Buscar

Sistema cardiovascular

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

TUTORIA IV – 2° PERÍODO
Funções Biológicas
Estímulo elétrico cardíaco
DESCREVER O AUTOMATISMO DE GERAÇÃO E CONDUÇÃO DE ESTÍMULO ELÉTRICO CARDÍACO:
	 As células musculares cardíacas (cardiomiócitos) são formadas por sarcômeros, que são compostos por filamentos espessos e finos. Os espessos são de miosina, cujas cabeças têm locais de ligação à actina e atividade de ATPase. 
Os filamentos finos são formados por proteínas: 
· Actina: proteína globular com um sítio de ligação à miosina, que, quando polimerizada, forma dois filamentos torcidos; 
· A tropomiosina: cursa pelo sulco dos filamentos torcidos de actina e funciona bloqueando o sítio de ligação da miosina; 
· A troponina: formada por complexo de três subunidades; a subunidade de troponina C que se liga ao Ca2+, com isso ocorre alteração conformacional, que remove a inibição da tropomiosina da interação entre actina e miosina;
· Titina: auxilia na elasticidade; 
· Nebulina: regulatória do influxo de cálcio. 
A contração ocorre de acordo com o modelo dos filamentos deslizantes. 
A fibra muscular produz tensão quando as pontes cruzadas formadas entre a actina e a miosina se rompem, e por consequência os filamentos espessos e finos deslizam uns sobre os outros. 
Os túbulos transversais (T) invaginam as células do músculo cardíaco nas linhas Z (sarcômero vai de uma linha z à outra); são contínuos com as membranas celulares e funcionam levando potenciais de ação para o interior da célula. Os túbulos T formam díades com o retículo sarcoplasmático, o local de armazenamento e de liberação de Ca2+ para o acoplamento excitação-contração. 
Acoplamento Excitação-Contração 
Tradução do potencial de ação em produção de tensão. As etapas são: 
1. No músculo cardíaco, o potencial de ação é originado pela abertura de canais de dois tipos: os canais rápidos de sódio, tais quais nos músculos esqueléticos, e os canais lentos de cálcio ou canais de cálcio-sódio. 
O potencial de ação cardíaco se inicia na membrana da célula miocárdica, e a despolarização se dissemina para o interior da célula pelos túbulos T. Grande quantidade de íons cálcio e sódio penetra nas fibras miocárdicas pelos canais e mantém o prolongado período de despolarização, causando o platô do potencial de ação. Resulta da corrente de influxo de Ca2+, no qual o Ca2+ flui pelos canais de Ca2+ do tipo L, do líquido extracelular (LEC) para o líquido intracelular (LIC). Canais de potássio ficam fechados por um tempo para evitar a polarização.
2. Entrada de Ca2+ na célula miocárdica produz um aumento na concentração de Ca2+ intracelular, para iniciar a contração ela provoca a liberação de mais Ca2+, a partir dos estoques no retículo sarcoplasmático pelos canais de liberação de Ca2+ (receptores rianodina). (Processo chamado de liberação de Ca2+ induzida por Ca2+). 
Além dos íons cálcio liberados do retículo sarcoplasmático para o sarcoplasma, grande quantidade de íons cálcio provém dos próprios túbulos T (devido o líquido extracelular que tem os íons circular dentro deles), no momento do potencial de ação por canais dependentes de voltagem na membrana de túbulos T. Portanto a força da contração cardíaca depende muito da concentração de íons cálcio nos líquidos extracelulares. O Ca2+ que entra, durante o platô é chamado de Ca2+ desencadeador, ou gatilho. Dois fatores determinam a quantidade de Ca2+ liberada do retículo sarcoplasmático nessa etapa: o quanto de Ca2+ estava armazenado e a amplitude da corrente de influxo do Ca2+, durante o platô. 
3. Ca2+, agora, se liga à troponina C, o que desloca a tropomiosina, e a interação de actina e miosina pode ocorrer. 
Pontes cruzadas se formam e depois se rompem e é gerada tensão pelo deslizamento dos filamentos finos e espessos uns sobre os outros. 
O ciclo de pontes cruzadas continua enquanto a concentração de Ca2+ intracelular suficiente alta para ocupar os locais de ligação de Ca2+ na troponina C.
4. A intensidade da tensão desenvolvida, pelas células miocárdicas, é proporcional à concentração de Ca2+ intracelular. 
A contração cessa até que ocorra novo potencial de ação quando o Ca2+ é reacumulado no retículo sarcoplasmático pela ação de Ca2+ ATPase. Esse novo acúmulo faz com que a concentração de Ca2+ intracelular diminua para os níveis de repouso. 
Além disso, Ca2+, o que entrou na célula, durante o platô do potencial de ação, é expulso da célula para o líquido extracelular dos túbulos T pela Ca2+ ATPase contra o seu gradiente eletroquímico (utiliza ATP para tal) e pela troca de Ca2+-Na+ na membrana sarcolêmica (utiliza energia do gradiente de Na+ dirigido para o interior).
Duração da contração é por volta de 0,2 segundo, no músculo atrial, e 0,3 segundo, no músculo ventricular já que o músculo cardíaco começa a se contrair poucos milissegundos após o potencial de ação ter início e continua a se contrair por alguns milissegundos após o final desse potencial de ação. 
Quanto a transmissão se tem envolvidas as seguintes estruturas: 
Nó sinoatrial, é onde se origina o impulso por autoexcitação no processo que foi descrito acima, é o “marca-passo natural”, esse fato se deve porque além de gerar o estímulo, ele apresenta a maior capacidade elétrica de polarização e despolarização. 
Os ramos extremos das fibras do nodo sinusal se ligam a musculatura atrial, assim, os estímulos se propagam diretamente e adiante pelas fibras musculares atriais, (entremeadas a essas há a presença de fibras condutoras especializadas, Feixes de Bachmann, com certa semelhança às “fibras de Purkinje” presentes nos ventrículos). Desse modo, o potencial de ação se espalha por toda a massa muscular atrial e, por fim, até o Nó atrioventricular. 
O nodo atrioventricular se encontra posterior ao átrio direito, quando o estimulo atinge esse nodo, há um atraso de cerca de 0,09 segundos. Esse atraso é importante para que haja contração e esvaziamento sanguíneo dos átrios antes da contração dos ventrículos. Outro fator que causa esse atraso da condução do estímulo para os ventrículos, é o fato de que quando o estimula sai do nodo atrioventricular, ele vai para os feixes penetrantes que causam atraso de cerca de 0,04 segundos. Todos esses atrasos são explicados pelos simples motivo de que há poucas junções comunicantes entre as células das vias de condução, o que leva a produzir obstáculos na velocidade dessa condução.
A condução do estímulo pelas fibras de Purkinje para os ventrículos é muito rápida, cerca de 1,5 a 4 m/s, isso vai permitir que haja uma transmissão quase instantânea pelo restante dos músculos dos ventrículos. Então, essa rápida transmissão dos potenciais de ação nas fibras de Purkinje, só é possível pela grande permeabilidade das junções comunicantes dos discos intercalados e também por possuir quase nada de miofibrilas. É importante destacar que os impulsos elétricos são conduzidos de forma unidirecional dos átrios para os ventrículos.
Depois de passar do tecido fibroso entre os átrios e os ventrículos o feixe atrioventricular se projeta para baixo, pelo septo interventricular por 5 a 15 milímetros em direção ao ápice cardíaco. Nesse local, o feixe se divide nos ramos direito e esquerdo passam pelo endocárdio. Cada ramo vai em direção ao ápice do coração dividindo-se em ramos cada vez menores. Esses ramos menores se dispersam lateralmente em torno dos ventrículos e voltam à base do coração. As extremidades finais das fibras de Purkinje adentram um pouco no miocárdio e, depois, ficam contínuas com as fibras musculares do coração. 
Ciclo cardíaco
DISCORRER SOBRE O FUNCIONAMENTO DO CICLO CARDÍACO:
É importante destacar algumas informações à respeito do ciclo cardíaco, sendo: 
· Ocorre entre um batimento e outro; 
· Cada ciclo se inicia pela geração de um potencial no nó sinusal, de forma espontânea; 
· Nó se encontra na parede lateral superior do átrio direito, próximo da abertura da veia cava superior;
· Impulso elétrico se propaga primeiramente para os átrios e depois para os ventrículos por meio do feixe A-V; 
· Ciclo dos átrios e dos ventrículos é defasado em 0,1sentre eles, para evitar interferência/sobreposição. 
Ainda, o ciclo cardíaco é composto pela sístole e pela diástole (contração e relaxamento, respectivamente), e o tempo do ciclo é função da frequência cardíaca. 
Abaixo, tem-se a descrição de todas as etapas do ciclo cardíaco: 
· O processo se inicia com a chegada do sangue nos átrios – 70% do sangue vai para os ventrículos de forma passiva, os outros 30% são empurrados através da contração atrial; 
· O enchimento dos ventrículos e o início da contração atrial, aumenta a pressão dentro do ventrículo e promove o fechamento das válvulas AV; 
· Para que haja a abertura das válvulas semilunares, a pressão ventricular deve ser maior do que a pressão de abertura das mesmas; 
· Antes da abertura das válvulas, há contração e não há alteração de volume, logo, esta fase é conhecida como contração isovolumétrica; 
· Quando a pressão supera a pressão das artérias, há a abertura das válvulas semilunares e a ejeção de sangue ocorre; 
· A ejeção do sangue nos ventrículos promove o abaixamento da pressão e consequente fechamento das valvas semilunares; 
· Após o fechamento das semilunares, inicia- se o relaxamento isovolumétrico; 
· Com o relaxamento dos ventrículos, a pressão diminui bastante e promove a abertura das válvulas AV, trazendo 80% do sangue de forma passiva e reiniciando o ciclo. O som emitido no coração é conhecido como bulha cardíaca, e ocorre devido ao fechamento das válvulas. Primeiro AV e posterior semilunares.
Débito cardíaco
ANALISAR O DÉBITO CARDÍACO E O RETORNO VENOSO:
Débito cardíaco é a quantidade de sangue que vai ser bombeado para a aorta pelo coração a cada minuto, sendo também a quantidade de sangue que flui pela circulação, além disso, é a soma do fluxo sanguíneo para todos os tecidos do corpo. 
O retorno venoso se caracteriza pela quantidade de sangue que flui das veias para o átrio direito a cada minuto, assim, ele e o débito cardíaco devem ser iguais um ao outro exceto por poucos batimentos cardíacos nos momentos em que o sangue é armazenado por um tempo ou removido do coração e dos pulmões.
O débito cardíaco varia conforme o nível de atividade do corpo, portanto, há alguns fatores que afetam diretamente o débito cardíaco: 
· O nível basal do metabolismo corporal; 
· Se a pessoa está praticando exercícios físicos; 
· Idade da pessoa; 
· As dimensões do corpo. 
Nos homens e jovens saudáveis o débito cardíaco em repouso se encontra em torno de 5,6 L/min, já nas mulheres, esse valor é aproximadamente 4,9 L/min. Observa-se que com o avanço da idade a atividade corporal e a massa de alguns tecidos como o músculo esquelético diminuem, assim, o débito cardíaco médio para o adulto quando ele está em repouso é de 5 L/min. 
O débito cardíaco é controlado pelo retorno venoso, ou seja, não é o próprio coração o principal controlador do débito cardíaco, são os fatores da circulação periférica que afetam o fluxo sanguíneo de retorno pelas veias para o coração que são os principais controladores. 
O retorno venoso ao coração é a soma de todos os fluxos sanguíneos locais por todos os segmentos teciduais individuais da circulação periférica, assim, a regulação do débito cardíaco é a soma de todas as regulações do fluxo sanguíneo local. 
Fatores que podem causar hiper eficácia do coração: 
· Estimulação nervosa: a combinação de estimulação simpática e inibição parassimpática aumenta a eficácia do bombeamento cardíaco porque causa o aumento acentuado da frequência cardíaca e o aumento da força de contração cardíaca; 
· Hipertrofia do músculo cardíaco: o aumento da carga faz com que o músculo cardíaco aumente sua massa e força contrátil, como também, o exercício intenso provoca hipertrofia do músculo esquelético. 
 Ao combinar a excitação nervosa com a hipertrofia, observa-se que o coração pode chegar a bombear até 30 a 40 L/min. 
Entretanto, há os fatores que podem causar hipoeficácia do coração: 
· Aumento da pressão arterial; 
· Inibição da excitação nervosa do coração; 
· Fatores patológicos que causem ritmo cardíaco anormal ou frequência anormal dos batimentos cardíacos; 
· Obstrução da artéria coronária, causando “ataque cardíaco”; 
· Valvopatias; 
· Cardiopatia congênita; 
· Miocardite, inflamação do músculo cardíaco; 
· Hipóxia cardíaca.
 
Regulação intrínseca e extrínseca
CONHECER A REGULAÇÃO INTRÍNSECA E EXTRÍNSECA DA ATIVIDADE CARDÍACA:
Mecanismo de regulação intrínseca: 
O mecanismo de regulação intrínseca, permite que o debito cardíaco aumente quando o retorno venoso também aumenta, e esse mecanismo é o Frank-Starling. 
O coração sem qualquer tipo de estimulo, quando há um estiramento das paredes musculares promovem uma contração naturalmente mais vigorosa, o que aumenta o volume sistólico e diastólico do ciclo. 
O mecanismo de Frank-Starling diz que, quanto maior o enchimento, maior é a ejeção, ou seja, nos limites fisiológicos o coração bombeia todo o sangue que a ele retorna pelas veias, pois o coração possui uma capacidade intrínseca de se adaptar a volumes crescentes de a fluxo sanguíneo. 
Mecanismo de regulação extrínseca: 
• Controle do Coração pela inervação simpática e parassimpática: 
A eficácia do bombeamento cardíaco é também controlada pelos nervos simpáticos e parassimpáticos (vagos) que inervam de forma abundante o coração. Para determinados níveis de pressão atrial, a quantidade de sangue bombeada a cada minuto com frequência pode ser aumentada por mais de 100% pelo estímulo simpático. E, por outro lado, o débito pode ser diminuído até zero, ou quase zero, por estímulo vagal (parassimpático).
• Mecanismos de excitação cardíaca pelos nervos simpáticos: 
Estímulos simpáticos potentes podem aumentar a frequência cardíaca em pessoas adultas jovens, desde seu valor normal de 70 bat/min até 180 a 200 e raramente até 250 bat/min. Além disso, estímulos simpáticos aumentam a força da contração cardíaca até o dobro da normal, aumentando desse modo o volume bombeado de sangue e elevando sua pressão de ejeção. 
Portanto, a estimulação simpática com frequência é capaz de aumentar o débito cardíaco até seu dobro ou triplo, além do aumento do débito originado pelo mecanismo de Frank-Starling. 
Por outro lado, a inibição dos nervos simpáticos pode diminuir moderadamente o bombeamento cardíaco: sob circunstâncias normais, as fibras nervosas simpáticas do coração têm descarga contínua, mas em baixa frequência suficiente para manter o bombeamento cerca de 30% acima do que seria sem a presença de estímulo simpático. 
Assim, quando a atividade do sistema nervoso simpático é deprimida até valores abaixo do normal, tanto a frequência cardíaca quanto a força de contração muscular ventricular diminuem, reduzindo assim, o bombeamento cardíaco.
• Estimulação parassimpática (vagal): 
A forte estimulação das fibras nervosas parassimpáticas dos nervos vagos do coração pode chegar a parar os batimentos por alguns segundos, mas então o coração usualmente escapa e volta a bater entre 20 e 40 vezes por minuto. Ainda mais, um estímulo vagal forte pode diminuir a força de contração miocárdica por 20% a 30%. 
As fibras vagais estão dispersas, em grande parte, pelos átrios e muito pouco nos ventrículos, onde realmente ocorre a geração da força de contração. Essa distribuição explica o porquê do fato da estimulação vagal ocorrer principalmente sobre a redução da frequência cardíaca e não diminuir de modo acentuado a força de contração.
Pa e pulso
DEFINIR PA SISTÓLICA, DIASTÓLICA E PULSO:
As medidas casuais da pressão arterial (PA) tem sido um dos principais avanços e tratamentos da hipertensão arterial e isso só foi possível devido a relação direta com a pressão sistólica e diastólica. 
A pressão sistólica é a fase que marca a contração do músculo cardíaco, quando o coração bombeia o sangue para os vasos sanguíneos. No adulto saudável, o valor normal que deve ser obtido é de 10 mmHg. Já a pressão diastólica o valor normal é de 80 mmHg. Já a pressão diastólica é a fase que irá marcar o relaxamento e isso faz com que o sangue entreno coração. Devido ao relaxamento, as câmaras cardíacas são preenchidas com sangue, esse que vem das veias pulmonares e das veias cavas. 
Na avaliação da PA de um hipertenso, o uso da monitorização da pressão arterial (MAPA), é indispensável, visto que avalia a pressão sistólica e diastólica de uma maneira mais detalhada, durante 24 horas e permite assim a avaliação dos valores que podem oscilar diminuir ou aumentar durante o dia e a noite. Portanto, é evidente que a pressão sistólica e diastólica é de suma importância para a caracterização de um diagnóstico de hipertensão ou doenças cardiovasculares, pois estão intimamente ligadas com a força que o sangue exerce na parede dos vasos. 
O pulso tem como conceito sendo a expansão e contração de uma artéria após a ejeção de um volume de sangue na aorta com a contração do ventrículo esquerdo. Com o envelhecimento, a pressão sistólica aumenta e a diastólica diminui, produzindo uma pressão de pulso alargada, decorrentes da rigidez arterial. Por isso, é de suma importância a análise dos três fatores, ou seja, da pressão sistólica, diastólica de pulso, visto que se forem atrelados determinam possíveis doenças hipertensivas ou cardiovasculares. 
É válido destacar que, a relação dos fatores de pressão arterial e avaliam a função ventricular esquerda, destacando que para haver a uma análise minuciosa em pacientes hipertensos, os médicos indicam que seja feita a comparação com os valores obtidos em consultório e no mapeamento da pressão arterial, feita em horas, quando se utiliza um aparelhos capaz de aferir a pressão sistólica e diastólica do paciente. 
Havendo alterações de valores significativos, ou seja, fora da anormalidade é possível determinar as possíveis causas que acarretaram as mudanças para os valores anormais da pressão sistólica e diastólica.
Fatores da pa e pulso
EXPLICAR OS FATORES QUE DETERMINAM A PA E O PULSO, BEM COMO OS MECANISMOS DE CONTROLE A CURTO E A LONGO PRAZO:
	
	A pressão arterial é a pressão do sangue que circula nas paredes das artérias, e possui cinco fatores determinantes sendo eles o débito cardíaco e energia da contração ventricular; quantidade de sangue circulante (volemia); qualidade do sangue e a viscosidade; elasticidade das artérias e energia de contração ventricular.
Em relação ao debito cardíaco como já mencionado, refere-se a quantidade de sangue que cada ventrículo vai ejetar na circulação pulmonar ou sistêmica por minuto. E essa é considerada uma relação básica juntamente com a resistência periférica total, em que a pressão arterial é igual ao debito cardíaco multiplicado pela resistência periférica total somando a pressão do átrio direito. 
É valido lembrar, também, que o os ventrículos, esquerdo e direito, em série possuem uma pequena diferença em seus valores de debito cardíaco, e que o debito cardíaco é responsável pelo transporte (entrada e saída) de substancias dos tecidos. 
Nos quesitos de qualidade e viscosidade, tem-se que a viscosidade é proporcional a intensidade do fluxo visto que quanto mais viscoso o sangue maior é a pressão necessária para fazer com que esse sangue realize a corrente de fluxo de maneira adequada. 
A volemia é a quantidade de sangue circulante, e é diretamente proporcional a pressão arterial, quando há um volume baixo de sangue seja por hemorragia ou desidratação a pressão vai diminuir porque o volume de sangue circulante é menor do que o considerado normal/adequado.
 A energia de contração ventricular é proporcional ao comprimento inicial da fibra do músculo cardíaco, nesse quesito podemos relacionar então que está ligado a parte anatômica que varia de pessoa para pessoa. 
Por fim, a elasticidade das artérias, essas possuem grande quantidade de fibras elásticas, e isso ajuda no que se diz respeito da energia cinética. Porque quando o sangue é impulsionado na sístole para a artéria aorta parte da energia desse impulso é absorvida pelas paredes desses vasos e é isso que faz com o fluxo sanguíneo funcione. Quando essa elasticidade diminui acontece o aumento da pressão arterial sistólica, já que esse vaso não vai conseguir absorver a energia do impacto de maneira adequada (ocorre geralmente em idosos). 
O pulso é o limite palpável do fluxo sanguíneo e envolve quantidade de sangue no organismo. Há três fatores que determinam o pulso, sendo eles o gênero, a temperatura e a faixa etária. 
No quesito gênero os indivíduos do sexo feminino possuem um pulso mais elevado que os indivíduos do sexo masculino pois tecnicamente o tamanho anatômico do coração de uma pessoa do sexo feminino é menor e por isso seria necessário um pouco mais de esforço.
No caso da temperatura podemos relacionar com as reações hormonais já que estas dependem das reações enzimáticas. As enzimas sofrem alterações de acordo com a temperatura por exemplo se o indivíduo estiver com febre tem se o risco de desnaturação das enzimas pela alta temperatura e se o indivíduo estiver hipotérmico tem se o risco da parada de funcionamento das enzimas pela baixa temperatura. 
Em relação a faixa etária relaciona-se, pois, os idosos geralmente tem uma menor capacidade cardíaca (insuficiência cardíaca), e isso faz com que ocorra uma disfunção ventricular, o debito cardíaco diminui e a pressão aumenta.
Funções cardíacas
ESTUDAR O AJUSTE DAS FUNÇÕES CARDÍACAS RELACIONADAS AOS HÁBITOS E CONDUÇÃO DA VIDA:
Na redução de risco de doenças cardiovasculares, é de suma importância a mudança dos hábitos de vida. Quando se pratica atividades físicas constantemente, aliado à alimentação saudável com uma rotina menos estressante, focada no bem estar social, influenciam de maneira positiva no funcionamento do sistema cardíaco. 
Entretanto esse estilo de vida não é comum na maioria das pessoas. As doenças cardiovasculares contabilizam a maior causa de morte no mundo. Elas são classificadas por fatores de risco modificáveis e não modificáveis. 
A obesidade (aumento do colesterol, alterações estruturais e funcionais que levam a arritmia cardíaca), o sedentarismo, o tabagismo (aumento de toxinas no organismo), a diabetes (hiperglicemia, aumento da reabsorção de Na+ quem ocasiona o aumento da pressão arterial), a hipertensão, estresse diário, a desregulação do ciclo circadiano e uma dieta pobre em proteína (carência de vitamina B12) são fatores de risco modificáveis. 
Em contrapartida, os fatores não modificáveis são a idade, genética e o sexo.
	
Atividade física
REFLETIR O EFEITO DA ATIVIDADE FÍSICA NA SAÚDE DA POPULAÇÃO IDOSA:
O envelhecimento é um processo natural, gradual e irreversível que marca a perda progressiva da função do organismo, caracterizada pelas diminuições da capacidade de se movimentar, das capacidades das funções do sistema respiratório e do circulatório, como também maior vulnerabilidade a doenças psicológicas.
Além disso, observa-se que nos idosos as principais doenças encontradas são: hipertensão arterial, artrite, doenças do coração e diabetes. Por mais que não são fatais, essas doenças podem comprometer substancialmente a vida desses idosos. Pensando nisso, é de total consideração refletir sobre a pratica de atividade física na saúde dos idosos a fim de amenizar essas enfermidades. 
Para a Organização Mundial da Saúde (OMS) um dos elementos mais importantes para se ter uma boa saúde é o bom estilo de vida que uma pessoa leva, dentro desse estilo de vida adequado está a pratica de atividades físicas. Essa prática é responsável pela promoção da saúde e também por redução dos fatores de riscos. 
A atividade física é qualquer movimento corporal planejado e repetitivo, que estimula o gasto energético e que objetiva a melhoria e a manutenção de, no mínimo, um componente da aptidão física. Observam-se mudanças adversas na prática continua de atividades físicas, como: redução de doenças do coração, AVC, prevenção e redução da hipertensão arterial, evita o ganho de peso, reduz o estresse, ansiedade e depressão, entre vários outros benefícios. 
Lembrando que uma pessoa é tida como sedentária quando seu gasto energético inferior a 500Kcalpor semana. Gasto energético envolve o trabalho, lazer, atividades domésticas e locomoção. 
Nos idosos os principais benefícios de uma prática ativa envolvem âmbitos biológicos, psicológico e social. Exemplos disso é o aumento da capacidade aeróbica, aumento da massa muscular, redução da taxa de mortalidade total, prevenção de doenças coronarianas, melhora no perfil lipídico, prevenção/controle da diabetes tipo II e da hipertensão arterial, redução de acidente vascular cerebral, melhora no humor, autoestima e qualidade de vida entre outros benefícios.
A atividade física pode ser dividida em laboral (que envolve atividades relacionadas ao trabalho), atividades domésticas (pode ser lavar, jardinagem...), deslocamento ativo (como caminhadas, andar a pé ou de bicicleta) e de lazer (que envolve exercícios físicos). 
 É recomendável que o início do programa de atividade física para os idosos seja de baixo impacto e intensidade, de fácil realização e de curta duração. Recomenda-se, também, a prática de aeróbicos, exercícios de força e resistência, flexibilidade e equilíbrio.
Gestão
NA ÁREA DA GESTÃO, DISCUTIR A IMPORTÂNCIA DA VISITA DOMICILIAR, DA REFERÊNCIA E CONTRA REFERÊNCIA PELA ATENÇÃO PRIMÁRIA INTEGRADA AOS DEMAIS PONTOS DE ATENÇÃO DA REDE:
O sistema referência e contra referência é uma rede que integra desde a atenção básica até os níveis mais complexos de cuidados, de modo que o paciente sempre estará bem orientado e acompanhado de algum profissional, seja durante atendimentos clínicos, tratamentos ou consultas de rotina periódicas. 
Desse modo, é importante notar que o sistema de referência tem níveis de atenção, sendo dividido em primário que conta com os com agentes comunitários da saúde (ACS), Unidade Básica de Saúde (UBS), Equipe de Saúde da Família (ESF) e o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF). Enquanto o nível de atenção secundário conta com serviços especializados em nível ambulatorial e hospitalar, com densidade tecnológica intermediária. Já o nível de atenção terciário, possui um conjunto de terapias e procedimentos de elevada especialização. 
O sistema de referência se torna importante na medida em que seu trabalho se inicia com os agentes comunitários da saúde (ACS), que fazem o cadastro no sus e o atendimento domiciliar em regiões determinadas (UBS) local, para os órgãos superiores poderem fazer um mapa epidemiológico detalhado e a unidade de saúde do bairro já saber com quais mazelas estarão lidando de acordo com cada paciente, encaminhando, assim, cada um deles para uma unidade que melhor vai atender cada um deles, seja a UBS, ESF ou o NASF. 
Nesse sentido, já em alguma unidade de atendimento primário o paciente será examinado e de acordo com a gravidade de seu enfermo poderá ser encaminhado, por meio de um sistema integrado e universal, para alguma unidade que o atenda de forma mais especifica e com afinco, lembrando sempre, que pelo sistema ser em formato de rede o paciente sempre terá sua ficha pessoal e do enfermo atual acompanhado de si. 
Em contrapartida, o sistema de contrarreferência se torna essencial na medida que assume o papel fundamental no tratamento dos pacientes que saem níveis de atenção mais complexos são tratados e requerem cuidados periódicos, de forma a garantir a integralidade da assistência a população, tendo em vista que o tratamento poderá continuar em unidades secundárias e primárias, devida a recomendação médica. Portanto, o sistema irá garantir um fluxo ordenado, integral e equitativo em ambos os sentidos.

Continue navegando