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BENS PÚBLICOS - Aula 2

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Curso: Direito
6º Período
Disciplina: Direito Administrativo II
Professora: Áustria Régia Rezende dos Santos Costa
BENS PÚBLICOS 
•CC - Art. 98. São públicos os bens do 
domínio nacional pertencentes às 
pessoas jurídicas de direito público 
interno; todos os outros são 
particulares, seja qual for a pessoa a 
que pertencerem.
DIVERGÊNCIA CONCEITUAL
• a) corrente exclusivista: bens públicos são os pertencentes ao 
patrimônio de pessoas jurídicas de direito público. José dos 
Santos Carvalho Filho
• b) corrente inclusivista: são bens públicos todos aqueles que pertencem 
à Administração Pública direta e indireta. Hely Lopes Meirelles e Maria 
Sylvia Zanella Di Pietro
• c) corrente mista: são bens públicos os que pertencem a pessoas 
jurídicas de direito público, bem como os que estejam afetados à 
prestação de um serviço público. Celso Antônio Bandeira de Mello 
• Para concursos públicos tem sido aceita a corrente baseada no
• art. 98 do CC, denominada EXCLUSIVISTA. 
•DISCIPLINA NO CÓDIGO CIVIL
•O Código Civil - Capítulo III, do Livro II, “Dos Bens”, 
dedicado à disciplina normativa dos bens públicos 
(arts. 98 a 103).
•O art. 98 do Código Civil afirma que “são públicos os 
bens do domínio nacional pertencentes às pessoas 
jurídicas de direito público interno; todos os outros 
são particulares, seja qual for a pessoa a que 
pertencerem”.
•CLASSIFICAÇÃO DOS BENS PÚBLICOS (Art. 99 
do CC)
•Art. 99. São bens públicos:
•I – os de uso comum do povo, tais como rios, 
mares, estradas, ruas e praças;
• Bens de uso comum do povo
•CLASSIFICAÇÃO DOS BENS PÚBLICOS (Art. 99 
do CC)
•Art. 99. São bens públicos:
•II – os de uso especial, tais 
como edifícios ou terrenos destinados a 
serviço ou estabelecimento da 
administração federal, estadual, territorial ou 
municipal, inclusive os de suas autarquias;
•Bens de uso especial
•CLASSIFICAÇÃO DOS BENS PÚBLICOS (Art. 99 do CC)
•Art. 99. São bens públicos:
•III – os dominicais, que constituem o patrimônio das 
pessoas jurídicas de direito público, como objeto de 
direito pessoal, ou real, de cada uma dessas 
entidades.
•Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, 
consideram-se dominicais os bens pertencentes às 
pessoas jurídicas de direito público a que se tenha 
dado estrutura de direito privado.
•DEFINIÇÃO DA INALIENABILIDADE DOS BENS DE 
USO COMUM E DE USO ESPECIAL (Art. 100 do CC)
•Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e 
os de uso especial são inalienáveis, enquanto 
conservarem a sua qualificação, na forma que a lei 
determinar.
• 
• DESAFETAÇÃO LEI ALIENAÇÃO
•ADMISSÃO DA ALIENABILIDADE DOS BENS 
DOMINICIAS (Art. 101 do CC)
•Art. 101. Os bens públicos dominicais 
podem ser alienados, observadas as 
exigências da lei.
•IMPRESCRITIBILIDADE DOS BENS 
PÚBLICOS (Art. 102 do CC)
•Art. 102. Os bens públicos não estão 
sujeitos a usucapião.
•USO COMUM DOS BENS PÚBLICOS (Art. 103 do 
CC)
•Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode 
ser gratuito ou retribuído, conforme for 
estabelecido legalmente pela entidade a cuja 
administração pertencerem.
DOMÍNIO PÚBLICO
• Em sentido amplo, domínio público é o poder de senhorio que o 
Estado exerce sobre os bens públicos, bem como a capacidade de 
regulação estatal sobre os bens do patrimônio privado. Também 
chamado de domínio eminente (lato sensu).
• Em sentido estrito, a expressão “domínio público” compreende o 
conjunto de bens móveis e imóveis, corpóreos e incorpóreos, 
pertencentes ao Estado, sendo equivalente ao conceito 
de patrimônio público.
DOMÍNIO PÚBLICO - Segundo Hely Lopes Meirelles, o domínio público lato 
sensu é composto por diversos subdomínios:
a) domínio terrestre: são todas as terras pertencentes ao Estado, incluindo 
terras devolutas, plataforma continental, terras tradicionalmente ocupadas 
por índios, terrenos de marinha, terrenos acrescidos, ilhas dos rios públicos e 
oceânicas, álveos abandonados, além das vias e logradouros públicos, áreas 
ocupadas com as fortificações e edifícios públicos.
 Terras devolutas, são bens públicos dominicais. No entanto, se
 for dado a ela uma destinação, como por exemplo, a proteção ao 
 meio ambiente, passa a ser um bem de uso especial, em virtude 
 da sua finalidade pública. 
TERRAS DEVOLUTAS
Atualmente, são bens públicos estaduais, com exceção daquelas 
indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e 
construções militares, das vias federais de comunicação e à 
preservação ambiental, definidas em lei, hipóteses em que 
pertencerão à União. Portanto, sendo bens dominicais, as terras 
devolutas podem ser alienadas pelo Poder Público. 
Porém, são indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos 
Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos 
ecossistemas naturais (art. 225, § 5º, da CF).
DOMÍNIO PÚBLICO
•b) domínio hídrico: é composto pelas águas públicas internas, cuja 
disciplina é atualmente estabelecida pelo Código de 
Águas (Decreto n. 24.643/34) e Lei da Política Nacional de 
Gerenciamento de Recursos Hídricos – Lei n. 9.433/97, cujo art. 
1º define os seguintes fundamentos para a gestão dos recursos 
hídricos:
•“I – a água é um bem de domínio público;
•(...)
•VI – a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e 
contar com a participação do Poder Público, dos usuários e das 
comunidades”.
DOMÍNIO PÚBLICO
c) domínio mineral: compreende os recursos minerais 
do território nacional. Parte substancial da disciplina 
normativa do domínio mineral está no Código de 
Minas (Decreto-lei n. 227/67). Importante destacar 
que as jazidas de petróleo e minérios 
nucleares são monopólio da União;
DOMÍNIO PÚBLICO
d) domínio florestal: a competência para legislar 
sobre florestas é concorrente entre a União, Estados e 
Distrito Federal (art. 24, VI, da CF), mas preservar as 
florestas, a fauna e a flora é competência comum a 
todas as entidades federativas (art. 23, VII, da CF).
DOMÍNIO PÚBLICO
O conteú-do do art. 225, § 4º, da Constituição Federal define os 
bens pertencentes ao patrimônio nacional, passíveis de exploração 
somente dentro dos limites legais: 
§ 4º A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do 
Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio 
nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de 
condições que assegurem a preservação do meio ambiente, 
inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.
DOMÍNIO PÚBLICO
e) domínio da fauna: a preservação da fauna é competência 
comum à União, Estados, Distrito Federal e Municípios (art. 23, VII, 
da CF). 
Nos termos do art. 1º do Código de Caça (Lei n. 5.197/67), 
os animais de quaisquer espécies que vivam fora do cativeiro 
constituem a fauna silvestre e, assim como seus ninhos, abrigos e 
criadouros naturais, são propriedades do Estado, pertencendo 
ao domínio da União. Igualmente relevante para a disciplina da 
proteção à fauna é o Código de Pesca – Decreto-lei n. 221/67;
DOMÍNIO PÚBLICO
•f) domínio espacial: a disciplina jurídica do espaço aéreo vem 
atualmente definida no Código Brasileiro de Aeronáutica – Lei n. 
7.565/86. 
•Segundo disposto nos arts. 11 e 12 o Brasil exerce completa e 
exclusiva soberania sobre o espaço aéreo acima de seu território e 
mar territorial, cabendo ao Ministério da Aeronáutica a orientação, 
coordenação, controle e fiscalização da navegação aérea, tráfego 
aéreo, infraestrutura aeronáutica, aeronaves, tripulação e serviços 
relacionados ao voo.
•O transporte aéreo de passageiros é serviço público de titularidade 
da União prestado sob regime de concessão (art. 180 do Código 
Brasileiro de Aeronáutica).
DOMÍNIO PÚBLICO
•g) domínio do patrimônio histórico: 
compreende o dever estatal de disciplina e 
proteção dos patrimônios histórico, artístico 
e cultural brasileiros;
DOMÍNIO PÚBLICO
•h) domínio do patrimônio genético: de acordocom 
o disposto no art. 225, § 2º, II, incumbe ao Poder 
Público preservar a diversidade e a integridade do 
patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades 
dedicadas à pesquisa e à manipulação de material 
genético, considerado um dos instrumentos para 
assegurar a efetividade do meio ambiente 
ecologicamente equilibrado;
DOMÍNIO PÚBLICO
•i) domínio ambiental: o meio ambiente 
ecologicamente equilibrado é direito de todos e bem 
de uso comum do povo essencial à sadia qualidade 
de vida, impondo-se ao Poder Público e à 
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo 
para as presentes e futuras gerações.
AFETAÇÃO E DESAFETAÇÃO DE BENS PÚBLICOS
• AFETAÇÃO – Não depende de lei ou ato administrativo 
específico, pelo que, a simples utilização do bem, com 
finalidade pública, já confere a este bem a qualidade de bem 
afetado.
• DESAFETAÇÃO 
• Bens de uso comum – Lei ou ato administrativo 
previamente por lei.
• Bens de uso especial – Lei, ato administrativo previamente 
autorizado por lei ou fato da natureza.
GARANTIAS
IMPENHORABILIDADE – Não podem ser penhorados em juízo para 
garantia de uma execução contra a fazenda pública, por exemplo.
NÃO ONERABILIDADE – Não podem ser objeto de direito real de 
garantia (penhor, anticrese ou hipoteca) para garantir débitos do ente 
estatal.
IMPRESCRITIBILIDADE – Não são objeto de usucapião. Art. 183, § 3º e 
192 da CF e súmula 340 do STF.
ALIENABILIDADE CONDICIONADA – Alienação condicionada à 
obediência da Lei de Licitações Contratos. 
- bem desafetado da destinação pública.
- a demonstração do interesse público na alienação do bem.
- avaliação prévia do referido bem.
- realização de regular procedimento licitatório, prévio à alienação.
ALIENAÇÃO DE BENS PÚBLICOS
• IMÓVEIS
• A modalidade licitatória (art. 17 da Lei 8.666/93 ou art. 76 da Lei 
14.133/21).
• Depende de autorização legislativa, ou seja, deverá ser expedida uma 
lei específica que autorize o ato.
• Para bens pertencentes à União a Lei n. 9.636/98, em seu art. 23 exige 
que a autorização do Presidente da República seja mediante 
regulamento. 
• No que tange à licitação, as alíneas do (art. 17 da Lei 8.666/93 ou art. 
76 da Lei 14.133/21 ) estabelece algumas situações em que a mesma 
é dispensada. 
ALIENAÇÃO DE BENS PÚBLICOS
•MÓVEIS
•Para os bens móveis inservíveis, apreendidos e 
penhorados, utiliza-se a modalidade leilão.
•Para os demais bens móveis avaliados, a lei de 
licitações estabelece o valor que se poderá usar a 
modalidade leilão. 
UTILIZAÇÃO DE BENS PÚBLICOS POR 
PARTICULARES
• UTILIZAÇÃO NORMAL DE BEM PÚBLICO – Ocorre todas as vezes 
que o bem atende à sua finalidade originária, sendo usufruído por toda 
a coletividade, sem distinção entre os usuários. 
• 
UTILIZAÇÃO DE BENS PÚBLICOS POR 
PARTICULARES
• UTILIZAÇÃO ESPECIAL OU ANORMAL – Ocorre quando o particular 
pretende utilizar o bem para destinação diversa das regras específicas 
estipuladas para ele. 
UTILIZAÇÃO DE BENS PÚBLICOS POR 
PARTICULARES
• UTILIZAÇÃO ESPECIAL REMUNERADA - É quando o ente público 
exige o pagamento de determinado valor para a utilização do bem pela 
sociedade.
• Exemplo: pagamento de entrada para assistir um espetáculo em teatro público.
UTILIZAÇÃO DE BENS PÚBLICOS POR 
PARTICULARES
UTILIZAÇÃO ESPECIAL PRIVATIVA – É 
quando o particular precisa fazer uso do bem 
sem a interferência de outras pessoas.
 
• Utilização não compartilhada.
• Depende de instrumento jurídico 
específico e válido que manifeste 
consentimento do poder público.
• Através de institutos precários que 
admitem a retomada do bem pelo Estado.
• Em determinada situação, o 
consentimento pode se manifestar por 
meio de contrato administrativo, 
comprazo de duração determinado e 
garantias ao particular. 
CONSENTIMENTO ESTATAL PARA UTILIZAÇÃO 
ESPECIAL DE BENS PÚBLICOS
• AUTORIZAÇÃO DE USO – É ato discricionário e precário, 
independente de licitação prévia, por meio da qual o Estado permite a 
utilização anormal ou privativa de um bem público pelo particular, 
concedida eminentemente no interesse deste, desde que, por óbvio, 
não cause prejuízos ao interesse da coletividade. 
• Ex.: Fechamento de uma rua para eventos festivos.
AUTORIZAÇÃO DE USO DE BEM 
PÚBLICO
•Em regra - por prazo indeterminado.
•Caráter – precário (revogação sem indenização ao 
autorizatário).
•Independe de licitação prévia.
•Prazo determinado (revogação antecipada enseja 
indenização ao particular prejudicado).
•Não é necessária lei para outorga da autorização porque 
desta não decorrem direitos, exceto o direito de exercitar 
a atividade autorizada.
CONSENTIMENTO ESTATAL PARA UTILIZAÇÃO 
ESPECIAL DE BENS PÚBLICOS
• PERMISSÃO DE USO – É ato discricionário e precário, dependente de 
licitação prévia, por meio da qual o Estado permite a utilização anormal ou 
privativa de um bem público pelo particular, concedida eminentemente no 
interesse público.
• Sempre que possível, que seja precedida de procedimento licitatório.
• Se previr termo final, perde o caráter de precariedade. 
• 
• Ex.: Stands em feiras de artesanatos ou bancas de revistas em calçadas em que estão presentes os interesses de difusão de 
cultura ou o direito à informação. 
PERMISSÃO DE USO DE BEM 
PÚBLICO
•Em regra - por prazo indeterminado.
•Caráter – precário (revogação sem indenização ao 
permissionário).
•Depende de licitação prévia (qualquer modalidade).
•Prazo determinado (revogação antecipada enseja 
indenização ao particular prejudicado).
•Não é necessária lei para outorga da autorização porque 
desta não decorrem direitos, exceto o direito de exercitar 
a atividade autorizada.
CONSENTIMENTO ESTATAL PARA UTILIZAÇÃO 
ESPECIAL DE BENS PÚBLICOS
• CONCESSÃO DE USO – Trata-se de contrato administrativo que 
permite o uso do bem público de forma anormal ou privativa , usado 
para situações mais perenes e que dependem de maior investimento 
financeiro do particular.
• Não é precária por ter natureza contratual – tem prazo determinado.
• Requer procedimento licitatório prévio salvo dispensa e inexigibilidade.
• Segue as normas da lei com a possibilidade de cláusulas exorbitantes.
• 
• Ex.: Box em um determinado mercado municipal ou restaurante em uma universidade pública. 
CONCESSÃO DE USO DE BEM 
PÚBLICO
•Contrato administrativo bilateral.
•Mediante licitação prévia.
•Prazo determinado.
•Respeitar a destinação prevista no ato de concessão.
•A utilização pode ser gratuita ou onerosa pelo 
concessionário.
•A rescisão antecipada pode ensejar o dever de indenizar. 
CONCESSÃO DE USO DE BEM 
PÚBLICO
•Exemplo:
•CF - Art. 176. As jazidas, em lavra ou não, e 
demais recursos minerais e os potenciais de 
energia hidráulica constituem propriedade distinta 
da do solo, para efeito de exploração ou 
aproveitamento, e pertencem à União, garantida 
ao concessionário a propriedade do produto da 
lavra.
CONCESSÃO DE USO DE BEM 
PÚBLICO
CONCESSÃO DE USO DE BEM 
PÚBLICO
Banca de jornal: permissão ou autorização?
• A legislação municipal tem liberdade para definir se a outorga do direito de 
instalar banca de jornal em calçada será formalizada mediante permissão 
ou autorização de uso de bem público.
• Autorização (interesse do particular) X Permissão (interesse público)
• Os concursos públicos, as Bancas costumam aceitar como igualmente 
corretos os dois regimes. Porém, é possível identificar uma preferência 
pela ideia de que bancas de jornal são outorgadas mediante autorização 
de uso. Nesse sentido posiciona-se a maioria da doutrina e o Superior 
Tribunal de Justiça (STJ: RMS 9.437/RJ).
• O Supremo Tribunal Federal manifesta-se sobre o tema fazendo referência 
ora ao regime de permissão de uso (STF: ARE 956.577 – decisão 
monocrática do Min. Luis Barroso; RE 87.290/PR – 1ª Turma), ora ao 
de autorização de uso (RE 111.413 – 2ª Turma).
CONSENTIMENTO ESTATALPARA UTILIZAÇÃO 
ESPECIAL DE BENS PÚBLICOS
• CONCESSÃO DE DIREITO REAL DE USO – É contrato administrativo 
por meio do qual o particular passa a ser titular de um direito real de 
utilização de determinado bem público.
• Depende de licitação.
• Sempre na modalidade concorrência.
• Independentemente do valor do contrato.
• Dec. Lei 271/67, art. 7º , prevê a possibilidade de transferência desse título por 
sucessão ou por ato inter vivos. 
• Ex.: Uma fábrica. 
CONCESSÃO DE DIREITO REAL DE USO 
• DECRETO-LEI Nº 271, DE 28 DE FEVEREIRO DE 1967.
• Art. 7o É instituída a concessão de uso de terrenos públicos ou 
particulares remunerada ou gratuita, por tempo certo ou indeterminado, 
como direito real resolúvel, para fins específicos de regularização 
fundiária de interesse social, urbanização, industrialização, edificação, 
cultivo da terra, aproveitamento sustentável das várzeas, preservação 
das comunidades tradicionais e seus meios de subsistência ou outras 
modalidades de interesse social em áreas urbanas. 
• (...)
• § 4º A concessão de uso, salvo disposição contratual em contrário, 
transfere-se por ato inter vivos, ou por sucessão legítima ou 
testamentária, como os demais direitos reais sobre coisas alheias, 
registrando-se a transferência.
CONSENTIMENTO ESTATAL PARA UTILIZAÇÃO 
ESPECIAL DE BENS PÚBLICOS
• CONCESSÃO DE USO ESPECIAL PARA FINS DE MORADIA – Tem 
por objetivo, promover a utilização de bem público, levando em 
consideração a função social da propriedade e o direito de moradia. 
CC, art. 1.225, inciso XI e Art. 183 da CF.
• Concedido a ocupante de imóvel público urbano de até 250 m².
• Utilize o imóvel público para sua moradia e de sua família pelo prazo de 5 anos, 
exercida de forma pacífica e ininterrupta.
• Não possua nenhum outro imóvel urbano ou rural.
• A concessão será a título gratuito a homem ou mulher, independente do estado 
civil.
• Não se admite o reconhecimento desse direito por mais de uma vez ao mesmo 
concessionário.
• Não adquire a propriedade do imóvel, mas tão somente o domínio. Art. 183, 
caput e § 3º da CF.
CONSENTIMENTO ESTATAL PARA UTILIZAÇÃO 
ESPECIAL DE BENS PÚBLICOS
•CESSÃO DE USO – Feito entre órgãos ou 
entidades públicas, tem a finalidade de permitir a 
utilização de determinado bem público por outro ente 
estatal, para utilização no interesse da coletividade.
•Normalmente é firmado por meio de convênio ou 
termo de cooperação. 
AQUISIÇÃO DE BENS
• A incorporação dos bens ao patrimônio pode se dar mediante 
contratos, por fenômenos da natureza ou, até mesmo, por meio de lei. 
• Aquisição originária – se dá independente da vontade do 
transmitente e se designa de aquisição direta de bens. Nesses casos, 
o bem se incorpora ao patrimônio público sem nenhuma espécie de 
restrição ou ônus. Exemplo: desapropriação.
• Aquisição derivada - decorre de consenso entre as partes e 
transfere o bem ao patrimônio público, com todos os ônus que ele 
possuía originariamente. Exemplo: compra e vende, dação em 
pagamento. 
FORMAS DE AQUISIÇÃO DE BENS PÚBLICOS
• A aquisição de bens públicos pode-se dar por meio de:
• Compra e venda - Trata-se de contrato regulamentado pelo 
Código Civil em seu art. 481.
• Dação em pagamento – É quando o ente público admite 
receber um bem privado em substituição a um débito do 
particular. Tem previsão no art. 356 do CC e art. 156, XI, do 
CTN.
AQUISIÇÃO DE BENS
•Resgate da enfiteuse – Sempre que o Estado 
for proprietário de um bem que está sujeito a 
enfiteuse, caso o enfiteuta deixe de cumprir 
suas obrigações. Art. 693 do antigo CC
•Não obstante a enfiteuse tenha sido extinta 
pelo CC/2002, aquelas que já haviam sido 
constituídas serão mantidas, uma vez que se 
trata de instituto perpétuo. 
AQUISIÇÃO DE BENS
•Doação – É o contrato por meio do qual uma pessoa 
transfere parte do seu patrimônio para o patrimônio 
de terceiro, o donatário. A doação pode ser feita de 
forma simples ou com encargos impostos ao 
donatário do bem. CC, art. 538.
•Permuta – É contrato por meio do qual as partes se 
obrigam mutuamente a dar uma coisa por uma outa 
determinada no contrato previamente. CC, art. 530.
AQUISIÇÃO DE BENS
• Desapropriação – É instituto com base no art. 5º, XXIV da 
constituição Federal que estabelece a possibilidade de 
aquisição dos bens pelo Poder Público mediante o 
pagamento de indenização prévia, justa e em dinheiro, 
desde que presentes os requisitos de utilidade ou 
necessidade pública ou interesse social.
• Usucapião – Chamada também de prescrição aquisitiva, 
configura a aquisição de determinada propriedade em 
virtude da posse mansa e por determinado espaço de tempo 
continuado. Art. 1.238 do CC.
AQUISIÇÃO DE BENS
•Acessão natural – O Código civil, em seus artigos 
1.248 a 1.253, prevê as hipóteses de acessão quais 
sejam, a formação de ilhas, a avulsão, o aluvião, o 
abandono de álveo, além das construções e 
plantações. Tais institutos são matéria de estudo do 
direito civil e ensejam aquisição da propriedade 
também pelo ente estatal. 
AQUISIÇÃO DE BENS
•Testamento e herança jacente – Pode-se, por meio 
de testamento, transferir bens ao Estado. Nos casos 
de herança jacente (sem herdeiros sucessíveis), será 
transferido o bem objeto dessa herança ao Município 
ou Distrito Federal, sendo transferido à União 
Federal se o bem estiver localizado em territórios 
federais nos casos dos arts. 1819 a 1822 e 1844 do 
Código Civil. 
AQUISIÇÃO DE BENS
•Reversão de bens – Os bens da 
concessionária de serviços públicos que 
estejam atrelados à prestação do serviço serão 
transferidos ao poder concedente, ao final do 
contrato de concessão, mediante o pagamento 
da indenização devida. 
AQUISIÇÃO DE BENS
•Pena de perdimento de bens – Os bens 
utilizados com instrumento dos crimes 
praticados ou que sejam produtos deste ou 
ainda que decorram dos proveitos auferidos 
com o crime serão transferidos para a União 
Federal. 
AQUISIÇÃO DE BENS
•Perda de bens – A Lei 8.429/92 (Lei de 
Improbidade Administrativa) estabelece que a 
perda dos bens acrescidos ilicitamente é uma 
das penalidades aplicadas ao agente público 
ou particular que pratique ato de improbidade. 
•CLASSIFICAÇÃO
•QUANTO À TITULARIDADE: os bens públicos se 
dividem em FEDERAIS, ESTADUAIS, DISTRITAIS, 
TERRITORIAIS ou MUNICIPAIS, de acordo com o 
nível federativo da pessoa jurídica a que 
pertençam.
USO COMPARTILHADO: quando pessoas jurídicas 
estatais usam bens pertencentes a outras pessoas 
governamentais.
USO PRIVATIVO: a utilização do bem público 
é outorgada temporariamente a determinada pessoa, 
mediante instrumento jurídico específico, excluindo-se 
a possibilidade de uso do mesmo bem pelas demais 
pessoas.
ALIENAÇÃO DE BENS DA ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA
•Os principais institutos de alienação são:
a) venda (art. 17, § 2º, da Lei n. 8.666/93 ou art. 76 da 
Lei n. 14.133/21) 
b) doação a outro órgão ou entidade da Administração 
Pública (art. 17, I, b, da Lei n. 8.666/93 ou art. 76 da Lei 
14.133/21);
c) permuta (art. 17, I, c, da Lei n. 8.666/93 ou art. 
76 da Lei 14.133/21 );
d) dação em pagamento (art. 356 do CC);
e) concessão de domínio (art. 17, § 2º, da Lei n. 8.666/93 ou art. 76 da 
Lei n. 14.133/21) - é o instrumento de direito público pelo qual uma 
entidade de direito público transfere a outrem, gratuita ou 
remuneradamente, bem público de seu domínio, por lei específica de 
transferência ou de autorização para esta finalidade. Esta forma 
alienativa se desenha de maneira semelhante a compra e venda caso 
seja remunerada ou a doação caso seja gratuita, diferindo destas 
unicamente por não ter fisionomia contratual típica, por ser o ajuste 
previsto especificamente para o direito público, formalizando-se por 
lei, independentemente de transcrição junto ao Registro de Imóveis 
quando o destinatário for pessoa estatal, e se a transferência for para 
pessoa privada, formalizar-se-á por escritura pública ou termo 
administrativo, fazendo-se necessária a transcriçãojunto ao Registro 
de Imóveis competente.
f) investidura (art. 17, § 2º, da Lei n. 8.666/93 ou art. 76 da 
Lei n. 14.133/21) - a Administração Pública autorizada a 
promover a alienação "direta" ao particular lindeiro de área 
remanescente de obra pública ou ao possuidor de imóvel 
residencial descrito na alínea II, sem a competitividade 
peculiar que os procedimentos licitatórios da Concorrência ou 
Leilões Públicos impõem, haja vista sua previsão de dispensa, 
desde que precedidas de avaliação e demais atos 
administrativos concernentes à formalização de tal intento.
g) incorporação - é o meio pelo qual mediante 
autorização legal, o estado integraliza o capital de 
entidade administrativa privada de natureza societária. 
Como dispõe a lei das sociedades por ações, o capital 
pode ser integralizado em dinheiro ou bens, em se 
tratando de integralização por bens imóveis, além dos 
registros nos assentamentos da empresa, deve-se 
regularizar, por força do disposto no artigo 307, da lei 
6.015/73, a transmissão da propriedade com o registro 
imobiliário do documento formal em que se consumou, 
acompanhada da lei autorizadora.
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h) retrocessão (art. 519 do CC) - a retrocessão é 
a obrigação que tem o poder público de oferecer o 
bem ao expropriado mediante devolução do valor 
da indenização, quando não lhe der o destino 
declarado na declaração expropriatória, ou por ter 
cessado a utilidade pública ou o interesse social, 
ou por desvio de finalidade.
i) legitimação de posse (art. 1º da Lei n. 6.383/76) - é modo 
excepcional de transferência de domínio de terra devoluta ou 
área pública sem utilização, ocupada por longo tempo por 
particular que nela se instala, cultivando-a ou levantando 
edificação para seu uso. A legitimação da posse há que ser feita 
na forma da legislação pertinente, sendo que, para as terras da 
União, o Estatuto da Terra (lei 4.504/64) já disciplina seu 
procedimento e a expedição do título (arts. 11 e 97 a 102), para o 
devido registro do imóvel em nome do legitimado.
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FIM

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