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Fisiologia da Visão - Resumo

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Maria Eduarda de Souza – NEUROLOGIA 
 
↪ Anatomia Macroscópica e Microscópica das 
vias ópticas 
A visão é o sentido mais importante para os seres humanos, 
sendo a partir dela que adquirimos a maior parte do nosso 
conhecimento. O órgão responsável por captar a luz e 
convertê-la em sinais elétricos que assim podem ser 
compreendidos pelo cérebro é o olho. 
 
No seu trajeto até a retina, as ondas luminosas atravessam 
os seguintes maios refrativos do bulbo do olho: córnea, 
humor aquoso, lente ou cristalino e humo vítreo. 
 Córnea: constitui a calota transparente de curvatura 
convexa da parte anterior do bulbo ocular. Ela se difere da 
esclera principalmente em termos da regularidade da 
organização das fibras colágenas que as compõem e do 
grau de hidratação de cada uma. Esta diferença faz com 
que a córnea seja transparente e nos possibilite a visão ou 
mesmo reconhecer a cor da íris de um indivíduo (e assim, 
atribuir a “cor do olho” de alguém). É uma estrutura 
avascular, e sua transparência é mantida pelo estado de 
desidratação realizado pela membrana de Bowman que 
reveste a face externa da córnea e um epitélio 
sobrejacente. E a parte interna é recoberta por uma 
membrana elástica (Descemet) responsável pelo 
bombeamento de água da córnea. 
 Humor aquoso: é um dialisado plasmático que preenche 
todo espaço ocular entre a córnea e o cristalino (segmento 
anterior do olho), banhando as duas faces da íris. 
 Lente ou cristalino: situa-se posteriormente à Iris e 
anteriormente ao humor vítreo do corpo vítreo. É uma 
estrutura biconvexa e transparente, formada por fibras 
colágenas e encerrada por uma cápsula. É sustentada pelo 
corpo ciliar, onde se fixam os músculos ciliares responsáveis 
pelo reflexo da acomodação desta lente, aumentando ou 
diminuindo o seu poder de refração. O cristalino é 
responsável por dividir os dois segmentos principais do 
bulbo ocular: o segmento anterior (preenchido por humor 
aquoso e dividido, por meio da íris, em câmara anterior e 
posterior) e segmento posterior (preenchido por humor 
vítreo) 
 Humor vítreo: é um líquido gelatinoso e transparente 
(formado por proteínas vitreínicas higroscópicas) localizado 
posteriormente à lente (na câmara posterior do bulbo 
ocular). Além de transmitir a luz, o humor vítreo mantém a 
retina no lugar e sustenta a lente. 
 Retina: neuroepitélio que compõe parte da túnica interna 
do globo ocular. Seus principais elementos histológicos são 
as células nervosas fotossensíveis (fotorreceptores): os 
cones e bastonetes. 
 Conjuntiva bulbar: tecido bastante fino e vascularizado 
chamado que reveste o globo ocular desde as margens do 
epitélio da córnea, recobrindo a superfície escleral do olho 
até a região onde se rebate na forma de um ângulo. 
 Esclera: é a parte opaca e resistente da túnica fibrosa 
(camada externa) do bulbo do olho que cobre os cinco 
sextos posteriores do bulbo do olho (o restante é revestido 
anteriormente pela própria córnea). A parte anterior da 
esclera é visível através da conjuntiva bulbar transparente 
como “a parte branca do olho”. 
 Íris e Pupila. Se comparássemos o globo ocular a uma 
máquina fotográfica, a íris funcionaria como o diafragma e 
sua abertura, a pupila. Isso porque a íris representa um 
importante componente da túnica média do olho dotada 
de pigmentos e fibras musculares lisas que controlam, 
através da abertura da pupila (orifício entre as fibras 
musculares da íris), a quantidade de feixes luminosos que 
penetram o olho. O diâmetro pupilar pode variar de 2 mm 
(quando a luminosidade é intensa) a 8 mm (quando a 
luminosidade é fraca). 
 Músculo circular (esfíncter da pupila): é um 
músculo inervado pelo N. oculomotor (III par 
craniano e componente do sistema nervoso 
parassimpático) que, ao se contrair, promove a 
miose (contração da pupila). 
 Músculo radial da íris: inervado por fibras do 
sistema nervoso simpático que, ao se contrair, 
promove a midríase (dilatação da pupila). 
 Úvea: o conjunto das seguintes estruturas: íris, corpo 
ciliar e coroide (parte do olho responsável pela 
vascularização de várias estruturas). É sede das uveítes, 
doenças muito relacionadas com transtornos reumáticos. 
 Disco óptico: a área deprimida e circular localizada no 
fundo do olho é denominada de disco do nervo óptico 
(papila óptica ou, simplesmente, disco óptico), onde os 
axônios das células ganglionares se unem para constituir o 
N. óptico e deixar o globo ocular através da lâmina crivosa 
(que atravessa o forame escleral posterior ou canal 
escleral), conduzindo, além das fibras sensitivas 
relacionadas com a visão, os vasos que entram no bulbo do 
olho (como a artéria central da retina, um ramo da artéria 
oftálmica). 
  Mácula lútea: lateralmente ao disco óptico, ocupando 
exatamente o pólo posterior do globo ocular, encontramos 
a mácula lútea (do latim, ponto amarelo), uma pequena 
 Maria Eduarda de Souza – NEUROLOGIA 
 
área oval da retina, com cones fotorreceptores especiais e 
em maior número, sendo assim, uma área especializada 
para acuidade visual. No centro da mácula lútea, há uma 
pequena depressão denominada de fóvea central (do latim, 
depressão central), a área de visão mais aguda e apurada 
(tanto é que o objetivo da focalização ocular é projetar a 
imagem dos objetos justamente na mácula lútea). Os 
motivos que fazem com que a mácula lútea seja a área de 
melhor acuidade visual são: 
 Presença de um maior número de cones 
fotorreceptores especiais. 
 Proporção de um cone para cada célula ganglionar. 
Nas demais regiões da retina, existem vários 
bastonetes convergindo para uma única célula 
bipolar. 
 Presença da fóvea, que nada mais é que o 
afastamento centrífugo das demais camadas 
retinianas, fazendo com que a luz incida 
diretamente na camada de células 
fotorreceptoras. 
 Retina 
A retina consiste em um epitélio nervoso transparente 
especializado, sendo formada essencialmente por fibras 
nervosas, que cobre a face interna do globo ocular. 
Constituinte da camada interna do globo ocular, a retina é 
formada por várias camadas – em torno de 10. Contudo, 
em todas estas camadas, três grupos de células se 
destacam – são elas: células fotorreceptoras ou 
fotossensíveis (neurônios de 1ª ordem), células bipolares 
(neurônios de 2ª ordem) e células ganglionares (neurônios 
de 3ª ordem). Destas, brotam os axônios que formam o 
nervo óptico. 
A região de maior acuidade visual se faz na chamada fóvea 
central da retina, onde encontramos a maior concentração 
das células responsáveis pela captação da luz: 
 Cones (6 milhões): células mais centrais, com baixa 
sensibilidade à luz, sendo responsáveis pela 
percepção das cores. Apresentam alta acuidade e 
alta concentração na fóvea. 
 Bastonetes (125 milhões): células mais periféricas, 
com alta intensidade à luz, e não são sensíveis à 
cor. Apresentam baixa acuidade e alta 
concentração na periferia da retina. 
Conhecendo a distribuição das células nas três principais 
camadas da retina, podemos perceber que o trajeto do raio 
luminoso se faz de modo contrário ao trajeto do impulso 
nervoso: as ondas luminosas passam por todas as camadas 
da retina para, só então, alcançarem a camada dos 
fotorreceptores. Ao chegar nesta camada, ocorre a etapa 
fotoquímica da visão, em que há a transdução do sinal 
luminoso – a energia luminosa é convertida em impulso 
nervoso. 
Os cones e bastonetes funcionam como neurônio de 1ª 
ordem e se conectam às células bipolares, que funcionam 
como neurônios de 2ª ordem e que se ligam às células 
ganglionares, que funcionam como neurônios de 3ª ordem 
e formam os axônios do nervo ótico, que percorre toda a 
camada côncava da retina para convergir na papila óptica e 
deixar o globo ocular e seguir o caminho da via óptica. 
 Anatomia microscópica da retina 
Organização laminar da retina: A formação da imagem na 
retina envolve uma organização laminar de 6 camadas 
celulares. As camadas são orientadas em relação ao centro 
do bulbo.a) Camada de células ganglionares: é a camada mais interna 
e nela se localizam as células ganglionares. 
b) Camada plexiforme interna: Nela, se estabelecem 
sinapses entre células bipolares, amácrinas e ganglionares. 
c) Camada nuclear interna: contém as células bipolares, as 
células horizontais e as amácrinas. 
 d) Camada plexiforme externa: nela os fotorreceptores 
estabelecem sinapses com as células bipolares e 
horizontais. 
e) Camada nuclear externa: contém os corpos celulares dos 
fotorreceptores. 
 f) Camada dos segmentos externos dos fotorreceptores: 
contém os elementos sensíveis à luz da retina. 
Obs: essa disposição, aparentemente inversa, com as 
demais células da retina na frente dos fotorreceptores não 
interfere muito na imagem pois essas células são 
transparentes. Essa inversão ocorre porque o epitélio 
pigmentar, situado logo abaixo dos fotorreceptores, atua 
na manutenção deles e dos fotopigmentos. Além disso, o 
epitélio pigmentar absorve qualquer luz que atravesse 
completamente a retina, minimizando a reflexão da luz no 
fundo do olho, o que borraria a imagem. 
• Assim, na retina, estão localizados: fotorreceptores, 
células horizontais, células bipolares, células amácrinas e 
células ganglionares. 
• A via mais direta para o fluxo de informação visual parte 
dos fotorreceptores rumo às células bipolares e, daí, para 
as células ganglionares, que disparam potenciais de ação 
em respostas à luz, e esses impulsos se propagam, via 
nervo óptico, para o SNC. 
• O processamento na retina também é influenciado pelas 
células horizontais e amácrinas. 
• Horizontais: recebem aferências dos fotorreceptores e se 
projetam lateralmente para influenciar em células bipolares 
vizinhas e outros fotorreceptores. As saídas das células 
horizontais são sempre inibitórias. Portanto, essa conexão 
lateral ajuda a assegurar a transmissão de padrões visuais 
com contraste apropriado. 
• Amácrinas: recebem aferências das células bipolares e 
projetam-se lateralmente para influenciar células 
ganglionares, bipolares e amácrinas vizinhas. Existem 30 
tipos de células amácrinas. Muitas possuem funções 
diferentes, mas, de uma forma geral, tratam-se de 
interneurônios que ajudam a analisar os sinais visuais antes 
que eles deixem a retina. 
 
 Maria Eduarda de Souza – NEUROLOGIA 
 
 Estrutura dos cones e bastonetes: 
• A conversão da radiação eletromagnética em sinais 
neurais ocorre nos 2 tipos de fotorreceptores da retina. 
 • Cones e bastonetes são constituídos por um segmento 
externo (que contém os discos membranosos), um 
segmento interno (que possui os corpos celulares dos 
fotorreceptores), e um terminal sináptico (sinapses). 
• Nos discos membranosos se localizam os fotopigmentos 
sensíveis à luz. 
a) Bastonetes: Como os bastonetes apresentam um 
segmento externo longo e cilíndrico, ele contém muito 
discos e é mais sensível à luz, apresentando limiares baixos 
e funcionando melhor no escuro, com pouca intensidade de 
luz. Além disso, os bastonetes apresentam baixa acuidade e 
não participam da visão em cores. 
b) Cones: Já os cones, apresentam um segmento externo 
mais curto, em forma de cone, com menor número de 
discos, sendo menos sensíveis à luz, apresentando limiares 
altos e operando melhor à luz do dia. Os cones têm alta 
acuidade visual, participam da visão de cores e não são 
sensíveis a luz de baixa intensidade. 
OBS: Os cones e bastonetes se diferem também em outros 
aspectos: enquanto todos os bastonetes contêm o mesmo 
fotopigmento, enquanto que há 3 tipos de cones, cada um 
com um pigmento diferente. Essas variações de pigmento 
faz com que os cones sejam sensíveis a diferentes 
comprimentos de onda da luz, desempenhando papel 
central na nossa capacidade de ver as cores. 
 Via óptica 
 
 
A retina pode ser dividida em duas porções: uma mais 
medial, chamada de retina nasal (que capta raios luminosos 
do campo temporal); e uma mais lateral, chamada de retina 
temporal (que capta raios luminosos do campo nasal). 
Os sinais nervosos visuais partem das retinas, passando 
retrogradamente pelos nervos ópticos (II par craniano). 
Dentro do crânio, os dois nervos ópticos se unem no 
chamado quiasma óptico, onde ocorre o cruzamento das 
fibras oriundas da retina nasal; as fibras oriundas da retina 
temporal não cruzam no quiasma, e seguem do mesmo 
lado em que se formaram. 
Após o quiasma óptico, formam-se os tractos ópticos, com 
fibras já cruzadas da retina nasal. As fibras de cada tracto 
óptico, em seguida, fazem sinapse com neurônios de 4ª 
ordem no núcleo geniculado lateral (localizado no 
mesencéfalo), e, daí, partem as fibras que formam a 
radiação óptica (ou tracto geniculocalcarino) que segue até 
o córtex visual primário, nos lábios do sulco calcarino do 
lobo occipital (área 17 de Brodmann). 
Outra parte das fibras oriundas do corpo geniculado lateral 
também seguem para o colículo superior, também no 
mesencéfalo, estabelecendo conexões importantes para o 
controle dos movimentos direcionais rápidos dos dois 
olhos. 
↪ Formação da Imagem 
OLHO HUMANO 
 
 Esclera: camada mais externa 
 Coróide: camada intermedíaria 
 Retina: Formação de imagem 
 Córnea: Localizada na frente 
 Íris: Parte colorida dos olhos 
 Pupila: Abertura 
 Cristalino: Lente Convergente 
O olho é preenchido pelo o humor vítreo, material 
gelatinoso com índice de refração de 1,33, 
aproximadamente o da água. Os raios de luz que chegam 
aos olhos passam pela córnea, cristalino e humor vítreo que 
são meios transparentes que se comportam como uma 
lente convergente chegando à retina. Ao chegar na retina, 
formam-se uma imagem real e invertida. Nós não 
enxergamos os objetos invertidos porque ao chegar à retina 
a imagem é levada para o cérebro e a inverte novamente. 
 
↪ Fisiologia da Visão 
 A visão é considerada um dos principais aparatos que 
permitem aos seres vivos aprimorarem suas percepções do 
mundo. No entanto, há de se referir que muitos 
neurocientistas consideram que a visão engloba dois 
sentidos, já que são diferentes os receptores responsáveis 
pela percepção da cor (pela estimativa da frequência dos 
fótons de luz), os cones e pela percepção da luminosidade 
 Maria Eduarda de Souza – NEUROLOGIA 
 
(pela estimativa do número de fótons de luz incidente), os 
bastonetes. 
Contudo, divergências a parte, a visão é um tipo de sentido 
físico relacionado com a captação de ondas luminosas, 
graças à ação de um neuroepitélio especial conhecido como 
retina. Esta, considerada por muitos estudiosos como uma 
projeção direta do SNC, é composta por várias camadas, 
das quais se destaca a camada dos fotorreceptores: os 
cones e os bastonetes. 
No que diz respeito à visão, dois conceitos devem ser 
revistos: (1) o processo de transdução ou sensação, que 
consiste na conversão da energia física luminosa em 
energia elétrica nos neurônios; (2) percepção, que diz 
respeito à seleção, organização e interpretação de 
estímulos a partir dos órgãos sensoriais que ocorre no 
córtex cerebral. Tomando como base estes conceitos, nota-
se que a visão perfeita deve estar relacionada com a 
integridade destes dois mecanismos, além de vários outros 
fatores neurofisiológicos. 
O olho é uma esfera cheia de líquido. A camada mais 
externa, a esclera, dar a cor branca do olho, sendo uma 
camada mais rígida e com função de dar forma ao olho. 
Anteriormente, a esclera se especializa numa camada de 
tecido trasnparente que é a córnea, a córnea tem uma 
concavidade que vai começar a convergir os raios 
luminosos que entram no olho. 
 Toda vez que um raio muda de meio (convergente e 
divergente), ele vai alterar sua direção. No caso do olho, 
que o raio/luz está passando do ar (externo) para dentro do 
olho (interno), que é uma esfera cheia de líquido, ele vai 
convergir para que ele possa chegar em um ponto apenas 
lá no fundo do olho que é a retina. A retina é uma camada 
de tecido nervoso, localizada no fundo do olho, e 
responsável por receberos estímulos luminosos e 
transformá-los em estímulos elétricos (potencial de ação). 
 A retina é formada por várias camadas de células 
(ganglionares, amácrinas, bipolar, horizontal, 
fotorreceptores) que estão justapostas e cada uma contém 
a sua função básica. As células que vão receber os 
estímulos luminosos são as fotorreceptores, essas são as 
únicas células do sistema visual que são sensíveis à luz 
(podem ser estimuladas ou inibidas). As outras vão 
trabalhar com estímulos elétricos . 
 As células fotorreceptores (cone e bastonete) são a última 
camada de células na parede do olho. Isso significa que a 
luz tem que atravessar as outras camadas de células antes 
de chegar na retina. A segunda camada e célula, depois das 
fotorreceptores, é a camada de células bipolares, 
responsáveis por pegar o estímulo gerado pelos 
fotorreceptores e transmitir para a terceira camada de 
células, as ganglionares. Essas vão emitir axônios, e esse 
axônios vão forma o nervo óptico que vai sair do olho 
levando o estímulo recebido. 
 Da mesma maneira que os fotorreceptores foram as 
únicas células sensíveis à luz do sistema visual, as 
ganglionares são a única fonte de saída do estímulo que 
chega ao olho. São elas que vão pegar o estímulo e levar ao 
SN, por isso que essavia que essa via de transporte que 
começa nas ganglionares é chamada de via retino-fugal. 
 Transdução 
 Há dois tipos de fotorreceptores basicamente, os cones e 
os bastonetes. Esses vão ter um terminal sináptico (faz 
sinapse com as células bipolares), um núcleo e uma 
extremidade receptora com vários discos membranosos 
(local onde fica as proteínas responsáveis pela recepção do 
estímulo luminoso, e transformação deste em elétrico). Em 
sua forma, os bastonetes vão ter mais discos, sendo assim 
vai ser mais sensível à luz. Por isos que em ambientes 
escuros, a atuação maior são dos bastonetes e bão dos 
cones. Porém, quando o estímulo luminoso é muito forte, o 
ponto de aturação dos bastonetes é desencadeado, e assim 
os bastonetes vão deixar de serem estimulados pela grande 
quantidade de luz. Os cones, pelo contrário, vão responder 
a quantidade de luz maior, então quando o ambiente 
estiver muito iluminado, a recepção maior da luz vai ser 
pelos cones. Além disso, os cones serão responsáveis pelo s 
estímulos de cor. Isso quer dizer que, enquanto os 
bastonetes recebe luz com qualquer comprimento de onda, 
com qualquer frenquência, os cones vão receber apenas 
determinado comprimento de onda d e luz. 
O comprimento de onda da luz vai determinar a cor dessa 
luz, então os cones são responsáveis pela cor enxergada 
 No disco membranaço presente nos cones e bastonetes, 
tem uma proteína transmembrana que se chama Opsina, 
essa proteína vai estar associada a uma molécula que se 
chama Retinal, essa molécula pode ter duas conformações 
espaciais diferentes: repouso e excitação. 
 Por exemplo: um bastonete no escuro, sem estímulo de 
luz. Nesse momento terá dentro do bastonete, uma 
molécula de GMPcíclico (segundo mensageiro), produzido 
por uma enzima que se chama ganilato ciclase, essa enzima 
pega uma molécula de GTP e transforma em GMPcíclico. 
Este vai se ligar a canais de membrana (Na/Ca) no 
bastonete e provocar a abertura desses canais para a 
entrada de sódio na célula, dessa forma haverá 
despolarização (-35mv), haverá ativação e liberação de 
neurotransmissor. 
 Mas supondo que tenha iluminação, a molécula de retinal 
ao receber a luz vai utilizar a energia proviniente da luz 
para mudar a sua conformação espacial (todo-trans-
retinal), criando uma série de condições dentro do 
bastonete. Quando o retinal muda de conformação, há 
ativação da proteína de membrana Opsina/Rodopsina. A 
partir disso, essa proteína ativará outra molécula, a 
proteína G (transducina), responsável pela sinalização 
celular, ou seja, mensageira intracelular para ativar alguns 
processos intracelulares. Após a ativação da proteína G, ela 
ativa uma enzima chamada fosfodiesterase, responsável 
por inativar o GMPcíclico, o transformando em GMP 
(inativa). Sendo assim, não terá mais ligação no canal de 
membrana, e ele acaba de fechando e a célula vai se 
hiperpolarizar. 
 A camada seguinte de células são as bipolares. Em seu 
campo visual, elas vão receber cada estímulo dos 
 Maria Eduarda de Souza – NEUROLOGIA 
 
fotorreceptores, assim, cada campo receptivo dessa célula 
compreende a área da retina que quando estimulada pela 
luz vai causar a excitação ou inibição daquela célula bipolar. 
Esse campo receptivo da celula bipolar é organizado de 
uma meneira que tenha um centro e uma periferia, de 
forma que o estímulo eu existe no centro é o contrário do 
estímulo que existe na periferia (células ON e OF). 
 Os fotorreceptores quando ativados liberam glutamato 
para a fenda sináptica, e esse glutamato pode agir de duas 
formas diferentes: inibção ou excitação da célula bipolar. 
No escuro, os fotorreceptores vão estar ativados e ativa a 
célula bipolar, esse estímulo é o OF. Mas se no escuro ele 
provocar uma inibição da célula bipolar, no claro ele vai 
provocar uma excitação dessa célula, e esse estímulo seria 
o ON. Portanto, o campo pode ser rodeado de células On 
no centro e OF na periferia, ou o contrário. 
 O raciocínio da célula bipolar para a ganglionar é o 
mesmo, ou seja, uma célula bipolar ON vai transmitir o 
estímulo para uma célula ganglionar ON, e uma célula 
bipolar OF vai transmitir para uma ganglionar OF. E o 
somatórios desse estímulos inibitórios e excitatórios que 
vão definir o potencial de ação. Visto isso, esse estímulo sai 
das células ganglionares pelo nervo óptico e entra no 
sistema visual central. 
 Sistema Visual Central 
 Nesse sistema tem-se a união desses axônios dos 
neurônios ganglionares da retina, fomando o nervo óptico. 
O nervo óptico são as fibras são as fibras que saem dos dois 
olhos, que vão se cruzar parcialmente no quiasma óptico. 
Do quiasma, continua com o trato óptico que vai chegar ao 
tálamo. 
 Apenas uma parte das fibras vão se cruzar no quiasma, e é 
por isso que quando esses estímulos chegarem no tálamo, 
o indivíduo irá receber de cada lado do tálamo estímulo dos 
dois olhos. E elas se cruzam parcialmente porque no campo 
visual tem a retina nasal e a temporal. As fibras que saem 
da nasal, se cruzam, já as que saem da temporal 
permanecem do mesmo lado. 
 No tálamo, vai chegar numa estrtura chamada corpo 
geniculado lateral, etapa que antecedeo córtex. Após sair 
dessa estrutura, essas fibras forma a radiação óptica e vão 
para o córtex visual que fica no lobo occipital do cérebro 
que fica na parte mais posterior do cérebro, chegando na 
camada 4C. Depois disso, esse estímulo vai ser distribuído 
para as áreas secundárias sendo misturados (os dois olhos) 
de forma a criar a imagem única 
 
↪ Lesões da Via Óptica 
 Retina 
 Lesões da retina podem determinar um escotoma (falha 
do campo visual) que pode ser central (macula), 
determinando perda da acuidade ou periférico (lesões da 
retina periférica). Ao exame do fundo de olho, podem ser 
detectadas alterações as retinianas. O reflexo fotomotor é 
alterado em grandes lesões. 
 Nervo Óptico 
 Uma lesão do nervo óptico provoca amaurose do olho 
correspondente. As lesões do nervo óptico podem estar em 
sua origem ou em seu trajeto: 
 - O papiledema (neuropatia bulbar), p.ex.: resultante de 
hipertensão intracraniana, é causa frequente de lesão da 
porção inicial do nervo óptico. 
 - Compressão tumoral do nervo óptico: causa mais comum 
de lesões do nervo óptico em seu trajeto. 
 OBS: O reflexo fotomotor é alterado por lesão da via aferente do arco 
reflexo. 
 Quiasmo Óptico 
 Uma lesão no quiasma pode resultar em hemianopsia 
bitemporal heterônima, como consequência da interrupção 
das fibras provenientes das retinas nasais, que cruzam 
nesse nível. 
o Pelo fato de o quiasma estar localizado acima da 
hipófise, ele é frequentemente lesado nos 
tumores hipofisários. 
 
 Trato ÓpticoUma lesão unilateral do trato óptico provoca interrupção 
das fibras da retina temporal de um olho e nasal do olho do 
lado oposto, resultando em uma hemianopsia homônima 
do campo visual contralateral. 
 Radiação Óptica 
 A radiação óptica pode ser lesada ao nível da cápsula 
interna ou pode ocorrer uma lesão dissociada de suas fibras 
ventrais ou dorsais. 
o A lesão ao nível da cápsula interna determina uma 
hemianopsia homônima contralateral associada à 
hemianestesia e hemiplegia (Ocorre tipicamente 
nas lesões vasculares da cápsula interna). 
OBS: Nas lesões posteriores ao corpo geniculado lateral (radiação óptica 
e córtex occipital) o reflexo fotomotor está preservado. Essa diferença é 
explicada pelo fato de as fibras que formam a via aferente do reflexo 
fotomotor deixarem o trato óptico antes do corpo geniculado, e 
seguirem em direção ao núcleo pré-tetal do mesencéfalo. 
o Quando a perda é de apenas um quarto do 
campo visual, denomina-se quadrantopsia. 
o Esta é devida a uma lesão parcial da radiação 
óptica ou do lobo occipital. 
o As lesões do feixe ventral da radiação óptica 
determinam uma quadrantopsia homônima 
superior, e a lesão do feixe dorsal, uma 
quadrantopsia homônima inferior. 
 Córtex Visual 
o Lesões unilaterais córtex visual anterior 
determinam hemianopsia homônima 
contralateral, com preservação da visão central. 
o Lesões do lábio superior do sulco calcarino 
manifesta-se por uma quadrantopsia inferior, e a 
 Maria Eduarda de Souza – NEUROLOGIA 
 
lesão do lábio inferior, por uma quadrantopsia 
superior. 
o Lesões bilaterais da porção anterior do córtex 
visual manifesta-se por uma hemianopsia dupla: 
perda da visão periférica em todo o campo visual, 
com conservação da visão central (macular). 
o A lesão bilateral de todo o córtex visual primário 
(área 17) determina uma cegueira cortical. 
 
↪ Sinais e Sintomas-Diagnóstico

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