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Accelerat ing the world's research. Apostila de alimentacao natural Maria Izabel Freitas Related papers Cuidados com os alimentos ANDREZA OSSANI Candidiacutease a praga e como se livrar dela comendo bem Daniel Carlos Alimentação natural para cães e gatos Janine França Download a PDF Pack of the best related papers https://www.academia.edu/9450199/Cuidados_com_os_alimentos?from=cover_page https://www.academia.edu/39078311/Candidiacutease_a_praga_e_como_se_livrar_dela_comendo_bem?from=cover_page https://www.academia.edu/10280742/Alimenta%C3%A7%C3%A3o_natural_para_c%C3%A3es_e_gatos?from=cover_page https://www.academia.edu/42299411/Apostila_de_alimentacao_natural?bulkDownload=thisPaper-topRelated-sameAuthor-citingThis-citedByThis-secondOrderCitations&from=cover_page Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos Fabíola Donadão & Jacquelyne Motta Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos Í N D I C E Introdução 1 Qual a composição? 2 Já ouviu falar na dieta BARF? 3 DIETA NATURAL 6 Como saber se seu animal está preparado? 7 O Que Oferecer? 7 Ossos Recreativos 9 Carne de miúdos 9 Arroz e outros grãos 9 Tripas 10 Carne de músculo 10 Ovos 10 Frutas e vegetais 10 Quando Alimentar? 11 Quantidades 12 Modelo de Dieta Natural 12 Alimento Mínimo e Máximo 14 Dicas 14 Órgãos 14 Vegetais 14 Frutas 15 O dia da presa inteira 15 Suplementos 16 Filhotes 16 RECEITAS 18 E os gatos? 19 O que você precisa saber sobre Ômega 3 20 O que você precisa saber sobre peixes 23 Posso retirar os ossos da dieta? 24 E a casca de ovo moída? 24 Perguntas & Respostas 25 Qual a melhor maneira de iniciar meu animal na dieta natural? 25 Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos https://cachorronatureba.com.br/ Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos Ossos são perigosos? 26 O cocô do meu cachorro diminuiu. É normal? 27 Minha família pode ficar doente com as bactérias da carne que meu gato come? 27 Posso dar um pedaço ou os restos da minha comida para meu animal de estimação? 28 Comida natural causa gases? 28 Meu animal quase não bebe água, por quê? 29 Meu bichinho tem alguns problemas de saúde, ele pode comer carne crua? 29 Como faço para viajar com meu amigão na dieta natural? 29 Esqueci de descongelar a comida, e agora? 29 O que fazer se meu animal de estimação apresentar fezes amolecidas? 30 Preparando o caldo de carne. 32 REFERÊNCIAS 32 Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos https://cachorronatureba.com.br/ Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos Introdução Há um movimento muito positivo na atualidade acerca desse assunto e nós fazemos parte dele. Ainda assim, você sabia que o Brasil é o segundo país, seguido dos EUA, que mais oferece comida processada para seus animais de estimação? Todos temos nossos medos quando o assunto é a oferta de alimentos frescos para nossos animais. É compreensível. Eu tive cães a minha vida inteira e minha mãe sempre os alimentou com restos da nossa própria comida. Eles sempre viveram tanto! Mais tarde, em minha vida adulta, adotei uma mascote e claro, a indústria da ração já dominava o mundo e minha mini schnauzer passou a comer “a melhor ração”. Não demorou muito para seu sistema imune ficar fraco, e em apenas quatro anos destruí- la completamente. Silenciosamente o câncer se instalou no baço, no fígado e quando percebi já era tarde demais. Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos https://cachorronatureba.com.br/ Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos Tive que dizer adeus para a minha Lola, enquanto ela me dizia que estava tudo bem porque tinha me ensinado a viver um dia por vez e sabia que eu havia entendido a mensagem. Voltei para a escola, a Lola sempre em meu pensamento. E hoje sou uma louca desvairada apoiadora da dieta natural para carnívoros. Tenho meus motivos e não estou sozinha. A Dra. Jacquelyne e eu somos a favor de um estilo de vida mais natural à espécie carnívora de nossos animais de estimação e, entre outras coisas, defendemos uma alimentação mais simples e apropriada. Você leu bem, eu disse “simples”. A dieta crua para carnívoros é defendida por diversos autores como a melhor e mais completa. O balanço de nutrientes nesse tipo de dieta é tão perfeito que se feita de modo ancestral, com a oferta de presas inteiras, a suplementação é praticamente desnecessária. Mas, o que é essa dieta, afinal? Para tornar as nomenclaturas mais fáceis de compreender, vamos, a partir de agora, chamar simplesmente de dieta natural. Qual a composição? Pense numa presa para o gato. Aposto que você pensou num rato. O rato é um mamífero roedor. Ele come praticamente de tudo, mas principalmente grãos e restos de comida humana. Insetos, vegetação, fungos e sementes também fazem parte de sua dieta. Um rato pode comer um terço do seu peso corporal por dia. Ratos bebem muita água. E assim como acontece no nosso organismo, aproximadamente 70% do seu corpo é composto por água, boa parte dela reservada dentro das células. Ossos, músculos, órgãos, gordura, pele e pelos estão distribuídos nos outros 30%. Pois bem, o gato comeu o rato. Que delícia! Por favor não torça o nariz, o seu felino só ganha com isso. Veja: refeição completa, além de fornecer carne de músculo, vísceras e ossos, cujo balanço entre cálcio e fósforo é perfeito, seu bichano ainda se beneficia de toda a umidade que a presa fornece. Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos https://cachorronatureba.com.br/ Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos Pode ser que ele dispense o conteúdo das tripas, chacoalhando-a de um lado para outro, mas, a depender do conteúdo, ele vai preferir ingerir esse “alimento” processado riquíssimo em enzimas digestivas. Já sei, você nunca vai deixar seu gato comer um rato. Tudo bem, apenas saiba que isso não tira do seu felino a natureza dele de caçador e comedor de ratos por excelência. Ainda estamos falando da composição da dieta natural. Você, a essa altura, já entendeu, copie a presa que o seu animal poderia eventualmente caçar. Não tem erro. Pense de modo simples. Lembra lá no começo quando disse que era simples? Mas, como gosto de escrever, vou esmiuçar o assunto. Já ouviu falar na dieta BARF? BARF é o acrônimo em inglês para biological appropriate raw food (comida crua biologicamente apropriada) ou seria bones and raw food (ossos e comida crua)? Seja qual for, quem já está acostumado com o termo, provavelmente acompanhou a evolução desse modelo de dieta com o tempo. Quando seu autor, Dr. Ian Billinghurst publicou seu primeiro livro, ele defendeu a oferta de ossos exaustivamente. Na América do Norte, é comum encontrar lojas de comida natural para cães, e a maioria delas segue a ideia do Dr. Ian, em triturar os ossos junto das outras partes da presa, em proporções tais que imitem a presa. Quando a Dora chegou, comecei assim, com a carne crua moída com os ossos. Depois, fui introduzindo ossos de aves íntegros em pequenas quantidades. Não sei se o volume de ossos na dieta ou apenas predisposição genética, o fato é: ela tem as patas traseiras ligeiramente curvadas para dentro, provavelmente por algum desajuste ósseo na formação de seus joelhos. Nunca saberei ao certo, mas tenho para mim que alimentar um cão bebê com 85% de carne com ossos não foi a coisa mais inteligente que fiz. Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos https://cachorronatureba.com.br/ Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos Eu estava e, sempre estarei, aprendendo. Eu tinha e tenho um ser único em minhas mãos. Eu me sentia só. Não se iludam com a ideia de que os EUA, Canadá ou mesmo Europa sejam melhores nessa questão. O melhor sempre será você. Porque você é quem conhece de fato o seu animal de estimação. Eu conhecia a minha cachorra! Mesmo assim, confesso que mudei o balanço da dieta dela várias vezes até chegar num plano dietético que, acredito, seja o melhor para ela e com o qual hoje me sinto super confortável. Nunca vou esquecer a ansiedade e terror que sentina primeira vez que ofertei carne crua com ossos. Sei que as pessoas fazem a mesma pergunta que eu fazia: o que exatamente devo oferecer? A propaganda é danada, ela amedronta para vender. A Internet nem sempre ajuda e é duro ganhar confiança sem muitas ferramentas para se apoiar. Por fim, se o estilo de vida do tutor não for natural, por que o do seu cão ou gato seria? Vejo com frequência e entusiasmo, uma mudança significativa no estilo de vida dos tutores que adotam a dieta natural para seus animais. Todos ganhamos com uma vida mais simples e mais próxima de nossa natureza. Sem embalagens para abrir e poluir, com muita saúde. Espero que o que vem adiante não seja encarado como uma receita a ser seguida à risca, mas sim, como o que aprendemos com nossa experiência prática, estudo e observação. Essa é a maneira como eu escolhi alimentar a minha Dora e, por sorte, Dra. Jacquelyne e eu concordamos com essa forma. Certamente, não existe “jeito certo”. Novamente, cada animal é único. Você viverá as suas próprias experiências nessa jornada e, logo perceberá que, quanto mais aprende, mais parece não saber. Exatamente por isso, por favor, não deixe de ser curioso, de procurar boas fontes, de fazer sua própria pesquisa e o mais importante, de colocar o seu coração nessa busca. Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos https://cachorronatureba.com.br/ Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos Nosso método não segue uma categoria ou autor específico. Somos a favor da longevidade com qualidade de vida. Essa é a nossa meta. Estamos aqui para melhorar a vida do seu animal de estimação e te dar uma mão quando as pessoas o chamarem de maluco com essa mania de oferecer carne crua para seu melhor amigo. Queremos te dar a segurança necessária para que você trilhe esse maravilhoso caminho natural sem receios e com muita confiança porque a Natureza nunca falha. Sejam bem-vindos. Fabíola e Jackie. Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos https://cachorronatureba.com.br/ Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos DIETA NATURAL Este guia traz a nossa experiência, juntamente com informações obtidas e adaptadas de livros e publicações de autores estrangeiros. Lembre-se sempre: O balanço dos nutrientes é adquirido com o tempo. Se um dia você ofertou mais carne do que osso, no outro pode oferecer mais carne com ossos e se faltou um peixinho aqui ou ali, mas ele entrou no cardápio ao longo da semana, está tudo bem. Desde que você saiba o que é necessário para seu amigão, e faça a oferta com o tempo, o balanço vai se estabelecer naturalmente. Coração, língua e moela são considerados na porção de carne. As carnes de miúdos não devem exceder 15% do total da dieta. Ofereça fígado uma vez por semana ou pequenas porções fracionadas durante a semana. A porção diária deve contemplar 5% de fígado juntamente com 10% da oferta de outro órgão. O fígado é um dos órgãos responsáveis por filtrar toxinas. Seja criterioso na escolha. Sinta-se à vontade em alimentar seu carnívoro com o que chamo de “eca e meleca”, como: pé de frango, traqueia, rabos, pulmão, testículos e pênis. A traqueia do boi, assim como os pés das aves são fontes naturais de condroitina e glucosamina, importantes na formação e manutenção das articulações. NUNCA ofereça ossos cozidos. O cozimento altera a estrutura do colágeno e por consequência a consistência dos ossos tornando-os armas letais. Ossos crus são seguros, mesmo assim, esteja com seu cão ou gato na hora da comida e supervisione sempre. Tente achar carnes de animais jovens ou que não receberam tratamento à base de hormônios ou vacinas em excesso. Lembre-se de congelar carnes de porco e peixe por 20 dias antes de oferecer. As demais podem ser congeladas seguramente por 10 dias. Essa medida é necessária para reduzir o risco de contaminação por parasitos. Um parêntese importante aqui. Veja, eu disse “reduz” e não elimina. Isso porque micro- organismos como vírus e bactérias, foram os primeiros habitantes do Planeta Terra. A NASA diz que eles estão até no espaço. Então, sejamos razoáveis, convivemos com eles. Cálcio e fósforo precisam obedecer a relação 1:1. Carnes, em geral, têm bastante fósforo, ossos têm bastante cálcio. Presas e peixes inteiros, ovos e tripas possuem relação perfeita. Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos https://cachorronatureba.com.br/ Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos O segredo aqui não é o extermínio, mas sim a convivência saudável como já abordado no artigo Há males que vem para o bem. É essa convivência que prepara o seu carnívoro para receber a alimentação natural como ela tem que ser. Como saber se seu animal está preparado? Cães e gatos são equipados por natureza para lidarem com bactérias e parasitos. A acidez de seus estômagos, cujo pH é menor que 3 (podendo chegar a 1), garante a eles a ingestão segura de qualquer micro-organismo. A flora intestinal e também a bucal são equipadas para dar conta do recado. Ainda assim, a rotina humana a que são submetidos, como por exemplo, a oferta de carboidratos contido nas rações ou nos grãos, como o arroz, muitas vezes contribui para a elevação desse pH, tornando-o alcalino. Alimentar um animal saudável várias vezes ao dia - e aqui vale ressaltar o péssimo hábito de ofertar petiscos sem restrição ou a ração que passa o dia todo fermentando na panelinha - também contribui com o aumento do pH estomacal. PH refere-se ao "potencial Hidrogeniônico", uma escala logarítmica que mede o grau de acidez, neutralidade ou alcalinidade de uma determinada solução. Todo organismo e suas partes têm o seu pH característico. O pH do estômago de nossos cães e gatos idealmente deve ser sempre menor do que 3, já o da pele deve ser em torno de 6.5. Por que esse número existe? Graças à ele podemos controlar “ambientes” ácidos (<7), neutros (7) e alcalinos (>7). Quanto mais alcalina a flora intestinal, mais suscetível à entrada de bactérias e parasitos. Quanto mais ácida, mais protegida. O Que Oferecer? O que oferecer para garantir uma dieta natural completa e balanceada? O receio é tanto que a indústria de suplementação faz a festa e o que era simples ficou confuso. Vamos aos fatos. O que é balanço e o que faz de uma refeição completa? Balanço é coerência e ele vem com o tempo. Não existe regra, percentual ou mágica para isso. Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos https://cachorronatureba.com.br/ Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos Muitos autores sugerem percentuais e se você fizer sua pesquisa verá que todos eles, sem exceção, em algum momento, concordam com a mesma ideia: refeição completa é aquela que você oferece imitando a presa com simplicidade e carinho. Ossos de aves são, geralmente, mais seguros para cães pequenos e gatos. Cachorros maiores, como bulls, huskies e pastores dão conta de costelas de boi, pescoço de porco ou cordeiro, carcaças de aves inteiras, coelhos e pequenas presas. A lista de carne com ossos é vasta. Pense assim: um osso com bastante carne grudada. Essa é a carne com ossos. Nem muito grande tampouco duro para o porte de seu animal, mas num tamanho seguro para que seja triturado e não engolido inteiro. Um osso que tem que ser trabalhado. Comece devagar, observando e, se preciso, segurando o pedaço até que o hábito de triturar e engolir com calma seja desenvolvido. Pedaços serão engolidos com frequência. É assim mesmo, mantenha a calma. O suco gástrico vai dar conta do recado. Se preferir usar um triturador, sem problemas, escolha as porções e capriche. Dica: uma presa inteira nunca terá mais da metade do seu corpo composto por ossos. Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos https://cachorronatureba.com.br/ Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos Ossos Recreativos Ossos grandes, duros, às vezes com o tutano, são considerados recreativos, eles podem lascar e machucar a gengiva ou até mesmo o aparelho digestivo. São ótimas distrações, mas pedem cuidado. Às vezes, possuem articulaçõesque podem escorregar goela abaixo sem trituração causando obstrução. É preciso supervisão quando da oferta de ossos recreativos. Escolha sempre os grandes, de preferência maiores que a cabeça do seu cão ou gato. Confesso que não ofereço com frequência. Carne com ossos são diferentes. Carne de miúdos Carne de miúdos ou vísceras, incluindo fígado de presas variadas devem ser ofertadas com frequência. Coração, por ser um músculo, entra na porção de carnes sem ossos, mas isso não faz dele uma carne de pouca oferta. Ele precisa figurar no prato, pelo menos uma vez na semana. Faz parte do balanço, lembra? Nunca passo de 10% de miúdos (sendo metade da porção composta por carne de fígado e a outra metade de outras vísceras, geralmente rins, baço ou pâncreas). Como vísceras nem sempre são bem toleradas, prefiro dar diariamente. Se não tenho variedade, acabo oferecendo apenas a pequena porção de fígado, aumentando a quantidade quando a variedade surgir. Arroz e outros grãos Não ofereço e prescrevo, nem mesmo em petiscos. Prefiro usar aveia sem glúten, farinha de coco e o meu favorito: bucho (pulmão) seco no forno. Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos https://cachorronatureba.com.br/ Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos Aprendi que grãos não fazem parte da dieta natural dos carnívoros. Compreendo que cães podem digeri-los, entretanto, o excesso me preocupa porque acaba exigindo demais de órgãos como pâncreas e fígado, além de serem basicamente carboidratos. Tripas Já falamos das tripas em outra ocasião no texto sobre a importância das enzimas. Tripa é geralmente a primeira, das quatro cavidades que compõem o estômago dos ruminantes. Quando falamos em tripas, não nos referimos às lavadas e tratadas para consumo humano, referimo-nos às frescas. A tripa fresca tem o balanço perfeito entre cálcio e fósforo, é rica em enzimas digestivas e Lactobacillus acidophilus, vitamina B, ácidos graxos, linoleico e linolênico na proporção adequada. Tripas de ruminantes alimentados com capim são as mais nutritivas e atuam como probiótico natural. Não existe regra na medida, eu dou mais ou menos uma colher de sopa. Carne de músculo Variedade. Prefira peças pouco comuns para consumo humano como língua, moela, coração, e outras, tomando o cuidado de balancear bem o prato com carnes de músculo. Por exemplo, não exagere na oferta de corações, pois certamente seu carnívoro não comeria mais do que sete, com muita sorte, numa semana. Ovos Ovos inteiros crus com casca possuem a proporção perfeita de fósforo e cálcio. Alguns autores defendem a alimentação duas ou mais vezes por semana. As gemas são uma excelente fonte de magnésio, cálcio, ferro, folato, vitaminas A, E e B6. Ovos vendidos em supermercados são pulverizados com cera e outros produtos químicos para melhorar sua aparência. Estes produtos químicos são prejudiciais, então, se não conseguir encontrar ovos de fazenda, alimente com os ovos comerciais sem a casca e conte-os na porção de carne. Frutas e vegetais Frutas e vegetais podem ser benéficos como alimentação suplementar. Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos https://cachorronatureba.com.br/ Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos Legumes devem ser processados ou ligeiramente cozidos no vapor. Gatos dispensam frutas e vegetais, se aceitarem, melhor que sejam dados como petiscos, sem compor o prato principal. Já para os cães, apesar de haver uma linha de autores defensores da dieta estritamente carnívora, a oferta é aceitável desde que não ultrapasse 25% do total do prato. Vegetais precisam ser pré-digeridos (triturados, processados ou cozidos no vapor). Os de folhas verde-escura são ricos em vitamina B. Frutos maduros são mais facilmente digeridos por cães e também repletos de vitaminas. Costumamos antropomorfizar nossos animais de estimação os distanciando de suas raízes. Frutas e vegetais são extremamente saudáveis para nós, mas totalmente dispensável para os nossos carnívoros, que, numa dieta natural apropriada para a espécie são capazes de obter todos os nutrientes que precisam. Cães e gatos dispensam alimentos ricos em açúcar porque ganham energia através das gorduras da carne que comem. Eles são capazes até de produzir vitamina C, enquanto o organismo humano não possui a mesma habilidade. Vegetais podem ser misturados no prato. As frutas merecem atenção especial, porque elas atravessam o sistema digestivo muito rapidamente e quando misturadas à carne acabam permanecendo no estômago por tempo demais (esperando a digestão da carne) e fermentam. A oferta de fruta deve ser baixa, não mais do que 10% do total diário e sempre com 3 horas de diferença da oferta de proteína. Quando Alimentar? Muitas pessoas alimentam seus cães duas vezes ao dia. Cães são totalmente adaptados para períodos de jejum. Eles se beneficiam e alguns chegam até a jejuar por conta. O jejum ajuda na limpeza de toxinas e no balanço saudável das bactérias do trato intestinal, pois ele favorece um ambiente mais ácido. Gosto do jejum pelo menos uma vez ao mês, porque sei que o sistema imune ganha muito com esse hábito. Essa “folga” é extremamente saudável. Filhotes e gatos não podem jejuar de forma alguma. O osso recreativo pode ser uma boa pedida no dia do jejum. A ideia é manter o trabalho digestivo menos intenso, não significa, no entanto, que seu amigão não pode se divertir. Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos https://cachorronatureba.com.br/ Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos Quantidades Como ponto de partida, tenha em mente as seguintes quantidades diárias de comida para um animal adulto saudável. Cães de médio e grande porte florescem com 3% do total de seu peso, alimentados uma vez ao dia. Os miniaturas comem 3 a 4% do total de seus pesos e, se não acostumados desde cedo, por terem um metabolismo mais acelerado, podem exigir duas refeições ao dia. Gatos se dão bem com duas a três refeições diárias contendo 3 a 4% do total de seu peso. Filhotes e idosos exigem cuidado especial na formulação de suas dietas. Ambos necessitam ter suas refeições fracionadas. Filhotes comem mais, idosos, geralmente, comem menos. Modelo de Dieta Natural Dora pesa 6,9 kg. Ela tem comido 3.5% do seu peso, ou seja, 240 g por dia. Lembro que ela é ativa, muito ativa. E portanto, usa bem a energia que consome. Você tem que começar aos poucos e ir percebendo a silhueta do seu amigão. As costelas precisam ser percebidas ao toque com facilidade, e a cintura, quando olhando seu cão por cima, tem que figurar de alguma forma. Se você gosta de números, aqui vai a composição aproximada da dieta dela hoje: 50% carne de músculo 30% carnes com ossos 5% fígado 5% outro órgão 10% vegetais A oferta de ossos crus é crucial para o desenvolvimento e manutenção da saúde de seu animal. Ossos garantem o balanço ideal entre fósforo e cálcio, além de magnésio e manganês. Pelo menos 10% da dieta de um animal adulto deve ser composta por ossos. Como saber esse percentual quando não se pode pesar apenas os ossos? Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos https://cachorronatureba.com.br/ Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos De uma maneira geral, para ter certeza de que a dieta inclui entre 10% a 25% de ossos, basta oferecer entre 25% a 60% de carne com ossos. Isso significa que a proporção sugerida aqui pode ser aumentada, pois ela irá sofrer oscilações de acordo com a carne com ossos escolhida. Mais importante do que seguir à risca números percentuais, é entender alguns limites. Com isso em mente, tudo fica mais fácil. Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos https://cachorronatureba.com.br/ Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos Alimento Mínimo e Máximo Miúdos 5% a 15% Carne com ossos 25% a 60% Vegetais Não estabelecido a 25% É o seu cão ou gato quem vai dizer, por meio da digestão bem feita, fezes durinhas e sem cheiro, disposição e aceitação dos alimentos oferecidos, qual o melhor balanço para ele. O seu papel é conhecer os limitespara cuidar do equilíbrio. Dicas Na balança Se ainda não tem uma balança na sua cozinha, por favor, considere adquirir uma. No começo é bom pesar os alimentos, apenas para garantir boas proporções. Com o tempo, desenvolverá o olhar. Imite a presa Considere sempre o porte de seu animal. Por exemplo, um cão pequeno é capaz de comer uma galinha inteira? Talvez, pois bem, galinhas não têm quatro patas, dois pescoços, nem cinco corações. Imite a presa... Esse será seu mantra daqui para a frente. Órgãos Se tenho variedade, oferto 10%, se só tenho fígado, fico com os 5% dessa carne. Vegetais Meus favoritos são folhas de couve manteiga, espinafre, brócolis, couve-flor, beterraba e outras refogados ou no vapor, abobrinha, chuchu, pimentão amarelo, brócolis, aspargos, couve-flor e couve de bruxelas bem triturados ou cozidos no vapor. Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos https://cachorronatureba.com.br/ Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos E a cenoura, a mandioquinha e a beterraba? São hortaliças com índice calórico mais alto, precisam ser oferecidas com cautela. A digestão dessa turma é mais pesada para nossos bichos, a prova são os pedaços inteiros que aparecem nas fezes. Embora também calóricos, purê de batata-doce e abóbora são excelentes para indigestão. Não deixo faltar ervas bem picadinhas, e aqui tem uma infinidade: salsinha, coentro, manjericão, sálvia, menta, hortelã, alecrim, camomila, dentes de leão, brotinhos diversos e por aí vai. Se não vou compor o prato com vegetais, aumento a porção de carne de músculo. Frutas Considero fruta um petisco. Ofereço bem pouco, tão pouco que nem considero no volume total de comida. Diria que não passo de 10% do total de comida em frutas diariamente, o que, em outras palavras seriam mais ou menos 25g de acordo com o peso de minha cachorra, traduzindo: três a cinco mirtilos ou um morango grande inteiro ou, ainda, um bom pedaço de melancia e pronto. Nem todo dia é dia de fruta e eu prefiro frutas vermelhas, porque são mais selvagens, a lista inclui: mirtilo, framboesa, morango (cuidado, alguns cães podem apresentar alergia), amora, cranberry, kiwi, romã, melão e melancia. Podemos oferecer coco e abacate que contém gorduras de excelente qualidade. Posso oferecer maçã, mamão e banana? Pode. São seguras e... doces. Você já entendeu. Modere na oferta de frutas muito doces. Cítricas são bem toleradas pela maioria dos cães. Não ofereça para gatos. O coco é uma excelente opção por ser rico em gorduras saudáveis. Adicione pequenas porções gradualmente na dieta, se o cão apresentar diarreia diminua a quantidade. Carambola e uva são tóxicas, estão proibidas. Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos https://cachorronatureba.com.br/ Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos O dia da presa inteira Peixe, codorna ou galeto (geralmente sem a coxas), no caso da Dora. Um cachorro grande dá conta de um coelho inteiro tranquilamente. Se conseguir a peça com os miúdos, perfeito. Se não, ofereça um pedacinho de fígado ou outro órgão e pronto. Esse dia dispensa vegetais. Suplementos São realmente necessários? Se estivéssemos falando de uma alimentação orgânica, com apenas presas inteiras, íntegras e preferencialmente selvagens, a resposta seria não. Alguns nutrientes, infelizmente, ficam deficientes na dieta, e é por isso que a variação é importante. Ômega 3 é um óleo essencial e altamente volátil. Peixes de cativeiro não oferecem quantidades suficientes desse óleo. Além disso, peixe certamente não será a única fonte de proteína da dieta, por isso, é importante complementar o prato com um bom óleo de peixe rico em Ômega 3 por, pelo menos, três vezes por semana. Probiótico é fundamental para o balanço saudável das bactérias no trato intestinal. Se estiver oferecendo tripas alguns dias da semana, não precisa completar o prato com probióticos. Caso não esteja oferecendo tripas, tente incluir kefir ou queijo cottage algumas vezes na semana. Iogurte é a minha última escolha como alimento probiótico porque a pasteurização mata quase que a totalidade das bactérias boas. Sal, de preferência o rosa do Himalaia é fonte de minerais. Minerais contribuem para o bom funcionamento da glândula tireoide e, por conseguinte, para o equilíbrio das funções hormonais. Uma pitada na primeira refeição e só. Simples assim. Óleo de coco e azeite extra virgem. Apesar de serem produtos de origem vegetal, são dois óleos reconhecidamente potentes e saudáveis para nossos bichos. Um fiozinho opera milagres na composição da dieta. Suplementos vitamínicos e minerais merecem atenção. Somente usaria em caso de recomendação médica para terapia e de modo pontual. Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos https://cachorronatureba.com.br/ Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos O metabolismo de nossos animais é diferente do nosso, eles assimilam as vitaminas e minerais dos alimentos com uma rapidez incrível. Confie na variação dos alimentos frescos. Filhotes Filhotes devem comer mais vezes ao dia em proporções adequadas mês a mês, porque estão e desenvolvendo. Você pode calcular a quantidade de acordo com o peso ideal da raça, mas eu acho arriscado, porque nem sempre dá para garantir que seu filhote vai seguir o padrão. Prefiro seguir a regrinha 10% do peso do desmame aos três meses, 8% dos quatro aos seis meses, 6% dos seis aos oito meses, 4% dos nove meses a um ano aproximadamente e 3% a partir de um ano e meio em diante. Cada filhote é um filhote. Cada raça, uma raça. Prefira ter acompanhamento profissional, pois não somente as porções, mas os alimentos (carnes) a serem ofertados precisam garantir excelentes balanços entre vitaminas e minerais. Nessa fase, o cálcio precisa ser cuidadosamente calculado (cerca de 60% de carnes com ossos), porque se faltar na dieta, o corpo acaba tirando dos ossos em crescimento. Uma boa dica é observar a largura dos pulsos de seu filhote, que devem sempre acompanhar o comprimento da perna. O ângulo também deve seguir o desenho das pernas, quando aumentados podem ser indicativo de deficiência de cálcio. Filhotes podem ser apresentados à carne crua logo que desmamarem, a oferta de ossos, no entanto, pede assistência contínua dos tutores. Alguns autores indicam a introdução de carne com ossos somente após os dentes permanentes, mais ou menos aos seis meses, a depender da raça e do porte. Saiba mais aqui. A primeira carne com ossos que podemos oferecer é o pescoço de frango, aos quatro meses, ainda com os dentinhos de leite. Com o tempo, você vai ganhando confiança, seu animal vai demonstrando interesses, mostrando o que é melhor para ele. Você vai ver fezes mais firmes, com menos cheiro, pelos brilhantes, dentes brancos e hálito saudável, e o mais importante, muita disposição e um apetite voraz. Fatores genéticos sempre existirão, não estamos livres deles, ou mesmo livres da depreciação que os nossos solos sofreram e ainda sofrem. Todos vivemos as consequência dessa “destruição”, mas as nossas escolhas ainda falam mais alto. Escolha a Natureza. Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos https://cachorronatureba.com.br/ Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos Confie e não olhe para trás. A sua vida e a vida de seu animal de estimação estão prestes a mudar e nós temos certeza de que essa será uma experiência incrível. RECEITAS Por favor, lembre-se também que elas foram adaptadas para a maioria dos animais saudáveis. Se o seu cão ou gato tem alguma necessidade específica, consulte o veterinário nutrólogo de sua confiança. Você pode escolher os ingredientes com antecedência e prepará-los para o mês ou para a semana. Pode mantê-los congelados em porções ou separar a quantidade para três dias, por exemplo, mantendo o restante dos alimentos frescos no freezer. As receitas a seguir são apenas sugestões. Elas foram compiladas de artigos de autores especialistas internacionais. Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos https://cachorronatureba.com.br/ Alimentação Natural:Um Guia para Cães e Gatos Embora pratique e recomende a porção de 10% do total de comida diário em vegetais, autores como a conceituada Dra. Karen Becker aceitam bem 25% diários para cães. Se você optar por mais vegetais, tire esse percentual da carne de músculo. Para os cães, com a proporção de 25% de vegetais, as proporções ficariam mais ou menos assim (3 partes de carne para 1 de vegetais): 35% carne de músculo 30% carne com ossos 10% vísceras (5% fígado e 5% outro órgão) 25% vegetais Como saber se estará ofertando ossos demais? Observe as fezes. Elas são importantes nessa fase de adaptação. Se estiverem brancas e muito duras, é sinal de muito osso. Melhor reduzir um pouco a oferta. Essa preciosidade será o seu parâmetro. Confie nela! E os gatos? Bichanos dispensam vegetais, mas se o seu for adepto, sugiro manter-se firme na proporção 7 para 1, sendo sete partes de carne para uma de vegetais, como eu faço com a Dora, assim: 50% carne de músculo 30% carne com ossos 10% vísceras (5% fígado e 5% outro órgão) 10%vegetais Se decidir seguir sem vegetais, distribua o percentual destes, aumentando a oferta de vísceras e carnes de músculo. Procure ofertar carnes em pedaços, porque a taurina, amino ácido essencial para gatos presentes nas moléculas da carne é praticamente destruída quando a carne é moída ou processada. É por isso que a indústria de ração adiciona taurina sintética às suas fórmulas. A deficiência pode causar degeneração da retina, cegueira, queda de pelos e cáries. Outro ponto importantíssimo quanto aos gatos. Ômega 3 (EPA e DHA) e Ômega 6 não podem faltar de maneira alguma em suas dietas. Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos https://cachorronatureba.com.br/ Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos Diferentemente dos cães, gatos não são capazes de produzir ácido araquidônico (Ômega 6 poli- insaturada) a partir do ácido linoleico, e requerem, portanto, esse óleo em suas dietas. A relação deve ser sempre próxima de 1:1, ou seja para 1 g de Ômega 6 teremos 1 g de Ômega 3. Acontece que essa relação só perfeita na carne de peixe. Todas as outras apresentam grande quantidade de Ômega 6. O frango por exemplo, contém, em média, 19 g de Ômega 6 para 1 g de Ômega 3. Por isso, é fundamental complementar a refeições, que não contemplam peixe no cardápio, com um bom óleo de peixe. O que você precisa saber sobre Ômega 3 Dosagem: 500 mg de Ômega 3 para cada 10 kg Escolha os de origem animal. Ômega de origem vegetal não são assimilados da mesma forma pelo organismo de nossos bichos. Sardinhas, arenque e salmão do Oceano Atlântico costumam ser boas fontes. O krill, um pequeno crustáceo encontrado principalmente no Oceano Antártico, também tem sido bastante usado na fabricação de óleos de boa qualidade. Fique de olho na procedência. Vitamina E faz parte da composição de alguns óleos para prevenir a oxidação. Mix de vegetais para cães e gatos Pode servir cru bem picado (triturado) ou cozido levemente no vapor. Todas as receitas vão bem com brotos e folhas bem picadinhos de coentro, estragão, tomilho, cheiro-verde e por aí vai. Capriche nas ervas. Receita n. 1 – Brócolis 3 partes de brócolis com folhas e talos ½ parte de salsão com folhas e talos ½ parte de pimentão laranja pequeno Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos https://cachorronatureba.com.br/ Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos Receita n. 2 - Abobrinha 2 partes de abobrinha italiana com casca 1 parte de couve manteiga 1 parte de couve-flor com folhas e talos Receita n. 3 - Batata doce 2 partes de batata doce cozida no vapor 1 ½ partes de chuchu com casca ½ parte de aspargos Batata doce pode ser substituída por abóbora ou mandioquinha, sempre cozidas. Espinafre refogado pode entrar no lugar da couve e coração de alcachofra cozido substitui bem os aspargos. Brócolis e couve-flor podem ser substituídos por couve de bruxelas. Cenoura e beterraba (sempre cozidas) vão bem com chuchu e abobrinha italiana. Pimentões vermelhos ou laranjas são seguros e nutritivos. Obs.: O aspargo cru é bem duro e o cão pode apresentar dificuldade para digeri-lo, portanto cozinhe um pouco (não use óleo ou manteiga apena água). Faltou um dos ingredientes? Tudo bem, prepare a receita com dois deles ou faça substituições. Seja criativo. Mix de carnes para cães e gatos Você não precisa preparar o cardápio com uma proteína apenas. Se não estiver oferecendo uma presa inteira, capriche nas combinações. Qualquer carne é carne! Vale até rã. Lembre-se de incluir ovos (galinha, pata, codorna etc.) e peixes em pelo menos duas refeições semanais. Acrescente os vegetais aos pratos nas proporções adequadas ao peso do seu animal. Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos https://cachorronatureba.com.br/ Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos Galinha com boi Língua de boi e moela de galinha Rins de galinha e fígado de boi Ponta das asas e pescoço de galinha para cães pequenos ou asas e costas para cães grandes. Cordeiro com coelho (evite cordeiro para gatos com sensibilidade gástrica) Coração de cordeiro e qualquer corte de coelho Baço e fígado (cordeiro ou coelho) Costelas de cordeiro (mais adequada para cães de médio e grande porte). Para cães pequenos, substitua por pés de galinha. Porco com codorna Qualquer peça de carne de porco Pâncreas + fígado de porco Uma codorna inteira. Se o seu gato ou cachorro não der conta da codorna inteira, tire as peças mais complicadas como coxas e asas. Peru com boi Tripa verde, coração e carne de boi. Fígado de peru + cérebro de boi Rabo + pescoço de peru (cães miúdos e gatos dão-se melhor com pescoço de galinha) Boi e galinha com ovo Coxão duro, ovo de galinha, pata ou codorna com ou sem casca e tripa verde Pâncreas e fígado de boi Ponta dos rabos de novilho e asas de galinha para cães pequenos. Rabos e asas inteiras para cães grandes. Considere moer as carnes com ossos para o seu gato nesse caso. Pato e peru com ovo (mais adequado para cães) Carne de pato, ovo de galinha, pata ou codorna com ou sem casca Fígado de pato Ossos de patos são densos. Prefira pescoço de galinha para cães pequenos e pescoço de peru para os maiores. Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos https://cachorronatureba.com.br/ Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos Peixe e boi Peixe Fígado de boi Se estiver oferecendo peixe inteiro, dispense a carne com ossos. Caso contrário, escolha o osso carnudo que o seu amigão adora e faça a combinação necessária. Importante: Nunca cozinhe carne com ossos. Ossos de boi e porco não são recomendados na porção de ossos com carne. Prefira ossos de aves ou animais pequenos, pois são mais macios. A veterinária Lew Olson, autora do livro Raw and Natural Nutrition for dogs, recomenda a oferta de até 25% da porção de carne de músculo em tripa verde duas vezes por semana. O que você precisa saber sobre peixes Peixe. O alimento que deveria ser dos mais simples, acabou ganhando um espaço só para ele. Isso porque é impossível, hoje em dia, fechar os olhos para a contaminação de mercúrio nos mares e para os problemas que envolvem a produção em cativeiro, onde os peixes comem ração, nada natural para eles e ainda, muitas delas geneticamente modificadas. Esses peixes, sem uma alimentação natural, sequer produzem Ômega 3. Mesmo assim, peixe ainda é crucial no cardápio de nossos carnívoros, para garantir ácidos graxos e vitamina D. Salmão e sardinhas são campeões em vitamina D. Você pode oferecer sardinha em lata. Verifique a procedência e escolha as conservadas em água. Sardinhas são selvagens e pequenas, duas boas vantagens sobre contaminação e criadouros. Podem ser servidas diretamente da lata. Os ossos desse peixinho não representam perigo. Se oferecer salmão, cozinhe-o. O salmão carrega um parasita (Nanophyetus salmincola), que por sua vez carrega uma bactéria (Neorickettsia helminthoeca) fatal para cães. O congelamento matao parasito, mas não a bactéria, que sobrevive às baixas temperaturas. É ela o problema. Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos https://cachorronatureba.com.br/ Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos Esse parasita é mais encontrado no salmão das águas do Pacífico, mas não dá para ter certeza. Então, melhor cozinhar todos eles. Nada de mais em misturar o peixe cozido às carnes cruas no prato. Capriche! Posso retirar os ossos da dieta? Sem ossos é necessário suplementar com cálcio e é aí que mora o perigo. Somente o alimento completo em seu estado natural oferece nutrição perfeita. A variedade de nutrientes que compõe os alimentos nunca será substituída por um suplemento sintético. Ossos crus fornecem cálcio, fósforo, magnésio e uma variedade de outros nutrientes em perfeito balanço. Suplementos à base de cálcio carecem desses nutrientes. Optar apenas pela suplementação de cálcio, desconsiderando os ossos na dieta, pode gerar problemas no longo prazo e afetar até a saúde do sistema músculo esquelético de seu animal. E a casca de ovo moída? Segundo padrões estabelecidos pela Associação Americana dos Oficiais de Controle de Comida Animal, a AAFCO, a relação entre cálcio e fósforo deve ser 1:1 ou 2:1. No pó da casca do ovo essa relação é de 5,2:1, ou seja, muito alta em cálcio e deficiente em fósforo. Vitaminas e minerais trabalham em sinergia. O excesso de cálcio pode interferir na absorção de ferro, zinco e magnésio. Já o excesso de zinco pode interferir na absorção de ferro e cobre. Algumas vitaminas como as vitaminas A e D podem se acumular nos tecidos corporais causando doenças quando administradas em excesso. Todo cuidado é pouco na hora de administrar vitaminas e minerais. Em outras palavras, o melhor sempre será a oferta da carne com ossos, pois dificilmente conseguiremos substituir todos os nutrientes dos ossos crus. Mas, se o seu cão ou gato não se der bem com a oferta ou tiver dificuldade em rasgar a carne e triturar os ossos, não desista, procure pelo próprio osso moído, ou bone meal em inglês. Com a facilidade da Internet, já é possível importar esse suplemento, caso não o encontre no Brasil. Tome o cuidado de escolher o de consumo humano ou especial para animais de estimação. Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos https://cachorronatureba.com.br/ Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos Faça a sua pesquisa e discuta com o seu veterinário nutricionista ou especialista em nutrição animal os ajustes necessários na dieta com a utilização do pó de osso. Geralmente, a substituição é simples, mas ainda dependerá das necessidades individuais de seu amigão. Agora, se você ficar sem carne com ossos, não faça disso um pesadelo, nada de mais pular uma, ou até duas, refeições com ossos na semana. O dia da oferta de peixe ou ovos podem ser boas opções para isso. Com a Dora, faço assim quando não tenho carne com ossos: No dia do peixe. Se não acho um peixe inteiro, cozinho o que tiver, ofereço uma porção maior de carne, que pode ser do próprio peixe ou outra para completar o prato, sem esquecer os miúdos, e aumento um pouco a oferta dos vegetais com o acréscimo de purê de batata doce ou abóbora; No dia do ovo. Ofereço carne, miúdos, um ovo cru inteiro com casca (nesse caso, a casca acompanha o ovo sem arruinar o balanço dos minerais), e novamente aumento um pouco a oferta dos vegetais com o acréscimo de purê de batata doce ou abóbora. Nota: não uso suplementação de cálcio nesses dias porque a Dora tem uma variedade grande de carne com ossos na semana e o balanço se estabelece. Se optar por fazer mais refeições sem ossos, então vale o que já foi dito: “discuta com o profissional de sua confiança e considere acrescentar o pó de osso”. Perguntas & Respostas Qual a melhor maneira de iniciar meu animal na dieta natural? O jejum é a melhor maneira de dar um tempo para o organismo e prepará-lo para uma nova dieta. O animal saudável se adapta bem dessa forma. Um ou dois dias de jejum, acredite, fará muito bem. É como se você estivesse de mudança, a casa vazia está limpa e preparada para receber os moradores novos. Animais maduros que sempre comeram ração podem apresentar fezes amolecidas no início. É preciso observar para gerenciar essas situações. A oferta de vegetais como batata doce e abóbora ajudam a aliviar desconfortos, além de adicionar fibras à digestão. Mais refeições ao dia, em porções menores também podem ajudar durante a fase de adaptação. Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos https://cachorronatureba.com.br/ Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos O jejum não é recomendado para animais idosos, filhotes e gatos. Nesse caso, o melhor caminho a seguir é fracionar uma parte da nova comida pela manhã, seguida de duas partes da comida antiga à tarde e à noite nos dois primeiros dias. Do terceiro dia em diante, duas refeições, a crua no almoço e a antiga no jantar por uma semana até que se consiga fazer duas refeições cruas completas. Probióticos e enzimas, além de Ômega 3 são fundamentais durante a transição. Se o seu gato resiste firmemente, por favor, não desista. Existe um estudo falando que gatos desenvolvem um senso de segurança com a comida e, por isso, resistem às mudanças com todas as suas forças. Talvez você fique um tempo maior do que o esperado nesse processo, não há nada de errado nisso. Gatos acostumados à comida seca são mais resistentes. Nesse caso, você pode começar adicionando apenas água sobre a ração, para que ele se acostume com a umidade. Aos poucos, pode colocar um pedacinho muito pequeno de carne sem osso misturada à ração. Se ele comer, mantenha a proporção por um tempo e considere-se vitorioso. Aos poucos, vá colocando mais pedaços até que ele aceite a carne crua. Carnes mais úmidas e em temperatura ambiente são mais aceitas. Tripas e miúdos são boas pedidas. Ossos são perigosos? Cães e gatos podem sim se engasgar com ossos, assim como você pode se engasgar com água! O segredo é a correta introdução desses alimentos. Prefira carnes com ossos que podem ser trabalhados e não engolidos, porque o seu amigão não foi feito para mastigar e sim morder e engolir, portanto, já viu, se o pedaço couber na goela, é para lá que vai. Siga as orientações contidas nesse manual. Segure as carnes nos primeiros dias e esteja presente durante as refeições. Cães são seres sociais, por que acha que o seu amigão te espera para comer? Eles apreciam a nossa companhia. Não é demais? Nunca, em hipótese alguma, ofereça ossos cozidos. Somente ossos crus são macios o suficiente para digestão de nossos carnívoros. Salvo sob condições extremas de saúde, como cirurgia de estômago, determinados tratamentos e doenças, cães e gatos são equipados por Natureza para comerem carne com ossos e carcaças tranquilamente. Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos https://cachorronatureba.com.br/ Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos Além de promover dentes mais limpos, o exercício da trituração ajuda a musculatura da mandíbula e proporciona tranquilidade para os animais. O cocô do meu cachorro diminuiu. É normal? Sim. Completamente normal e esperado. Deve estar mais durinho também. Isso é sinal de que ele está aproveitando muito mais a sua alimentação e, portanto, não tem mais tanto “lixo” para dispensar. Se notar muito esforço na hora de ir ao banheiro, talvez a glândula anal de seu bichinho esteja sobrecarregada. Seu veterinário pode ajudar a aliviar esse desconforto, comprimindo-a corretamente. Com o tempo e a passagem de fezes com uma textura mais adequada, o problema se resolve. Minha família pode �car doente com as bactérias da carne que meu gato come? Higiene é a palavra. Assim como você prepara as carnes para sua família, prepare a do seu animal de estimação. Depois que tiver as porções, leve tudo para o congelador para o período de profilaxia. Descongele sempre na prateleira da geladeira. Você pode ter utensílios separados apenas para a preparação da dieta natural. Seja como for, lave tudo comágua morna e sabão. Se preferir uma desinfecção mais completa, enxague com um pouco de vinagre. A vasilha do seu amigão vai ter que ser lavada a cada refeição, assim como você faz com o seu prato. Nada fica fermentando. Não comeu, retira e reserva na geladeira. Se ele tocou na comida, mas parece não querer mais, depois de um tempo, melhor descartar. Com esses cuidados básicos não há o que temer. Você pode estar pensando: “mas e se ele me lamber?” Já falamos da importância do equilíbrio das bactérias. Pois bem, a boca (a sua também!), assim como o estômago, é um microambiente de bactérias. Esse ambiente é protegido pelo conjunto de microrganismos responsáveis por manter o pH ideal da saliva e, assim, impedir a invasão de microrganismos nocivos. Lambidas não farão à sua saúde. Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos https://cachorronatureba.com.br/ Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos Posso dar um pedaço ou os restos da minha comida para meu animal de estimação? Não. E não me faça debater a questão, por favor. digestão. Não queremos isso, certo? Comida natural causa gases? Está bem, vou dar uma chance. Se você preparou uma carne apenas com sal e ervas (sem cebola! Cebolas são tóxicas), e não quer comê-la no dia seguinte, faça cubinhos bem pequenos e reserve na geladeira para ofertar um ou outro, como petisco. Repetindo: “um ou outro, não o pote inteiro!”. Combinado? Não é proibido dar pedacinhos de carne cozida como petisco. Eu faço isso quando preciso treinar a Dora nos passeios. Não posso carregar carne crua, quer dizer, eu já fiz isso, mas não é muito seguro. Só não faça disso uma rotina porque senão esse alimento cozido vai começar a interferir na Gases são muito mais comuns em animais alimentados com ração. O tempo da alimentação diz muito nesse caso. A ração é praticamente aspirada. Por ser um alimento seco, acaba permitindo a passagem de ar durante a ingestão. Cai no estômago e estufa. Já a comida crua leva um tempo para ser processada, pois ela é trabalhada antes de ser engolida. Lembre-se que seu amigão terá ossos para triturar. Esse tempo permite ao corpo preparar-se naturalmente, produzindo enzimas e acidez necessárias para a digestão. Pouco ar é ingerido junto do alimento e ele não estufa quando chega no estômago. Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos https://cachorronatureba.com.br/ Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos Meu animal quase não bebe água, por quê? Por que a comida dele tem muita água! Falo mais adiante*. Meu bichinho tem alguns problemas de saúde, ele pode comer carne crua? Na maioria dos casos, sim. Na verdade, Dra. Jacquelyne e eu, pessoalmente, acreditamos que muitos desses problemas desaparecem com a introdução da dieta natural. Como faço para viajar com meu amigão na dieta natural? Se tiver uma geladeira portátil, basta carregá-la com as porções congeladas. Se não puder levar esse tipo de bagagem, tente comprar carnes congeladas no local e preparar as refeições em casa. Ovos e peixes são excelentes opções para os dois primeiros dias em que a carne deverá descongelar. Se não for viável dessa forma, procure por comidas desidratadas. São opções melhores do que a ração. Esqueci de descongelar a comida, e agora? Faça desse o dia do jejum! Pode ser também o dia do peixe, do ovo ou do osso recreativo. Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos https://cachorronatureba.com.br/ Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos Por favor, não use micro-ondas. Além da radiação, as micro-ondas destroem as moléculas do alimento e ainda podem cozinhar os ossos, tornando-os perigosos. A dieta natural é muito proteica. O veterinário não recomenda para meu animal com problemas renais. É um tremendo equívoco achar que a dieta natural é altamente proteica. Isso não é verdade. *Lembra quando falamos da composição de uma presa? Cerca de 60% a 70% do corpo da presa é composto por água. Oxigênio, hidrogênio, carbono e uma porção enorme de outros elementos químicos, além da gordura e dos ossos, ajudam a formar os seres vivos. No balanço final de todos esses elementos, uma presa oferece cerca de 15% a 22% de proteína. Para informações sobre os nutrientes da dieta natural, você pode acessar a tabela de composição química de alimentos da Escola Paulista de Medicina, criada com base na tabela norte-americana do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O que fazer se meu animal de estimação apresentar fezes amolecidas? Primeiro é preciso entender que fezes são essas. Ele começou a dieta e está com as fezes amolecidas? Ele já está acostumado com a dieta e vez ou outra apresenta fezes amolecidas? Ou ele está claramente passando por uma crise com sintomas intestinais? No primeiro caso, a dieta acabou de ser introduzida. Fezes amolecidas são esperadas por conta da mudança. Toda a flora intestinal está sendo reconstruída com a introdução de novos alimentos, e é por isso que nessa fase não podem faltar tripas e probióticos. Se conseguir alimentar seu amigão com pequenas porções de pâncreas algumas vezes na semana, não se intimide. A carne do pâncreas das presas fornece enzimas naturais benéficas para os carnívoros. Mas é uma carne de difícil manuseio e nem sempre fácil de encontrar. Neste caso, o seu veterinário pode indicar um suplemento enzimático. Fezes amolecidas esporadicamente. Pode ter sido algum alimento na composição da dieta? Pode ter sido um petisco fora de hora? Uma situação de estresse? De uma maneira geral, nem sempre fezes amolecidas é sinal de doença. Na Natureza, esse é um mecanismo de defesa importantíssimo. Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos https://cachorronatureba.com.br/ Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos Todas as toxinas expostas ao corpo são processadas no fígado. O fígado as joga nos rins para que sejam filtradas e depois transportadas pelo sistema linfático para a corrente sanguínea até serem expelidas pelas fezes. Se vez ou outra este trabalho está sendo feito sem sinais de desconforto ou doença, ajude seu animal oferecendo uma folga entre as refeições, com algumas horas de jejum, afinal a digestão é um trabalho intenso para o organismo. Não descarte a água. Dê preferência à filtrada. Esse “descanso” vai aliviar a passagem das toxinas, e ele estará pronto para a próxima refeição com mais disposição. Deixei de jejum, as fezes continuam amolecidas e agora meu bichinho está vomitando. Se a quantidade de toxinas for grande demais para ser eliminada através das fezes, o corpo tem que procurar outra forma para se livrar da sujeira. Na medicina natural esse processo de limpeza é chamado de “crise da cura”. Essa “crise” é passageira, mas vivenciá-la pode ser desesperador. Você pode monitorar os sintomas da seguinte forma: 1. Suspenda a alimentação. Lá vem jejum de 12 ou 24h! Se os sintomas cessarem, siga adiante. Caso contrário, é hora de conversar com seu médico veterinário para eliminar a hipótese de alguma doença; 2. Depois de 12 ou 24h ofereça um caldinho de carne. Somente o líquido bem coado. Seu animal precisa de hidratação e nutrientes, mas pode não estar preparado para a introdução de alimento sólido; 3. Mantenha-o hidratado. Ofereça água e o caldo pelo menos três vezes no dia. Monitore as fezes e a presença de vômito. Se pararem por completo, desfie a carne, cuidando para que não contenham nenhum pedaço de osso (esse osso tem que ser descartado no lixo, pois foi cozido e não é seguro), e ofereça o caldo com a carne. 4. Continue monitorando. Conforme for melhorando, mantenha a sopinha com os pedaços de carne e comece introduzir a alimentação crua em refeições alternadas. Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos https://cachorronatureba.com.br/ Alimentação Natural: Um Guia para Cães e Gatos Não dê junto. Prefira duas ou três refeições distintas. Probiótico e Ômega 3 são sempre bons adjuvantes nesses casos. Aqui também podem entrar as enzimas e as tripas. Preparando o caldo de carne. Lembra da canja de galinha da vovó? Poisé isso mesmo. Você pode usar um peito inteiro de galinha com ossos ou pedaços de carne de vaca com ossos. Cubra a carne com água, uma colher de vinagre de maçã e leve ao fogo brando por algumas horas. Isso vai fazer com que os minerais e nutrientes contidos nos ossos e carnes sejam incorporados ao caldo. Junte duas ou três raízes de gengibre, um punhado de manjericão e alecrim, excelentes digestivos com ação anti-inflamatória. Coe o caldo nas primeiras vezes que servir. As ervas e o gengibre picadinhos podem ser oferecidos junto dos pedaços de carne desfiada sem ossos nas refeições seguintes. REFERÊNCIAS Dogs Naturally Magazine (2016). Enzymes and your dog. Retrieved November 1st, 2016 from: http://www.dogsnaturallymagazine.com/enzymes-and-your-dog/ Brown, Steve. (2009). 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