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Alunas: Amanda Baldon Eduarda Andrade Helena Cristina Brito de Almeida Mendonça Maria Eduarda Bravo ROTEIRO DE PALPAÇÃO DA COLUNA TORÁCICA Belo Horizonte 2020 ROTEIRO PARA PALPAÇÃO DA COLUNA TORÁCICA As vértebras da coluna torácica são ao todo 12 e têm como característica as facetas laterais, para que assim possam se articular com as costelas. Em decúbito dorsal os processos espinhosos das vértebras da coluna torácica caracterizam-se mais horizontalizados e mais curtos, a medida em que a palpação desce de forma vertical na coluna dorsal, estes se tornam mais verticalizados além de maiores. Com o paciente em pé o fisioterapeuta deve analisar a relação das escápulas com os processos espinhosos, dessa forma é possível identificar de maneira mais assertiva as vértebras torácicas. A palpação das vértebras deve ser feita de duas formas, inicialmente ao seu centro, palpando o processo espinhoso, e assim, após apalpado, deve-se seguir 2 centímetros para as laterais, ou dois dedos lateralmente, para, por fim, palpar o processo transverso da vértebra. Os processos transversos são mais difíceis de palpar por serem mais profundos e situados abaixo da musculatura paravertebral, por isso deve-se afundar os dedos para conseguir localizá-los. A contagem dos processos espinhosos da coluna torácica começa a partir da C7, e deve ocorrer a palpação global dos processos espinhosos de T1 a T12, palpação dos processos transversos, palpação da própria vértebra, o tórax/esterno, onde está situada a incisura jugular, manúbrio do esterno e ângulo de Louis além também do corpo do esterno e processo xifóide. PALPAÇÃO DA T1 E T2: Para iniciar a palpação da coluna torácica e conseguirmos encontrar e palpar a T1, devemos inicialmente encontrar a vértebra cervical C7, posicionar um dedo sobre ela e um dedo na vértebra abaixo, solicitando que o paciente faça uma flexão de cabeça, é possível perceber a vértebra móvel (C7) e a vértebra imóvel, caracterizada como a vértebra T1. Já a vértebra T2 pode ser encontrada de forma menos complexa, já que esta se encontra no mesmo nível do ângulo superior da escápula, para realizar a palpação deve-se encontrar a espinha da escápula, direita e esquerda, e apalpando com o polegar em direção superior encontrar o ângulo superior da escápula, uma distância de mais ou menos dois centímetros. O ângulo superior da escápula está na altura da segunda vértebra torácica (T2), formando uma linha reta que passa pelo ângulo superior esquerdo, T2 e ângulo superior direito da escápula. Caso não esteja alinhado e com o ângulo superior mais abaixo que T2, pode-se concluir que o paciente em questão tem fraqueza ou encurtamento muscular em um dos ombros. Para conseguir palpar os processos transversos e espinhosos o paciente deve estar em decúbito dorsal com o pescoço em posição neutra. Ao encontrar os primeiros três processos espinhosos (T1, T2 e T3), deve-se palpar com o dedo médio e indicador, com uma distância de 1,5 até 2 centímetros do processo espinhoso, localizando os processos transversos. Na torácica alta (T1, T2 e T3), os processos transversos estão alinhados com os processos espinhosos. PALPAÇÃO DA T3 A T11: A partir da T3 torna-se mais fácil palpar o restante da coluna torácica até nível de T11, já que é somente necessário seguir a palpação em sentido vertical e dessa forma, de vértebra em vértebra, chegar até a vértebra T11. Contudo, no nível do ângulo inferior da escápula encontra-se, possivelmente, as vértebras de T7 a T9, já que a posição dessas vértebras, quando comparadas ao nível do ângulo inferior da escápula, varía entre pacientes, já que estes apresentam escápulas com tamanhos distintos. Em T11 o processo transverso está dois centímetros ao lado e um centímetro acima do processo espinhoso. Na altura de T4, T5 e T6 pode-se palpar e perceber que os processos transversos estão acima dos espinhosos, em torno de um centímetro, isso ocorre porque o processo espinhoso começa a aumentar e ficar mais verticalizado. Já na altura de T7 até a T10 os processos transversos estão localizados dois centímetros ao lado e acima dos processos espinhosos. PALPAÇÃO DA T12: A palpação da T12 diferencia-se pelo fato de que, para apalpá-la, é necessário localizar as costelas flutuantes, pois a vértebra T12 se articula diretamente a elas. Seguindo o entorno do 12º par de costelas, subindo gradativamente de acordo com o segmento das mesmas e palpando em direção à coluna dorsal, é possível discernir e diferenciar a T12 das demais juntamente a seu processo espinhoso. Palpando lateralmente 2 centímetros (ou 2 dedos), é possível palpar o processo transverso da T12, dessa forma, dando fim a palpação da coluna torácica. ROTEIRO PARA PALPAÇÃO DO TÓRAX PALPAÇÃO DO ESTERNO: O osso esterno é o osso no qual se localiza de forma mais centralizada na região torácica, para sua correta palpação é preciso reconhecer suas distintas partes: manúbrio, corpo do esterno e processo xifóide. A técnica utilizada para a palpação do esterno pode se apresentar de diferentes formas, com o paciente em decúbito dorsal, sentado ou de pé. Para o início da palpação do esterno, o profissional deve encontrar a incisura jugular, e para conseguir chegar na estrutura descrita, deve usar como referência a extremidade esternal da clavícula e ir, aos poucos, movendo o dedo em direção medial até que se depare com uma depressão ou concavidade, sendo esta a incisura jugular. PALPAÇÃO DO MANÚBRIO: O manúbrio se localiza um pouco abaixo e de forma central à incisura jugular, portanto, para palpa-lo, o profissional deve, somente, ir deslocando os dedos e dessa forma encontrará o mesmo. Para palpação do manúbrio de forma mais facilitada, o profissional deve somente se preocupar em colocar de 3 a 4 dedos de forma transversal logo abaixo da incisura jugular e encontrará o manúbrio logo ali, quando a palpação é continuada nesse mesmo sentido, o profissional irá se deparar com um sulco ou até mesmo uma saliência, esta no qual denominamos ângulo de Louis, ou ângulo do esterno, o que corresponde entre as duas primeiras partes que compõem o esterno, o manúbrio e o corpo. PALPAÇÃO DO CORPO DO ESTERNO: Entre o ângulo do esterno e o processo xifóide, sente-se o corpo do esterno, portanto, seguindo o ângulo de Louis, o profissional deverá posicionar de 3 a 4 dedos de forma longitudinal para que assim possa conseguir determinar o corpo do esterno. PALPAÇÃO DO PROCESSO XIFÓIDE: O processo Xifóide é localizado na extremidade inferior do corpo do esterno e possui uma leve dificuldade na hora da palpação. Para a palpação, o profissional deve seguir verticalmente para baixo até que se depare com uma estrutura encurtada em comparação ao corpo do esterno, ou uma leve depressão, essa estrutura em questão é o processo xifóide. ROTEIRO PARA PALPAÇÃO DAS COSTELAS Além da presença do esterno na caixa torácica, também temos como composição as costelas, que ao todo somam 12 pares. Como dito anteriormente, as vértebras torácicas se articulam diretamente com as costelas e por isso elas possuem facetas laterais, portanto as costelas se posicionam tanto de forma posterior quanto de forma anterior na extensão do tórax. De 12 pares de costelas, somente os 7 primeiros se configuram como costelas verdadeiras, e essa denominação se dá pelo fato de que esses 7 primeiros pares são os que articulam diretamente com as vértebras da coluna torácica. Os pares 8, 9 e 10 se juntam à cartilagem costal localizada superiormente e não às vértebras torácicas e por isso são denominados costelas falsas, bem como os pares 11 e 12, que além de não se fixarem ao esterno, seja de forma direta ou indireta, são denominados costelas flutuantes. PALPAÇÃO DO 1º PAR DE COSTELAS: Paciente pode estar em decúbito dorsal, o profissional posiciona os dedos na clavícula de forma lateral do músculo esternocleidomastoideo. Essa palpação deve ser aprofundada até chegar a resistência óssea (face cranial da primeira costela). O profissional deve pedir para que o paciente inspire profundamente para avaliar a elevaçãoda primeira costela durante o movimento para que tenha certeza da posição e análise correta da palpação. PALPAÇÃO DO 2º PARES DE COSTELAS: Nesse caso, o paciente pode estar em decúbito dorsal, o profissional desloca o dedo lateralmente após identificar o ângulo de Louis, para palpar a parte cartilaginosa da segunda costela, e então segue de forma lateral até encontrar o corpo dessa costela. PALPAÇÃO DO 3º AO 10º PARES DE COSTELAS: Para palpar a terceira costela até a décima, o paciente deve estar em decúbito dorsal. Após palpar e localizar a segunda costela, o profissional deve palpar em direção inferior e sentido vertical para baixo para conseguir identificar duas diferentes incisuras, dessas na qual a primeira equivale aos pares 7 e 8, e a segunda equivale aos pares 9 e 10. PALPAÇÃO DO 11º e 12º PARES DE COSTELAS: A palpação dos últimos pares de costela pode ser até de forma mais facilitada, já que em alguns pacientes estas podem se apresentar menos extensas do que as demais costelas. O paciente deve estar em decúbito ventral e o profissional deve encontrar a décima segunda costela, deslocando então até que o décimo primeiro e décimo segundo par sejam localizados, já que estes são alinhados com o ápice da crista ilíaca.
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