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Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciencias Físicas e Matemáticas, Departmento de Física, Professor: Pawel Klimas Data: 28/09/2020 PROVA I - disciplina FSC 5422, TEORIA ELETROMAGNÉTICA II Aluno: Questão 1 Questão 2 Questão 3 Questão 4 NOTA Matrícula: • Separe resoluções por questão . Nao mixture-as. • Escreve no cabaçario de cada página o seu nome, Prova 1, FSC5422 e o numero da questão . • Ao escrevar resolução faça os comentarios. Não basta só fazer o calculo sem explicação . Voce terá o tempo suficiente para elaborar o texto da prova na forma exigida. As resoluções sem comentários, no mesmo correctas, não receberam a pontuação maxima. • Escreva com letra legível. O texto ou formulas ilegíveis serão desconsiderados. • O formato preferencial da resolução da prova é PDF, assim, será posível incluir comentarios e marcar erros. • A prova começará as 15:10 e você terá prazo para fazer upload das suas resoluções até meia note do dia 28/09/20. • Não espere ate último momento! O tempo é suficiente para fazer upload com uma certa antecedência. As resoluções não submetidas até hora limite não serão aceitas e serão consideradas como prova não entregue. • A prova é individual. Como a prova é realizada em casa serão comparadas as provas para identificar corelações que indicaram possivel troca de informações ou resoluções . No caso de deteção de corelação (corelações em uma questão ) as questões serão anuladas em ambas provas (pontuação zero da questão ) ou (corelações em mais que uma questão ) as duas provas serão anuladas (nota zero da prova inteira). • BOA SORTE! Questão 1 (2.5) Trem A′B′ cujo comprimento tem valor L em seu referencial inercial move-se com a velocidade constante V do lado da plataform de compri- mento L em seu referencial inercial. Na parte da frente B′ e de trás A′ encontram-se relógios idênticos sin- cronizados. Outros relógios, também sincronizados, encontram-se em ambas as extremidades da plataformaAB. No instante quando a o trem e a plataforma se encontram (evento P0) os relógios em A e B′ mostraram a mesma hora tA(P0) = t ′ B′(P0) = 0. Considere o instante quando a plataforma e o trem se separam (evento P1). Cal- cule horas marcadas por todos os rel- ogios de ponto de vista do observador na plataforma e no trem. Resposta: As marcações dos relógios A e B são denotadis por tA e tB e as dos relógios A′ e B′ por t′A′ e t ′ B′ . Para se referir a uma marcação concreta fornecemos argumento que representa evento P0, P1, . . .. 1. Desde o momento de encontro ate o momento de separação o trem percorre a distância L + L′ = (1 + 1γ )L no referencial da plataforma S onde L ′ = Lγ é o comprimento do trem (plataforma) em referencial de plataforma (trem). Similarmente, a plataforma percorre a sistância L+L′ = (1+ 1γ )L no referencial do trem. Por consequência o tempo que se passa entre encontro a e separação possui o mesmo valor numérico no tém e na plataforma. Este tempo é igual a distância percorrida L+ L′ dividido por valor absoluto de velocidade V . Logo tA(P2) = tB(P1) = ( 1 + 1 γ )L V = t′A′(P1) = t ′ B′(P5). 2. Precisamos ainda determinar marcações de relogios t′B′(P3) (superficie de simultaneidade no S) e tA(P4) (superficie de simultaneidade no S′). Considerando intervalo entre eventos P0 e P3 temos c2t′2B′(P3)− 02 = c2 (L+ L′ V )2 − (L+ L′)2. c2t′2B′(P3) = 1 β2 (1− β2)(L+ L′)2 = 1 β2γ2 ( 1 + 1 γ )2 L2. Dai t′B′(P3) = ( 1 + 1 γ ) L V γ Para determinar tA(P4) consideramos o intervalo entre eventos P0 e P4. As coordenadas de evento P4 em S são (ctA(P4), 0) enquanto em S′ este evento tem coordenadas x′0(P4) = (1 + 1γ ) L β e x′1(P4) = −(L+ L′). Escrevendo este intervalo em dois referenciais temos c2t2A(P4)− 02 = ( 1 + 1 γ )2L2 β2 − ( 1 + 1 γ )2 L2. 2 onde ( 1 + 1 γ )2 1 β2 − ( 1 + 1 γ )2 = ( 1 + 1 γ )2( 1 β2 − 1 ) = ( 1 + 1 γ )2 1 γ2 − 1 = 1 γ2 1 + 1γ 1− 1γ Dai, tA(P4) = √√√√1 + 1γ 1− 1γ L γc . A expressão alternativa para este tempo pode ser encontrada da geometria do diagrama subtraindo ctA(P4) = ctA(P2) − L tanφ = ctA(P2) − Lβ onde φ é o angulo entre eixos de referencial S e S′. Dai, tA(P4) = L c [ 1 β ( 1 + 1 γ ) − β ] = L V ( 1 + 1 γ − β2 ) = L V γ ( 1 + 1 γ ) . Estas formulas são equivalentes. L V γ ( 1 + 1 γ ) = L γc 1 β ( 1 + 1 γ ) = L γc 1√ 1− 1 γ2 ( 1 + 1 γ ) = L γc √√√√1 + 1γ 1− 1γ . (1) 3 Questão 2 (2.5) Um foguete espacial encontra se no referencial inercial S. Em t = 0 = τ o foguete aciona seus motores e começa acelerar com aceleração g = const no seu referencial de repouso instantâneo. Calcule: 1. Tempo τ no referencial do foguete em função de velocidade dele β no referencial S. Inverte esta relação para encontrar a função β(τ) . 2. Equações paramêtricas da linha mundo x0(τ) e x1(τ). Dica: calcule primeramente estas funções em dependencia de β e na sequência utilize o resultado do item 1. 3. Mostre que a linha mundo do foguete é uma hipérbole. Resposta: Quadricceleração tem a forma aµ = (γ4~β · ~a, γ2~a+ γ4(~β · ~a)~β) onde ~a := d~vdt é aceleração foguete em referencial S e não a parte espacial de a µ. O escalar de Lorentz aµaµ = −γ6[~a2 − (~β × ~a)2]. Quando ~a ‖ ~β temos aµaµ = −γ6a2, onde a := |~a|. Dai, da igualdade aµaµ = a′µa′µ temos γ6a2 = γ′6a′2. Se o referencial S′ for escolhido como referencial de repouso instantâneo do foguete, temos a′ = g, γ′ = 1, β′ = 0. Isto leva a uma equação a = g γ3 onde γ é uma função de tempo t ou, aleternativamente, de τ . 1. Da definição de tempo proprio temos dτ := 1γdt. Temos também dv = adt. Dai dτ = 1 γ dv a = c γ dβ a = c g γ2dβ = c g dβ 1− β2 . Seja β(τ) o valor final de β no instante τ . Integrando temos∫ τ 0 dτ̄ = c g ∫ β 0 dβ̄ 1− β̄2 . Dai, τ = c 2g ∫ β 0 [ 1 1 + β̄ + 1 1− β̄ ] = c 2g ln 1 + β̄ 1− β̄ ∣∣∣β 0 = c 2g ln 1 + β 1− β . Invertendo esta relação temos e 2gτ c = 1 + β 1− β ⇒ β = e 2gτ c + 1 e 2gτ c − 1 = e gτ c + e− gτ c e gτ c − e− gτ c = tanh (g c τ ) 2. Da expressão dv = adt encontramos dx0 = c 2 a dβ = c2 g dβ (1−β2)3/2 . Parametrizando β := sinu temos dx0 = c2 g du cos2u Integrando x0 = ∫ x0 0 dx̄0 = c2 g ∫ u 0 dū cos2ū = c2 g tanu = c2 g sinu√ 1− sin2 u = c2 g β√ 1− β2 = c2 g βγ 4 No caso de coordenada x1 temos dx1 = βdx0 = c 2 g βdβ (1−β2)3/2 . Integrando esta expressão temos x1 = ∫ x1 0 dx̄1 = c2 g ∫ β 0 β̄dβ̄ (1− β̄2)3/2 = c2 g ∫ u 0 sin ūdū cos2ū Definindo w̄ = cosū temos∫ u 0 sin ūdū cos2ū = − ∫ w 1 dw̄ w̄2 = 1 w̄ ∣∣∣w 1 = 1 w −1 = 1 cosu −1 = 1√ 1− sin2 u −1 = 1√ 1− β2 −1 = γ−1 Finalmente x0 = c2 g βγ, x1 = c2 g (γ − 1). Eliminamos β em termos de τ . Temos β = tanh(gc τ) que implica 1− β2 = 1− tanh2(g c τ) = cosh2(gc τ)− sinh 2(gc τ) cosh2(gc τ) = 1 cosh2(gc τ) . Dai γ = cosh (g c τ ) , βγ = cosh (g c τ ) tanh (g c τ ) = sinh (g c τ ) . Em parametrização com tempo proprio x0(τ) = c2 g sinh (g c τ ) , x1(τ) = c2 g [ cosh (g c τ ) − 1 ] 3. Consideramos a expressão (x0)2 − ( x1 + c2 g )2 = c4 g2 (β2γ2 − γ2) = − c 4 g2 . Esta equação descreve uma hipérbole que passa por evento (0, 0). 5 Questão 3 (2.5) Considere uma transformação de Lorentz L̂ = ( γ −βγ −βγ γ ) 1. Calcule autovalores e autovetores normalizados desta transformação . 2. Obtenha a forma da transformação S que diagonaliza esta matriz. Como as coordenadas em quais a matriz de Lorentz é diaginal relacionam-se com x0 e x1? Resposta: 1. A equação secular det(L̂− λ1̂) = 0 tema forma (γ − λ)2 − γ2β2 = 0. As soluções desta equação tem a forma λ1 = √ 1− β 1 + β , λ2 = √ 1 + β 1− β . Os autovetores obedecem v1 e v2 obedecem (L̂−λk1̂)vk = 0. Para primeiro autovetor v1 = (a1, b1) temos ( γ − λ1 −βγ −βγ γ − λ1 )( a1 b1 ) = 0 o que lava equação (γ − λ1)a1 = βγb1. Dai, b1 = a1 portanto v1 = a1(1, 1). Similarmente, para o segundo autovetor v2 = (a2, b2) temos a equação (γ − λ2)a2 = βγb2 encontramos b2 = −a2 o que da v2 = a2(1,−1). Normalizando autovetoresencontramos a1 = a2 = 1/ √ 2, dai v1 = 1√ 2 ( 1 1 ) , v2 = 1√ 2 ( 1 −1 ) 2. A matriz de transformação S possui colunas sendo autovetores vk. A inversa desta matriz é ST (linhas–autovetores) S = 1√ 2 ( 1 1 1 −1 ) , STS = 1̂, ST L̂S = ( λ1 0 0 λ2 ) . Coordenadas podemos encontrar considerando x′ = L̂x ⇒ STx′ = ST L̂S (STx) y := STx y := STx = 1√ 2 ( 1 1 1 −1 )( x0 x1 ) = ( y+ y− ) , y± = 1√ 2 (x0 ± x1). Estas coordenadas chamam-se coordenadas de cone de luz. 6 Questão 4 (2.5) Duas partículas puntiformes possuem velocidades ~v1 = v n̂1 e ~v2 = λv n̂2 num referencial inrcial S, onde n̂1 · n̂2 = cosα e λ ≥ 0. 1. Calcule a velocidade da partícula "2" em referencial da partícula "1" em dependência de parametros v, λ, α e versores n̂1 e n̂2. 2. Obtenha a componente da velocidade da partícula "2" na direção de versor n̂1 para dois casos partiulares α = 0 e α = π. Resposta: Denotamos por S′ o referencial da partícula "1". Referencial S′ move-se com a velocidade ~v1 em S. As coordenadas S′ e S são relacionadas por x′ µ = Lµν(~v1)x ν , onde L00 = γ, L 0 i = L i 0 = −γβi, Li j = δij + γ − 1 β2 βiβj , β := ~v1 c A velocidade da partícula "2" é dada em S e S′ como ~v2 = d~x dt = c d~x dx0 , ~v′2 = d~x′ dt′ = c d~x′ dx′0 Diferenciais transformam-se de acordo com dx′ 0 = γdx0 − γ~β · d~x = [ 1− ~v1 · ~v2 c2 ] γdx0 d~x′ = −γ~βdx0 + d~x+ γ − 1 β2 (~β · d~x) = [1 γ ~v2 − ~v1 + γ − 1 γβ2 ~v1 · ~v2 c2 ~v1 ]γ c dx0 Dai ~v′2 = 1 γ~v2 − ~v1 + γ−1 γβ2 ~v1·~v2 c2 ~v1 1− ~v1·~v2 c2 Substituindo parametrização de velocidades temos ~v′2 = v [( 1− 1γ ) λcosα− 1 ] n̂1 + λ γ n̂2 1− λv2 c2 cosα . Para os casos partículares temos • α = 0, n̂2 = n̂1 ~v′2 = λ− 1 1− λv2 c2 vn̂1 = v2 − v1 1− v1v2 c2 n̂1 • α = π, n̂2 = −n̂1 ~v′2 = − λ+ 1 1 + λv 2 c2 vn̂1 = − v2 + v1 1 + v1v2 c2 n̂1 7
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