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Caso concreto 4 Para Weber, o Estado era uma comunidade humana que pretende, com êxito, o monopólio do uso legítimo da força física dentro de um determinado território. Certamente a força não é o meio normal, nem o único, do Estado, mas um meio específico ao Estado. Com isso, ele reafirma sua concepção realista da política (leva em conta o Estado como é e não como deve ser); o Monopólio da força (poder de coerção) é uma condição necessária, mas não suficiente à existência do Estado. O Estado pode renunciar ao monopólio do poder ideológico (separação entre Igreja e Estado, renúncia pelo Estado à imposição de uma fé ou ideologia, e o reconhecimento do direito à liberdade de religião e opinião). Pode também renunciar ao monopólio do poder econômico, expressando o reconhecimento da liberdade dos empreendimentos econômicos que caracterizam o Estado liberal (laissez-faire). Mas não pode renunciar ao poder de coerção sem deixar de ser um Estado. Esta coerção deve ser legitimada. Desta forma, como as instituições que o precederam, o Estado é uma relação de homens dominando homens, relação mantida por meio da violência legítima. Para que o Estado exista é necessário que os dominados se submetam a quem está no poder, deixando implícito que só um poder legítimo está destinado a perdurar no tempo, e só um poder duradouro pode constituir um Estado.
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