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A Tutela Provisória e o Processo Civil

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A NOVA MODALIDADE DA TUTELA DE URGÊNCIA NO PROCESSO CIVIL –
Por: Lorenah Repinoski e Naathany Cechetto
Nos dias atuais nos deparamos com um grande crescimento de demandas processuais, o que acaba superlotando nosso Judiciário. Nosso atual Código de Processo Civil, restaurado no ano de 2015, trouxe a inovação do juiz possuir a escolha de as adotar medidas de urgência e que antes mesmo do trânsito em julgado, ou seja, da conclusão do processo, o autor possa usufruir de seu direito. Conforme o art. 294, caput do CPC, a tutela provisória divide-se em "urgência" ou "evidência". 
Se faz necessário compreender que tal novidade pode ser dividida tanto em tutela provisória de urgência cautelar, quanto tutela provisória de urgência antecipada, sendo que em ambas é necessário possuir um perigo de dano ou uma ‘quase’ certeza de um resultado positivo ao processo, sendo preciso verificar em todos os casos a probabilidade do direito à ação.
Explica-se, de maneira de fácil entendimento, a tutela de urgência de natureza cautelar, quando houver apenas uma medida de proteção a decisão final. Ou seja, ultrapassa a etapa do mérito, sendo preciso a antecipação de tal julgamento, necessitando assim, o provimento da sentença de mérito. Tal tutela preserva assim, o direito material da parte, sendo assim de caráter instrumental. 
A cautelar poderá ser deferida, ou seja, ‘aprovada’, de modo antecedente, onde a parte autora poderá interpor, apresentar, petição simplificada, agilizando assim a proposição da ação, tendo um prazo de trinta dias para realizar o principal pedido. Poderá também ser deferida de maneira incidental. 
A provisória antecipada tem sua formação em petição inicial simplificada, sendo indicada seu caráter antecedente. Sendo concedida, a parte autora deverá agregar ao processo fatos, fundamentos, documentos, entre outros, que justifique o pedido principal. Tal juntada terá o prazo máximo de quinze dias. Tal tutela poderá se tornar estável, ou seja, processo julgado, caso a outra parte não interponha recurso, sendo a ação extinta sem a resolução do mérito. É possível que essa estabilidade seja revista por um prazo máximo de até dois anos, sendo que a tutela poderá vir a ser reformada ou até mesmo anulada. 
A grande diferença da tutela já explicada para a tutela de evidência é o fato de que esta poderá ser solicitada independentemente de existir uma comprovação do perigo de dano ou do dano de resultado útil do processo. Suas opções de deferimento são em caso de abuso do direito de defesa; manifesto propósito protelatório da parte; fatos passiveis de comprovação apenas por documentos, podendo haver teses firmadas; quando houver um pedido reipersecutório fundado em prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, sendo preciso que o réu não oponha prova onde seja possível geral uma dúvida razoável ao processo.
Em ambas as tutelas é possível compreender que foram formadas para que houvesse assim uma maior celeridade no curso do processo, ou seja, que a demora para conclusão da ação e para uma decisão não se prolonguem tanto quanto estamos costumados a saber. É possível perceber essa necessidade pelo fato de serem casos em que não existe a possibilidade de se esperar correr um processo inteiro para que se chegue a uma sentença. Casos como cirurgia de emergência realizada por planos, pensão alimentícia, pensão por morte, entre outros onde a urgência é evidente, são resolvidos de maneira mais célere com esse novo marco legal. Além também de trazer uma importante economia processual, diminuído também o grande acumulo de processos que o judiciário possui. 
Artigo escrito pelas autoras:
LORENAH REPINOSKI E NAATHANY EULALYA MAIER CECHETTO.
Artigo baseado em referências:
CONJUR;
DIREITO NET;
PONTO DOS CONCURSOS; 
ÂMBITO JURÍDICO.

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