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As concepções de texto e de discurso nos permitem, então, mais do que fazer uma distinção, perceber que eles são complementares.
Por isso, podemos afirmar: Discurso é o texto em atividade comunicativa; vindo a público e se realizando. É bom observar que o texto pode ser escrito ou oral, embora enfatizemos na maioria das vezes o texto escrito. O discurso também pode se realizar tanto a partir de um texto escrito quanto de um texto oral.
ATENÇÃO
Não confunda discurso com a fala de um orador!
Podemos, então, concluir que todas as vezes que escrevemos ou falamos temos um texto que se realiza como discurso. Isso acontece porque quem fala e escreve tem uma intenção ou objetivo contido na mensagem e até na forma de comunicá-la. Quem ouve e lê precisa decifrar (compreender) a mensagem e a sua intenção a partir do próprio conhecimento de mundo e, claro, do próprio texto.
Mas, você pode se perguntar:
Para que serve definir texto e discurso,
além de fazer a distinção entre eles?
Qual a utilidade desses conceitos?
Essas perguntas são muito importantes e serão respondidas na continuidade deste tema. Mas antes, verifique se você de fato aprendeu o que é um texto e um discurso realizando a atividade a seguir.
atividades
1. A enunciação é um conceito importante para compreender o que é um discurso, além da distinção e complementaridade entre texto e discurso. Sobre a enunciação, é correto afirmar que:
R = Refere-se à atividade social e interacional em que a língua é colocada em funcionamento por um enunciador (aquele que fala ou escreve), tendo em vista um enunciatário (aquele para quem se fala ou se escreve), produzindo um enunciado.
2. Texto e discurso são conceitos que devem ser compreendidos como distintos e ao mesmo tempo complementares porque:
R= 
O discurso é o texto em atividade comunicativa, vindo a público e se realizando.
MÓDULO 2
Identificar aspectos da distinção entre texto e discurso na produção textual
CUIDADOS NA ELABORAÇÃO DO TEXTO
Compreender a relação entre texto e discurso deve levá-lo a determinados cuidados na produção do texto e na sua leitura.
Em relação à leitura, você deve lembrar que o discurso é um conceito relacionado com as intenções presentes no texto (de forma explícita ou implícita) e outros elementos da comunicação como:
· Quem escreve;
· Quem lê;
· Em que contexto o texto foi produzido;
· O momento em que o texto é lido.
Isso quer dizer que o discurso é algo situado, ou seja, ele é produzido por alguém, com determinada intenção, em algum contexto e tendo em vista o interlocutor.
ELABORAÇÃO DO TEXTO
Ao elaborar um texto, você deve ter em mente que não escreve para si mesmo, pois seu texto é produzido para que outros o leiam, ele se transformará em discurso. Por isso, deve haver cuidado na elaboração, na forma pela qual suas intenções estarão marcadas ou presentes na mensagem.
Se escrevemos e falamos para que outros nos entendam ou mesmo atendam aos objetivos de nossa comunicação, precisamos nos esforçar para irmos além da simples expressão do que temos em mente. Isso tem a ver com um importante mecanismo da comunicação, que foi resumido pelo professor Blikstein (1990), em seu livro Técnicas de comunicação escrita, da seguinte forma.
Os princípios do mecanismo da comunicação seriam:
I
Toda comunicação escrita deve gerar uma resposta a uma determinada ideia ou necessidade que temos em mente.
II
A comunicação escrita será correta e eficaz se produzir uma resposta igualmente correta.
III
Resposta correta é a que esperamos, isto é, aquela que corresponde à ideia ou necessidade que temos em mente.
IV
Para avaliarmos a correção e a eficácia de uma comunicação escrita, temos que verificar sempre se houve uma resposta e se ela corresponde à ideia ou necessidade que queremos passar ao leitor.
É preciso, então, cuidado em relação a vários aspectos no uso da língua nas situações de comunicação.
Vejamos três deles:
1. Vocabulário
Preferir palavras e expressões que, além de expressar o que pensamos, ajudem o leitor ou ouvinte a identificar a nossa intenção ou o objetivo do texto. Palavras pouco conhecidas ou rebuscadas, termos técnicos e vocabulário restrito a uma área diferente da do nosso interlocutor podem oferecer alguma dificuldade.
O vocabulário sempre deve estar adequado ao contexto em que comunicamos nossa mensagem e ao nosso interlocutor. Se precisarmos usar alguma palavra difícil ou pouco conhecida, é recomendável que ela venha acompanhada de alguma explicação, evitando deixar o texto pedante ou pretencioso. Não é um vocabulário excessivamente formal ou com preciosismos que vai demonstrar nosso domínio da língua.
2. Adequação da linguagem às situações e aos leitores que temos em vista
O estilo e o nível de linguagem que usamos em nossa escrita ou fala devem estar adequados ao contexto da comunicação, ao objetivo ou à intenção da nossa mensagem e ao interlocutor (o receptor, a pessoa com quem nos comunicamos):
Se o objetivo, por exemplo, for escrever um manual com procedimentos e orientações para o uso de um celular, o texto deverá ter um estilo que respeite a língua culta, mas que será simples, objetivo e claro, com predomínio de verbos no imperativo ou infinitivo, além de descrições e outras características desse gênero textual.
Se escrevermos um bilhete ou enviarmos um recado por um aplicativo de mensagens, usaremos uma linguagem mais coloquial, um tom pessoal e talvez algumas abreviaturas, entre outras características.
Mais adiante você aprenderá outros aspectos importantes na produção e na elaboração do texto em função de seu gênero.
3. Construção das frases e correção gramatical
Organizar cada parágrafo do texto, os períodos e as frases que o compõem é uma forma de deixar o texto claro, coeso e coerente.
Escrever e falar sem incorreções gramaticais também contribui para o melhor entendimento da mensagem, além de dar credibilidade ao autor em virtude do seu domínio da língua padrão. Há outros cuidados na elaboração do texto que destacamos para ajudá-lo a escrever melhor. São aspectos que o ajudarão a perceber características que devem estar presentes em todos os textos e, além disso, a aprender uma outra forma de definir o que é um texto.
Vamos, então, conhecer quatro importantes recomendações que você precisa considerar ao escrever e ao ler um texto:
Clique nas barras para ver as informações.
NÃO CONFUNDA TEXTO COM A MERA SOMA OU AGLOMERADO DE FRASES
Um texto deve ser um todo orgânico com encadeamentos que interliguem as suas partes. Isso im­plica, na leitura, que não devemos tomar as frases ou partes do texto isoladamen­te, sem considerar o seu contexto.
Se o texto é um todo orgânico, então sua com­preensão não pode se basear apenas em um fragmento isolado do contexto.
DELIMITE O SEU TEXTO!
Os professores Platão e Fiorin (2003) nos lembram em seu livro Para entender o texto que o texto deve ser “delimitado por dois espaços de não sentido, dois brancos, um antes de começar o texto e ou­tro depois”, ou seja, tem início e fim, está delimitado num determinado espaço. Isso implica uma organização textual. Se o texto é uma unidade, ele deve ter começo, meio e fim.
FAÇA COM QUE SEU TEXTO SEJA UM GERADOR DE SENTIDO
O que você escreve tem que fazer sentido para quem vai ler. Caso isso não aconteça, não se produzirá um discurso, o texto não se realizará.
Os sentidos têm de ser marcados pela coerência; devem ser, também, confirmados a partir de seu contexto.
ESTEJA ATENTO A ELEMENTOS DO CONTEXTO DURANTE A PRODUÇÃO
De acordo com Platão e Fiorin (2003), o texto é o produto de um sujeito que pertence “a um grupo social num tempo e num espaço”, alguém que expõe em seus textos as ideias, os anseios, os temores, as expectativas de seu tempo e de seu grupo social.
Assim, é necessário entender as concepções existentes na época e na sociedade em que o texto foi produzido para não correr o risco de compreendê-lo de maneira distorcida.
O processo de articulação do texto, que permite a integração entre suas partes, é chamado de encadeamento semântico (semântico = sentido). Ele é queproduz a textualidade ou a “trama semântica”. A coesão, segundo Abreu (1999), é exatamente esse processo de encadeamento que produz a textualidade, que cuida da estruturação da sequência superficial do texto.
Conforme nos ensinam Platão e Fiorin (2003), podemos também dizer que a coesão textual é a ligação, a relação, a conexão entre as palavras, expressões ou frases do texto, por meio de “elementos formais que assinalam o vínculo entre os componentes do texto”. Quando um conteúdo escrito apresenta repetições desnecessárias, retomando uma palavra ou ideia sempre com o mesmo termo, temos um caso de falta de coesão. O exemplo a seguir, retirado do livro Curso de redação, do professor Antônio Suarez Abreu, é uma boa oportunidade para verificar a falta de coesão num texto.
Se você levar em conta que o termo “revendedoras de automóveis” pode ser substituído por agência, concessionária ou loja, e “automóveis” pode ser substituído por carros, veículos, produto ou mercadoria, é possível reescrever o texto estabelecendo a coesão. Veja:
Perceba que, além de evitar a repetição de “revendedoras de automóveis” e da palavra “automóveis”, substituindo esses termos por sinônimos, foram utilizados mecanismos de coesão como a elipse, ou seja, omissão de um termo.
Nesse exemplo, na oração desiste de comprar o automóvel, foi omitido o complemento da forma verbal “desiste”, sem prejuízo à compreensão do texto. Também se substituiu o termo “os automóveis” na frase para vender os automóveis mais caro pelo pronome oblíquo átono junto ao verbo vender: “para vendê-los mais caro”. Outro mecanismo de coesão utilizado foi a retomada do termo “revendedora de automóveis” valendo-se de um advérbio, no caso, o advérbio de lugar “lá”: “o cliente vai lá...”. Há diversas outras formas de articular as partes de um texto, as sentenças ou frases que formam cada período ou parágrafo, garantindo a coesão textual.
coesão textual.
Se queremos, por exemplo, articular duas sentenças com o sentido de oposição, podemos usar conectores ou articuladores como:
· Mas
· Porém
· Contudo
· No entanto
· Todavia
Se a ideia for articular sentenças diferentes com o sentido de causalidade, usaremos articuladores como:
· Porque
· Uma vez que
· Já que
· Visto que
· Devido a
· Por causa de
Veja o exemplo a seguir:
A diretora da escola convocou os pais e os responsáveis dos alunos para uma reunião ontem à tarde, porém poucos compareceram, já que uma forte chuva inundou os principais acessos ao colégio.
Perceba que duas informações iniciais estão articuladas com a ideia de oposição: a convocação e o não comparecimento de quem foi convocado. Em seguida, apresenta-se a causa para o não comparecimento: a forte chuva. A coesão também se manifesta ao se evitar a repetição desnecessária da expressão “os pais e os responsáveis” na oração: porém poucos compareceram, além de se retomar o termo “escola” pelo sinônimo “colégio” na última oração.
Atividades
1. Compreender que o texto é um todo organizado que produz sentido implica afirmar que, na leitura e na produção textual, é recomendável:
R= Estabelecer correspondência e articulação entre as partes do texto, pois as frases não podem ser soltas ou simplesmente amontoadas numa sequência sem sentido e sem unidade.
2. O texto bem escrito deve ter suas partes articuladas adequadamente, ou seja, deve ter a marca da coesão textual. No texto abaixo, há graves problemas de coesão textual.
A diretora da escola convocou os pais e os responsáveis dos alunos da escola para uma reunião de pais e responsáveis dos alunos ontem à tarde, por isso poucos compareceram, porém, uma forte chuva inundou os principais acessos ao colégio.
R= A diretora da escola convocou os pais e os responsáveis dos alunos para uma reunião ontem à tarde, mas poucos compareceram devido a uma forte chuva que inundou os principais acessos ao colégio
MÓDULO 3
Reconhecer o conceito de gêneros textuais e suas implicações na leitura de textos
GÊNEROS TEXTUAIS
Você já aprendeu que, ao falar ou escrever, a intenção e outros aspectos se fazem presentes no ato comunicativo, correspondendo a um modo característico de construção do discurso. Esse modo específico de organizar o discurso se constitui num conjunto de características relativamente estáveis, configurando diferentes textos ou gêneros textuais.
A noção de gêneros textuais foi desenvolvida por um pensador russo, Bakhtin (1895-1975), no começo do século XX. Ele usou a palavra gêneros para se referir aos textos orais ou escritos que elaboramos nas diversas situações de comunicação.
Imagem: Shutterstock.com
EXEMPLOS
Um bilhete que alguém deixa para sua mãe, uma piada que se conta na mesa de um bar, uma ata redigida durante uma reunião ou um artigo de opinião publicado nas redes sociais são exemplos de gêneros textuais, pois apresentam um conjunto de caracte­rísticas sociocomunicativas e uma estrutura específica.
Há gêneros textuais que são típicos da vida acadêmica. Se você tiver que apresentar os resultados de um trabalho acadêmico ou de uma pesquisa realizada ao final do curso, provavelmente terá de escrever uma monografia ou um artigo acadêmico, que constituem também exemplos de gêneros textuais. Caso queira apresentar os resultados de uma visita técnica ou de uma inspeção que tenha rea­lizado, poderá elaborar um relatório, outro exemplo de gênero textual. O e-mail enviado a um colega também faz parte de um gênero textual. A lista de exemplos poderia se estender bastante.
Conforme conceituado por Marcuschi (2002), os gêneros textuais são os textos materializados que encontramos em nossa vida diária e que apresentam características sociocomunicativas definidas por conteúdos, propriedades funcionais, estilo e composição característica.
Agora que você já sabe o que é um gênero textual, tenha cuidado para não cair numa confusão muito comum que alguns estudantes fazem entre gêneros e tipos tex­tuais. Para ajudá-lo a compreender a diferença entre eles, veja o quadro a seguir:
TIPOS TEXTUAIS
Definem-se por propriedades linguís­ticas que vão caracterizar os gêneros: vocabulário, relações lógicas, tempos verbais, construções frasais etc.
Exemplos: narração, argumentação, descrição, injunção (ordem) e exposi­ção (texto informativo).
Podem variar entre cinco e nove tipos.
GÊNEROS TEXTUAIS
São realizações linguísticas concretas definidas por propriedades sociocomunicativas, ou seja, dentro de um contexto cultural e com função comunicativa.
Exemplos: telefonema, sermão, carta comercial, carta pessoal, aula expositiva, romance, reunião de condomínio, lista de compras, conversa espontânea, entrevistas, cardápio, receita culinária, inquérito policial, blog, e-mail etc
Correspondem a um conjunto pratica­mente ilimitado de características deter­minadas pelo estilo do autor, conteúdo, composição e função.
De certo modo, nossa experiência de estudo da língua portuguesa na escola está mais relacionada com os tipos de textos, também denominados tipos textuais. Mas precisamos ter cuidado para não achar que escrever ou ler um texto se resume a compreender os aspectos gramaticais e linguísticos relacionados com um número limitado de tipos textuais.
Os gêneros textuais podem ser tanto escritos quanto orais. Há gêneros textuais que são bem tradicionais, como os sermões, as cartas e os diários pessoais.
Por exemplo:
Numa carta pessoal encontraremos um remetente escrevendo a um destinatário sobre assuntos variados, numa linguagem mais afetiva, estilo menos formal e, às vezes, num tom confessional.
Já numa carta comercial, a finalidade da mensagem impõe linguagem e aspectos formais como a disposição da data e do local; a maneira de se dirigir ao destinatário (como escrever o vocativo ou que forma de tratamento escolher); uso de expressões características da área ou até mesmo jargões profissionais; a forma de o remetente assinar etc
Um gênero textual pode conter diferentes tipos textuais.
Vejamos a seguinte situação:
Vamos supor que você tenha uma página e poste um texto sobre uma viagem que tenha realizado. Provavelmentehaverá um trecho com relato de algum “perrengue” pelo qual você tenha passado (narração), outra parte com detalhes dos brinquedos de um parque sensacional que você conheceu (descrição) e, ao final, a defesa da ideia de que viajar é uma das melhores coisas da vida (argumentação). Nesse exemplo, a postagem contém texto narrativo, descritivo e argumentativo.
Todas essas informações e exemplos sobre os gêneros textuais servem para deixar muito claro que deveremos ter estratégias de leitura adequadas a cada gênero textual, pois eles possuem estrutura, intenções e estilos próprios.
Ao ler uma anedota ou piada, nossa expectativa deve ser encontrar algum efeito de humor. Ao ler o manual de um celular, devemos esperar descrições objetivas das características do aparelho, assim como procedimentos sobre sua utilização.
Alguns textos que pertencem a determinado gênero apresentam uma configuração típica de outro gênero textual, ou seja, assumem a forma de outro gênero buscando maior impacto sobre o leitor ou efeitos que não são tão comuns. O nome que se dá a essa fusão de gêneros textuais é intergenericidade ou intertextualidade de gêneros.
Atividade
1. Os gêneros textuais devem ser corretamente identificados com:
Textos presentes em nosso dia a dia e que apresentam características sociocomunicativas definidas por conteúdos, propriedades funcionais, estilo e composição característica.
2. 6. (ENEM 2013)
A diva
Vamos ao teatro, Maria José?
Quem me dera,
desmanchei em rosca quinze kilos de farinha,
tou podre. Outro dia a gente vamos.
Falou meio triste, culpada,
e um pouco alegre por recusar com orgulho.
TEATRO! Disse no espelho.
TEATRO! Mais alto, desgrenhada.
TEATRO! E os cacos voaram
sem nenhum aplauso.
Perfeita.
(PRADO, A. Oráculos de maio. São Paulo: Siciliano, 1999)
Os diferentes gêneros textuais desempenham funções sociais diversas, reconhecidas pelo leitor com base em suas características específicas, bem como na situação comunicativa em que ele é produzido. Assim, o texto A diva:
Narra um fato vivido por Maria José.
 R=Surpreende o leitor pelo seu efeito poético.

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