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PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO INTERNACIONAL

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CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO LUCAS
GLÓRIA DE LOURDES SILVA DE OLIVEIRA MELO
PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO COMO FONTE DO DIREITO INTERNACIONAL
PÚBLICO
PORTO VELHO-RO
2021
CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO LUCAS
GLÓRIA DE LOURDES SILVA DE OLIVEIRA MELO
PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO COMO FONTE DO DIREITO INTERNACIONAL
PÚBLICO
Trabalho requerido para obtenção de nota parcial,
da disciplina de Direito Internacional, do Curso de
Direito, do Centro Universitário São Lucas, pela
Professora Ms. Luciana Adélia Sottili, turno
vespertino, 1/2021.
PORTO VELHO-RO
2021
PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO COMO FONTE DO DIREITO INTERNACIONAL
PÚBLICO
MELO. Gloria de Lourdes Silva de Oliveira.1
RESUMO
Este trabalho trata sobre os princípios gerais do direito enquanto fonte do
Direito Internacional Público. Tem como principal objetivo analisar de que forma os
princípios gerais de direito se constituem importante fonte para o Direito
Internacional na tomada de decisões, resolução de conflitos e constituição de
tratados e acordos internacionais. Essa análise é relevante na medida em que
ressalta os fundamentos do Direito Internacional Público, bem como é norteado em
sua concepção. Ademais, todos os países são direta ou indiretamente sombreados
por esta concepção. Dessa forma, assim justifica-se análise, a qual seguiu o
percurso metodológico bibliográfico, de abordagem qualitativa, com base na doutrina
e normas. Como resultado ficou evidenciado que os princípios são fontes primárias
do Direito Internacional e serão sempre evocados quando necessários, como por
exemplo, à solução pacífica dos conflitos.
PALAVRAS-CHAVE: Princípios Gerais do Direito. Direito Internacional Público.
Direito Interno.
INTRODUÇÃO
A sociedade internacional rege-se pelo Direito Internacional, tendo como
principais fontes os tratados, os costumes e os princípios gerais de direito. Esse
trabalho se lançou a analisar essa última fonte. Não descartando que hajam outras
fontes, mas doutrinariamente observando os princípios gerais do direito internacional
e os princípios gerais de direito, primeiramente realizamos uma breve exposição
sobre o Direito Internacional Público, seu conceito, sujeitos, e teoria que o concebe
quanto a sua relação com o Direito Interno, na busca de situar o lugar de discussão
dos princípios gerais de direito enquanto fonte do Direito Internacional.
Em seguida, explanamos o que são e como são pesquisados os princípios
gerais de direito. Apresentamos a consideração metodológica de Maximiliano
1 Acadêmica do Curso de Direito, do Centro Universitário São Lucas.
esboçada por Nader, em sua Introdução ao Estudo de Direito, com a finalidade de
mostrar como a concepção da expressão “princípios gerais de direito” é ampla e
necessita de local próprio a ser definido para ser analisada.
Por fim, analisamos os princípios gerais de direito e os princípios gerais do
direito, sendo o primeiro da ordem estatal e o segundo da ordem internacional.
Traçamos um paralelo entre um e outro, esclarecendo quando será utilizado e
porque. Esse estudo importa na medida em que compreender o Direito internacional
como um conjunto de sistema jurídico que regula a sociedade internacional em suas
múltiplas relações, norteia o entendimento da horizontalidade com que os Estados
dela participam e como solucionam seus conflitos.
1 BREVE EXPOSIÇÃO DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
O Direito Internacional Público disciplina e rege prioritariamente a sociedade
internacional, formada por Estados e organizações internacionais interestatais, com
reflexos voltados também para a atuação dos indivíduos no plano internacional2. A
sociedade internacional, a fim de organizar-se juridicamente e solidariamente, na
busca da promoção da paz, do desenvolvimento econômico e humano, vale-se do
Direito Internacional Público. A sociedade internacional, ao contrário do que sucede
com as comunidades nacionais organizadas sob a forma de Estados, é ainda hoje
descentralizada, e o será provavelmente por muito tempo adiante de nossa época3.
Nesse sentido, no plano internacional não há hierarquia entre os Estados,
nem representação como no caso de parlamentares nacionais, sendo as normas
criadas de forma direta pelos seus destinatários, organizando-se os Estados
horizontalmente, dispostos a proceder segundo normas que criam coletivamente,
nem prevalece o princípio majoritário, esclarece Rezeck. O Direito Internacional
Público se fundamenta no consentimento, sendo a coordenação o princípio que
preside a convivência organizada de tantas soberanias, dos povos e das gentes.
Segundo Mazzuoli o Direito Internacional pode ser conceituado tecnicamente
como
o conjunto de princípios e regras jurídicas (costumeiras e convencionais)
que disciplinam e regem a atuação e a conduta da sociedade internacional
3 REZECK, 2018.
2 MAZZUOLI, 2020.
(formada pelos Estados, pelas organizações internacionais
intergovernamentais e também pelos indivíduos), visando alcançar as metas
comuns da humanidade e, em última análise, a paz, a segurança e a
estabilidade das relações internacionais. 4
Nessa perspectiva, não se concebe, entretanto, que o Direito Internacional
seja apenas um regulador de matérias de alçada externa do Estado e o Direito
Interno regule exclusivamente matérias domésticas, isto é, de seu ordenamento
próprio. Tal concepção “está impregnada de um preconceito dualista (doutrina hoje
rejeitada), vez que entende o Direito Internacional como separado da ordem jurídica
interna”5.
Adepto da Teoria Dualista, Charles Rousseau, conforme expõe Mazzuoli,
defende que “o Direito Internacional é o ramo do direito que rege os Estados nas
suas relações respectivas”. Essa visão trata-se do conceito clássico positivista e
baseia-se na corrente estatal que define que o Direito Internacional não pode ter
como sujeitos os indivíduos, mas tão somente os estados, por serem estes os
únicos capazes de contrair obrigações. Segundo essa corrente, apenas havendo
uma mudança no direito interno possibilitaria haver indivíduos enquanto sujeitos do
Direito Internacional. Não se considera, porém, que os indivíduos têm sido cada vez
mais envoltos no Direito Internacional enquanto sujeitos, como pode-se verificar na
proteção internacional da pessoa humana.
Nesse percurso, destaca-se que o Direito Internacional vem se ocupando
também da conduta dos Estados e dos organismos internacionais e de suas
relações entre si, assim como de algumas de suas relações com as pessoas
naturais, e não apenas das relações externas, como se possa definir de forma rasa.
Os sujeitos que compõem o Direito Internacional, dessa forma
podem ser considerados sujeitos atuais do Direito Internacional Público,
além dos Estados soberanos, as organizações internacionais interestatais
(v.g., as Nações Unidas, que têm capacidade jurídica para celebrar tratados
de caráter obrigatório, regidos pelo Direito Internacional, com os Estados e
com outros organismos internacionais) e os próprios indivíduos, embora o
campo de atuação destes últimos seja mais limitado, sem, contudo, perder
ou restar diminuída a sua importância.6
6 MAZZUOLI, 2020.
5 MAZZUOLI, 2020.
4 MAZZUOLI, 2020.
Um ponto importante a se observar são as teorias que se propõem a explicar
a relação do Direito Internacional para com o Direito Interno, as quais sejam elas, a
teoria monista e a teoria dualista. Os dualistas, com efeito, enfatizam a diversidade
das fontes de produção das normas jurídicas, lembrando sempre os limites de
validade de todo direito nacional, e observando que a norma do direito das gen tes
não opera no interior de qualquer Estado senão quando este, por tê la aceito,
promove sua introdução no plano doméstico.
Por sua vez, os monistas kelsenianos voltam-se para a perspectiva ideal de
que se instaure um dia a ordem única, e denunciam, desde logo, à luz da realidade,
o erro da ideia de que o Estado tenha podido outrora, ou possa hoje, sobreviver
numa situação de hostilidade ou indiferença ao conjunto de princípios e normasque
compõem a generalidade do direito das gentes7.
2 PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO
A palavra Princípios denota a ideia de fundamento, origem, razão, começo de
algo. Em relação ao mundo jurídico, Paulo Nader deixa claro que “ a expressão
princípios gerais do direito, por demasiadamente ampla, não oferece ao aplicador do
Direito uma orientação segura quanto aos critérios a serem admitidos na sua
aplicação8.” . Ainda, sendo complexo defini-los, esta tarefa é importante, pois os
princípios operam diretamente na criação de leis, na aplicação do direito e no
preenchimento das lacunas da lei, uma vez que guiam, fundamentam e limitam as
normas já sancionadas.
Para se proceder a pesquisa dos princípios gerais do direito, Nader sugere
que seja considerada a lição de Carlos Maximiliano, na seguinte ordem9:
a) no instituto que aborda a matéria;
b) em vários institutos afins;
c) no ramo jurídico como um todo;
d) no Direito Público ou no Direito Privado (dependendo da localização da
matéria);
9 NADER, 2016.
8 NADER, 2016.
7 REZECK, 2018.
e) em todo o direito positivo;
f) no direito em sua plenitude.
Esta pesquisa por mais específicos forem seus objetos, mais se
aproximar-se-á dos princípios que lhes regem. Isto importa na seara do Direito aqui
analisado, pela força e multiplicidade de interesses e sujeitos que envolve, o qual
exige de todos eles, expressiva colaboração e cooperação.
3 PRINCÍPIOS GERAIS DE DIREITO COMO FONTE DO DIREITO
INTERNACIONAL PÚBLICO
Para o Direito Internacional Público, os Princípios Gerais de Direito são os
princípios aceitos por todas as nações in foro domestico. O Estatuto da Corte de
Haia, em seu terceiro rol, refere-se aos princípios gerais de direito reconhecidos
pelas nações civilizadas. A respeito do termo “civilizadas”, Rezeck esclarece que “o
uso (...), embora desastrado, não teve intenção discriminatória ou preconceituosa. A
ideia é a de que onde existe ordem jurídica — da qual se possam depreender
princípios — existe civilização”. Mas para Mazzuoli, a expressão é afrontosa e suas
raízes firmam-se na ideologia colonialista da época de sua redação.
Com entendimento mais extensivo a respeito dos princípios gerais do direito ,
propôs com êxito a escola soviética, um conceito mais elaborado e amplo. Cumpre
prestigiar e considerar “os grandes princípios gerais do próprio direito das gen tes na
era atual: o da não agressão, o da solução pacífica dos litígios entre Estados, o da
autodeterminação dos povos, o da coexistência pacífica, o do desarmamento, o da
proibição da propaganda de guerra nacional; sem prejuízo de outros, menos
conjun turais, como o da continuidade do Estado”10.
A ordem jurídica da sociedade internacional é descentralizada,
diferentemente como a que se mantém na sociedade interna. Mas há um sistema
jurídico, o qual se faz pelo consentimento dos Estados. Assim, há princípios que
regem esse sistema. A Convenção da Haia, de 18 de outubro de 1907, criou o
Tribunal Internacional de Presas e foi o primeiro texto internacional a estabelecer um
rol de fontes do Direito Internacional Público, no seu art. 7º, o seguinte11:
11 MAZZUOLI, 2020.
10 REZECK, 2018.
Se a questão de direito a resolver estiver prevista por uma convenção em
vigor entre o beligerante captor e a Potência que for parte do litígio, ou cujo
nacional for parte dele, o Tribunal decidirá conforme as estipulações da
mencionada convenção. Na falta dessas estipulações, o Tribunal aplicará as
regras do Direito Internacional. Se não existirem regras internacionalmente
reconhecidas, o Tribunal decidirá de acordo com os princípios gerais do
direito e da equidade.
Mais tarde, sem, entretanto, pretender ser um rol taxativo de fontes, o art. 38 do
Estatuto da Corte Internacional de Justiça (CIJ) estabeleceu que
1. A Corte, cuja função é decidir de acordo com o direito internacional as
controvérsias que lhe forem submetidas, aplicará: a) as convenções
internacionais, quer gerais, quer especiais, que estabeleçam regras
expressamente reconhecidas pelos Estados litigantes; b) o costume
internacional, como prova de uma prática geral aceita como sendo o direito;
c) os princípios gerais de direito, reconhecidos pelas nações civilizadas; d)
sob ressalva da disposição do art. 59 [verbis: ‘A decisão da Corte só será
obrigatória para as partes litigantes e a respeito do caso em questão’], as
decisões judiciárias e a doutrina dos juristas mais qualificados das
diferentes nações, como meio auxiliar para a determinação das regras de
direito. 2. A presente disposição não prejudicará a faculdade da Corte de
decidir uma questão ex aequo et bono, se as partes com isto concordarem.
Diante dessa perspectiva, tratados, costumes e princípios gerais do direito
são fontes primárias do Direito Internacional Público. E, as decisões judiciárias e
doutrinas de juristas mais qualificados de diferentes nações são meios auxiliares
para definir o direito aplicável. Destaca-se assim que a validade das normas
convencionais depende da regra consuetudinária pacta sunt servanda. Com atenção
para o que defende a doutrina soviética, de que as fontes das normas não têm
seguem hierarquia entre si. E essa é a regra. A exceção, Mazzuoli apresenta: art.
103 da Carta das Nações Unidas (que atribui primazia à Carta sobre todos os
demais compromissos internacionais concluídos por quaisquer de seus membros) e
das normas de jus cogens (que prevalecem sobre todas as demais regras ou
obrigações internacionais). E, ainda, podem vir a existir outras, a exemplo dos atos
unilaterais estatais e das decisões das organizações internacionais, além de certas
regras de conteúdo bastante recente, como é o caso, para alguns autores, da
chamada soft law.
Sobre os princípios gerais de direito, a título de exemplo estão os princípios
de boa-fé, da proteção da confiança, do respeito à coisa julgada, do direito
adquirido, da responsabilidade do Estado por ações ou omissões que infrinjam os
direitos fundamentais, do ex injuria jus non oritur, além do pacta sunt servanda.
E de outro lado, são exemplos de Princípios Gerais do Direito Internacional,
os princípios da não intervenção, da não ingerência em assuntos
particulares dos Estados, da obrigação de cooperação dos Estados entre si,
primazia dos tratados sobre as leis internas, prévio esgotamento dos
recursos internos, proibição do uso da força contra a integridade territorial
ou a independência política de qualquer Estado, solução pacífica de
controvérsias, igualdade soberana entre os Estados, o direito de passagem
inocente para navios mercantes em tempo de paz, a liberdade dos mares, a
autodeterminação dos povos, a boa-fé, o respeito universal e efetivo dos
direitos humanos, as normas de jus cogens, entre outros, todos os quais
não teriam sentido existir no ordenamento jurídico interno de determinado
Estado, concebido como um sistema fechado12.
Nesse sentido, havendo conflitos a serem resolvidos, conforme estabelece o
art. 38, §1º, alínea c, da CIJ, o juiz considerará também os princípios gerais de
direito público dos Estados, de sorte a manter cooperação, coerência e melhor
solução, na falta de clareza do Direito Internacional Público no caso concreto.
12 MAZZUOLI, 2020.
CONCLUSÃO
O presente trabalho teve como finalidade analisar de que forma os princípios
gerais do direito são fonte do Direito Internacional, para compreender como estes
podem ser aplicados pelo Direito das Gentes nas soluções de conflitos, criação de
normas, preenchimento de lacunas ou esclarecimentos de aplicabilidade de
tratados, por exemplo.
Considerando pontos doutrinários e mais precisamente o ECIJ, podemos
fazer distinção entre princípios gerais do direito e princípios gerais de direito. O
último referindo-se aos princípios dos estados, seu direito interno e o outro em
contexto maior referindo-se no campo do Direito Internacional como os princípios já
consagrados presentes nos tratados internacionais.
Vimos que não há hierarquia entre as normas, sendo esta a regra,com
poucas exceções, e reconhecendo que o consentimento é um princípio inerente à
participação dos Estados na criação e relação com o Direito Internacional. Isto
posto, os princípios gerais de direito atuam como fonte primária na aplicabilidade
quando necessários.
Assim, são princípios gerais de direito a boa-fé, a proteção da confiança, o
respeito à coisa julgada, o direito adquirido, a responsabilidade do Estado por ações
ou omissões que infrinjam os direitos fundamentais, do ex injuria jus non oritur, além
do pacta sunt servanda, por exemplo, e serão sempre reconhecidos quando no
julgamento de conflitos o juízo, portanto, necessitar para a solução pacífica e
harmoniosa.
REFERÊNCIAS
MAZZUOLI, Valerio de Oliveira. Curso de Direito Internacional Público. Rio de
Janeiro: Editora Forense, Grupo GEN, 2020.
NADER. Paulo. Introdução ao Estudo do Direito. 38ª ed. Rio de Janeiro: Editora
Forense, Grupo Gen, 2016.
REZECK. Francisco. Direito internacional público: curso elementar.São Paulo:
Editora Saraiva, 2018.