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Estamos analisando os elementos que foram considerados fundamentais que foram fundamentais para o estado moderno. • Enquanto texto escrito ele representa a materialização normativa dos elementos constitutivos do Estado. • A constituição como documento jurídico que estabelecendo os elementos políticos que representa o estado. • O estado para ser constituído é preciso que s tenha a presença de três elementos. ➢ O humano – povo ➢ O territorial – território do Estado ➢ O poder – soberania. • Porém Dallari acredita que existe um 4º elemento, uma finalidade. • Vamos estudar esses elementos. • São reconhecidos partir do vínculo político de pessoa com o estado. Porém é um conceito subjetivo, é difícil explicação, por isso define-se critérios jurídicos para aprofundar o conceito de povo, desse modo cria-se a nacionalidade, que é justamente o que liga juridicamente e classifica como povo. Nacionalidade • O vínculo jurídico político que define e que integra o vínculo humano com o Estado • Tem a diferença entre nacionalidade primaria/originaria e secundaria /derivada: • Originária: vai definir quem são os nacionais natos de um Estado, está por nascimento, a partir do nascimento o indivíduo é um cidadão Nato do estado. ➢ Territorial: “jus solis” pelo nascimento. ➢ Parentesco: “jus sanguines” pelo parentesco. ➢ No Brasil adota-se os dois critérios para determinar a nacionalidade, mais especificamente o critério baseado no 1º grau de parentesco. • Derivada: por naturalização de um estado ➢ Cada país tem poder para definir regras que permitam o reconhecimento de nacionalidade para pessoas a partir do reconhecimento desses critérios. ✓ Ex: CF-88, diz que o estrangeiro de pais em que a língua oficial seja o português, e manter a moradia fixa no Brasil pôr no mínimo 1 ano sem interrupção, pode-se obter a nacionalidade brasileira. ✓ Ex2: No Brasil, não há diferença entre brasileiro Nato e por derivação, exceto aqueles que consta na CF-88, como por exemplo, um estrangeiro naturalizado brasileiro não pode ser ministro do governo federal. Nação • O elemento humano constitutivo do Estado, pertencimento cultural reconhecido como a ideia de pertencimento, fazendo as pessoas se sentirem participantes da nação, se dá por um compartilhamento cultural. Cidadania • Está relacionada a todos aquele que fazem parte do povo de um estado tem direito de participar das decisões políticas da sociedade. • Constitucionalismo latino-americano ainda não é influente e reconhecido, prende-se demais aos modelos europeus, algo que não é cabível mais na atualidade em que vivemos hoje, pois a américa- latina, sobretudo o Brasil é muito mais amplo e diferente da visão eurocêntrica. • Essa definição de cidadania latino-americana, vai contra ao modelo de Carl Smith. • Uma cidadania ativa exercida no legislativo para uma melhor administração com a participação da sociedade. Elementos constitutivos do Estado Ciências políticas – 2ª unidade Caderno CP – Prof. Geovane Peixoto (FBDG) Por: Carla Pirajá e Marcela Lobo • O estado moderno teve como seu marco o tratado de paz de Vestfália, que delimitou as fronteias dos Estados, que constitui um dos requisitos essenciais para o reconhecimento dos estado, a base geográfica, na qual o estado exerce suas relações de poder. • É necessário saber a base e sua limitação geográfica para aqueles que são participantes do Estado sejam obrigados a se submeter. Uma questão geopolítica, definindo as relações de convivência de determinado grupo social. • Primeiramente o território era relacionado a propriedade e, depois se tornou a base em que as relações do poder acontecem. O exercício da soberania determina o território. • O que importa num território é como aquele estado consegue exercer sua relação de poder. ✓ Ex: Base de embaixadas estrangeiras em outros países. • Surgindo daí outros critérios, como sua extensão e defesa. • O Estado pode existir de maneira excepcional sem um dos principais elementos constituintes do Estado. ✓ Não há de fato uma real conceção de poder, ele é muito complexo, por isso é necessário analisar diversos elementos para defini-lo. • Concepção teórica: Instituições do Estado. ➢ A figura política do poder está muito relacionada a figura do Estado, o professor não gosta da perspectiva de relação sobre as instituição de estado, pois excluem os aspectos sociológicos das relações de poder, ele aprecia a relação entre governante e cidadão. ➢ Por exemplo: as cadeias têm seu próprio sistema de poder distinto do Estado. ➢ As decisões judiciais são impostas força de poder do Estado, podendo permitir o monopólio da violência do Estado para concretizar as consequências permitindo a ordem do convívio social. ➢ O estudo focado nos aspectos institucionalizados nas relações de governo e governados (perspectiva de dominação). Gera uma relação dialética entre cidadãos e governo. Mas nessa perspectiva, não é analisado as outras relações sociológicas de poder, que estão além do Estado. Foucault trabalha muito a microfísica do poder, estudando não como uma dominação globalizada, mas as pequenas relações de poder, relacionando uma visão específica de cada local. • Concepção simbólica: Pierre bodier ➢ Vai trabalhar sobre um perspectiva sociológica uma visão simbólica do poder, não são as relações que estão declarados, mas sim na dimensão simbólica do que gera e do que é gerado, fala sobre uma tradição neokantiana, mito, língua, arte, ciência como instrumentos de conhecimento e construção sistemática das ➢ condições sociais de produção. ➢ Sendo feitos de forma intencionais pelas vontades humana de alcançar certos feitos. Esses mecanismos são definidos para definir como a sociedade quer que aconteça seu domínio. ✓ O poder não surge aleatoriamente, ele é uma construção, estruturado com uma finalidade. ➢ O exercício do poder simbólico é uma forma de imposição de dominação pelo uso desses conhecimentos, evitar o uso dos mecanismos violentos, fazendo as pessoas se submeter a submissão sem o mecanismos de violência. • No entanto esse também é um mecanismo de violência pois impõe os símbolos aos cidadãos. • Entre violência e dominação há a interposição das relações de poder, tudo que diz respeito a quem exerce e como exerce parte de uma ordem jurídica. • O poder significa a organização ou disciplina jurídica da força e a autoridade, enfim traduz o poder quando ele se explica pelo consentimento, tácito ou expresso dos governados (quanto mais consentimento mais legitimidade e quanto mais legitimidade mais autoridade). • Com respeito ao poder do Estado, urge considerá-lo através dos traços que lhe emprestam fisionomia costumeira: imperatividade e natureza integrativa do poder estatal, a capacidade de auto-organização, a unidade e indivisibilidade do poder, o princípio da legitimidade e legalidade e a soberania. ➢ Imperatividade e natureza integrativa do poder estatal: Em uma sociedade, existem diversas formas específicas de organização social e cabe ao Estado a função de ser aquela organização do poder que vai organizar todas as outras. Esse traço fundamental se cifra no caráter inabdicável, obrigatório ou necessário da participação de todo indivíduo numa sociedade estatal. Ao passo que as demais associações são de participação voluntária, o Estado não somente impõe regras de comportamento senão que dispõem dos meios materiais imprescindíveis com que impor a observância dos princípios porventura estatuídos de conduta social. Essa instituição, portanto, atua na ambiência coletiva com a máxima imperatividade e firmeza, formando aquele vasto círculo de segurança e ação no qual se movem outros ciclosmenores deles dependentes. ➢ A capacidade de auto-organização: O Caráter estatal de uma organização social decorre precisamente das circunstâncias de proceder de um direito próprio, de uma faculdade auto determinativa, de uma autonomia constitucional, o poder que essa organização exerce sobre seus componentes. Há Estado desde que o poder social esteja em condições de elaborar um modificar por direito próprio originário uma ordem constitucional. ➢ A unidade e indivisibilidade do poder: A indivisibilidade do poder configurar outra nota característica do poder estatal. Significa que somente pode haver um único titular desse poder, que sempre será o estado como pessoa jurídica ou aquele poder social que em última instância se exprime, segundo quer alguns publicista, pela vontade do monarca, da classe ou do povo. Cumpre distinguir a titularidade do poder estatal do exercício desse mesmo poder. Titulares do poder são aquelas pessoas cuja vontade se toma vontade estatal. Por exemplo, a titularidade do poder estatal pertence ao povo, o seu exercício, porém, aos órgãos através dos quais o poder se concretiza. ✓ O poder gera a capacidade de interferência. ➢ Poder X Poder Direito: O poder de fato é justamente o domínio pela violência e o poder Direito que encontra sua formação e normatização de uma forma jurídica, é ele enquanto mecanismo de dominação de uma forma indireta com o uso da violência. ✓ Exemplo: Numa penitenciaria o poder de direito é o diretor responsável e o poder de fato são os líderes das facções. Legalidade ✓ Entender a legalidade legítima do Estado. • Legitimidade significa que há um parâmetro para definir o que é legitimo, quando o poder exerce de maneira legitima? • Se é importante análise de tempo e espaço. É um poder carismático? Ou um poder tradicional? • Sendo sua terceira hipótese de Max weber, a racional, chegando à concepção de um Estado de poder para legitimar a legalidade do poder. • Quando se chega a essa concepção de racional, o Estado de Direito exige agora um Estado Democrático de Direito, se baseado na democracia para se ter a sua legalidade. • O que diferencia a norma moral da jurídica é que no plano da moral quando há desagrado a própria pessoa cria mecanismos para haver uma sanção, na jurídica o Estado irá se impor. • A legalidade nos sistemas políticos exprime basicamente a observância das leis, isto é, o procedimento da autoridade em consonância escrita com o direito estabelecido. • Traduz a noção de que todo o poder estatal deverá atuar sempre de conformidade com as regras jurídicas vigentes. O funcionamento do regime e a autoridade investida dos governantes devem reger- se segundo as linhas mestras traçadas pela Constituição. • O poder legal representa por consequência o poder em Harmonia com os princípios jurídicos que servem de esteio à ordem estatal. O princípio de legalidade nasceu do anseio de estabelecer na sociedade humana regras permanentes e válidas que fossem obras da razão. • A legalidade compreendia como a certeza que os governados tinham, de que a lei os protege ou de que nenhum mal portanto lhes poderá advir do comportamentos dos governantes, será então sob esse aspecto, como queria Montesquieu, sinônimo de Liberdade. Legitimidade • Ao tratar de legitimidade é preciso ter um parâmetro para afirmar se algo é legítimo ou não, podendo ser a norma jurídica. • É a tradição de certo grupo que defini o que torna o poder legítimo. Quando o poder é legítimo? ➢ Depende de qual é seu fundamento ( uma dominação carismática, o poder é legítimo pela palavra do líder, dominação de tradição, o costume dita o que é legítimo e a dominação racional legal, a norma jurídica dita o que é legítimo). • Portanto, tudo depende do espaço e do tempo a ser analisado. Pode ser relacionado a democracia. A legalidade de um regime democrático, por exemplo, é o seu enquadramento nos moldes de uma Constituição observada e praticada, sua legitimidade será sempre o poder contido naquela Constituição exercendo se de conformidade com as crenças, os valores e os princípios da ideologia dominante, no caso a ideologia democrática. Soberania ✓ Relação de governantes e cidadãos • A existência de um poder superior relacionado ao Estado. Antigamente existia uma sobreposição das esferas de poder (idade média), até o momento que surge o Estado absolutista com a relação de soberania diretamente relacionada ao Rei. • Com a obra de Jean Bodin “6 livros da república” é destacado que a soberana não é do governo e sim do próprio estado, ou seja, ele passa a ser redentor do poder superior dentro da sua extensão territorial. • A crise contemporânea deste conceito envolve aspectos fundamentais: de uma parte, a dificuldade de conciliar a noção de soberania do estado e com a ordem Internacional, de outra parte, a crise se manifesta sob o aspecto e a evidência de Correntes doutrinárias, ou fatos que ameaçadoramente patenteiam a existência de grupos e instituições sociais concorrentes, às quais disputam ao Estado sua qualificação de ornamento político supremo. • O conceito de soberania será aprimorado do Estado de Direito para o Estado Democrático de Direito, pois o conceito de soberania emana do povo, e só ela pode se manifestar se for fruto de poder popular. • O problema surge quando esse conceito passa a ser inapropriado a outros interesses e precisa ser revisado por esta ligado a um conceito de nação e hoje, o mundo está globalizado. • No entanto, o Brasil, assim como a américa latina está muito ligada as concepções de poder e soberania das grandes nações europeias (Alemanha, França e Portugal, por exemplo). ➢ Porém essas concepções precisam ser separadas, pois a soberania não é una (única), é necessário o entendimento da soberania Brasileira desvinculada dos conceitos internacionais. Divisão dos poderes • Quando se fala desse conceito é importante salientar que Aristóteles tem a preocupação de que a concentração do poder seja repartido e não concentrado, porém ele pensa muto no pensamento político-filosófico, mas esse conceito irá se desenvolver na criação do Estado Moderno. • O barão de Montesquieu “O espírito das leis” apresenta a necessidade da adoção da tripartição dos poderes como uma condição constituinte do Estado, ou seja, para o Estado ser constituído ele precisa ter a repartição em 3 partes do poder. ➢ Essa importância se deve a garantir os direitos dos cidadãos, para que não haja a concentração do poder. ➢ É um mecanismo de garantia dos direitos dos cidadãos e das cidadãs. Definem as funções de exercício do poder, limitando por essa divisão. Estabelecendo um mecanismo de controle para não permitir o abuso e a arbitrariedade do poder. ➢ Para a CF88 se é colocado no título 1 “dos princípios fundamentais”, legislativo, executivo e judiciário. ➢ “ o juiz é tão somente a boca que pronuncia a letra da lei”. Ao afirmar isso, o barão reduz o papel do poder judiciário a uma mera reprodução da lei, quem faz a lei é o legislativo, neste tipo de relação há uma primazia de quem faz a lei, sendo o outro um reprodutor, há uma priorização. • Gustavo Binebol vai dizer que é importante entender o estado capitalista liberal burguês, a burguesia controlar o poder legislativo. • A constituinte burguês de Emanuel Siem, no qual atribui a burguesia o papel de representar a nação nas assembleias gerais, a ideia de que o legislar é uma atribuição da burguesia representando o povo. “Todo o poder emana do povo que exerce por meio de representes e leis”. • Se caracterizando a primazia do poder legislativo, essa lógica de que os 3 poderes são harmônicos é algo bonito, mas na pratica há a “briga” dos tri poderes em busca do protagonismo. ➢ As reaçõesreais de poder são conflituosas. • “A Constituinte burguesa”, atribuindo a burguesia o papel de representar a nação nas assembleias gerais. Essa lógica da existência de três poderes independentes e harmônicos entre si no papel existe, mas na prática não funcionam verdadeiramente de forma harmônica e sim, de forma conflituosa, a busca pelo protagonismo. ➢ A Constituição está dando um protagonismo ao judiciário gerando uma crise democrático. Eles não estão democraticamente legitimados e por isso, não podem ter esse protagonismo e tomar decisões políticas que interferem nas demais instâncias. ✓ O STF que deveria funcionar como Poder Moderador não faz pois ele é parte do judiciário (fugindo da imparcialidade). • O problema da imparcialidade que vai atingir o judiciário, deixando de cumprir o papel de operar o sistema. • Um do principais objetivos do estado moderno era criar limite do poder, apenas estabelecer a tripartição não era suficiente para suprir o problema, desse modo os ingleses desenvolveram o “freios e contra freios” ou “peso contra pesos”, um sistema de controle recíproco entre poderes estabelecendo mecanismo para permiti um controle um sobre o outro. ➢ Devem estar presentes da constituição esses mecanismo de controle de poder, desse modo percebe-se que não há uma divisão real de poder e sim uma divisão de funções Estatais. Recebendo uma função de administrar, legislar e julgar. • Entre os poderes há uma divisão entre funções típicas e atípicas. ➢ Típica é aquela que caracteriza o próprio poder. ➢ No entanto, em uma divisão atípica cada um dos três exercem as funções misturadas em si além de outras funções. ✓ Exemplo; impeachment
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