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Proteção Pulpar Direta

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Ana Paula Fernandes 
1 Dentística 
 
Complexo Dentino-Pulpar: Fisiologia e Terapêutica 
Objetivos: 
→ Importância da proteção e conservação da polpa 
dentária; 
→ Realizar o diagnóstico diferencial entre as 
pulpopatias de interesse na dentística 
restauradora; 
→ Instituir a terapêutica necessária a cada uma delas. 
PROTEÇÃO DO COMPLEXO DENTINOPULPAR 
→ Qualquer terapia que minimize a injúria a este 
tecido, pela proteção dos efeitos nocivos de 
agentes físicos, químicos e bacteriano. 
IMPORTÂNCIA DA PROTEÇÃO 
→ Apesar da polpa dental possuir potencial 
reparativo, agressões graves podem desencadear 
processos inflamatórios extensos que culminarão 
na necrose do tecido. 
FUNÇÕES DA PROTEÇÃO 
1. Estimular a recuperação das funções biológicas 
da polpa; 
2. Estimular o processo reparativo do tecido 
pulpar; 
3. Estimular a formação de dentina terciária; 
4. Inibir ou diminuir à infiltração de bactérias e 
toxinas bacterianas; 
5. Isolar contra estímulos térmicos e elétricos. 
POLPA DENTAL 
→ Tem aspectos morfofisiológicos; 
→ Tecido conjuntivo frouxo, altamente especializado; 
→ É ricamente invervado e vascularizado; 
→ É responsável pela vitalidade do dente. 
Funções: 
1. Nutritiva; 
2. Sensitiva; 
3. Defensiva; 
4. Produção de dentina. 
INERVAÇÃO PULPAR 
A dor é a única linguagem que a polpa dental apresenta 
para manifestar alterações. 
• Frio; 
• Calor; 
• Eletricidade; 
• Pressão; 
• Agentes químicos. 
Fibras nervosas tipo A (mielínicas) 
→ Produzem dor aguda e de declínio rápido à 
remoção do estímulo; 
→ Indicam vitalidade pulpar. 
Fibras nervosas tipo C (amielínicas) 
→ Produzem dor latejante e de declínio lento à 
remoção do estímulo; 
→ Indicam inflamação pulpar severa. 
DIAGNÓSTICO DAS ALTERAÇÕES PULPARES 
EXAME CLÍNICO: 
→ Anamnese: características da cor: 
• Condição de aparecimento: 
✓ provocada ou espontânea 
• Duração: 
✓ Declínio rápido ou lento 
• Frequência: 
✓ Intermitente ou contínua 
• Sede: 
✓ Localizada ou difusa 
EXAME FÍSICO: 
→ Cárie (aguda ou crônica); 
→ Inchaço; 
→ Fístulas; 
→ Mobilidade dental; 
→ Realizar palpação; 
→ Realizar percussão (vertical e horizontal). 
EXAME COMPLEMENTAR: 
→ O diagnóstico não pode ser baseado unicamente 
em exames radiográficos! 
→ Alterações pulpares de origem inflamatória iniciais 
e necrose pulpar sem lesão não são observáveis em 
radiografias. 
• Cáries interproximais; 
• Extensão cariosa; 
• Espessamento de lâmina dura. 
Ana Paula Fernandes 
2 Dentística 
DIAGNÓSTICO DAS PULPOPATIAS 
POLPAR NORMAL 
→ Dente assintomático; 
→ Resposta de curta duração e intensidade 
moderada aos testes de vitalidade pulpar; 
→ Ausência de sintomatologia aos testes de 
percussão; 
→ Radiograficamente: 
• Não são detectadas alterações; 
• Nódulos pulpares ou calcificações difusas 
(pacientes idosos); 
• Lâmina dura intacta. 
POLPA ALTERADA = PULPITE 
→ Alteração causada por um processo inflamatório; 
→ Em dentes fechados, a polpa inflamada provoca 
dor por não haver espaço físico para expandir-se, 
causando compressão das fibras nervosas; 
→ São classificadas em três situações: 
1. Pulpite reversível; 
2. Pulpite transicional; 
3. Pulpite irreversível. 
Pulpite Reversível 
→ Dor provocada, de declínio rápido, aguda e 
localizada. 
→ Quando exposta apresenta-se: 
• Sangrante ao toque; 
Sangramento: 
• Normal; 
• De fácil estancamento; 
• Vermelho vivo; 
• Resistente ao corte, com estrutura e 
consistência preservada. 
TRATAMENTO 
→ Remoção dos fatores etiológicos; 
→ Proteção pulpar adequada: 
 
Proteção indireta; 
• Sem exposição pulpar, mas com dentina 
afetada por cárie (TRATAMENTO 
EXPECTANTE). 
 
Proteção direta: 
• Capeamento pulpar; 
• Curetagem pulpar; 
• Pulpotomia. 
PROTEÇÃO PULPAR DIRETA 
→ Tratamento indicado quando há exposição pulpar 
durante o preparo cavitário; 
→ Objetivos: 
• Promover o restabelecimento da polpa 
exposta; 
• Recuperar e preservar suas funções 
biológicas; 
• Anular a atividade bacteriana no local da 
exposição; 
• Proteger contra agressões futuras; 
• Induzir e permitir a formação de barreira 
mineralizada. 
MATERIAIS PARA TRATAMENTOS CONVERSADORES 
DA POLPA 
1. Hidróxido de cálcio – Ca(OH)2 
→ forma de pasta ou P.A. 
características: 
✓ alcalinidade pH alto; 
✓ efeito bacteriostático e bactericida; 
✓ bem aceito pelos tecidos conjuntivos; 
✓ estimula a ação do sistema enzimático tecidual; 
✓ ação da fosfatase alcalina (pH 8.6 a 10.3); 
✓ estimula a ação das células mesenquimais 
indiferenciadas; 
✓ neutraliza os ácidos bacterianos. 
 
 
 
 
 
 
 
2. Agregado de trióxido mineral (MTA) 
Características: 
✓ Estimula a formação de dentina esclerosada, 
reparadora, assemelhando-se aos produtos à 
base de hidróxido de cálcio; 
✓ Apresenta melhores propriedades mecânicas 
em comparação ao hidróxido de cálcio. 
 
Indicações: 
→ Em perfurações resultantes de reabsorções 
internas e externas; 
→ Para tratamento conservador da polpa 
(curetagem pulpar e pulpotomia). 
 
 
Ana Paula Fernandes 
3 Dentística 
TRATAMENTOS PARA PROTEÇÃO DIRETA 
1. Capeamento pulpar direto; 
2. Curetagem pulpar; 
3. Pulpotomia (imediata e mediata). 
CAPEAMENTO PULPAR DIRETO 
→ Pulpite reversível; 
→ Exposição acidental SEM contaminação e SEM 
presença de tecido cariado – dentina sadia. 
Sequência Operatória (1ª sessão) 
1. Radiografia; 
2. Teste de vitalidade pulpar; 
3. Anestesia; 
4. Isolamento absoluto; 
5. Remoção da dentina; 
6. Hemostasia e limpeza com solução de Ca( OH)2; 
7. Aplicação de otosporin (corticosteróide) por 10 
minutos; 
8. Aplicação do pó P.A. ou da pasta de Ca(OH)2 = o 
pó pode ser aplicado com porta amálgama; 
9. Aplicação de um agente forrador (cimento de 
Ca(OH)2; 
10. Aplicação de um material base (CIV – resinoso); 
11. Checagem da oclusão; 
12. Aguardar de 45 a 60 dias ou 90 dias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURETAGEM PULPAR 
 
→ Casos de exposição pulpar COM contaminação 
bacteriana; 
→ Remoção parcial da polpa na área de exposição até 
o limite que se considera suficiente para excisão de 
todo tecido contaminado. 
 
Sequência Operatória (1ª sessão) 
1. Radiografia; 
2. Teste de vitalidade pulpar; 
3. Anestesia; 
4. Isolamento absoluto; 
5. Remoção da dentina; 
6. Ampliação do orifício da exposição com brocas 
esféricas em alta rotação e constante irrigação; 
7. Usa-se curetas afiadas para total remoção da 
parte afetada; 
8. Avaliar o tecido pulpar: 
• Qualidade e quantidade de sangramento; 
• Consistência firme e avermelhada. 
9. Irrigação da câmera pulpar com soro fisiológico; 
10. Hemostasia com bolinha de algodão estéreis; 
11. Aplicação de otosporin por 10 minutos; 
12. Lavagem da cavidade com solução Ca(OH)2; 
13. Aplicação do pó ou pasta de Ca(OH)2; 
14. Aplicação agente de forramento - cimento de 
Ca(OH)2; 
15. Aplicação de material para base protetora (CIV – 
resinoso); 
16. Checagem oclusão; 
17. Aguardar 90 dias. 
 
Sequência Operatória (2ª sessão) 
18. Ausência de sintomatologia dolorosa relatada 
pelo paciente; 
19. Radiografia; 
20. Teste de vitalidade; 
21. Anestesia; 
22. Procedimento restaurador definitivo planejado; 
23. Checagem da oclusão; 
24. Acompanhamento por 3 anos. 
 
 
 
NEOMICINA: antibiótico de amplo 
espectro, pertence à família dos 
aminoglicosídeos, eficaz contra G- e 
contra G+ estafilococos. 
POLIMIXINA B: antibiótico, atua em G- 
HIDROCORTISONA: corticosteróide, 
alívio das manifestações inflamatórias. 
Ana Paula Fernandes 
4 Dentística 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PULPOTOMIA 
→ Remoção da polpa coronária, preservando a 
vitalidade da polpa radicular; 
→ Técnica aplicada em dentes jovens com rigogênese 
incompleta (estágio de Nolla 7,8 e 9); 
→ Imediata ou mediata. 
 
PULPOTOMIA IMEDIATA 
 
(1ª sessão) 
 
1. Anestesia; 
2. Isolamento absoluto; 
3. Remoção da dentina cariada; 
4. Remoçãodo teto da câmera pulpar; 
5. Excisão da polpa coronária com curtas afiadas 
ou brocas esféricas até a entrada do canal; 
6. Lavagem abundante com soro fisiológico; 
7. Hemostasia espontânea e secagem da 
cavidade com bolinha de algodão estéril; 
8. Aplicação do otosporin por 10 a 15 minutos; 
9. Aplicação do Ca(OH)2 puro ou P.A ou MTA; 
10. Aplicar agente forrador – cimento de Ca(OH)2; 
11. Aplicar material como base (CIV – resinoso); 
12. Aguardar 90 dias. 
 
(2ª sessão) 
 
13. Radiografia periapical; 
14. Confecção da restauração definitiva; 
15. Checagem de oclusão; 
16. Acompanhar até que o dente tenha rizogênese 
completa. 
 
PULPOTOMIA MEDIATA 
 
→ Todos os passos iguais ao da técnica imediata até a 
aplicação de otosporin; 
→ O medicamento irá permanecer na cavidade por 
até 72h; 
→ Na 2ª sessão, seguirão os outros passos da 
imediata. 
 
Pulpite Transicional 
→ Prognóstico duvidoso, com possível agravamento 
do quadro quando submetida a tratamento 
conservador. 
→ Dor espontânea, de declínio lento, intermitente, 
pulsátil e difusa; 
→ Dor desencadeada e exacerbada pelo: 
PULPOTOMIA 
→ Remoção da porção 
coronária da polpa. 
 
PULPECTOMIA 
→ Extirpação total do tecido 
pulpar. 
Ana Paula Fernandes 
5 Dentística 
• Frio (às vezes alívio); 
• Calor; 
• Maior aporte sanguíneo. 
→ Analgésicos comuns surtem efeito. 
 
Tratamento – duas filosofias: 
1. Tratamento conservador; 
2. Tratamento endodôntico radical. 
 
Pulpite Irreversível 
→ Dor espontânea, contínua e difusa. 
→ Quando exposta a polpa apresenta-se: 
• Vermelho rubro; 
• Consistência pastosa, sem resistência ao 
corte; 
• A dor não cede com analgésicos comuns; 
• Possível ocorrência de pólipo pulpar em 
jovens. 
 
Tratamento – ENDODONTIA! 
 
POLPA NECROSADA 
 
→ Destruição celular, com comprometimento 
vascular e nervoso; 
→ Ausência de dor, exceto com teste térmico 
utilizando calor. 
 
PROSERVAÇÃO 
 
→ Em caso de dor espontânea, instituir: 
• tratamento endodôntico. 
 
→ Em caso de dor provocada, após a terapia clínica, 
instituir: 
• Analgésico + antiinflamatório por 3 dias; 
• A dor provocada pode demorar até 4 semanas 
para remissão total. 
 
Exame radiográfico: 
✓ Presença de ponte dentinária? 
✓ Ausência de rarefação da lâmina dura no 
periápice. 
 
ATENÇÃO: 
• Não aplicar anestesia intrapulpar nos casos de 
pulpite reversível; 
• Não lavar a cavidade com hipoclorito de sódio.

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