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● Data das Provas 1ª avaliação - 2,5 - 05/04/2021 2ª avaliação - 2,5 - 31/05/2021 PRI - 07 - 08/06/2021 AF - 21/06 Tópicos ADM II ● Bens Públicos ● Limitações do Estado sobre a propriedade privada ● Licitações ● Contratos Administrativos ● Serviços Públicos ● Controle da Adm Pública ● Outros Assuntos - Lei de Acesso a Informação - LAE; Lei Geral de Proteção de Dados; etc BENS PÚBLICOS O que são bens públicos? Histórico dos bens públicos do mundo, no brasil e no ordenamento jurídico. ● Ordenamento Romano Os romanos foram os primeiros a classificar os bens: Roma - 4 classificações dos bens 1. Res Nullius - Coisa/bem de níguem 2. Res Privatis - bem privado 3. Res Communes - bem comum 4. Res Universitatis - bem universal * Rés = coisa / bem Res nullius: bens perdidos os quais não se podia identificar o proprietário Res Privatis: bens que possuem proprietário definido Res Communes: coisas que para os romanos não podiam ser privadas, exemplo: os mares, os rios, as florestas Res Universitatis: para os romanos esses bens eram de todos, exemplo: As ruas, as praças, as construções não privadas, etc.. Idade Média = Pós 476 D.C - 1.100 D.C A noção de bem público nesse período quase desapareceu nesse período chamado feudalismo, pois o feudo é o que chamamos hoje de bem privado. A partir de 1.100, com a unificação dos Estados nacionais e a volta das monarquias o conceito de bens públicos ressurge e o de bem privado quase que desaparece. Bens públicos no brasil Bens públicos no brasil colônia a) Brasil colônia (1500 - 1822) tudo era do rei de portugal - bem privado? quase zero b) Brasil império (1822 - 1889) 1824 - Constituição do império - bem privado x bem público imperador - 4º poder moderador - dicotomia - mundo civilizado c) Brasil República (1889 - atual) - golpe 1891 - bem público / privado - código civil 1916 - código 2002: a constituição de 1891 confirmou a dicotomia de bens públicos e privados, todavia a classificação dos bens só veio com o CC de 1916. Perdeu-se a oportunidade de se colocar esse tema na constituição de 1988. Portanto o assunto continua sendo tratado no código civil de 2002. CP E CPP CC e CPC CLT CTN ADM - Material /CPC + Leis Lei: 8.112/0 Lei: 8.666/93 Lei: 10520/02 Lei: 12 /rdc Lei bens públicos - Tudo isso seria como o código de direito adm público Art. 98 CC - São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem. Classificação dos bens públicos no Brasil. Art. 99 São bens públicos: I - Os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territoral ou municipal, inclusive os de suas autarquias III - os dominicais, que constituem o patrimonio das pessoas juridicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. Par. único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado. MODALIDADES OU CLASSIFICAÇÃO DOS BENS PÚBLICOS Uso comum do povo - (art. 99,I CC) - são bens que podem ser utilizados pelos cidadãos de forma igualitária, pois nenhum cidadão terá mais direito de uso do que outro, mesmo que esse uso seja remunerado. Ex: rios, mares, estradas, ruas, praças, praias, florestas. Bens de uso especial: são aqueles nos quais a administração pública se utiliza para alcançar seus objetivos. ex: edifícios, terrenos, repartições públicas, veículos oficiais, materiais de consumo, cemitérios públicos (bens de uso especial) equipamentos das forças armadas, etc… Bens dominicais: são aqueles que pertencem às pessoas jurídicas de direito público e que não possuem destinação específica, razão pela qual, podem servir para obtenção de renda. ex: terras devolutas, terrenos de marinha, bens móveis inservíveis, sucata, Bem público pertence a pessoa jurídica de direito público - União, Estados, DF, Municípios. Adm. Direta - órgãos Adm. Indireta - autarquias, fundações públicas (podem ser de dir. público / privado) agências, consórcios, empresas públicas, sociedade de economia mista. Correntes doutrinárias ● EXCLUSIVISTA - Bem público é todo aquele que pertence a uma pessoa jurídica de Direito Público. (PJDP). Não importa se pertence à administração direta ou indireta. José dos Santos Carvalho Filho. ● INCLUSIVISTA - Bem público é aquele que pertence a uma pessoa jurídica de direito público, seja na administração direta, seja na administração indireta. - Hely Lopes Meirelles e Dr. Pietro. ● MISTA - Bem público é o bem da PJDP da administração direita e da indireta apenas se for afetado a algum serviço público. - Celso Antônio Bandeira de Melo Exemplos: O Brasil não adotou nenhuma teoria, NA INCIDÊNCIA DE QUE A MISTA SEJA MAIS APLICADA PELOS TRIBUNAIS. CESPE - TEORIA EXCLUSIVISTA, BASEADO NO TEXTO DO ART. 98. BENS PÚBLICOS (adm. direta + agências + autarquias F.púb. + dir. pub + EP e SEU - Se não estiver afetado pelo serviço público. ● INALIENÁVEL: Não pode ser vendido sem ser desafetado ● IMPRESCRITÍVEL: não sofre usucapião. Não perde a propriedade pelo desuso do tempo. ● IMPENHORÁVEL: não pode ser dado em garantia Exceção - bem público dominical pode ser vendido. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis e para serem vendidos precisam ser desafetados. Os bens públicos dominicais podem ser alienados pois já estão desafetados. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou remunerado. Gratuito x Remunerada O Zoológico de Brasília é um bem de uso especial. - Remunerado/uso comum do povo. Domínio Público - Uso comum do povo / Uso especial Domínio Privado - Dominicais ($) (pode ser vendido - desafetado) Subdomínios: hídricos, florestal, espacial, patrimônio genético. Uso de bens públicos por particulares AUTORIZAÇÃO: é o ato administrativo unilateral discricionário precário e sem licitação por meio do qual o poder público faculta o uso de bem público a determinada pessoa, em atenção a interesse predominantemente privado podendo ser revogado a qualquer tempo e sem indenização. ex: fechamento de rua para feiras, quermesses, festas populares, quiosques. PERMISSÃO: ato administrativo unilateral, vinculado, precário, e por processo de licitação por meio do qual o poder público faculta o uso de bem público a particular atenção a interesse predominantemente público, podendo ser revogado a qualquer tempo e em regra, sem o pagamento de indenização. ex: banca de jornal, táxi, transporte escolar, CONCESSÃO: é o contrato administrativo bilateral pelo qual o poder público outorga mediante prévia licitação o uso de bem público a particular, forma estável duradoura e por prazo determinado, ensejando indenização caso rompido o contrato. ex: rodovias, mineração, portos, aeroportos Obs¹: O uso privativo de um bem público por particular ocorre quando a administração pública confere, mediante título jurídico, direito ao uso por determinada pessoa ou grupo de pessoas mediante institutos da autorização, da permissão e da concessão. Afetar é o ato administrativo pelo qual o bem público passa a ter destinação especial. Desafetar é o inverso. É quando o bem público tem destinação especial e essa é retirada. BENS PÚBLICOS - CDRU - Bens públicos em espécie - União / Estados / Municípios / DF Bens mais cobrados em concursos a) terreno de marinha b) servidão administrativa c) terras indígenas d) faixa de fronteira e) ilhas f) aguas g) minas e jazidas h) terras devolutas i) patrimônio genético CDRU A CDRU é a possibilidade de se permitir que alguém permaneça na posse de um bem público sem ser considerado invasor. Decreto-lei 271/67 Art. 7o É instituída a concessão de uso de terrenos públicos ou particulares remuneradaou gratuita, por tempo certo ou indeterminado, como direito real resolúvel, para fins específicos de regularização fundiária de interesse social, urbanização, industrialização, edificação, cultivo da terra, aproveitamento sustentável das várzeas, preservação das comunidades tradicionais e seus meios de subsistência ou outras modalidades de interesse social em áreas urbanas. industrialização, edificação, cultivo da terra, aproveitamento sustentável das várzeas, preservação das comunidades tradicionais e seus meios de subsistência ou outras modalidades de interesse social em áreas urbanas. Bens Públicos por espécie Art. 20. São bens da União: I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos; - São os bens atuais e os bens futuros. II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei; - Já já veremos III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banham mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais; - São de responsabilidade da União. IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc 46.htm#art1 - Não existe praia privada no Brasil V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva; VI - o mar territorial; VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos; VIII - os potenciais de energia hidráulica; IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc46.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc46.htm#art1 X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos; XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. Lei 8.617/93 Bens dos Estados: Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados: I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União; II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros; III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União; IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União. Terrenos de marinha: Art. 2º São terrenos de marinha, em uma profundidade de 33 (trinta e três) metros, medidos horizontalmente, para a parte da terra, da posição da linha do preamar-médio de 1831 TERRENO RESERVADO OU SERVIDÃO PÚBLICA A Água É UM BEM DE DONÍNIO PÚBLICO ( u, e, df, m/0 Não há água privada no Brasil. Art. 1º Lei 9433/97 CF 88 Obs: água mineral? Concessão Obs: RESP 1.152.028/MG DIFERENÇA ENTRE MINA E JAZIDA Mina é a exploração da jazida. Jazida é a concentração de substância mineral Obs 01: caso seja encontrado em uma propriedade recursos minerais de valor econômico o proprietário fará jus a royalties. Obs 02: A agência nacional de mineração - anm - substituiu o DNPM -departa Obs 03: É possível a concessão da exploração dos recursos minerais (Art. 176 CF) Obs 04: Os royalties são devidos por força do art 176 § 2° da CF Obs 05: Os municípios e os estados também tem direito a royalties destinado a proteção e a recomposição ambiental Obs 06: Royalties do pré sal estão previstos na lei 12.858/13 - 75% na educação / 25% da saúde TERRAS DEVOLUTAS Lei 601/1850 - Império - CC, art 99 - bens dominicais Estados membros (regra) exceção - art 20 II Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações. § 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9985.htm II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9985.htmhttp://www.pla http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9985.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9985.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2186-16.htm nalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2186-16.htmhttp://www.planalto.gov.br/c civil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11105.htmhttp://www.planalto.go v.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13123.htm III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9985.htm IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L1110 5.htm V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L1110 5.htm VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente; VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais à crueldade. Patrimônio genético: Lei 13.123/2015 Obs1: e a união que fiscaliza e controla o patrimônio genético obs 2 - não se aplica ao patrimônio genético humano http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2186-16.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11105.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11105.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13123.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13123.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9985.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11105.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11105.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11105.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11105.htm Obs 3 - não pode ter pesquisa nociva ao meio ambiente/ relativa a reprodução / armas Art 524 / CC 16 - Similar ao 544 do Código Civil Francês Obs: no brasil, a grande limitação da propriedade ocorre da constituição de 67, 88 e no CC de 2002, Função social da propriedade. No ordenamento brasileiro, o principal limitador da propriedade é a função social prevista no art 5º § 23 As limitações administrativas decorrem de normas gerais e abstratas que se dirigem a propriedades móveis ou imóveis indeterminados com fim de satisfazer o interesse público e cumprir a função social. Ex: em BSB os prédios residenciais podem ter apenas 06 andares Obs: RESP 1204564/PR Conceito de ocupação temporária/provisória: é a norma que limita a propriedade imóvel de forma temporária com ou sem indenização por motivo de utilidade pública. Art 36 do decreto lei 3365 de 41 ● Art. 36. É permitida a ocupação temporária, que será indenizada, afinal, por ação própria, de terrenos não edificados, ● ● ● vizinhosàs obras e necessários à sua realização. ● O expropriante prestará caução, quando exigida. 3924/61Art 13. A União, bem como os Estados e Municípios mediante autorização federal, poderão proceder a escavações e pesquisas, no interêsse da arqueologia e da pré-história em terrenos de propriedade particular, com exceção das áreas muradas que envolvem construções domiciliares. Requisição administrativa: é a modalidade de intervenção do estado na propriedade privada nos casos de iminente perigo público, com a devida indenização posterior se for o caso. Art. 5º, XXV, CF - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano; Obs 1 - Pode ser sobre bens móveis ou imóveis e até mesmo sobre serviços. Obs 2 - Uso de veículo: nesse caso só haverá indenização se houver dano comprovado. Uso não é dano. Lei 8080/90 - art. 15 XIII Art. 15. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios exercerão, em seu âmbito administrativo, as seguintes atribuições: XIII - para atendimento de necessidades coletivas, urgentes e transitórias, decorrentes de situações de perigo iminente, de calamidade pública ou de irrupção de epidemias, a autoridade competente da esfera administrativa correspondente poderá requisitar bens e serviços, tanto de pessoas naturais como de jurídicas, sendo-lhes assegurada justa indenização; Art. 216 CF. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem: I - as formas de expressão; II - os modos de criar, fazer e viver; III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas; IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico. § 1º O Poder Público, com a colaboração da comunidade, promoverá e protegerá o patrimônio cultural brasileiro, por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento e desapropriação, e de outras formas de acautelamento e preservação. Tombamento não é perda da propriedade, pode ser sobre bens móveis e imóveis, materiais e imateriais, públicos ou privados e em regra não exigem indenização Modalidades de tombamento: ● Público x privados ● Voluntário x Compulsório Procedimento do tombamento: ● Parecer técnico do IPHAN ● Notificação do proprietário ● Com concordância - ato de tombamento (decreto / lei) Se não concordância - Procedimento administrativo - Ampla defesa / Contraditório ● Ato de Tombamento Efeitos do tombamento - Dec. Lei: 25/37 ● Coisa tombada pública é inalienável (art 11) ● Transferência de propriedade - leva as regras do tombamento - art. 13, §1º ● Coisa tombada móvel não pode sair do país sem autorização -art 14 ● Se tentar sair do país sem autorização - sequestro de bem (posse do estado) art. 15 ● Se houver responsabilidade - multa - 50% do valor da coisa ● Se tiver extravio ou furto - comunicar o IPHAN. - Se não comunicar, toma multa de 10% do valor da coisa ● Coisa tombada não pode ser destruída, demolida ou mutilada, nem reparada, pintada ou restaurada - sem autorização. ● Vizinho de coisa tombada não pode atrapalhar a visibilidade - multa de 50% do valor da coisa. - art. 18) ● Se o proprietário de coisa tombada não tiver recursos para a conservação deve comunicar o IPHAN ● Se o IPHAN achar necessário o reparo, terá 6 meses para começar a obra de forma custeada pela união. ● É possível arrecadar dinheiro com a coisa tombada, desde que o valor seja revestido para a conservação. ● Vigilância permanente do Iphan Servidão administrativa é a modalidade de intervenção do estado na propriedade privada que visa bem imóvel específico alcançar um interesse público. Modalidades: ● Terrenos marginais - 15,4m do ponto médio de enchentes ordinárias - águas navegáveis. -Lei 1507/1867 - art. 39 - obs - ribeirinhos ● Fonte de águas (mineral, termal, gasosa) - DL 7841/45 - art. 12 ● Prédios vizinhos a coisas tombadas - art. 18 DL25/37 - Servidão administrativa ● Ao redor de aeroporto, heliporto, aeródromo ● Ao redor de áreas militares - DL 3437/41 - 33m ● Aquedutos, gasodutos, oleodutos ● Torres elétricas - união ( decreto) concessionárias ( acordo com o proprietário) Parcelamento e edificação compulsória - PARA EVITAR QUE AS PROPRIEDADES URBANAS NÃO SEJAM UTILIZADAS - Art. 182, 4º, I, CF - Lei PDOT (previsão) - Função Social da propriedade urbana - DESAPROPRIAÇÃO A desapropriação, existente no nosso ordenamento desde 1824 é um procedimento administrativo pelo qual o poder público impõe ao proprietário a perda de um bem, seja por interesse público ou por meio de sanção. 1.1 - necessidade de utilidade ou interesse público: É a prevista no art 5º, XXIV. 1.2.1 - Descumprimento da função social urbana. - Art 182 CF A ordem urbana é de competência do município - Lei 10.257/2001 - Estatuto das Cidades Obs 1 - Competência municipal - Tem que estar previsto no PDOT - deve haver lei de desapropriação municipal. - IPTU progressivo por até 5 anos Art. 184 da CF Função social rural no art 186 da CF LC 88/96 OBS: Competência da união Para fins de reforma agrária Art. 186 da CF + lc 88/96 Drogas - 243 CF INDENIZAÇÕES Obs: procedimento de desapropriação da união está no decrelo lei 3365/41 A pequena e a média propriedade rural, caso for a única do proprietário, não será desapropriada. CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Depois da revolução francesa/ independência dos Estados Unidos Montesquieu Conceito - É o poder de fiscalização que sobre ela exercem os poderes legislativos e judiciários, bem como a própria administração com o objetivo de garantir a sua atuação em conformidade com o ordenamento jurídico. Quanto ao poder: ● Legislativo ● Judiciário ● Executivo Quanto ao momento ● Prévio - preventivo: impede práticas que possam vir a violar o interesse público. ● Concomitante - fiscalizativo ● Posterior - repressivo - judiciário anula / administrativo - anula/revoga Quanto a posição: ● Externo: Leg e Jud - tribunal de contas / MP ● Interno - Adm pública - direta / indireta ● Popular - art 5º LXXIII, CF / Art. 31, CF / Art. 37, §3º CF Quanto ao aspecto Súmula 473 STF ● Legalidade - anulação - Jud. Adm Pública, ● Mérito - revogação - Adm. Púb (exceção: Jud - atos motivados) CONTROLE FEITO PELO LEGISLATIVO - TCU CF. ART 70/71 Adm. Pública - Poder Legislativo: Art. 70,CF Contábil - receitas e despesas Financeiro - depósitos bancários, Empenhos, notas Operacional - Atividade, materiais Patrimonial - bens Orçamentário - PPA, LDO, LOA TCU - 9 ministros Art. 73 CF ● brasileiros ● Maior de 35 e menor de 65 anos ● Idoneidade moral / responsabilidade ● Notórios conhecimentos: Jurídicos, COntábeis, Econômicos, financeiros. administração pública ● + de 10 anos de experiência ● Mesma garantias dos ministros do STJ Súmula 473 do STF - É o controle que a própria administração faz sobre si, anulando ou revogando os seus atos Supervisão ministerial Auditorias Lei 9784/99 Introdução ao estudo das licitações A história da humanidade evoluiu para o controle dos gastos públicos, submetendo os governantes ao império da lei Licitação vem do latim da palavra LICITÁCIO, que significa oferecer algo à venda ou colocar preço. No Brasil colônia não havia legislação sobre gastos públicos. No Brasil império surgiu a primeira norma em 1862, que era o decreto 2926. Brasil República - código de contabilidade pública. Que é o decreto 4536 de 1922. Decreto Lei 200 de 1967. Lei 5456/68 - Essa lei mandou os Estados e Municípios adotarem a lei 200 de 1967. Decreto Lei - 2300/86 CF/88 (Art. 37, XXI obrigou a Adm Pública a ter regras sobre licitação / Art. 22 XXVI)- Compete a união Lei. 8.666/93 · Lei 8.666/93 – lei geral de licitações (REVOGADA) · Lei 8.987/95 – concessões e permissões públicas · Lei 10.520/2002 – pregão (nova modalidade); (REVOGADA) · Lei Complementar 123/2006 - Lei da Pequena e Micro Empresas (arts. 42 a 49 – privilégios a tais empresas nos certames); · Lei 11.079/2004 – PPPs; · Lei 11.488/2007 – Sociedades Cooperativas; · Lei 12.232/2010 – Licitações em matéria de publicidade; · Lei 12.462/2011 - Institui o Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC); (dispositivos revogados – arts. 1º ao 47-A, praticamente tudo sobre RDC) · Lei 12.598/2012 – normas especiais de compra de produtos e de sistemas de defesa. · Lei 13.303/2016 – estatuto das empresas estatais. · Lei 14.133/2021 – nova lei de Licitações CONCEITO DE LICITAÇÃO Licitação é o procedimento administrativo pelo qual um ente público, no exercício da função administrativa, abre a todos os interessados, que se sujeitem às condições fixadas no instrumento convocatório, a possibilidade de formularem propostas dentre as quais selecionará e aceitará a mais conveniente para a celebração do contrato. Lei 8.666/93: - Edital - Habilitação - Julgamento - Homologação - Adjudicação Lei 10520/02 - Edital - Julgamento - Habilitação - Adjudicação - Homologação Lei 14133/21 - Edital - Propostas - Julgamento - Habilitação - Recursos - Homologação ABRANGÊNCIA DA LEI 14.133/21 Art. 1º Objeto da Lei I - Alienação, II - Concessão de direito real de uso - Compras III - Locação IV - Concessão/permissão V - Prestação de serviços VI - Obras e serviços de engenharia VII - Tecnologia Art 7/8/9/ Agente de contratação - Art. 8º, §2 No pregão continuará sendo chamado de pregoeiro Obs: o art. 9º trás as vedações aos agentes públicos Conceitos legais - art. 6º Licitação inexigível é a que não há possibilidade de competição. Licitação dispensável Modalidades - Art 6 + 28 a 32 Conceito de pregão: modalidade de licitação obrigatória para aquisição de bens e serviços comuns cujo critério de julgamento poderá ser o de menor preço ou o de maior desconto; Concorrência Concurso FASES DA LICITAÇÃO - ART 17 A) Preparatória - Planejamento - Inciso 18 - Objetivo da fase preparatória é preaprar o edital B) Edital - Após a fase preparatória, o edital passará pelo crivo do jurídico. Estando tudo nos conformes, o edital deverá ser publicado de maneira eletrônica, nos sites dos órgãos. Deverá ser encaminhado ao PNCP - O edital faz lei entre as partes - Deve ser cumprido pelos dois polos. C) Propostas e lances - Existem prazos após a publicação do edital para que as propostas sejam apresentadas nos termos do art. 55 D) Julgamento - Na fase de julgamento serão analisadas as propostas. Propostas desclassificadas: art. 59, incisos I a V -Art. 60 - Desempate E) Habilitação - na fase de habilitação é onde se verifica o conjunto de informações e documentos necessários para demonstrar a capacidade do licitante - Art. 62 - A documentação de habilitação deverá estar prevista no edital - F) Recursal - Arts. 164 a 168 - Obs: Art. 155 - infrações / Punições - 156 G) Homologação - Homologar significa atestar toda a legalidade do procedimento licitatório Obras - Serviços de Engenharia - Art. 45 - Serviços Gerais - Art. 47 - PPP - 12.109/2004 Encerramento - Art. 71 Procedimentos auxiliares: - Art. 78 ● Credenciamento - art. 79 ● Pré qualificação ● Manifestação de interesse ● Reg. preço ● Reg. Cadastral CONTRATOS ADMINISTRATIVOS Conceito - Contrato administrativo é o ajuste que a administração pública, nessa qualidade, celebra com pessoas físicas ou jurídicas para a consecução dos interesses públicos segundo um regime jurídico de direito público. Obs: 1 - Correntes doutrinárias 1ª corrente - não existe contrato administrativo, o que existe é um contrato 2ª Corrente - Todo contrato da Administração pública é um contrato administrativo 3ª corrente - Contrato administrativo é espécie do gênero contrato e tem regras de Direito Público Brasil adota a terceira corrente Contrato Administrativo - Verticalidade - Ad, Púb é polo ativo - Atos jurídicos Unilaterais - Finalidade Pública - Prerrogativas - Licitação, motivação e publicidade - Objeto Restrito Contrato Civil - Horizontalidade - Particular x Particular - Atos Jurídicos Bilaterais - Finalidade Privada - Igualdade - Liberdade - Objeto Livre CARACTERÍSTICAS DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS a) Presença da administração pública como poder público; A administração pública, portanto, terá uma série de prerrogativas (art. da lei 14.133/21) b) Finalidade pública c) Obediência à forma prescrita em lei - os contratos administrativos fazem lei entre as partes d) Natureza de contrato de adesão e) Natureza intuito personae - a subcontratação em regra é vedada. Para ser permitida, deve estar expressa no edital f) Cláusulas exorbitantes - as cláusulas exorbitantes derivam das prerrogativas - art. 124 - alteração qualitativa e alteração quantitativa As alterações quantitativas e qualitativas podem ser alteradas em até 25% - se for reforma é até 50% g) Mutabilidade (possibilidade de alteração) - TEORIA DA UMPREVISÃO Decorre: Cláusulas exorbitantes e das prerrogativas Áleas: ● Ordinária / Empresarial - Risco do Empresário ● Administrativa: a) Alteração Unilateral b) Fato do Príncipe - ato da administração que não está diretamente ligado ao contratato porém repercute neste. c) Fato da Administração - Toda conduta da administração que torne difícil ou impossível a realização do fato; ● Econômica - A lei econômica são as variações econômicas que são imprevisíveis e inevitáveis, que geram desequilíbrio contratual Requisitos: Imprevisível A empresa não seja a causa Necessidade da própria administração Obs: Caso fortuito e força maior - No direito administrativo são sinônimos Qualquer outro problema que não seja econômico Imprevisível e Inevitável FORMALIZAÇÃO DOS CONTRATOS Termo de contrato é assinado, segundo o que diz o art. 90 DAS GARANTIAS DOS CONTRATOS Regra geral: 01 ano - Exercício financeiro - LOA - Art. 105 Exceções: ● 05 anos (Serviços e fornecimentos contínuos) - Art. 106 ● 10 anos - Art. 75 ● 35 anos - Art. 110, II - Concessão de serviços públicos EXTINÇÃO DOS CONTRATOS ADM - ART. 137 DAS NULIDADES - ART 77 SERVIÇOS PÚBLICOS - Conceitos atuais 1) O conceito de serviço público não é estático, e sim dinâmico 2) Quem define o que é serviço público é a norma 3) Cada Estado tem a sua noção de serviço público 4) Não existe conceito certo ou errado Serviço público é toda atividade material que a Lei atribui para que a exerça diretamente ou por meio de seus delegados, com o objetivo de satisfazer concretamente às necessidades coletivas, sob regime jurídico total ou parcial público. Ou o estado presta ele mesmo o serviço ou os particulares prestam por delegação. - (Autorização, permissão e concessão) 3 Características: Elemento subjetivo: Estado Elemento formal: Regime Jurídico Elemento Material: Atividade de interesse público O titular do serviço público sempre é o Estado; PRINCÍPIOS DO SERVIÇO PÚBLICO a) Continuidade do serviço público - É aquele que determina que o serviço público deve ser prestado sem interrupções; - Alguns serviços são de atendimento 24h - Direito de greve? Não existe lei de greve para os servidores públicos, logo, o STF determinou que se aplicasse as lei 7783/89 e 11473/2007 b) Serviço adequado - Lei 8987/95 - art. 6º, § 1º c) Igualdade dos usuários - Lei 10048/200 - PreferÊncial - Crianças de colo - Obesos - Deficientes - Idosos + 60 - Gestante - Lactante d) Obrigatoriedade - Estado é obrigado pela CF a prestar serviço público e) Transparência f) Universalidade g) Modicidade CLASSIFICAÇÃO - FEDERAL, ESTADUAL E MUNICIPAL UTI UNIVERSI - Universal - Satisfação coletiva - Impostos / Contribuições Ex: Limpeza urbana / Policiamento ostensivo FFA INDIVISÍVEL E GERAL UTI SINGULI (STF) - Individual - Satisfação individual e direta -Taxas( Estado) / Tarifas (preço público) - (Empresas) Exs: água/Esgoto; Saúde e educação; serviço postal; energia elétrica DIVISÍVEL E ESPECÍFICO REMUNERAÇÃO DO SERVIÇO PÚBLICO - Pago por meio de impostos / contribuições (UTI UNIVERSI) - Taxas (UTI SINGULI) - Tarifas (UTI SINGULI) Pagamento de forma direta ou indireta, ex: USUÁRIOS DOS SERVIÇOS PÚBLICOS - (ART. 7º DA LEI 8987/95) Direitos - Receber a prestação do serviço - Receber a prestação de informações - Liberdade de escolha entre os prestadores Obs: Lei 12007/09 Deveres - Conservação - Levar ao conhecimento do PP irregularidades e ilicitudes - Boa utilização AUTORIZAÇÃO - Não tem licitação - é mais voltado para o particular do que para o estado, ex. serviço de táxi PERMISSÃO - Tem licitação + estado e- particular CONCESSÃO - Tem licitação + estado e- particular Art. 175, CF Lei 8987/95 (Permissões/concessões de serviços públicos Sempre por prévia licitação Regras de não exclusividade Pode haver consórcio de empresas para prestar os serviços públicos Contratos - Serviços de estações aduaneiras e terminais alfandegários - 25 anos prorrogáveis por + 10 - Energia elétrica - 35 anos, prorrogados por + 20 - Geral - até 30 anos ● Obrigações dos permissionários / concessionários - Prestar o serviço adequado - Submete-se a fiscalização Obs geral sobre serviço público Crise dos serviços públicos (mundial) - 1970 - MUNDO - 1990 - Brasil + Serviços públicos = + CARGA tributária - Serviços públicos = - Carga tributária PPP - PARCERIA PÚBLICO PRIVADA - LEI 11079/04 Modalidades: - Patrocinada - Concessão de serviço público + tarifa dos usuários + contraprestação do parceiro (Estado) - Administrativa: Adm. pública e a usuária Requisitos - Art. 2º §4º) - R$ 10.000 - + 5 Anos - Mais do que apenas de mão de obra LAI - LEI 12.527/11 (Lei de acesso à informação) Se aplica à União, Estados, DF e Municípios Princípios específicos - art. 3º Acesso à informação - art 7º Pedido de acesso - art. 10º Graus e prazos de sigilo - art. 23 - Ultrassecreto: 25 anos - Secreto: 15 anos - Reservado: 5 anos Competência da classificação do sigilo - art. 27 Critérios da classificação do sigilo - art. 28 LGPD - LEI 13709/18 -LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS Se aplica a pessoas naturais, Pessoa Jurídica de Direito Privado, Pessoa Jurídica de Direito Público (U, E, DF, M) - Fundamentos: art. 2º - Classificações - art 5º - Princípios - art 6º - Tratamento de dados - art. 7º ao art. 14 - Direitos do titular dos dados: art. 17 a 22 - Controlador e autoridade nacional de dados - art. 37 ao 41 - Sanções administrativas: art 52 - Autoridade (FEDERAL - PRESIDêNCIA DA REPÚBLICA) Nacional de Proteção de Dados (ANPD): art 55 A -
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