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Questões Sobre Classicismo

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Questões Sobre Classicismo 
Parte 1 
1. (Fuvest) Na Lírica de Camões: 
A. o verso usado para a composição dos sonetos é o redondilho maior; 
B. encontram-se sonetos, odes, sátiras e autos; 
C. cantar a pátria é o centro das preocupações; 
D. encontra-se uma fonte de inspiração de muitos poetas brasileiros do século 
XX; 
E. a mulher é vista em seus aspectos físicos, despojada de espiritualidade. 
2. (Mack) Sobre o poema Os Lusíadas, é incorreto afirmar que: 
A. quando a ação do poema começa, as naus portuguesas estão navegando em 
pleno Oceano Índico, portanto no meio da viagem; 
B. na Invocação, o poeta se dirige às Tágides, ninfas do rio Tejo; 
C. Na ilha dos Amores, após o banquete, Tétis conduz o capitão ao ponto mais 
alto da ilha, onde lhe descenda a “máquina do mundo”; 
D. Tem como núcleo narrativo a viagem de Vasco da Gama, a fim de estabelecer 
contato marítimo com as Índias; 
E. É composto em sonetos decassílabos, mantendo em 1.102 estrofes o mesmo 
esquemas de rimas. 
3. (Mack) O tom pessimista apresentado por Camões no epílogo de "Os Lusíadas" 
aparece em outro momento do poema. 
Isso acontece no episódio: 
A. do Gigante Adamastor. 
B. do Velho do Restelo. 
C. de Inês de Castro. 
D. dos Doze de Inglaterra. 
E. do Concílio dos Deuses. 
04. (URCA) São os principais representantes, na literatura portuguesa, do 
Classicismo: 
A. Gregório de Matos, Augusto dos Anjos, Padre José de Anchieta e Almeida 
Garret. 
B. Luiz de Camões, Gregório de Matos, Augusto dos Anjos e Antero de Quental. 
C. Luiz de Camões, Sá de Miranda, Antônio Ferreira e Bernardim Ribeiro. 
D. Almeida Garret, Florbela Espanca, Eça de Queiroz e Antônio Ferreira. 
E. Antero de Quental, Ricardo Reis, Padre Antônio Vieira. 
05. (UNIFESP) 
Sete anos de pastor Jacob servia 
Labão, pai de Raquel, serrana bela; 
Mas não servia ao pai, servia a ela, 
E a ela só por prêmio pretendia. 
Os dias, na esperança de um só dia, 
Passava, contentando-se com vê-la; 
Porém o pai, usando de cautela, 
Em lugar de Raquel lhe dava Lia. 
Vendo o triste pastor que com enganos 
Lhe fora assi negada a sua pastora, 
Como se a não tivera merecida, 
Começa de servir outros sete anos, 
Dizendo: “Mais servira, se não fora 
Para tão longo amor tão curta a vida”. 
(Luís Vaz de Camões. Sonetos, 2001.) 
A. dodecassílabo e ABAB ABAB ABC ABC. 
B. decassílabo e ABAB ABAB CDC DCD. 
C. heptassílabo e ABBA ABBA CDE CDE. 
D. decassílabo e ABBA ABBA CDE CDE. 
E. dodecassílabo e ABBA ABBA CDE CDE. 
06. (UNESP) 
Alma minha gentil, que te partiste 
Tão cedo desta vida descontente, 
Repousa lá no Céu eternamente, 
E viva eu cá na terra sempre triste. 
Se lá no assento etéreo, onde subiste, 
Memória desta vida se consente, 
Não te esqueças daquele amor ardente 
Que já nos olhos meus tão puro viste. 
E se vires que pode merecer-te 
Alguma coisa a dor que me ficou 
Da mágoa, sem remédio, de perder-te, 
Roga a Deus, que teus anos encurtou, 
Que tão cedo de cá me leve a ver-te, 
Quão cedo de meus olhos te levou. 
(Sonetos, 2001.) 
No soneto, o eu lírico 
A. suplica a Deus que suas memórias afetivas lhe sejam subtraídas. 
B. expressa o desejo de que sua amada seja em breve restituída à vida. 
C. expressa o desejo de que sua própria vida também seja abreviada. 
D. suplica a Deus que sua amada também se liberte dos sofrimentos terrenos. 
E. lamenta que sua própria conduta tenha antecipado a morte da amada. 
07. (EsPCEx) Leia o soneto a seguir e marque a alternativa correta quanto à 
proposição apresentada. 
Se amor não é qual é este sentimento? 
Mas se é amor, por Deus, que cousa é a tal? 
Se boa por que tem ação mortal? 
Se má por que é tão doce o seu tormento? 
Se eu ardo por querer por que o lamento 
Se sem querer o lamentar que val? 
Ó viva morte, ó deleitoso mal, 
Tanto podes sem meu consentimento. 
E se eu consinto sem razão pranteio. 
A tão contrário vento em frágil barca, 
Eu vou por alto-mar e sem governo. 
É tão grave de error, de ciência é parca 
Que eu mesmo não sei bem o que eu anseio 
E tremo em pleno estio e ardo no inverno. 
O artista do Classicismo, para revelar o que está no universo, adota uma visão 
A. subjetiva. 
B. idealista. 
C. racionalista. 
D. platônica. 
E. negativa. 
08. (EsPCEx) Em relação ao Classicismo, que se desenvolveu durante o século XVI, 
marque a alternativa correta. 
A. Esse movimento literário possibilita a expressão da condição individual, da 
riqueza interior do ser humano que se defronta com sua inadequação à 
realidade. 
B. A poesia dessa época adota convenções do bucolismo como expressão de um 
sentimento de valorização do ser humano. 
C. Os poetas pertencentes a esse período literário perseguiam uma expressão 
equilibrada, sóbria, capaz de transmitir o domínio que a razão exercia sobre a 
emoção individual, colocando o homem como centro de todas as coisas. 
D. Os autores dessa estética literária procuraram retratar a vida como é e não 
como deveria ou poderia ser. Perseguem a precisão nas descrições, 
principalmente pela harmonização de detalhes que, somados, reforçam a 
impressão de realidade. 
E. A poesia desse período passa a ser considerada um esforço de captação e 
fixação das sutis sensações produzidas pela investigação do mundo interior 
de cada um e de suas relações com o mundo exterior. 
09. (UEA) Leia a estrofe XXVI (Canto X) de Caramuru, de Santa Rita Durão. 
Em cuidadosa escola o temor santo, 
Antes das Artes a qualquer se ensina; 
Dão-lhe lições de ler, contar, de canto, 
E o Catecismo da Cristã Doutrina: 
Vendo-os o rude Pai, concebe espanto, 
E pelo filho a Mãe à Fé se inclina, 
Nem de meio entre nós mais apto se usa, 
Que aquela Gente bárbara reduza. 
(Caramuru, 2001.) 
Nessa estrofe, evidencia-se 
A. o respeito ao ensinamento dos índios mais velhos. 
B. a defesa da preservação da cultura indígena. 
C. o elogio do comportamento obediente dos nativos. 
D. a descrição da amizade entre portugueses e indígenas. 
E. a exaltação do trabalho evangelizador dos portugueses. 
10. (UNICAMP) 
Transforma-se o amador na coisa amada, 
Por virtude do muito imaginar; 
Não tenho, logo, mais que desejar, 
Pois em mim tenho a parte desejada. 
Se nela está minha alma transformada, 
Que mais deseja o corpo de alcançar? 
Em si somente pode descansar, 
Pois com ele tal alma está liada. 
Mas esta linda e pura semideia, 
Que, como o acidente em seu sujeito, 
Assim como a alma minha se conforma, 
Está no pensamento como ideia; 
E o vivo e puro amor de que sou feito, 
Como a matéria simples busca a forma. 
(Luís de Camões, Lírica: redondilhas e sonetos, Rio de Janeiro: Ediouro / São Paulo: 
Publifolha, 1997, p. 85.) 
Um dos aspectos mais importantes da lírica de Camões é a retomada renascentista 
de ideias do filósofo grego Platão. Considerando o soneto citado, pode-se dizer que 
o chamado “neoplatonismo” camoniano 
A. é afirmado nos dois primeiros quartetos, uma vez que a união entre amador e 
pessoa amada resulta em uma alma única e perfeita. 
B. é confirmado nos dois últimos tercetos, uma vez que a beleza e a pureza 
reúnem-se finalmente na matéria simples que deseja. 
C. é negado nos dois primeiros quartetos, uma vez que a consequência da união 
entre amador e coisa amada é a ausência de desejo. 
D. é contrariado nos dois últimos tercetos, uma vez que a pureza e a beleza 
mantêm-se em harmonia na sua condição de ideia. 
 
 
 
 
Parte 2 
1) (FUVEST-SP) Na Lírica de Camões: 
a) o verso usado para a composição dos sonetos é o redondilho maior; 
b) encontram-se sonetos, odes, sátiras e autos; 
c) cantar a pátria é o centro das preocupações; 
d) encontra-se uma fonte de inspiração de muitos poetas brasileiros do século XX; 
e) a mulher é vista em seus aspectos físicos, despojada de espiritualidade. 
 
2) (MACKENZIE-SP) Sobre o poema Os Lusíadas, é incorreto afirmar que: 
a) quando a ação do poema começa, as naus portuguesas estão navegando em 
pleno Oceano Índico, 
portanto no meio da viagem;b) na Invocação, o poeta se dirige às Tágides, ninfas do rio Tejo; 
c) Na ilha dos Amores, após o banquete, Tétis conduz o capitão ao ponto mais alto 
da ilha, onde lhe 
descenda a “máquina do mundo”; 
d) Tem como núcleo narrativo a viagem de Vasco da Gama, a fim de estabelecer 
contato marítimo com as Índias; 
e) É composto em sonetos decassílabos, mantendo em 1.102 estrofes o mesmo 
esquemas de rimas. 
 
3) Assinale a incorreta sobre Camões: 
a) Sua obra compreende os gêneros épico, lírico e dramático. 
b) A lírica de Camões permaneceu praticamente inédita. Sua primeira compilação e 
póstumas, datada de 1595, e organizada sob o título de As Rimas de Luis de 
Camões, por Fernão Rodrigues Lobo Soropita. 
c) Sua lírica compõe-se exclusivamente de redondilhas e sonetos. 
d) Apesar de localizada no período clássico-renascentista, a obra de citações 
barrocas. 
e) Representa a amadurecimento de língua portuguesa, sua estabilização e a maior 
manifestação de sua excelência literária. 
 
4) O Classicismo propriamente dito, tem por limites cronológicos, em Portugal, as 
datas de: 
a) 1500 e 1601. 
b) 1434 e 1516. 
c) 1502 e 1578. 
d) 1527 e 1580. 
e) 1198 e 1434. 
 
5) Não se relaciona à medida nova: 
a) versos decassílabos; 
b) influência italiana; 
c) predileção por formas fixas; 
d) sonetos, tercetos, oitavas e odes; 
e) cultura popular, tradicional. 
 
 
6) (Mackenzie) - O tom pessimista apresentado por Camões no epílogo de "Os 
Lusíadas" aparece em outro momento do poema. 
Isso acontece no episódio: 
a) do Gigante Adamastor. 
b) do Velho do Restelo. 
c) de Inês de Castro. 
d) dos Doze de Inglaterra. 
e) do Concílio dos Deuses. 
 
7) "Amor é um fogo que arde sem se ver, 
É ferida que dói e não se sente; 
É um contentamento descontente, 
É dor que desatina sem doer." 
 
De poeta muito conhecido, está é a primeira estrofe de um poema que parece 
comprazer-se com o paradoxo, enfeixando sensações contraditórias do sentimento 
humano, se examinadas sob o prisma da razão. 
Indique, na relação a seguir, o nome do autor. 
a) Bocage. 
b) Camilo Pessanha. 
c) Gil Vicente. 
d) Luís de Camões. 
e) Manuel Bandeira. 
 
8) Leia o texto e responda a questão: 
 
À INSTABILIDADE DAS COUSAS DO MUNDO 
 
Nasce o Sol, e não dura mais que um dia, 
 
Depois da Luz se segue a noite escura, 
 
Em tristes sombras morre a formosura, 
 
Em continuas tristezas a alegrias, 
 
Porém, se acaba o Sol, por que nascia? 
 
Se é tão formosa a Luz, por que não dura? 
 
Como a beleza assim se transfigura? 
 
Como o gosto, da pena assim se fia? 
 
Mas no Sol, e na Luz falte a firmeza, 
 
Na formosura não se dê constância, 
 
E na alegria, sinta-se triste. 
 
Começa o Mundo enfim pela ignorância 
 
A firmeza somente na inconstância. 
 
Qual é o elemento barroco mais característico da 1ª estrofe? 
a) disposição antitética da frase; 
b) cultismo; 
c) estrutura bimembre; 
d) concepção teocêntrica; 
e) estrutura correlativa, disseminativa e recoletiva. 
 
9. (UEL-2006) 
As questões de 01 a 04 referem-se ao Canto V de Os Lusíadas (1572), de Luís Vaz 
de Camões (1524/5/1580). 
XXXVII 
Porém já cinco sóis eram passados 
Que dali nos partíramos, cortando 
Os mares nunca de outrem navegados, 
Prosperamente os ventos assoprando, 
Quando ua noite, estando descuidados 
Na cortadora proa vigiando, 
Ua nuvem, que os ares escurece, 
Sobre nossas cabeças aparece. 
XXXVIII 
Tão temerosa vinha e carregada, 
Que pôs nos corações um grande medo. 
Bramindo, o negro mar de longe brada, 
Como se desse em vão nalgum rochedo 
-“Ó Potestade -disse -sublimada, 
Que ameaço divino ou que segredo 
Este clima e este mar nos apresenta, 
Que mor cousa parece que tormenta?” 
 
(CAMÕES, Luís Vaz de. Os Lusíadas. 4ª. ed. Porto: Editorial Domingos Barreira, s.d. 
p. 332.) 
Há, na passagem selecionada, o registro de mudança no cenário. Trata-se do 
prenúncio de agouros a serem efetivados: 
a) Pelo velho do Restelo, encolerizado frente à excessiva vaidade do povo 
português. 
b) Pelos mouros, inconformados com as sucessivas conquistas dos portugueses. 
c) Pelo velho do Restelo, irritado diante de tantas glórias relatadas por Vasco da 
Gama. 
d) Pelo gigante Adamastor, irritado com o atrevimento do povo português a 
navegar seus mares. 
e) Pelo promontório Adamastor, maravilhado com a tecnologia náutica dos 
portugueses. 
 
 
10.) (Fuvest-2000) 
Considere as seguintes afirmações sobre a 
fala do velho do Restelo, em Os Lusíadas: 
I -No seu teor de crítica às navegações e conquistas, 
encontra-se refletida e sintetizada a experiência das perdas que causaram, 
experiência esta já acumulada na época em que o poema foi escrito. 
II -As críticas aí dirigidas às grandes navegações às conquistas são relativizadas 
pelo pouco crédito atribuído a seu emissor, já velho e com um “saber só de 
experiências feito”. 
III -A condenação enfática que aí se faz à empresa das navegações e conquistas 
revela que Camões teve duas atitudes em relação a ela: tanto criticou o feito quanto 
o exaltou. 
Está correto apenas o que se afirma em 
a) I. 
b) II. 
c) III. 
d) I e II. 
e) I e III. 
 
11) (Fuvest-2001) 
Em Os Lusíadas, as falas de Inês de Castro e do Velho do Restelo têm em comum 
a) a ausência de elementos de mitologia da Antigüidade clássica. 
b) a presença de recursos expressivos de natureza oratória. 
c) a manifestação de apego a Portugal, cujo território essas personagens se 
recusavam a abandonar. 
d) a condenação enfática do heroísmo guerreiro e conquistador. 
e) o emprego de uma linguagem simples e direta, que se contrapõe à solenidade do 
poema épico. 
 
12) (FMTM-2002) Endechas à escrava Bárbara 
 
Aquela cativa, 
que me tem cativo 
porque nela vivo, 
já não quer que viva. 
Eu nunca vi rosa 
em suaves molhos, 
que para meus olhos 
fosse mais formosa. 
 
Uma graça viva, 
que neles lhe mora, 
para ser senhora 
de quem é cativa. 
Pretos os cabelos, 
onde o povo vão 
perde opinião 
que os louros são belos. 
 
Pretidão de Amor, 
tão doce a figura, 
que a neve lhe jura 
que trocara a cor. 
Leda mansidão 
que o siso acompanha; 
bem parece estranha, 
mas bárbara não. 
 
Vocabulário: 
Endechas: Versos em redondilha menor (cinco sílabas). 
Molhos: feixes. 
Leda: risonha. 
Vão: fútil. 
 
Em sua obra, Camões continua a tradição da conduta amorosa das cantigas 
medievais. Nela, a mulher amada era considerada 
a) responsável pelas contradições e insatisfações do homem. 
b) símbolo do amor erótico. 
c) incapaz de levar o homem a atingir o Bem. 
d) um ser impuro e prejudicial ao homem. 
e) uma pessoa superior, fonte de virtudes.

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