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Corrosão Curso Técnico em Química Prof: Flávia Souza Conceitos introdutórios Conceitos de oxidação – redução Estudos de potencial de eletrodo Tipos de pilhas eletroquímicas Estudos de mecanismos e formas de corrosão Mecanismos básicos de corrosão Fatores intrínsecos e extrínsecos em meios corrosivos Estudo de heterogenidades responsáveis por corrosão Eletroquímica Tipos de corrosão Métodos de prevenção e combate à corrosão Programa Conceitos de oxidação – redução Considerações Gerais Conceitos Antigo Em termos de elétrons Em termos de número de oxidação Reação de Oxirredução Agente Redutor/ Agente Oxidante Estudos de potencial de eletrodo Comportamento de um metal em soluções eletrolíticas Potencial de eletrodo padrão Eletrodos de referência Sinal do potencial - tabela de potenciais de eletrodo Limitações no uso da tabela de potenciais Equação de Nernst Tabelas Práticas Espontaneidade das reações de corrosão AULA 2 Tipos de pilhas eletroquímicas Considerações Gerais Tipos de pilhas Pilha de eletrodos metálicos diferentes Pilha ativa-passiva Pilha de ação local Pilhas de concentração Pilha de concentração iônica Pilha de aeração diferencial Pilhas de temperaturas diferentes Pilha eletrolítica OXIDAÇÃO Em termos de oxigênio Em termos de elétrons Em termos de Número de Oxidação OXIRREDUÇÃO Fe (Ferro) H+ (Ácido) OXIRREDUÇÃO Fe (Ferro) H+ (Ácido) AGENTE REDUTOR ELÉTRONS AGENTE OXIDANTE OXIRREDUÇÃO Transferência de elétrons de um reagente para outro 2 Ag+ + Cu(s) Ag(s) + Cu2+ Esta reação pode ser realizado por dois caminhos fisicamente diferentes Caminho 1: Colocar os reagentes em contato direto Cuo Ag+ Ag+ Cuo Ago Cu2+ Cu(s) Cu2+ + 2e- Ag+ + e- Ag(s) OXIRREDUÇÃO Caminho 2: Separar os reagentes em um arranjo apropriado Eletrodo de Cobre e- e- Eletrodo de Prata Ponte Salina (KCl sat.) Cu(s) Cu2+ + 2e- Ag+ + e- Ag(s) [Cu2+] = 1.00 mol/L [Ag+] = 1.00 mol/L Anodo (oxidação) Catodo (redução) Dois eletrodos em contato com um eletrólito. Célula Galvânica – É uma célula eletroquímica que produz eletricidade. Célula Eletrolítica – É uma célula eletroquímica na qual uma reação não-espontânea é conduzida por uma fonte externa de corrente. CÉLULA ELETROQUÍMICA Eletrólito é um condutor iônico (solução, líquido ou sólido) Célula Galvânica (produz eletricidade) Espécies sendo reduzidas captam elétrons vindo do cátodo, que tem carga (+). Espécies sendo oxidadas depositam elétrons no ânodo, que tem carga (-) CÉLULA ELETROQUÍMICA M(s) M+ + 2e- M+ + e- M(s) Célula Eletrolítica (eletricidade fornecida) Oxidação ocorre no Anodo. Oxidação não ocorre espontaneamente. Anodo relativamente positivo em relação ao catodo. Redução ocorre no Catodo – suprimento de e-. CÉLULA ELETROQUÍMICA Imersão de um metal em solução eletrolítica Diferença de potencial eletroquímico na interface SÓLIDO / LÍQUIDO Eletrodo É o sistema formado pelo metal e por sua solução eletrolítica (vizinha ao metal) ELETRODO Zn |Zn2+ Representação: Zn2+ Zn2+ Zn2+ Imersão de um metal em solução eletrolítica ELETRODO ELETRODO Imersão de um metal em solução eletrolítica ELETRODO Imersão de um metal em solução eletrolítica Metal / íon metálico Designação: M(s) | M+(aq) Par Redox: M+ / M Semi-reação: M+(aq) + 1e- ↔ M(s) TIPOS DE ELETRODOS Redox Designação*: Pt(s) | M+(aq), M2+(aq) Par Redox: M+/M2+ Semi-reação: M2+(aq) + 1e- ↔ M+(aq) Metal / sal insolúvel Designação: M(s) | MX(s) | X-(aq) Par Redox: MX / M, X- Semi-reação: MX(s) + 1e- ↔ M(s) + X-(aq) Gás Designação*: Pt(s)|X2(g)|X+(aq) Par Redox: X+ / X2 Semi-reação: X+(aq) + 1e- ↔ ½X2(g) ou Designação*: Pt(s)|X2(g)|X-(aq) Par Redox: X2 / X- Semi-reação: ½ X2(g) + 1e- ↔ X-(aq) *Metal inerte (Pt) – fonte de e- TIPOS DE ELETRODOS ELETRODOS DE REFERÊNCIA ELETRODOS DE REFERÊNCIA Ag / AgCl AgCl(s) + e- ↔ Ag + Cl- Representação: Ag, AgCl(s) | KCl (aq) ELETRODOS DE REFERÊNCIA Calomelano Hg2Cl2(s) + 2e- ↔ 2 Hg + 2 Cl- Representação: Hg, Hg2Cl2(s) | KCl (aq) ELETRODOS DE REFERÊNCIA Cu / CuSO4 Cu2+ + 2e- ↔ Cu Representação: Cu | CuSO4 (sat), Cu2+ ELETRODOS DE REFERÊNCIA POTENCIAL do ELETRODO Diferença de potencial eletroquímico na interface SÓLIDO / LÍQUIDO O potencial mostra a tendência de uma reação ocorrer: perda ou ganho de elétrons POTENCIAL do ELETRODO PADRÃO É a diferença de potencial (expressa em volt) entre a espécie do eletrodo e a solução 1 mol/L de seus íons, em relação ao ELETRODO NORMAL DE HIDROGÊNIO (ENH). TABELA DE POTENCIAIS Mais Oxidante (se reduz) Mais Redutor (se oxida) LIMITAÇÕES DA TABELA DE POTENCIAIS A tabela de potenciais nos dá a possibilidade de uma reação se processar, mas não dia nada sobre a velocidade de uma reação. Potencial de Oxidação MAIS POSITIVO MAIOR LIBERAÇÃO DE ENERGIA quando for oxidado REAÇÃO MAIS RÁPIDA CINÉTICA DA REAÇÃO TABELA PRÁTICA EM ÁGUA DO MAR Os principais metais e suas ligas estão dispostos seguindo sua maior ou menor tendência a sofrer corrosão Para a determinação do potencial do eletrodo ou da célula emprega-se a equação de Nernst: EQUAÇÃO DE NERNST Para a determinação do potencial do eletrodo ou da célula emprega-se a equação de Nernst: EQUAÇÃO DE NERNST Para a determinação do potencial do eletrodo ou da célula emprega-se a equação de Nernst: EQUAÇÃO DE NERNST EQUAÇÃO DE NERNST Ex1: Qual o potencial do eletrodo: cobre imerso em uma solução 0,01M de Cu2+? EQUAÇÃO DE NERNST Ex1: Qual o potencial do eletrodo: cobre imerso em uma solução 0,01M de Cu2+? EQUAÇÃO DE NERNST Ex2: Qual o potencial para a meia-pilha de equação Pb2+ + 2e- ↔ Pb, sabendo que [Pb2+] = 0,001M? EQUAÇÃO DE NERNST Ex2: Qual o potencial para a meia-pilha de equação Pb2+ + 2e- ↔ Pb, sabendo que [Pb2+] = 0,001M? EQUAÇÃO DE NERNST ESPONTANEIDADE DAS REAÇÕES DE CORROSÃO ESPONTANEIDADE DAS REAÇÕES DE CORROSÃO Qual seria o sentido que a reação abaixo se processaria espontaneamente? Sentido 1: ESPONTANEIDADE DAS REAÇÕES DE CORROSÃO Qual seria o sentido que a reação abaixo se processaria espontaneamente? Sentido 2: ESPONTANEIDADE DAS REAÇÕES DE CORROSÃO Pourbaix desenvolveu um método gráfico relacionando potencial e pH, para prever em que condições poderia ocorrer a corrosão. Diagrama de Pourbaix do Ferroem água (25ºC) Fe-H2O ESPONTANEIDADE DAS REAÇÕES DE CORROSÃO Observações: O diagrama de Pourbaix nos diz que o que pode acontecer, não o que irá acontecer Não dá informações sobre a taxa da reação Só pode ser usado para metais puros em soluções simples, não para ligas PILHAS ELETROQUÍMICAS SEM APROVEITAMENTO DE ENERGIA ANTES DEPOIS PILHAS ELETROQUÍMICAS Pilha de Daniel APROVEITAMENTO DE ENERGIA PILHAS ELETROQUÍMICAS TIPOS DE PILHAS Pilha de eletrodos metálicos diferentes Pilha ativa-passiva Pilha de ação local Pilhas de concentração 4.1. Pilha de concentração iônica 4.2. Pilha de aeração diferencial 5. Pilhas de temperaturas diferentes 6. Pilha eletrolítica PILHAS ELETROQUÍMICAS PILHAS ELETROQUÍMICAS Pilha de Eletrodos Metálicos Diferentes Ocorre quando dois metais ou ligas diferentes estão em contato e imersos num mesmo eletrólito (PILHA GALVÂNICA). No anodo tem a corrosão do ferro: No catodo tem a redução do oxigênio: Geralmente o Fe(OH)2 é oxidado a Fe(OH)3 Fe(OH)3, que é muitas vezes representado por Fe2O3 . 3H2O PILHAS ELETROQUÍMICAS Pilha de Eletrodos Metálicos Diferentes Também chamada de pilha galvânica ou corrosão galvânica. Exemplo: PILHAS ELETROQUÍMICAS Também chamada de pilha galvânica ou corrosão galvânica. O metal mais ativo na tabela de potencial funciona como anodo da pilha. Exemplo: Pilha de Eletrodos Metálicos Diferentes Anodo de sacrifício PILHAS ELETROQUÍMICAS Pilha de Eletrodos Metálicos Diferentes Também chamada de pilha galvânica ou corrosão galvânica. O metal mais ativo na tabela de potencial funciona como anodo da pilha. Exemplo: Anodo de sacrifício MATERIAL PASSIVADO ÁREAS ATIVAS – ANÓDICAS (QUEBRA DA PASSIVIDADE) ÁREAS PASSIVADAS - CATÓDICAS TIPOS DE PILHAS Pilha Ativa-passiva É a pilha que se forma entre uma área passivada e uma área ativa. Ocorre nos materiais que se passivam facilmente, como é o caso do cromo, alumínio, aço inoxidável, titânio, etc ELETRÓLITO Na área ativa (oxidação): Me → Me + Xe- Na área passivada (redução): O2 + 2H2O + 4e- → 4OH- 2H2O + 2e- → H2 + 2OH- ÁREA ATIVA TIPOS DE PILHAS Pilha Ativa-passiva Alguns metais e ligas tendem a tornar-se passivos devido à formação de uma película fina e aderente de óxido ou outro composto insolúvel nas suas superfícies. Entre esses metais e ligas têm-se: alumínio, chumbo, aço inoxidável, titânio, ferro e cromo. A passivação faz com que esses materiais funcionem como áreas catódicas. A destruição da passividade também pode ocorrer por meio de riscos na camada de óxido, expondo superfície metálica ativa que funcionaria como ânodo: caso de corrosão em tubos de aço rosqueados. Formam-se, então, pequenos pontos de metal ativo (anodos) circundados por grandes áreas de metal passiva (catodos). TIPOS DE PILHAS Pilha Ativa-passiva Exemplo: Aço inoxidável em contato com água do mar, a destruição da passividade pelo íon cloreto não ocorre em toda a extensão da película passivadora da liga, e sim em pontos, talvez determinados por pequenas variações na estrutura e na espessura da película. TIPOS DE PILHAS Pilha de Ação Local É a pilha que se forma no mesmo material devido a suas heterogeneidades, decorrentes de composição química, textura do material, tensões internas, etc. Provavelmente é a pilha mais frequente na natureza que causa corrosão nos metais. Para o aço a reação anódica : Fe → Fe+2 + 2e- . No catodo podem ocorrer as reações: O2 + 2H2O + 4e- → 4OH- 2H2O + 2e- → H2 + 2OH- Em meio ácido : 2H+ + 2e- → H2 TIPOS DE PILHAS Pilha de Ação Local Ex: O zinco de alta pureza resiste mais à ação de ácido sulfúrico diluído que o zinco comercial. Aparentemente, o ataque é feito uniformemente sobre toda a superfície do zinco comercial mas, se observado sob um microscópio, verifica-se que o desprendimento do hidrogênio gasoso ocorre somente em determinados pontos da superfície do zinco. As impurezas (ferro, carbono, cobre) normalmente presentes no zinco funcionavam como microcatodos, funcionando o zinco como anodo. TIPOS DE PILHAS Pilha de Ação Local Ex: Metal puro Metal com impurezas Antes Depois Pilha de Concentração TIPOS DE PILHAS Existem casos em que se têm materiais metálicos de mesma natureza, mas que podem originar uma diferença de potencial formando pilhas e, ocasionando processos de corrosão. Isto ocorre quando se tem um mesmo material metálico em contato com diferentes concentrações de um mesmo eletrólito ou em contato com o mesmo eletrólito, porém em locais em que os teores de gases dissolvidos são diferentes. MAIOR CONCENTRAÇÃO DE O2 4.1. Pilha de Concentração Iônica TIPOS DE PILHAS Esta pilha é muito frequente em frestas quando o meio corrosivo é líquido. Neste caso, o interior da fresta recebe pouca movimentação de eletrólito, tendendo a ficar mais concentrado em íons de metal (área catódica), enquanto que a parte externa da fresta fica menos concentrada (área anódica), com consequente corrosão das bordas da fresta. Esta pilha surge sempre que um material metálico é exposto a concentrações diferentes de seus próprios íons. Baixa concentração iônica Alta concentração iônica Fresta 4.1. Pilha de Concentração Iônica TIPOS DE PILHAS Esta pilha surge sempre que um material metálico é exposto a concentrações diferentes de seus próprios íons. Fresta 4.2. Pilha de Aeração Diferencial TIPOS DE PILHAS É aquela que apresenta sobre o mesmo material diferentes concentrações de oxigênio. 4.2. Pilha de Aeração Diferencial TIPOS DE PILHAS É aquela que apresenta sobre o mesmo material diferentes concentrações de oxigênio. TIPOS DE PILHAS Pilha de Temperatura Diferente As pilhas de temperaturas diferentes são constituídas de um mesmo material metálico, estando os eletrodos em diferentes temperaturas, sendo chamada também de pilha termogalvânica, responsável pela corrosão termogalvânica. Esse tipo de pilha costuma ocorrer quando se tem o material metálico imerso em eletrólito que apresenta áreas diferentemente aquecidas. TIPOS DE PILHAS Pilha Eletrolítica No caso em que a diferença de potencial é proveniente de uma fonte de energia externa temos a pilha eletrolítica, não sendo necessário que os eletrodos sejam diferentes em sua natureza química. O processo eletrolítico é um processo não espontâneo responsável pela decomposição de uma substância por corrente elétrica. A pilha ou célula eletrolítica que tem importância no estudo de corrosão é aquela em que um dos eletrodos funciona como ânodo ativo, isto é, perdendo elétrons e portanto oxidando-se. An+ Bn- corrente A + B elétrica An+ + n e- A Bn- B + n e- TIPOS DE PILHAS Pilha Eletrolítica No caso em que a diferença de potencial é proveniente de uma fonte de energia externa temos a pilha eletrolítica, não sendo necessário que os eletrodos sejam diferentes em sua natureza química. O processo eletrolítico é um processo não espontâneo responsável pela decomposição de uma substância por corrente elétrica. Elemento Reação E ø (V) Ouro Au + + e - Au 1.692Cloro Cl 2 (g) + 2 e - 2 Cl- 1.35827 Platina Pt 2+ + 2 e - Pt 1.18 Paládio Pd 2+ + 2 e - Pd 0.951 Prata Ag + + e - Ag 0.7996 Cobre Cu+ + e - Cu 0.521 Cobre Cu 2+ + 2 e - Cu 0.3419 Ferro Fe 3+ + 3 e - Fe -0.037 Chumbo Pb 2+ + 2 e - Pb -0.1262 Estanho Sn 2+ + 2 e - Sn -0.1375 Níquel Ni 2+ + 2 e - Ni -0.257 Cobalto Co 2+ + 2 e - Co -0.28 Cádmio Cd 2+ + 2 e - Cd -0.403 Ferro Fe 2+ + 2 e - Fe -0.447 Zinco Zn 2+ + 2 e - Zn -0.7618 Manganês Mn 2+ + 2 e - Mn -1.185 Alumínio Al 3+ + 3 e - Al -1.662 Magnésio Mg 2+ + 2 e - Mg -2.372 Sódio Na + + e - Na -2.71 Cálcio Ca 2+ + 2 e - Ca -2.868 Potássio K + + e - K -2.931 Elemento Reação Eø(V) Ouro Au+ + e- Au 1.692 Cloro Cl2(g) + 2 e- 2 Cl- 1.35827 Platina Pt2+ + 2 e- Pt 1.18 Paládio Pd2+ + 2 e- Pd 0.951 Prata Ag+ + e- Ag 0.7996 Cobre Cu+ + e- Cu 0.521 Cobre Cu2+ + 2 e- Cu 0.3419 Ferro Fe3+ + 3 e- Fe -0.037 Chumbo Pb2+ + 2 e- Pb -0.1262 Estanho Sn2+ + 2 e- Sn -0.1375 Níquel Ni2+ + 2 e- Ni -0.257 Cobalto Co2+ + 2 e- Co -0.28 Cádmio Cd2+ + 2 e- Cd -0.403 Ferro Fe2+ + 2 e- Fe -0.447 Zinco Zn2+ + 2 e- Zn -0.7618 Manganês Mn2+ + 2 e- Mn -1.185 Alumínio Al3+ + 3 e- Al -1.662 Magnésio Mg2+ + 2 e- Mg -2.372 Sódio Na+ + e- Na -2.71 Cálcio Ca2+ + 2 e- Ca -2.868 Potássio K+ + e- K -2.931
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