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Stephane Bispo @vidadefisio_study A Radiografia é uma técnica imaginológica que usa pulsos de ondas eletromagnéticas (Raios x) para produzir radiografias que representam os tecidos em duas dimensões, baseado em suas densidades. Essas ondas passam através do corpo da pessoa, sendo alguns raios absorvidos pelos tecidos e outros não. Os que não são absolvidos pelo tecido alcançam o filme radiográfico que está logo atrás do corpo. Isto cria uma imagem bidimensional (plana), chamada de radiografia. Tecidos densos (como os ossos) vão absorver a maioria dos raios e aparecem nas radiografias como brancos, enquanto o ar não bloqueia nenhum raio e aparece preto. Outros tecidos estão dentro dessa escala de cinza Indicações As principais estruturas anatómicas avaliadas no radiograma do tórax são: os pulmões, o mediastino (que incluiu as estruturas constituintes como o coração e os grandes vasos) e o esqueleto da caixa torácica. O exame possui indicação quando existem os seguintes sinais e sintomas respiratórios: tosse, dificuldade respiratória (dificuldade a respirar), dor torácica (dor no peito), mas também no caso de trauma, estudos pré-operatórios - avaliação prévia à cirurgia (operação), assim com suspeita de doença cardíaca. Como principais patologias (doenças), poderemos referir: patologia pulmonar como pneumonia, tuberculose, doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), pneumotórax, derrame pleural, cancro dos pulmões; patologia cardíaca, associada a cardiomegalia e patologia da caixa torácica (sobretudo referente ao esqueleto). A radiação sofre atenuação ao atravessar o corpo • Imagem formada = conjunto de tons que variam do negro ao branco, passando por tonalidades de cinza • Áreas brancas – raios x absorvidos no corpo do paciente (não sensibilizam o filme) • Áreas negras – radiação não sofreu obstáculos, atravessando o corpo (sensibilizando o filme) • Tonalidades de cinza – diferentes graus de absorção Formação da Imagem: • Imagem branca: opacidade ou imagem radiopaca ou hipotransparente • Imagem negra: transparência ou imagem radiotransparente ou hipertransparência • Metal, Cálcio, e Partes moles = Radiopacos • Gordura e Ar = Radio transparentes Dessa forma, a tradução que faremos da imagem estará relacionada com a densidade que por sua vez se relaciona com a tonalidade observada (cor) Sabemos que quanto mais densidade tiver o objeto mais claro ele se apresentará. Além da diferença na densidade, a imagem se define pelo contraste radiológico, por exemplo: - Rx de tórax são realizadas em inspiração profunda (contraste do ar com o mediastino); No abdômen não se distingue as vísceras ocas sem ar. É necessário para sua visualização uso do meio de contraste artificial normalmente a base de Iodo e Bário (densidade metálica) Incidências ou Posicionamento principais As incidências mais comuns no raio-x de tórax são: Póstero-anterior (PA): o feixe dos raios passará incialmente na porção posterior do tórax para chegar a porção anterior e enfim chegar ao chassi/filme radiográfico. É a mais indicada pois evita o efeito de magnificação do coração (aumento da imagem cardíaca), é possível afastar as escápulas do angulo de visão (solicitar que o paciente faça abdução dos MMSS). Noções Básicas do RX de Tórax Stephane Bispo @vidadefisio_study Anteroposterior (AP): o feixe dos raios passará incialmente na porção anterior do tórax para chegar a porção posterior e enfim chegar ao chassi/filme radiográfico. É indicada na impossibilidade de realizar em PA (crianças pequenas, pacientes hospitalizados, restritos ao leito, etc....) A incidência Lateral ou Perfil em ortostase: é a que nos permite observar o tórax lateralmente (“de lado”), sendo o lado a ser avaliado que fica em contato com o filme. Identificação das Estruturas Análise sistemática da radiografia do tórax 1. Determinar a idade, sexo e história do paciente. 2. Identificar a projeção utilizada: AP, PA ou perfil. 3. Identificar a posição do paciente: de pé, deitado, decúbito lateral ou lordótica. Observar a expansão torácica: adequada, hipoinsuflada ou hiperinsuflada. 4. Observar os contornos e tamanho das estruturas do coração e do mediastino. 5. Avaliar as vias aéreas: desvio da traquéia? 6. Avaliar a simetria dos campos pulmonares. 7. Há desvio do mediastino? 8. A posição dos hilos está adequada? 9. Há infiltrado, massa ou nódulos nos campos pulmonares 10. Avaliar o padrão vascular dos pulmões: normal, aumentada ou diminuída? inferior maior que nos ápices? 11. Há derrame pleural preenchendo os seios costofrênicos? 12. Há fratura de clavícula, arcos costais ou de vértebras? 13. O paciente apresenta tubo orotraqueal? 14. Pesquisar a presença de pneumotórax. 15. Observar a parede torácica: as partes moles apresentam enfisema subcutâneo? Comparar os achados recentes com imagens antigas, se possível. 16. Correlacionar os achados radiológicos com os dados clínicos.
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