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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS INSTITUTO DE GEOGRAFIA, DESENVOLVIMENTO E MEIO AMBIENTE CURSO DE GEOGRAFIA Disciplina: Geografia da População Profa. Marta Luedemann Nome: Schandler Farias de Souza Turma: ( ) Tarde (x) Noite Curso: ( ) Bacharelado ( x ) Licenciatura Currículo: ( ) 60 horas ( x ) 54 horas Resumo nº: 7 Autor(es): D. F. Maza Zavala Título: A população e os recursos naturais: limites estruturais e o paradoxo da tecnologia Capítulos: 4 (Enviar resumo para: martageoufal@gmail.com;) Vemos no texto de Zavala uma abordagem crítica ao neomalthusianismo que numa nova tentativa de se reinventar para continuar sobrevivendo como conhecimento “científico” relaciona a produção de alimentos com a quantidade de terras aráveis afirmando que são insuficientes para toda a população mundial. O autor então vai afirmar que os defensores do crescimento zero sustentam que as deficiências de alimentos usuais são devidas a escassez de terra arável e, exceção feita a grande força de trabalho, de recursos necessários para a produção agrícola. " Até a "revolução demográfica” do século XVI, a população mundial era pequena, mas a maioria das pessoas passava fome. No século XX, com uma população relativamente grande, a fome é ainda a sina da maior parte das pessoas, mas ninguém pode culpar a tecnologia de deficiente, nem pensar na falta de mão-de-obra. A massa de terra do globo cobre 13,5 bilhões de hectares, dos quais 3,5 bilhões, aproximadamente 26% são aráveis. O total mundial de terras cultivadas é de aproximadamente 40% do total de terras aráveis. A porção de terra cultivável varia entre os diferentes continentes – e países, consequentemente – correspondente a aproximadamente 65% na Europa e 32% na África, mas somente 7%, nos países "ricos" da Austrália e Nova Zelândia. Pode-se ver que em regiões economicamente menos desenvolvidas a proporção de terra cultivável em relação à área total é consideravelmente menor do que em regiões desenvolvidas. Desde que 3,5 bilhões de habitantes da terra são mal nutridos, poderíamos melhorar substancialmente o suprimento mundial de alimentos, em 50% aproximadamente somente tornando disponíveis as terras que podem ser utilizadas para o cultivo, usando a tecnologia corrente. A área envolvida seria de 700 milhões de hectares, e isto deixaria uma reserva de 1,4 bilhões de hectares para o futuro. Este potencial se apresenta ainda maior quando consideramos que com uma melhoria na distribuição mundial da produção de alimentos existente, grande parte da qual á desperdiçado por causa da "carência de um mercado", o consumo mundial per capita de alimentos seria melhorado consideravelmente. O autor vai tratar das estatísticas entre o crescimento populacional e a densidade em relação a terras aráveis, mostrando que representam uma negação de qualquer possibilidade de desenvolvimento agrícola e de desenvolvimento econômico em geral, onde a realidade dos países subdesenvolvidos é bem diferente das estatísticas. Das terras agricultáveis desses países, a maioria está sob a forma de propriedade privada ou do Estado e são terras improdutivas, ou também conhecidas como latifúndios. Outra questão ainda é a de deficiência dos métodos agrícolas. Mesmo em regiões desenvolvidas, os métodos mais avançados de cultivo não são sempre usados, mas em áreas subdesenvolvidas a tecnologia avançada é utilizada apenas em uma parcela das terras cultivadas. De meio milhão de tipos de plantas, usamos 23.000, de uma forma ou de outra, e delas usamos apenas 6000 na agricultura. Por exemplo, das 25.000 classes plantas Solanaceous somente quatro são amplamente usadas; das 12.000 classes de legumes, somente alguns são cultivados como alimento, plantas medicinais, em forragem para animais, cerca de 200 classes de grãos são conhecidas, mas não mais de dez são cultivadas – trigo, cevada, milho e arroz, entre outros. Por conseguinte, existe a possibilidade de uma revolução agrária grande aumentando a quantidade de terras agricultáveis produziríamos gêneros alimentícios suficientes para o dobro da população mundial de hoje, onde fatores políticos e socioeconômico tornam este processo difícil. A acumulação do conhecimento científico, junto a imaginação tecnológica em uma progressão geométrica, a habilidade humana para inventar criaram mudanças extremamente importantes para a existência social e para a produção. Esta imaginação tecnológica, tornaram acessíveis imensas áreas de possibilidades para a produção de alimentos, vestuário e matérias-primas. A tecnologia sozinha não transformará a vida humana. Sob estas condições, o nível da produção agrícola não é determinado pela necessidade social, mas pelo nível de lucro aceitável pelo capitalista. A produção de alimentos fica à margem, retida pelo atraso econômico que acompanha o capitalismo. Além do problema de produção e produtividade inadequadas, existe o não menos importante problema da distribuição. Um reservatório mundial de alimentos seria a solução ideal – ele receberia os excedentes nacionais, que poderiam ser sacados pelas nações com deficiência de alimentos.
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