Buscar

Filariose Linfática: Características e Manifestações

Prévia do material em texto

FILARIOSE LINFÁTICA
Diana Isis Ribeiro Macedo
Kaline Lopes Da Silva
Rafael Isaque Lira do Nascimento
FILARIOSE LINFÁTICA
CARACTERÍSTICA GERAIS
• Doença parasitaria crônica;
• Afeta mamíferos, bem como aves, anfíbios e répteis;
• Principais áreas afetadas: Ásia, África e América;
• Espécies que parasita o homem no território
brasileiro:
-Wuchereria bancrofti;
-Onchocerca volvulus;
- Mansonella ozzardi;
• Sendo a W. bancrofti a mais relevante.
OBJETIVOS
• Aprofundar os conhecimentos sobre 
parasitologia;
• Compreender os mecanismos de ação e 
intervenção da Filariose Linfática.
WUCHERIA BANCROFTI – FILARIOSE LINFÁTICA 
• Causada pelo verme nematóide Wuchereria bancrofti;
• Transmissão pela picada do vetor Culex
quisquefasciatus;
• Doença endêmica, de clima tropical e subtropical;
• Concentra-se em áreas de baixa ação da vigilância 
sanitária.
MORFOLOGIA
• Diferencia-se nos diferentes hospedeiros:
HOMEM
VETOR
VERME ADULTO MACHO
• Corpo delgado com aspecto branco leitoso;
• Mede 3,5 a 4 cm de comp. e 0,1mm de diâmetro;
• Extremidade anterior afilada e posterior enrolada.
VERME ADULTO FÊMEA
• Corpo delgado com aspecto branco leitoso;
• Mede 7 a 10 cm de comp. e 0,3mm de diâmetro;
• Órgãos genitais duplicados, menos a vagina; 
MICROFILÁRIA
• Recoberto por uma membrana, tipo bainha flexível;
• Mede 250 microm. ;
• Se movimenta ativamente na corrente sanguínea;
LARVA
Presente no inseto vetor;
Forma infectante;
Mede 300mm de comprimento ;
HABITAT
• Vasos e gânglios linfáticos humanos;
• Vivem em média 4 e 8 anos;
• Preferências por localidades interiores 
do corpo: região pélvica, mamas, 
escroto e braços.
VERME ADULTO 
- MACHO E FÊMEA-
• Eliminadas pela fêmea e migram pelos 
ductos linfáticos;
• Corrente sanguínea.MICROFILÁRIAS
PERIODICIDADE
• Periodicidade noturna;
• As microfilárias migram para a periferia do corpo ao 
anoitecer e retornam no fim da madrugada para o 
interior do corpo;
• Com destaque aos capilares mais profundos;
• Explicação:
- Coincide com o horário de hematofagismo do vetor;
CICLO BIOLÓGICO
• Ciclo heteroxênico;
• A fêmea é a principal disseminadora do parasita;
• Hematofagismo;
• Culex quisquefasciatusINTERMEDIÁRIO
• HomemDEFINITIVO
Mosquito faz o repasto 
sanguíneo em pessoas 
infectadas com o 
parasita;
Ingerem as microfilárias, 
que migraram para o 
estômago do mosquito;
Perdem suas bainhas e 
atravessam a parede, 
migrando para o tórax, 
onde se alojam nos 
músculos torácicos;
Transformam-se em 
larvas salsichóide (L1);
10 Dias após o repasto 
sanguíneo, agora em 
forma de larva 2 (L2), 
crescem e se 
transformam em larva 3 
– larva infectante (L3);
Migram para o aparelho 
picador (proboscída);
Ao realizarem 
hematofagismo
novamente, infecta o 
hospedeiro definitivo 
(homem);
Em seguida a larva L3, 
segue o fluxo sanguíneo 
em direção aos vasos 
linfáticos, onde 
amadurecem e se 
tornaram vermes adultos;
7 a 8 meses, as fêmeas 
grávidas produzem 
microfilárias, que migram 
dos ductos linfáticos para 
a corrente sanguínea. É 
o ciclo recomeça.
TRANSMISSÃO
• Através da picado do mosquito fêmea Culex
quinquefasciatus;
• Larva infectante (L3) penetra na área lesada pela 
picada;
• Acredita-se que calor corporal e sudorese auxilie na 
penetração da larva na corrente sanguínea;
• Não há incidícios que ocorra transmissão de pessoa 
para pessoa;
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
• Apresenta diversas manifestações clínicas:
- Assintomática;
- Aguda;
- Crônica.
• O parasitado apresenta microfilárias no sangue;
• Sem sintomatologia aparente;
• O paciente pode passar anos sem manifestação de 
qualquer sintoma;
• Mas nos exames podem ser identificados dilatações 
e tortuosidades nos vasos linfáticos e/ou no sistema 
renal;
ASSINTOMÁTICA
• Linfangite: 
• Principais manifestações:
- É a presença de linfangite retrógrada, nos membros 
inferiores;
- Adenite (aparecem nas regiões inguinal, axilar e 
epitrocleana);
- Febre e mal estar;
- Funiculite (inflamação no cordão espermático);
- Orquiepididimite (inflamação nos testículos e no epidídimo).
AGUDA
Linfedema:
• Ocorre com mais frequência em moradores de áreas 
endêmicas;
• Manifesta-se após anos de incubação do parasita;
• Sintomas que classificam essa fase:
- Linfedema;
- Hidrocele;
- Quilúria (linfa na urina);
- Elefantíase.
CRÔNICA
• Desenvolvida na ausência de reações 
inflamatórias prévias;
• Acúmulo de líquido no testículo;
• Provoca inchaço;
• Pode apresentar microfilárias no sangue 
periférico;
• O líquido hidrocele é de cor âmbar, com 
sedimento de células vacuolizadas, fibrina e 
coágulos sanguíneos, colesterol e poeira calcária.
HIDROCELE
• Membros inferiores e na região escrotal;
• Afeta a circulação linfática e promove reação 
inflamatória recorrente;
• Obstrução do fluxo da linfa;
• Inchaço e dilatações do membro afetado;
• Pode apresentar super queratinizarão e rugosidade 
na pele;
• Linfangite , adenite, linforrafia e outros sintomas.
ELEFANTÍASE
• É uma fase classificada como síndrome;
• Manifestação rara;
• Sintoma que caracteriza:
- Asma brônquica.
EOSINOFILIA PULMONAR 
TROPICAL (ept)
PATOGENIA
• A doença de manifesta de formas e fases diferentes;
• Pacientes assintomáticos podem apresentar alta 
microfilaremia, mas sem nenhuma reação visível;
• A maioria das manifestações patológicas estão 
relacionadas com os vermes adultos;
- Linfonodos;
- Troncos linfáticos;
• A presença de microfilárias pode estar associada com 
reações imunoinflamatórias;
• Vermes provocam lesões que podem ser de origem inflamatória ou não e são 
devido a duas ações:
• Presença de vermes adultos dentro de um vaso 
linfático;
• Provoca distúbios;
• Estase linfática com linfangiectasia – dilatação 
dos vasos linfáticos 
• Derramamento linfático - linforragia
AÇÃO 
MECÂNICA
• Presença de vermes adultos nos vasos linfáticos;
• Produtos oriundos do seu metabolismo, mais a 
sua desintegração;
• Provoca reação inflamatórias;
• Linfangite retrógrada – Inflamação dos vasos;
• Adenite;
• Hipertrofia dos gânglios linfáticos
• Reações alérgicas.
AÇÃO 
IRRITATIVA
• Fenômenos imunológicos, como os alérgicos podem induzir a patogenia;
• Eosinofilia Pulmonar Tropical (EPT): alta sensibilidade a resposta 
imunológica;
• Elefantíase, também exemplo, sendo um processo de inflamação e 
fibrose crônica do órgão atingindo;
• Infecções bacterianas e fúngicas agravam o quadro clínico. 
DERRAMAMENTO LINFÁTICO
TECIDOS EDEMA LINFÁTICO
CAVIDADE ABDOMINAL ASCITE LINFÁTICA
TÚNICA ESCROTAL LINFOCELE
VIAS URINÁRIAS LINFÚRIA OU QUILÚRIA
DIAGNÓSTICO
• História do paciente;
• Sintomas aparente;
• Localidade de moradia;
• Não é o suficiente para afirmar o diagnóstico.
CLÍNICO
• Sangue colhido por punção capilar digital;
• No intervalo das 22h e 00h;
• Preparo de lâmina e visualização no microscópico;
• Visualizar a presença de microfilárias no sangue.
GOTA ESPESSA
• Técnica bastante sensível;
• Usada para diagnóstico de casos individuais ou controle 
pós tratamento;
• Filtração do sangue por uma membrana de 3ou 5mm de 
porosidade;
FILTRAÇÃO DE SANGUE 
EM MEMBRANA DE 
POLICARBONATO
• Diluição de 5ml de sangue na proporção de 1:10 com 
formol a 2;
• Centrifugado – colhido sedimento – analisado no 
microscópico; 
MÉTODO DE KNOTT
LABORATORIAL
• Imunoenzimático (ELISA) 
• Imunocromatografia Rápida (ICT) 
• Análise de pesquisa do DNA do parasita, por cadeia de 
polimerase (PCR): para detectar o parasita no sangue, urina e 
saliva
• Ultrassonografia;
• Biópsia.
OUTROS
PROFILAXIA E CONTROLE
• Tratamento de parasitados;
• Combate ao inseto vetor: larvicidas químicos 
(organofosforados) ou biológicos (Bacilus sphaericus
ou Bacilus thuringiensis);
• Usar repelentes, dormir sob mosquiteiros, telar 
janelas e portas;
• Melhoria sanitária.
TRATAMENTO
• O tratamento é executado por antiparasitários e antibióticos;
DIETILCARBAMAZINA (DEC)
•Tratamento individual:6 mg/kg/dia, via oral;
•Tratamento em massa: dosagem semestral ou anual.
IVERMECTINA – Eficaz na redução da microfilaria.
•Dose única: 200-400 mg/kg
ALBENDAZOL- Não apresenta muitos efeitos, mas é 
usado associado ao DEC para auxiliar no combate.
EPIDEMIOLOGIA
• Existe casos de Filariose no muito inteiro, com ênfase 
nas regiões de climas quente e úmidos;
• Manifesta-se principalmente em localidades com 
baixo índices de saneamento básico;
Uma vez que tais meios favorecem a 
proliferação do mosquito. 
• Em 1950, com auxílio de políticas públicas iniciou-se 
o combate a filariose linfática;
• Não existem notificações de casos de filariose nas 
bases de dados públicas brasileiras.
• Em Pernambuco, houve uma ação no intuito de 
combate fortemente a proliferação da filariose;
• Tendo em vista que era uma região com alta 
incidência;
REFERÊNCIAS
• REY, L. Parasitologia: parasitos e doenças parasitárias no homem nos 
trópicos ocidentais. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
• NEVES, D. P. Parasitologia humana. 11. ed. São Paulo: Atheneu, 2005.
• SAÚDE, Ministério da. Filariose Linfática. 2017. Disponível em: 
<http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/filariose-linfatica>. Acesso 
em: 5 set. 2018.
• CRUZ, Fundação Oswaldo. Filariose linfática. Disponível em: 
<http://www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=106&sid
=8>. Acesso em: 05 set. 2018.
• BRASIL, Ministério da Saúde do. Filariose linfática. Guia de Vigilância 
em Saúde, Brasília-df, v. 3, p.593-598, 2017.
• SAÚDE, Ministério da. Situação epidemiológica da filariose linfática no 
Brasil. Boletim Epidemiológico: Secretaria de Vigilância em Saúde − 
Ministério da Saúde, Brasília-df, v. 47, n. 9, p.1-5, 2016.

Continue navegando