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● Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei. ● Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos. ● As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta. ● Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a velar pela estrita observância dos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no trato dos assuntos que lhe são afetos. ● Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do dano. ● No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou terceiro beneficiário os bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio. ● Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar enriquecimento ilícito, caberá a autoridade administrativa responsável pelo inquérito representar ao Ministério Público, para a indisponibilidade dos bens do indiciado ● A indisponibilidade a que se refere o caput deste artigo recairá sobre bens que assegurem o integral ressarcimento do dano, ou sobre o acréscimo patrimonial resultante do enriquecimento ilícito. ● Enriquecimento Ilícito: SEMPRE APRESENTAM VERBOS QUE INDICAM QUE ELE ESTÁ SE BENEFICIANDO, E NÃO OUTRO, COMO É O CASO DE DANO AO ERÁRIO. AS ÚNICAS HIPÓTESES QUE NÃO APRESENTA: ‘’utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de servidores públicos, empregados ou terceiros contratados por essas entidades’’;. adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego ou função pública, bens de qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à evolução do patrimônio ou à renda do agente público;aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou assessoramento para pessoa física ou jurídica que tenha interesse suscetível de ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público, durante a atividade; incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei; usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei. Esta é uma lei nacional, logo se aplica a todas as esferas: União, Estados, DF e Municípios. A quem se direciona: qualquer agente público, servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, e até mesmo empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei. QUEM PODE RESPONDER: - Qualquer agente público : cargo público, emprego público, mandato eletivo ou função pública. Ainda que seja transitória ou não remunerada. - Servidor público ou não (A primeira hipótese já inclui está). - Empresas Privadas com participação do patrimônio público para sua criação ou custeio têm + de 50% do erário ou MENOS DE -50% acompanhada do recebimento de benefício, subvenção ou incentivo. !!OBS!!: A estas empresas que recebem menos de -50% as sanções da lei se limitam apenas a contribuição pública. Ex, Uma empresa constituída de 85% capital privado e 15% de capital público, ao ser investigada e constatado que houve atos de improbidade que levaram a empresa a falência, consumindo todo o capital, cabe a lei de improbidade julgar apenas os 15% que se refere a sua contribuição, ficando assim o restante a ser julgado por outra lei/esfera. As empresas que recebem mais de +50% a lei de improbidade irá julgar todo o capital, o que foi contribuição do governo e até o que não foi, lembrando… SOMENTE PARA EMPRESAS QUE POSSUEM CAPITAL COM MAIS DE 50% DO DINHEIRO PÚBLICO. !!Obs!!: Para um particular se enquadrar na lei de improbidade, este deve ter sido conduzido, beneficiado ou ter participação de um agente público no ato praticado. Ou seja, caso não haja a existência do agen. Público no crime, este não será considerado ato de improbidade, logo, não se enquadra na lei 8429. SALVO: Todos os agentes políticos podem ser responsabilizados por esta lei, Exceto - o Presidente da República, pois, a ele cabe a Lei de Responsabilidade Fiscal. RESSARCIMENTO DO DANO: Art. 5° Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do dano. Etapas desse processo: 1. A autoridade Adm responsável pelo inquérito irá representar ao MP para indisponibilidade dos bens do acusado 2. MP acata a indisponibilidade dos bens, para que quando for a ele solicitado o ressarcimento do dano, este não tenha passado seus bens a terceiros. QUAIS SÃO OS ATOS DE IMPROBIDADE: (ROL EXEMPLIFICATIVO): Atos praticados tanto por ação quando por omissão 1. Enriquecimento Ilícito (DOLO) 2. Prejuízo ao Erário (CULPA) 3. Concessão/Manutenção de benefício tributário ou financeiro indevido (DOLO) 4. Atenta Contra os princípios da Adm Pública (DOLO) ‼Obs: Todos estes atos são por DOLO, apenas um, o dano ao erário, é CULPA. Ou seja, o prejuízo ao Erário, aos cofres públicos, é a único crime que o réu será responsabilizado com intenção de ter cometido ou não, ou seja, com dolo ou culpa. Exemplos que a banca pode colocar para confundir: - Sempre que aparecer o verbo utilizar, utilizou material da repartição… utilizou de bens públicos… SEMPRE SERÁ ENRIQUECIMENTO ILÍCITO. - A utilização do verbo PERMITIR sempre irá remeter ao DANO OU ERÁRIO. permitiu que terceiros usassem os aparelhos da repartição... PENALIDADES: - Perda da função pública - Suspensão dos D. políticos - Indisponibilidade dos bens (medida cautelar) - Ressarcimento ao Erário - Perda dos bens acrescidos ilicitamente ao patrimônio - Multa - Proibição de contratar e receber benefícios da ADM. Pública Suspensão dos Multa Proibição de D. Políticos Contratar Erique. Ilícito DE 8 - 10 ANOS ATÉ 3X VALOR 10 Prejuízo ao Erário DE 5 - 8 ANOS ATÉ. 2x 5 Atentar Contra Princípios da Adm. DE 3 - 5 ANOS ATÉ 100X REMUNERAÇÃO 3 concessão de benefício indevido 5 - 8 ANOS ATÉ 3 x X ● Estas penalidades serão aplicadas tanto de forma isolada, como cumulativa. ● São aplicadas independentemente das sanções aplicadas na esfera civil, penal ou administrativa. ● Essas penalidades serão aplicadas INDEPENDENTE de ocorrência de dano, pelo simples fato de ter cometido a conduta ilícita, já responderá, exceto em relação à: Pena de ressarcimento, já que o dano ocorreu; e quando acarreta prejuízo ao erário. ● A aplicação das penalidades independem da aprovação ou rejeição das contas do servidor. Ou seja, a aprovação ou rejeição das contas pouco importam, não será um fator que vai condenar ou inocentar. !!OBS!!: Todos os atos de Improbidade administrativapodem ensejar Ressarcimento ao erário e perda da função. Da Declaração de Bens A declaração de bens DEVE ser feita em 3 situações: - posse no serviço público - Atualizada anualmente enquanto estiver no cargo público - Ao sair do serviço público ● Está declaração de bens pode ser substituída pela Declaração de Imposto de Renda Pena: não declarar os bens ou falseá-la implica em DEMISSÃO. REVERSÃO DOS BENS Determinará o pagamento ou a reversão dos bens, conforme o caso, EM FAVOR DA PESSOA JURÍDICA PREJUDICADA PELO ILÍCITO. Questão Quadrix 2020: De acordo com a Lei n.º 8.429/1992 (Lei de Improbidade Administrativa), julgue o item. No caso de enriquecimento ilícito, os bens ou valores ilegalmente auferidos pelo agente ímprobo reverterão em favor do ente político a que vinculada a pessoa ou o órgão desfalcado. GABARITO: ERRADO Justificativa: Não voltará ao ente político, como diz a questão, mas sim a própria pessoa jurídica prejudicada pelo ilícito. Do Procedimento Administrativo e do Processo Judicial Quem poderá requerer à autoridade adm competente: Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente para que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade. Como se dará a representação: § 1º A representação, que será escrita ou reduzida a termo e assinada, conterá a qualificação do representante, as informações sobre o fato e sua autoria e a indicação das provas de que tenha conhecimento. § 2º A autoridade administrativa rejeitará a representação, em despacho fundamentado, se esta não contiver as formalidades estabelecidas no § 1º deste artigo. OBS: A rejeição não impede a representação ao Ministério Público, nos termos do art. 22 desta lei. ● sujeito passivo do ato de improbidade administrativa é a pessoa jurídica vítima desse ato. ● O sujeito ativo é aquele que pratica o ato de improbidade administrativa, concorre para sua prática ou aufere alguma vantagem indevida em razão desse ato. Lembre-se: - As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si. - A condenação no âmbito penal VINCULA as demais instâncias. - A absolvição na instância penal por NEGATIVA DE AUTORIA ou INEXISTÊNCIA DOS FATOS VINCULA as demais instâncias. Ou seja, estando absolvido na instância penal, sob tais justificativas citadas, automaticamente se admite a inocência nas demais instâncias, civil e administrativa. QUEM PODE REPRESENTAR A AUTORIDADE CONTRA UM ATO DE IMPROBIDADE: QUALQUER PESSOA poderá representar à autoridade administrativa competente para que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade. QUEM IMPUGNA A AÇÃO PRINCIPAL: ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de 30 dias da efetivação da medida cautelar. ‼ ação principal ⇒ MP + PJ interessada - em 30 DIAS A APLICAÇÃO DAS SANÇÕES previstas na lei de improbidade INDEPENDE: 1. Da efetiva OCORRÊNCIA DE DANO ao patrimônio público, SALVO quanto à pena de RESSARCIMENTO. 2. Da APROVAÇÃO ou REJEIÇÃO das contas pelo ÓRGÃO DE CONTROLE INTERNO ou pelo TRIBUNAL ou CONSELHO DE CONTAS. VOLTA DOS BENS AOS PREJUDICADOS: A sentença que julgar procedente ação civil de reparação de dano ou declarar a perda dos bens havidos ilicitamente determinará o pagamento ou a reversão dos bens, conforme o caso, em favor da pessoa jurídica prejudicada pelo ilícito.
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