar, causando um prejuízo estimado em R$ 19.000,00 (dezenove mil reais) até a data em que Aline, 15 dias após tomar ciência do ocorrido, procura você, como advogado. Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo à pretensão. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não confere pontuação. AO JUÍZO DA __ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE SÃO PAULO / SP ALINE, nacionalidade, estado civil, profissão, com endereço eletrônico (endereço de e-mail), RG nº X.XXX.XXX, CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliada à (endereço de residência) São Paulo - SP, vem, respeitosamente, perante V. Ex.ª, por meio de seu advogado, que abaixo subscreve, com escritório situado em (endereço do advogado), local onde recebe intimações e avisos, com fundamento no artigo 560 do Código de Processo Civil, ajuizar AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE Em face de JOÃO PAULO, nacionalidade, estado civil, profissão, com endereço eletrônico (endereço de e-mail), RG nº X.XXX.XXX, CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado à (endereço de residência) São Paulo - SP, e em face de NICE, nacionalidade, estado civil, profissão, com endereço eletrônico (endereço de e-mail), RG nº X.XXX.XXX, CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado à (endereço de residência) São Paulo - SP, pelas razões de fato e de direito que passa a expor. DOS FATOS A autora é a legítima proprietária do imóvel situado em (endereço de residência), São Paulo / SP, constituído por acessão e um pequeno pomar, onde reside há cinco anos ininterrupta e pacificamente, nos termos da lei, até a data do esbulho. A autora solicitou aos réus e a outros vizinhos que assegurassem, se possível, a integridade de seu imóvel em sua ausência, já que foi necessário visitar sua mãe, no interior de Minas Gerais, que estava gravemente doente. A autora deixou claro que retornaria dentro de, aproximadamente, dois meses e mesmo assim os réus cometeram o ilícito, e como se ainda não bastasse a apropriação indevida do bem, atreveram-se a instalar uma antena, ação que danificou o telhado e causou grave infiltração na casa, um dano avaliado em R$ 6.000,00 (seis mil reais) até o momento. Somando a isso, os mesmos recolheram indevidamente laranjas do pequeno pomar no terreno e venderam, causando até o momento um prejuízo de R$ 19.000,00 (dezenove mil reais). DO DIREITO O autor de fato era o legítimo possuidor do bem esbulhado conforme os documentos comprobatórios em anexo e a declaração das testemunhas que serão convidadas a depor contra a má fé dos réus . De acordo com o definido no artigo 560 do Código de Processo Civil: “o possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação e reintegrado em caso de esbulho.”, portanto a ação é cabível in casu. Direito ainda tem o autor à indenização por perdas e danos e indenização dos frutos, cumulativamente, como é descrito no artigo 555 do mesmo código: “É lícito ao autor cumular ao pedido possessório o de: I - condenação em perdas e danos; II - indenização dos frutos.”. DA TUTELA PROVISÓRIA Cabe, como é sabido, a expedição de mandado liminar para reintegração de posse, como estabelece o ordenamento, no artigo 562 do NCPC: “Estando a petição inicial devidamente instruída, o juiz deferirá, sem ouvir o réu, a expedição do mandado liminar de manutenção ou de reintegração...”, por estar constatado o periculum in mora, visto que o risco de mais dano à produção de frutos pela propriedade é iminente. DO PEDIDO Diante do exposto, requer: A) a expedição de mandado liminar com fulcro no artigo 562 do NCPC com reintegração temporária da posse visto o periculum in mora, e, como sentença, a reintegração definitiva da posse; B) a notificação dos réus para comparecer à audiência a ser designada para, querendo, apresentar defesa, sob as penas da lei; C) a indenização por perdas e danos no valor de R$ 6.000,00 (seis mil reais) com juros e a devida correção monetária; D) a indenização dos frutos no valor correspondente a R$ 19.000,00 (dezenove mil reais) com juros e a devida correção monetária; E) condenação dos réus aos custos de honorários de sucumbência no percentual de 20% (vinte por cento) referente ao valor da causa, segundo o § 2º do artigo 85 do NCPC; F) que sejam os réus, condenados a pagarem multa por cada dia em que deixe de cumprir com a decisão de fazer cessar o esbulho, nos termos da lei; G) permissão para produção de todas as provas em direito admitidas, em especial a prova testemunhal e pericial, não excluindo a possibilidade de, caso necessário, requerer as demais provas juridicamente possíveis no decorrer da ação. Dá-se à causa o valor de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais). Nestes termos, pede e espera deferimento. Brasília, 08 de setembro de 2021. (Assinatura do respectivo advogado) OAB-UF XX.XXX
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