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Controle de Constitucionalidade

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6a. Aula
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
A idéia de controle de constitucionalidade está ligada à Supremacia da Constituição sobre todo ordenamento jurídico e, também, à rigidez constitucional e proteção dos direitos fundamentais.
Em primeiro lugar, a existência de escalonamento normativo é pressuposto necessário para a supremacia da Constituição, pois ocupando esta a hierarquia do sistema normativo, é nela que o legislador encontrará a forma de elaboração legislativa e o seu conteúdo.
Assim, o fundamento do controle de constitucionalidade é o de que nenhum ato normativo, que dela lógica e necessariamente decorra, pode modifica-la ou suprimi-la.
1. Conceito:
Controlar a constitucionalidade significa verificar a adequação (compatibilidade) de uma lei ou ato normativo com a constituição, verificando seus requisitos formais e materiais.
Dessa forma, no sistema constitucional brasileiro somente as normas constitucionais positivadas podem ser utilizadas como paradigmas para a analise de constitucionalidade de leis ou atos normativos estatais.
2. Pressupostos ou requisitos de constitucionalidade das espécies normativas:
2.1. Requisitos Formais: o art. 5o, II, CF, consagra o principio da legalidade ao determinar que “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”. 
Como garantia de respeito a este principio, a própria CF prevê normas para a feitura de espécies normativas.
Assim, o processo legislativo é verdadeiro corolário do principio da legalidade e, por isto para que lei seja observada e respeitada, esta por sua vez, devera obedecer ao processo legislativo constitucional.
Assim sendo, a inobservância das normas constitucionais de processo legislativo tem como conseqüência a inconstitucionalidade formal da lei ou ato normativo produzido, possibilitando pleno controle repressivo de constitucionalidade por parte do Poder Judiciário, tanto pelo método difuso quanto pelo método concentrado.
2.1.1. Requisitos Formais Subjetivos:
Referem-se a fase introdutória do processo legislativo, ou seja, à questão da iniciativa.
Qualquer espécie normativa editada em desrespeito ao processo legislativo, mais especificamente, inobservando àquele que detinha o poder de iniciativa legislativa para determinado assunto, apresentara flagrante vicio de inconstitucionalidade.
Ex.: lei ordinária, decorrente de projeto de lei, apresentado por deputado federal, aprovada para majoração do salário do funcionalismo publico federal, será inconstitucional por vicio formal subjetivo, porque a Constituição prevê a expressa e privativa competência ao presidente da Republica que apresentara matéria ao CN (art. 61, p. 1o., II, a).
2.1.2. Requisitos Formais Objetivos:
Referem-se as fases seguintes à iniciativa, ou seja, o processo legislativo deverá observar os ditames dos artigos 60 a 69, CF.
Por exemplo, um projeto de lei complementar aprovado por maioria simples na Camara dos Deputados e no Senado Federal, sancionado e promulgado e publicado, apresenta um vicio formal objetivo de inconstitucionalidade, uma vez que foi desrespeitado o quorum mínimo de aprovação, previsto no art. 69, CF.
2.2. Requisitos Materiais: trata-se da verificação material da compatibilidade do objeto da lei ou do ato normativo com a Constituição Federal.
3. O descumprimento da lei ou do ato normativo inconstitucional pelo Poder Executivo.
O Poder Executivo, assim como os demais poderes, está obrigado a pautar sua conduta pela estrita legalidade, observando, primeirmente, as normas constitucionais.
Nao há como exigir-se do Chefe do Executivo o cumprimento de lei ou ato normativo que entenda flagrantemente inconstitucional, podendo e devendo, licitamente, negar-se o cumprimento, sem prejuízo do exame posterior pelo Judiciário.
Ainda, poderá o Chefe do Executivo determinar as seus órgãos subordinados que deixem de aplicar administrativamente as leis ou atos normativos que considerar inconstitucional.
Entendimento jurisprudencial (Adin 221, DF).
4. Espécies de controle de constitucionalidade:
4.1. Em relação ao momento de realização:
Cabe ao Poder Executivo e ao Legislativo fazer o controle preventivo, evitando que um determinado ato normativo entre no ordenamento jurídico; já cabe ao Poder Judiciário o controle repressivo, ou seja, retira do ordenamento jurídico uma lei contraria à Constituição.
5. Controle Preventivo: para que qualquer espécie normativa ingresse no ordenamento jurídico, deverá submeter-se a todo o procedimento previsto constitucionalmente.
Dentro deste procedimento, podemos vislumbrar duas hipóteses de controle preventivo de constitucionalidade, que buscam evitar o ingresso no ordenamento jurídico de leis inconstitucionais: as comissões de constituição e justiça e o veto jurídico.
5.1. Comissões de Constituição e Justiça
A função destas é analisar a compatibilidade do projeto de lei ou proposta de emenda constitucional apresentados com o texto da Constituição Federal.
O art. 58, CF, prevê a criação de comissões constituídas na forma do Regimento Interno das Casas Legislativas.
Na Camara dos Deputados, está disciplinado no art. 32, III, do RI, estabelece o campo temático e sua área de atividade.
Já o Senado também tem a previsão no art. 101 do seu RI.
5.2. Veto Jurídico
A segunda hipótese encontra-se na participação do chefe do Poder Executivo no processo legislativo. O Presidente da Republica poderá vetar o projeto de lei aprovado pelo CN por entende-lo inconstitucional (art. 66, p. 1o.). É o chamado veto jurídico.
Assim, no Brasil, o controle preventivo de constitucionalidade é realizado sempre dentro do processo legislativo, em uma das hipóteses pelo Poder Legislativo e na outra pelo Poder Executivo.

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