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CARACTERÍSTICAS GERAIS • Ser humano -> único hospedeiro definitivo • Heteroxenos -> vetor invertebrado o Vetores: insetos hematófagos EPIDEMIOLOGIA DAS FILÁRIAS • 150 milhões -> infecção por filárias • 120 milhões filariose linfática, “elefantíase” (Wuchereria bancrofti) • 37 milhões oncocercose, “cegueira dos rios” (Onchocerca volvulus) TAXONOMIA • Domínio: eucarioto • Reino: metazoa • Filo: nematoda • Classe: chromadorea • Ordem: rhabditida • Subordem: spirurina • Superfamília: filarioidea • Família: onchocercidea • Gênero: Wuchereria • Espécie: Wunchereria bancrofti EPIDEMIOLOGIA • Wuchereria bancrofti o 90% dos casos regiões tropicais e subtropicais (américas, áfrica, ásia e Oceania) • Brugia malavi o +/- 10% dos casos (índia e china) • Mais de um bilhão de indivíduos expostos ao risco de infecção em quatro continentes (83 países) • 120 milhões de indivíduos atualmente infectados • 40 milhões de indivíduos incapacitados ou desfigurados pela doença em todo o mundo PARASITOS • Dióicos: macho e fêmea • Vivíparos (geram microfilárias) o Há um curto desenvolvimento de ovo dentro do útero da fêmea, mas antes de sair se desenvolve dentro do próprio útero; a casca se desenvolve e vira uma bainha • Metabolismo aeróbio • Novelo (parasitos, 5 machos – 1 fêmea ???) • 20 mil a 3 milhões de microfilárias • Endosimbionte bactéria Wolbachia o Alvo terapêutica com antibióticos eliminam as bactérias endossimbiontes -> reduz fertilidade dos vermes) MICROFILÁRIAS • 250-300 µm • Células somáticas • Estilete bucal • Circulação sanguínea apenas a noite (entre 22h à 4h) • Durante o dia nos pulmões CICLO BIOLÓGICO Os humanos adquirem a filariose linfática pelo inseto vetor Culex quinquefasciatus, que depositam as L3 na pele -> as L3 migram para os vasos linfáticos -> completam seu desenvolvimento até vermes adultos -> os vermes adultos, nos vasos linfáticos, copulam -> fêmea produz microfilárias -> microfilárias ficam armazenadas no pulmão -> durante a madrugada as microfilárias são encontradas na corrente sanguínea, podendo ser sugadas por um no inseto e dentro dele a L1 se transforma em L2 e depois em L3 Helmintos Sistêmicos Tempos: dentro do inseto 15 dias e dentro do humano até a produção de microfilárias até 1 ano FISIOPATOLOGIA Vermes adultos nos gânglios e vasos linfáticos (Adenites) Inflamação aguda Fibrose Obstrução linfática (linfangites) Acúmulo de linfa Fistulização (Hidrocele) Elefantíase Quiluria • Linfedema crônico e elefantíase -> ação combinada entre filárias e infecções bacterianas secundárias de repetição SIMATOLOGIA E FORMAS CLÍNICAS • Período pré-patente • Período patente assintomático • Agudo • Crônico RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO • Número baixo de parasitos no vetor • Infecção depende do número de picadas • Assintomáticas (microfilárias) • Não são bem reconhecidos pelo sistema imune • IgE, porém, sem reação alérgica • Anticorpos bloqueadores de IgE • Pneumonia eosinófila tropical • Vermes adultos: reação humoral ou celular o Linfangiectasia = dilatação vasos linfáticos o Linfangite = extensa reação inflamatória -> hidrocele o Adenite aguda = nódulo granulomatoso indolor DIAGNÓSTICO • Pesquisa de microfilárias • Biopsia do linfonodo • Ultra-sonografia • Métodos imunológicos (ELISA): reação cruzada, baixa sensibilidade • Intradermoreação • Sondas de DNA (investigação) • Diagnóstico laboratorial: parasitológico MICROFILÁRIA EM SANGUE PERIFÉRICO TRATAMENTO • Ivermectina -> DU 200-400 µg/kg (microfilárias) • Dietilcarbamazina (DEC) -> 6mg/kg peso corporal/12 dias (repetir dose até cura) o Microfilárias o Vermes adultos (menor) • Cirurgias PROFILAXIA • Tratamento do doente • Combate do vetor • Melhoria sanitária CLASSIFICAÇÃO • Ordem spirurida -> o Filo nematoda150 milhões -> infecções por filárias ▪ 120 milhões filariose linfática -> “elefantíase” (wunchereria bancrofti) ▪ 37 milhões oncocercose -> “cegueira dos rios” (onchocerca volvulus) CARACTERÍSTICAS • Tamanho variado (3 cm até >1m) • Fusiformes, alongados e não seguimentados • Simetria bilateral • Boca sem lábios • Fêmea e macho (mais fêmea que macho) • 4 estágios larvais • Vivíparas (geram microfilárias) • Heteróxenos (vetor invertebrado) • Ser humano -> único hospedeiro definitivo • Vetores -> insetos hematófagos • Desenvolvimento • Casca ovular • Pode estar ausente • Importante -> diferenciação entre as espécies LOCALIZAÇÃO DOS PARASITOS • Filarioses linfáticas: vermes adultos na circulação linfática e microfilárias no sangue periférico o Wunchererioses e Brugioses • Filarioses cutâneo-dérmicas: vermes adultos encontrados em nódulos subcutâneos e microfilárias em lesões cutâneas o Oncocercose, Loíase, Dracunculose e Mansonella streptocerca • Filarioses das serosas: vermes adultos na cavidade abdominal (mesentério e tecido subperitoneal) o Mansonella pertans (Dipetalonema), Mansonella ozzardi e Mansonella rhodhaini PRINCIPAIS PARASITAS DE VASOS LINFÁTICOS E TECIDO SUBCUTÂNEO NO BRASIL • Wunchereria bancrofti: filariose linfática ou elefantíase • Onchocerca volvulus: oncocercose ou cegueira dos rios • Dirofilaria immitis: parasita cães (zoonose), casos humanos • Mansonella ozzardi: não patogênica? Comum na Amazônia • Brugia malayi – Ásia MICROFILÁRIAS – DIFERENCIAÇÃO DE ESPÉCIES • Sangue/outro e coloração azul metileno/giemsa • Núcleos caudais: células germinativas • Bainha presente ou não A. Wunchereria bancroft B. Brugi malayi D. Oncocherca volvulus G. Mansonella azzardi ONCHOCERCA VOLVULUS (ONCOCERCOSE, CEGUEIRA DOS RIOS) O PROBLEMA • Endêmica em 37 países da África Ocidental e Central, México, América Central e do Sul e Iêmen • 15-37 milhões de indivíduos infectados (217.000 cegos) • Homem: único hospedeiro definitivo • Vermes adultos: nódulos subcutâneos encapsulados -> oncocercomas -> por 9-14 anos (localização de acordo com a espécie de vetor) • Fêmeas adultas: 1000 microfilárias/dia por 2-4 meses, 3-4 ciclos/ano (após inseminação macho) • Microfilárias vivem de 6-24 meses, 2 tamanhos, tecido subcutâneo e vasos linfáticos, dia e noite • Migração: pele e olho DISTRIBU IÇÃO MUNDIAL 100.000 casos nas Américas O PARASITO • Macho: 3 a 5 cm x 0,2 mm o Extremidades enroladas (papilas sensoriais) • Fêmea: 30 a 80 cm x 0,4 mm o Papilas sensoriais • Adultos em grupos (6-7) em nódulos subcutâneos • Podem ficar estendidos e migrar • Microfilárias na pele e no sistema linfático • Olhos • Presentes na linfa • Sem bainha • Circulantes todas as horas do dia • Microfilárias em ciclos • Sem estilete • 3 a 4 ciclos anuais • 1000 a 3000 microfilárias/dia/fêmea • 10 milhões por fêmea • 100 milhões por indivíduo • 2 tamanhos (150-285 e 285-370 um) • 9 a 14 adultos • Heteroxeno • Insetos da família Simuliidae Adulto Microfilária C ICLO DE V IDA FAMÍLIA S IMULI IDAE S IMULÍDEOS OU BORRACHUDOS • Vetores no norte do Brasil o Simulium guianense o Simulium incrustatum o Simulium oyapockense o Simulium roraimense • “borrachudo” • Simulium guianense, simulium incrustatum em terras altas • Simulium oyapockense e simulium roraimense em terras baixas LOCAIS DE CRIAÇÃO • Mato • Cachoeiras RELAÇÃO PARASITO – HOSPEDEIRO • Número baixo de parasitas no vetor • Infecção depende do número de picadas • Assintomáticos (microfilárias) • Microfilária é imunogênica • IgG, IgM e IgE • Resposta humoral • Desgranulação de mastócitos • Imunidade celular deprimida • Imunidade protetora? PATOLGIA • Dermatites oncocercóticas, dermatite popular difusa • Nódulos cutâneos (oncocercomas) • Diversas alterações cutâneas, caracterizam infecção crônica (“pele deleopardo” e sowda) • Lesões linfáticas • Lesões oculares ONCOCERCOMA • Resposta contra os vermes adultos • Estrutura fibrosa • Tamanho variado (1 a 8cm diâmetro) • Centro produtor de microfilárias • Problemas compressivos • Problemas estéticos PRINCIPAIS MANIFESTAÇÕES CLÍNCIAS • “cegueira dos rios” (5-60%: Venezuela) • “pele de leopardo”: atrofia da pele e alterações na pigmentação • Reação inflamatória às filárias (grande parte) • Sowda: liquenificação -> alteração na espessura da epiderme tornando-se espessa e rígida semelhante ao de certos liquens • Microfilárias nos nódulos linfáticos • Lesões oculares o Ceratite puntiforme o Ceratite esclerosante -> iridociclites, glaucoma secundário, coriorretinites e atrofia nervo óptico o Opacificação completa córnea -> cegueira MICROFILÁRIAS • Lesões oculares: 30% dos parasitados nas américas, 85% dos africanos ADULTOS • Guatemalteco • Tumores envolvidos DIAGNÓSTICO • Busca por microfilárias • Biópsia da pele o Microfilárias: após 1,5 ano da infecção inicial haverá fêmea madura produzindo microfilárias em quantidades suficientes o Amostras adequadas: ao nível das papilas dérmicas • Exame oftalmológico • Ecografia • Extirpação dos oncocercomas • Sorologia (baixa sensibilidade) • Técnicas moleculares • Nodulectomia TRATAMENTO • Ivermectina, DU, 150ug/kg, semestral ou anual por 10 anos o Microfilaricida • Dietilcarbamazina o Microfilaricida • Suramida e amocarzine o Adultos CONTROLE • Homem é o único reservatório • Tratamento dos doentes • Tratamento em massa (ivermectina + 400mg Albendazol) • Controle do vetor: o Inseticidas o Larvicidas o Bacillus thuringiensis o Coleóptera, díptera e lepidóptera
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