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Microbiologia Strongyloides stercoralis 1 @MedicEstudos • Forma infectante hombre: Larvas Filarióides L3 • Forma diagnostica: Larvas Rabditóides • Hospedeiro definitivo (adulto ou reprodução): Homem • Doença: Estrongiloidose • Orgãos afetados: cutâneo, pulmonar, intestinal, disseminada • Como age: Mecanica. Traumática, irritativa, toxica e antigênica. • Células T: Th2 • Afeta: Homem, Cães, gatos e macaco • Habitat: As fêmeas partenogenéticas localizam-se na parede do intestino, nas criptas da mucosa duodenal e na porção superior do jejuno. Nas formas graves, são encontradas da porção pilórica do estômago até o intestino grosso. MORFOLOGIA Fêmea Partenogenética Parasita Fêmea de Vida Livre Macho de Vida Livre Larvas Rabditóides Larvas Filarióides: Cutícula fina e hialina. Apresentam vestíbulo bucal curto e intestino terminando em ânus. A porção anterior é ligeiramente afilada e a posterior afina-se gradualmente terminando em duas pontas. Esta é a forma infectante do parasito (L3) capaz, portanto, de penetrar pela pele ou pelas mucosas. HABITAT As fêmeas partenogenéticas localizam-se na parede do intestino, nas criptas da mucosa duodenal e na porção superior do jejuno. Nas formas graves, são encontradas da porção pilórica do estômago até o intestino grosso. Microbiologia Strongyloides stercoralis 2 @MedicEstudos CICLO BIOLÓGICO As larvas rabditóides eliminadas nas fezes do indivíduo parasitado podem seguir dois ciclos o ❖ Direto, ou partenogenético ➢ larvas rabditóides no solo ou sobre a pele da região perineal se transformam em larvas filarióides infectantes ❖ Indireto, sexuado ou de vida livre ➢ larvas rabditóides sofrem quatro transformações no solo e produzem fêmeas e machos de vida livre. 1- Os ciclos direto e indireto se completam pela penetração ativa das larvas L3 na pele ou mucosa oral, esofágica ou gástrica do hospedeiro. 2- Algumas morrem no local, mas o ciclo continua pelas larvas que atingem a circulação venosa e linfática e através destes vasos seguem para o coração e pulmões. 3- Chegam aos capilares pulmonares, onde se transformam em L4, atravessam a membrana alveolar e, através de migração pela árvore brônquica, chegam a faringe. 4- Podem ser expelidas pela expectoração ou serem deglutidas, atingindo o intestino delgado, onde se transformam em fêmeas partenogenéticas. 5- Os ovos são depositados na mucosa intestinal e as larvas alcançam a luz intestinal. Microbiologia Strongyloides stercoralis 3 @MedicEstudos TRANSMISSÃO Hétero ou Primoinfecção: Larvas filarióides infectantes (L3) penetram usualmente através da pele ou, ocasionalmente, através das mucosas (boca e do esôfago). Auto-infecção Externa ou Exógena: Larvas rabditóides presentes na região perianal de indivíduos infectados transformam-se em larvas filarióides infectantes e aí penetram completando o ciclo direto. Auto-infecção Interna ou Endógena: Larvas rabditóides, ainda na luz intestinal de indivíduos infectados, transformam-se em larvas filarióides, que penetram na mucosa intestinal. IMUNIDADE • A defesa local mediada por mastócitos • A maioria dos indivíduos desenvolve anticorpos das classes IgG, IgA, IgM e IgE específicos. • O ciclo do parasito sugere também que ele pode estimular a resposta local e sistêmica mediada por anticorpos IgA PATOGENIA, PATOLOGIA E SINTOMATOLOGIA Cutânea ❖ Em geral é discreta ❖ Nos casos de reinfecção, há reação de hipersensibilidade com formação de edema, eritrema, prurido, pápulas hemorrágicas e urticárias. Pulmonar ❖ tosse com ou sem expectoração ❖ febre ❖ dispnéia ❖ crises asmatiformes ❖ A travessia das larvas do interior doscapilares para os alvéolos provoca hemorragia ❖ Em casos mais graves, provocar broncopneumonia, síndrome de Loeffler, edema pulmonar e insuficiência respiratória. Intestinal ❖ enterite catarral (acúmulo de células que secretam mucina) ❖ enterite edematosa (de má absorção intestinal) ❖ enterite ulcerosa (rigidez da mucosa intestinal) ❖ dor epigástrica ❖ diarréia em surtos ❖ náuseas e vômitos ❖ até síndromes disentéricas com esteatorréia, seguidas de desidratação, que podem levar a choque hipovolêmico. Disseminada ❖ Numerosas larvas completam o ciclo, mas além do intestino e dos pulmões, são encontradas nos rins (larvas na urina acompanhadas de hematúria e proteinúria), fígado (larvas nos espaços porta) vesícula biliar (com quadro semelhante a colecistite), coração (larvas no líquido pericárdico), cérebro (larvas no LCR), pâncreas, tireóide, adrenais, próstata, glândulas mamárias, linfonodos. Pode apresentar anemia (hipocrômica com redução da taxa de hemoglobina e número de glóbulos), eosinofilia, sudorese, incontinência urinária, palpitações, tonturas, alterações no eletrocardiograma, astenia, irritabilidade, depressão, insônia e emagrecimento ou manifestações incomuns, como ascite, perfuração intestinal e artrites. Microbiologia Strongyloides stercoralis 4 @MedicEstudos DIAGNÓSTICO Clínico: dificultado, uma vez que em aproximadamente 50% do casos não há sintomas. Laboratorial ❖ Métodos Parasitológicos ou Diretos ➢ Exame de Fezes ➢ Coprocultura ➢ Pesquisa de Larvas em Secreções e Outros Líquidos Orgânicos ➢ Endoscopia Digestiva ➢ Biópsia Intestinal ➢ Necropsia ➢ Esfregaços Citológicos ❖ Métodos Indiretos ➢ Hemograma ➢ Diagnóstico por Imagem ➢ Métodos Irnunológicos ➢ Diagnóstico por Biologia MoIecular PROFILAXIA ❖ elaborar programas de controle adotando as medidas preconizadas para as geo-helmintíases, ressaltando a atenção aos hábitos Higiênicos principalmente a lavagem adequada dos alimentos, utilização de calçados, educação e engenharia sanitária, além da melhoria da alimentação. TRATAMENTO ❖ Tiabendazol (Atua somente sobre as fêmeas partenogenéticas, provavelmente inibindo o desencadeamento das vias metabólicas do parasito) ❖ Cambendazol (Atua sobre fêmeas partenogenéticas e sobre larvas.) ❖ Albendzol (Atua sobre a fêmeas partenogenéticas e sobre larvas) ❖ Ivermectina.
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