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Noções gerais de psicopatologia e funções psíquicas

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Stefany Margini – T52 FMIT – SOI V
Noções gerais de psicopatologia e funções psíquicas
Palestra 1 – 10/02 – Jorge Tostes
PSICOPATOLOGIA
→ É uma área da psiquiatria, a qual significa “falar sobre a alma que sofre”.
→ Psicopatologia fenomenológica (psicopatologia que irá descrever o fenômeno). 
→ É buscada a compreensão empática do fenômeno psíquico.
	- não pretende explicar, mas compreender o fenômeno.
	- entender como o paciente apresenta os fenômenos e como lida com eles.
→ É o ramo da ciência que trata da natureza essencial da doença ou transtorno mental, suas causas, mudanças e formas de manifestação da doença.
OUTRAS ABORDAGENS E COMPREENSÕES 
→ Psicanalítica
- fundamentada no estudo do inconsciente.
- de grande importância para entender fenômenos como transferência (do paciente para o médico), contratransferência (do médico para o paciente), mecanismos de defesa (existem vários, como por exemplo negação, fuga etc).
MODOS DE ADOECIMENTO MENTAL
→ Reação: elemento desencadeante (processo de adoecimento como relação a um elemento).
→ Desenvolvimento: processo evolutivo (muitas vezes já vem da infância, como deficiência intelectual, autismo. Vem acompanhando o sujeito ao longo da vida).
→ Processo: relação ou nexo com condições pré-mórbidas (pessoa desenvolver esquizofrenia, mas já tinha uma personalidade mais fechada, mas usava alguma droga que aumentava essa característica. A pessoa evolui aparentemente normal, mas apresenta algumas pré disposições).
O EXAME DAS FUNÇÕES MENTAIS
→ Tem início na sala de espera, já observando como que as pessoas estão se portando.
→ Realizado pela observação durante a anamnese ou complementado por indagações e testes específicos (na psiquiatria não é comum o uso de exame complementar, realizando o diagnóstico por meio da história prévia, o que você está observando e o seguimento).
→ É a tradução daquilo que vemos, sentimos e observamos traduzindo em termos técnicos.
→ Assim como na anamnese psiquiátrica, devemos descrever o fenômeno de maneira mais fidedigna possível, tentando escrever o máximo possível com as próprias palavras do paciente.
AVALIAÇÃO INTEGRAL DO PACIENTE 
→ Deve levar em conta todos os aspectos relacionados:
- culturas, crenças, posicionamentos etc. 
- avaliar o ser em seu mundo.
- anamnese (um pouco mais direcionada, não é muito diferente “normal”, porém busca colher informações que irão ajudar naquele quadro, desde a queixa que a pessoa trás no momento, a história patológica pregressa, história familiar etc), descrição do estado mental (observado enquanto você colhe a anamnese), exame físico, exames complementares, plano terapêutico. Em uma primeira consulta sempre coloca a hipótese diagnóstica.
ANAMNESE 
→ A atitude e aspectos gerais antecipam os dados biográficos. 
→ Toda informação é importante, sendo a terapêutica realizada desde o primeiro momento.
→ Técnicas para colher informações.
	- cuidado com extremos: tempo, rigidez, sedução, etc.
	- flua com o processo e deixe falar, mas há meios para facilitar.
→ Lembre-se de se apresentar, informar como se dará o processo e garantir o sigilo (salvo exceções: quando a pessoa apresenta risco para si ou para os outros, ordem judicial, etc).
REGRAS DE OURO
→ Entrevistador fala pouco, faz pontuações e deixa o paciente contar sua história. 
→ Perguntas simples e objetivas quando se mostrarem: desorganizados, baixo nível intelectual, psicótico. 
→ Perguntas neutras, frias quando os pacientes se apresentarem: tímidos, ansiosos, paranoides. 
Não perguntar se está tudo bem, mas sim, como você está, em que eu posso ajudar.
→ O paciente é o nosso foco principal.
	- mas não desvalorizar nenhuma informação que o acompanhante trouxe.
	- cuidado com os conluios.
	- busque aliados, mas não perca o foco.
	- muitos problemas são piorados e/ou desencadeados pelo ambiente e pelas relações.
FOCO NO PACIENTE
→ Atenção aos mecanismos conscientes como:
- simulação: finge algum transtorno para ter algum benefício. Exemplo: paciente terá uma prova e simula déficit neurológico para conseguir um remédio que irá melhorar seu desempenho. 
- dissimulação: mais comum, a pessoa tem o problema, mas quer esconder. Muito comum em casos que não procuram o médico por conta própria.
→ Cuidado, há mecanismos psíquicos inconscientes como:
- somatização: processo do psiquismo que leva a sintomas físicos, sejam agudos ou crônicos. Ou seja, apresenta sintomas, mas não doença. Todos nós temos, mas alguns pacientes apresentam isso de maneira crônica. Exemplo: ter dor de barriga antes de uma prova.
- conversão: converte sintomas emocionais para físico, o psiquismo está levando a sintomas físicos agudos. Toda conversão é uma somatização, porém é algo mais intenso, grave e agudo. Antes era conhecido como piti.
- dissociação: da mente, pessoa pode ficar confusa, em que há uma experiência real. 
→ Não se precipite com diagnósticos.

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