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ESTRUTURA FÍSICA, RECURSOS MATERIAIS E HUMANOS EM UNIDADE CLÍNICA Profª Mª Yasna Godoy 2021/2 • O termo Hospital tem sua origem no Latim – hospitale, adjetivo derivado de hospes (hóspede, viajante, estrangeiro), significando aquele que dá o agasalho ou que hospeda. • Entretanto, nos primórdios da era cristã, a terminologia mais utilizada relacionava-se com o grego latinizado, salientando-se: Nosodochium: lugar para receber doentes. Hospitais: histórico Função: prestar assistência, espiritual, aos pobres e separar os indivíduos tidos como perigosos (loucos, prostitutas e doentes) da população considerada sadia. Isolamento do doente ou na simples espera de sua morte. Hospitais Medievais Incêndio Hotel-Dieu (Paris) Dr. Tenon- estrutura hospitalar horizontal pavilhões (melhora iluminação e ventilação) 1772- Incêndio Hotel-Dieu (Paris) 2500 doentes Imagens: https://repositorioaberto.up.pt/bitstream/10216/75342/3/28035.pdf Arquitetura Hospitalar https://parisinimages.wordpress.com/2013/10/25/hotel-dieu-de-paris/; Autoria Jacques-Etienne Thierry; Data: 1808 Arquitetura Hospitalar Hotel-Dieu (Paris) Com a adoção da forma pavilhonar, que permitia a ventilação cruzada e uma excelente iluminação natural. Dr. Tenon acreditava ter resolvido o que era considerado o maior produtor da insalubridade nos hospitais: a estagnação do ar e a umidade. Arquitetura da construção permitia a entrada de luz e ar fresco. Hospitais pavilhonares Hospital Lariboisiére, 1848 França Imagens: https://repositorioaberto.up.pt/bitstream/10216/75342/3/28035.pdf Arquitetura Hospitalar Florence considerou a arquitetura como responsável pela baixa taxa de mortalidade do lugar, por permitir a dispersão dos “miasmas” e do “ar nocivo”. Hospital Lariboisiére, 1848 França Florence Nightingale- modelo biomédico Guerra da Criméia (1853-1856) Imagens: https://repositorioaberto.up.pt/bitstream/10216/75342/3/28035.pdf Arquitetura Hospitalar http://www.thehistoryblog.com/wp-content/uploads/2013/02/Florence-Nightingale-1856-in-Crimea.jpg Durante a guerra militar a assistência hospitalar não demonstrava eficiência, as doenças infecto-contagiosas cresciam devido a falta de pessoas preparadas para oferecer o cuidado necessário. Arquitetura Hospitalar O padrão da enfermaria fixava um número máximo de pacientes por compartimento, além de estabelecer condições de ventilação e separação entre camas Enfermaria Nightingale Condições ambientais que ajudassem na recuperação dos pacientes. Imagens: https://repositorioaberto.up.pt/bitstream/10216/75342/3/28035.pdf Arquitetura Hospitalar A arquitetura em pavilhões múltiplos facilitam o desenvolvimento das construções e a integração com o seu espaço de instalação, possibilitando a criação de hospitais do tamanho de quarteirões, e de implantações assemelhadas a pequenas cidades- jardim Hospital Geral de Eppendorf, em Hamburgo, erguido entre 1884 e 1888, com mais de 60 edifícios individuais Imagem: https://repositorioaberto.up.pt/bitstream/10216/75342/3/28035.pdf 1860- Luis Pasteur revoluciona a concepção da transmissão dos germes Projetos hospitalares, isolando as patologias e os doentes em pavilhões específicos Pavilhões descentralizados Arquitetura Hospitalar O avanço rápido da industrialização e da urbanização alterou a vida e o meio envolvente dos cidadãos, entre 1890 e 1980, aumentou, a esperança média de vida dos 46 para os 76 anos. Final do século XIX - Os serviços tradicionais de cirurgia e medicina interna são expandidos para incluírem novas subdisciplinas clínicas, como oftalmologia, ortopedia, pediatria, dermatologia, pneumologia, como serviços independentes, devido ao surgimento de novos campos de ação e métodos cirúrgicos para o tratamento de doenças infeciosas. Arquitetura Hospitalar capacidade para 1000 camas Hospital Beaujon, em Paris Imagens: https://repositorioaberto.up.pt/bitstream/10216/75342/3/28035.pdf Século XX instituições hospitalares sofreram incorporação de tecnologia levando ao aumento de espaço necessário para albergar instalações adicionais de diagnóstico e tratamento, de medicina laboratorial, bem como de tecnologia biomédica. • Elevadores • Circulações otimizadas, • Emprego de sistemas de ventilação mecânica • Surge o hospital monobloco. • Centralização • Dec. 20 na Europa, inicia-se a substituição das enfermarias “Nightingale” por quartos. Arquitetura Hospitalar O planejamento do espaço físico hospitalar traz grandes benefícios para a instituição: • melhor aproveitamento dos espaços desonera gastos desnecessários; • auxilia o processo de cura do paciente- humanização; • evita disseminação de doenças infecto-contagiosas. Arquitetura Hospitalar Hospitais contemporâ -neos na Europa 1772- Incêndio Hotel-Dieu (Paris) Dr. Tenon- estrutura hospitalar horizontal pavilhões (melhora iluminação e ventilação) Guerra da Criméia (1853-1856) 1860, Luis Pasteur revoluciona a concepção da transmissão dos germes. Projetos hospitalares, isolando as patologias e os doentes em pavilhões específicos XX instituições hospitalares sofreram incorporação de tecnologia Arquitetura Hospitalar O planejamento é realizado de forma pró ativa, ou seja, precisa ser construído já pensando em seu funcionamento e nos objetivos a serem alcançados. A estrutura física de uma clínica de saúde depende das especialidades atendidas na clínica, expectativas de mercado quanto ao tamanho da população, estudos epidemiológicos que caracterizam as atividades a serem desenvolvidas pela clínica, demanda esperada, entre outros. Arquitetura Hospitalar Para a classificação dos hospitais, utilizam-se como parâmetros de do Ministério da Saúde: • Função: •Geral •Especialidade • Gestão: •Público •Privado (filantrópico sem fins lucrativos, filantrópicos com fins lucrativos ou não filantrópicos) •Conveniado • Porte: •Pequeno (até 50 leitos) •Médio porte (entre 51 e 150 leitos) •Grande porte (entre 151 a 500 leitos) •Especial (acima de 500 leitos) Classificação dos Hospitais Classificação dos Hospitais Edificação • Hospital pavilhonar: é o hospital cujos serviços se apresentam distribuído por edificações isoladas de pequeno porte, podendo ou não estar interligadas. • Hospital multibloco: é o hospital cujos serviço encontram-se distribuídos por edificações de médio ou grande porte, que podem ou não estar interligadas. Classificação dos Hospitais Classificação indicadas pelo anteprojeto da Lei Orgânica referida aos hospitais pelo nível de competência (nível de serviços médicos) Hospital primário: profilaxia, prevenção, clínica básica. Hospital secundário: básico, sem recursos avançados. Hospital terciário: nível tecnológico desenvolvido. Nos últimos anos os hospitais vêm sofrendo algumas alterações que buscam o progresso das instalações e o aumento da eficiência dos serviços para que assim se encaixe no programa da qualidade. O enfermeiro precisa ficar atento à necessidade de mudanças realiza quase que integralmente o diagnóstico situacional da instituição, participa diretamente do planejamento e estruturação do espaço físico hospitalar para um melhor aproveitamento dos espaços. Entende-se como recurso físico toda a estrutura predial necessária para execução das atividades de saúde. Recurso Físico Normas para projetos físicos de Estabelecimentos Assistências de Saúde (EAS) O planejamento envolve um estudo do espaço, das atividades exercidas no ambiente e dos equipamentos básicos de cada setor/sala da unidade hospitalar, visando um atendimento de qualidade, respeitando as normas estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), do Ministério da Saúde, e das Secretarias Estaduais e Municipais da saúde. ANVISA: Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) Outras normas a serem observadas: •NBR Norma Geral de DesenhoTécnico; •Disposições da ABNT; •Códigos, leis e normas federais; estaduais e municipais RDC 50/2002 Dispõe sobre o regulamento técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de Estabelecimentos assistenciais de saúde (EAS) RDC ANVISA 307/02 Altera a Resolução - RDC nº 50 de 21 de fevereiro de 2002 que dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. RDC ANVISA 189/03 Dispõe sobre a regulamentação dos procedimentos de análise, avaliação e aprovação dos projetos físicos de estabelecimentos de saúde no Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, altera o Regulamento Técnico aprovado pela RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002 e dá outras providências. RDC Nº 51, DE 6 DE OUTUBRO DE 2010 Dispõe sobre os requisitos mínimos para a análise, avaliação e aprovação dos projetos físicos de estabelecimentos de saúde no Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) e dá outras providências. Unidade de Enfermagem ou Unidade de Internação Conjunto de elementos destinados à acomodação de pacientes internados (por um período igual ou superior a 24 horas) e que englobam facilidades adequadas à prestação de cuidados necessários a um bom atendimento. Unidade de Internação Atividades: • proporcionar condições de internar pacientes, em ambientes individuais ou coletivos, conforme faixa etária, patologia, sexo e intensividade de cuidados; • executar e registrar a assistência médica diária; • executar e registrar a assistência de enfermagem, administrando as diferentes intervenções sobre o paciente; • prestar assistência nutricional e distribuir alimentação a pacientes e a acompanhantes (quando for o caso); • prestar assistência psicológica e social e de terapia ocupacional; Características físicas/ Elementos que compõem uma unidade de internação geral: • Clínica médica e clínica cirúrgica • Posto de enfermagem • Sala de serviço • Sala de chefia da unidade • Sala de exames e curativo • Deposito de material sujo • Copa • Rouparia • Depósito de materiais e equipamentos • Sanitários Unidade de Internação Localização: • Deve ser localizada em área de fácil acesso, próximo a elevadores e rampas. Afastado de fontes emissoras de ruídos, poluentes, etc; • Vias de acesso (ruas, transporte coletivo, transporte aéreo); • Local com possibilidade de ampliação futura; • Acesso aos serviços de apoio: Unidade de Internação Centro cirúrgico; Imagenologia; Métodos gráficos; Medicina nuclear; Patologia clínica; Nutrição e dietética; Processamento de roupa; Farmácia. Planta Física: A planta física de uma unidade clínica médica deve proporcionar um ambiente tranqüilo e agradável, fácil acesso, conforto, uma boa iluminação e ventilação, meios de comunicação como campainhas, espaço suficiente para a mobilização do paciente e funcionários. Corredores: • Deve conter em uma das laterais corrimão, que pode ser usado como “bate-maca”; em ao menos uma parede a uma altura de 80 a 92 cm do piso • Destinados a circulação de pessoas 1,2 m, se para cadeirantes ou macas 2,0m; • Circulação de pessoas/equipamentos 2,0 m; • Desníveis acima de 1,5 cm devem conter rampas; Unidade de Internação Corredores: • Não pode ser utilizados como área de estacionamento de carrinhos. • Não deve conter bebedouros, telefones públicos, bancos/cadeiras, hidrantes e/ou extintores (exceto se maiores que 2 m) Unidade de Internação Janelas: • Devem permitir a circulação de ar e entrada de luz natural; • Confeccionadas em material lavável e resistente (alumínio); Unidade de Internação • Não deve ser utilizado cortinas; • Em ambientes de circulação restrita não devem abrir; • O vidro deve ser posicionado na face interna da parede; • Ambientes que possam expor a privacidade, devem ser, no mínimo: 1.8m acima do piso; • Conter tela (plástica) Paredes: • Lisas; • Tinta lavável; • Cores claras; • Junções parede/parede, parede/teto e parede/piso devem ser arredondadas; • Não devem ser afixados cartazes, diretamente sobre a pintura; Unidade de Internação Portas: • Portas de acesso a pacientes, têm de ter dimensões mínimas de 0,80 x 2,10 m; • Portas utilizadas para a passagem de macas e camas devem ter dimensões mínimas de 1,10 x 2,10 m; Unidade de Internação • Material lavável; • Maçanetas do tipo alavanca; facilidade de abertura em caso de emergência e barra horizontal a 90 cm do piso; • Portas de correr não devem ser embutidas. Banheiros: • Para o público sanitário masculino e feminino; • Uma das bacias deve ser adaptada ao uso de portador de necessidades especiais; • Portas devem abrir para o lado de fora. Unidade de Internação PISO: • Cores que facilitem a identificação de sujidades; • Antiderrapante; • Sem rejuntes; • Resistente a umidade e impacto; • Condutor de eletricidade; • Rodapé embutido Unidade de Internação UNIDADE / AMBIENTE DIMENSIONAMENTO INSTALAÇÕES Internação geral Quantificação (min.) Dimensão(min.) Posto de enfermagem 1 posto a cada 30 leitos 6,0 m² Água fria Sala de serviço Cada posto deve ser servido por ao menos 1 sala. 8,0 m² Água fria Sala de exames e curativos 1 a cada 30 leitos 7,5 m² Água fria ; Ar comprimido ; Elétrica de emergência Área para prescrição médica 2,0 m² Continuação UNIDADE / AMBIENTE DIMENSIONAMENTO INSTALAÇÕES Internação geral Quantificação (min.) Dimensão(min.) Quarto de adulto/ enfermaria A cada 30 leitos tem de existir 1 quarto para isolamento 10,0m² = quarto de 1 leito 7,0m² por leito = quarto de 2 leitos 6,0m²por leito = enfermaria de 3 a 6 leitos (*6 nº máximo) Distância entre leitos paralelos = 1m Distância entre leito e paredes =cabeceira = inexistente; pé do leito = 1,5m; lateral = 0,5m Água fria; Água quente; Oxigênio; Ar comprimido; Elétrica de emergência; Elétrica diferenciada Área de recreação / lazer / refeitório 1 a cada un. de Psiq. e crônicos 1,2m² por paciente em condições de exercer atividades recreativas / lazer Atividade Em grupo: Fazer uma planta básica de uma unidade de internação contendo os itens da RDC RECURSOS HUMANOS RECURSOS HUMANOS A equipe de enfermagem é constituída por enfermeiro, técnico de enfermagem e auxiliar de enfermagem. Para atender ás necessidades das unidades torna-se necessário identificar as funções e responsabilidades de cada membro da equipe. Unidade de Internação Perfil Função : Enfermeiro – Assistencial Planejar, organizar, coordenar, executar e avaliar o processo e os serviços de assistência de enfermagem; Planejar, organizar, coordenar e avaliar as atividades técnicas e auxiliares de enfermagem nas unidades assistenciais; Elaborar, executar e participar dos eventos de capacitação da equipe de enfermagem; Implementar ações para a promoção da saúde; Participar da elaboração e execução de planos assistenciais de saúde do idoso, do adulto, do adolescente, da mulher e da criança nos âmbitos hospitalar e ambulatorial; Prestar assistência direta aos pacientes de maior complexidade técnica, graves com risco de morte e/ou que exijam conhecimentos de base científica e capacidade de tomar decisões imediatas; Participar e atuar nos programas de prevenção e controle sistemático de infecção hospitalar; Realizar e participar da prevenção e controle sistemático de danos que possam ser causadas aos pacientes durante a assistência de enfermagem; Participar de projetos de construção ou reforma de unidades assistenciais; Unidade de Internação Perfil Função : Técnico De Enfermagem Assistir ao Enfermeiro no planejamento, programação e orientação das atividades de enfermagem, na prestação de cuidados diretos de enfermagem em estado grave, na prevenção e no controle sistemático da infecção hospitalar, na prevenção e controle de danos físicos que possam ser causados apacientes durante a assistência de saúde; Executar atividades de assistência de enfermagem na saúde do idoso, do adulto, da mulher, do adolescente, da criança e do recém-nascido, excetuadas as privativas do Enfermeiro; Prestar cuidados de enfermagem pré e pós operatórios; Organizar o ambiente de trabalho e dar continuidade aos plantões; Trabalhar em conformidade às boas práticas, normas e procedimentos de biossegurança; Realizar demais atividades inerentes ao emprego. Unidade de Internação Recursos Humanos A Resolução COFEN nº 543/17, atualiza e estabelece parâmetros para o Dimensionamento do Quadro de Profissionais de Enfermagem nos serviços/locais em que são realizadas atividades de enfermagem. Os parâmetros representam normas técnicas mínimas e constituem-se em referências que orientam os gestores e gerentes das instituições de saúde: – no planejamento e programação das ações de saúde; – na priorização das ações a serem desenvolvidas. Unidade de Internação Aspectos que condicionam o dimensionamento de pessoal de enfermagem • Características relativas da Instituição/empresa: Missão, porte, estrutura organizacional e física, tipos de serviços e/ou programas, tecnologia e complexidade dos serviços e/ou programas, política de pessoal, de recursos materiais e financeiros, atribuições e competências dos integrantes dos diferentes serviços e indicadores hospitalares do Ministério da Saúde. Unidade de Internação ASPECTOS TÉCNICO ADMINISTRATIVOS DO SERVIÇO DE ENFERMAGEM • Dinâmica de funcionamento das unidades nos diferentes turnos; • Modelo gerencial; modelo assistencial; • Métodos de trabalho; • Jornada de trabalho; • Índice de segurança técnica (IST); • Taxa de absenteísmo (TA); • Proporção de profissionais de enfermagem de nível superior e de nível médio; • Indicadores de avaliação da qualidade da assistência. Unidade de Internação Aspectos que condicionam o dimensionamento de pessoal de enfermagem Relativos ao Serviço de Enfermagem: • Fundamentação legal do exercício profissional (LEI nº 7498/86 e Decreto nº 94.406/87) • Código de Ética dos profissionais de Enfermagem, Resoluções COFEN e Decisões CORENs Dimensionamento pessoal Leis Trabalhistas: • O funcionário pode trabalhar até 8 horas diárias e 44 horas semanais; • A jornada de trabalho pode chegar, no máximo, até 12 horas diárias; • O funcionário tem o direito a, no mínimo, uma folga semanal remunerada e preferencialmente no domingo, exceto em atividade que exija trabalho aos domingos;Neste caso, o funcionário tem direito a, pelo menos 1 domingo a cada 7 semanas; • O trabalho noturno compreende das 22h às 5h; A hora noturna equivale a 52 min e 30 seg (7h noturnas = 8 h diurnas); Unidade de Internação Leis Trabalhistas: • Para trabalhos com mais de 4h até 6h é obrigatório intervalo de 15 min; • Os intervalos de descanso não são computados na jornada de trabalho; • É obrigatório intervalo de, no mínimo, 1h e no máximo, 2h para repouso de alimentação em trabalho contínuo que exceda 6 h; • A mulher tem direito, durante a jornada de trabalho, a dois descansos especiais, de meia hora cada um para amamentar o próprio filho, até que este complete seis meses de idade. Esse tempo pode ser dilatado a critério da autoridade competente, quando a saúde do filho exigir. Unidade de Internação Aspectos que condicionam o dimensionamento de pessoal de enfermagem • Relativos à clientela: • Realidade sócio-cultural e econômica; • Conhecimento do perfil epidemiológico local; • Sistema de Classificação de Pacientes (SCP) : • Fugulin – 9 indicadores: estado mental; oxigenação; sinais vitais; motilidade; deambulação; alimentação; cuidado corporal; eliminação; terapêutica. • Perroca -13 indicadores: estado mental e nível de consciência; oxigenação; sinais vitais; nutrição e hidratação; motilidade; locomoção; cuidado corporal; eliminações; terapêutica; educação à saúde; comportamento; comunicação; integridade cutâneo- muco. Unidade de Internação Dimensionamento de pessoal de enfermagem Sistema de Classificação de Pacientes: Unidade de Internação GRADUAÇÃO DA COMPLEXIDADE ASSISTENCIAL Área de cuidado 4 3 2 1 Estado mental Inconsciente Períodos de inconsciência Períodos de desorientação no tempo e no espaço Orientação no tempo e no espaço Oxigenação Ventilação mecânica Uso contínuo de máscara ou cateter de oxigênio Uso intermitente de máscara ou cateter de oxigênio Não depende de oxigênio Controle Sinais vitais intervalos menores a duas horas intervalos de 4 horas intervalos de 6 horas rotinas 8 horas Motilidade Incapaz de movimentar qualquer segmento corporal . Dificuldade para movimentar. Mudança de decúbitos e movimentação passiva Limitação de movimentos .Porém movimenta sem auxílio . Movimenta todos os segmentos corporais . Deambulação Restrito no leito Locomoção através de cadeira de rodas Necessita de auxílio para deambular Ambulante Alimentação Através de cateter central Através de sonda nasogástrica Via oral com auxílio Auto suficiente NÍVEL DE COMPLEXIDADE DE CUIDADO DO PACIENTE: metodologia “Fugulin” Unidade de Internação Graduação da complexidade assistencial Dimensionamento de pessoal de enfermagem Unidade de Internação Recursos materiais As unidades de enfermagem devem estar equipadas com todos os materiais necessários para seu eficiente funcionamento. Os avanços tecnológicos que vêm surgindo têm propiciado o surgimento de novos produtos hospitalares que podem colaborar na melhora da assistência de enfermagem ao paciente. Unidade de Internação Recursos materiais • Gases medicinais – oxigênio • Gazes, luvas, material para curativo • Medicamentos • Fraldas • Soluções intravenosas • Sondas • Coletores de urinaMaterial para exames laboratoriais • Roupas de cama, macas, cadeiras, cadeiras higiênicas. . Unidade de Internação • Material Permanente: durabilidade de dois anos, usualmente são equipamentos e materiais que atendem o cotidiano da unidade, podendo ser fixos ou rotativos (ex: camas, cadeiras, estetoscópios, instrumental). • Material de Consumo: tem durabilidade até no máximo dois anos, se tratando normalmente de materiais descartáveis e caracteristicamente de uso limitado, podem ser fixos ou rotativos (ex: luvas, medicamentos, roupas em geral, seringas). Classificação dos tipos de materiais Unidade de Internação • Material fixo: é o material próprio da unidade, devendo ser controlado e mantido na unidade, só sairá da mesma para ser esterilizado, consertado, ou empréstimos devidamente protocolados. • Material rotativo: é o material que possui um setor de origem e atende a toda a instituição (ex: medicamentos - parte da farmácia, roupas em geral). Classificação dos tipos de materiais Unidade de Internação Sistema de controle de materiais É a centralização das informações, da planificação de novos meios, sendo os desvios analisados e avaliados. • Controle são processos, aparelhos ou rotinas usados antes, durante e após a realização de uma tarefa ou produção. • Informam quanto a qualidade e à quantidade. PADRONIZAÇÃO Unidade de Internação Padronização • Finalidade: Produtos específicos para procedimento específicos; assinalar erros,falhas e evitar repetições. • Especificação: Descrição minuciosa do material (comunicação entre a área técnica e área administrativa) consulta de registros dos órgãos oficiais : ABNT, ANVISA, Ministério da Saúde e Ministério do Trabalho. • Riscos e impactos: • Biocompatibilidade; • Tempo de permanência; • Preço; • Segurança; Recursos materias Unidade de Internação Administração de Materiais nas Unidades de enfermagem é uma das competência e responsabilidade o enfermeiro, o qual para realizar essa atividade desenvolve as funções de: PREVISÃO PROVISÃO ORGANIZAÇÃO CONTROLE Unidade de Internação Previsão Levantamento das necessidades da unidade (diagnóstico)• N ° de leitos? • Grau de dependência dos pacientes? • Tipo de patologia? • Freqüência do uso dos materiais? • Locais de guarda dos materiais? • Durabilidade dos materiais? Unidade de Internação Provisão Reposição de materiais na unidade de enfermagem, o qual de maneira pode ser realizado das seguintes formas: • Sistema de reposição por tempo (semananal/ quinzenal/ mensal- predeterminadas as cotas são repostas integralmente (grandes estoques na unidade). • Sistema de reposição por quantidade: quando o estoque chega a um nível mínimo, é feita a reposição do material tendo por base a cota predeterminada, independente de um prazo estipulado. • Sistema de reposição por quantidade e tempo: é estabelecida uma cota para um determinado tempo, e em uma época predeterminada. • Sistema de reposição imediata por quantidade: os materiais são encaminhados diariamente ou com uma frequência ainda maior, para a unidade, de acordo com o consumo. Unidade de Internação Organização Deve-se guardar o material observando a facilidade de visualização para o pessoal, evitar riscos de contaminação (poeira, umidade, luz), facilidade de realização de inventários, reposição e controle (uso de fichas por n.º e espécie). Nesta etapa, o enfermeiro pode levar em conta algumas questões para se nortear: • Qual é o espaço necessário para estocar adequadamente cada material? • Qual é a frequência de utilização do material? • Qual o tipo de instalação mais adequada para o armazenamento do material? Unidade de Internação Controle Pode ser verificado de duas maneiras: • Controle através de inventário que consiste na “verificação de todo o material para comprovar a existência e a exatidão dos estoques registrados; • Controle do manuseio e conservação de materiais e equipamentos e atualização de conhecimentos sobre os produtos utilizados na assistência à saúde. Unidade de Internação
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