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Ascaris lumbricoides INTRODUÇÃO Ascaris lumbricoides (Lombriga ou Bicha) Ascaríase (Ascaridíase, Ascaridose ou Ascaridiose) Cosmopolita Freqüência variada Mais freqüente helmintíase • 30% da população mundial (Stoll, 1947) • 1,5 bilhão de pessoas infectadas (Chan et al, 1994) • 20 mil óbitos/ano América Latina, África e Ásia INTRODUÇÃO • Condições Climáticas • Condições Ambientais • Condições Sócio-econômicas No Brasil atualmente • Níveis de parasitismo • Principais afetados crianças menores de 12 anos • zonas rurais e urbanas INTRODUÇÃO MORFOLOGIA Macho • Extremidade posterior fortemente curvada para a face ventral. • 20 a 30 cm, variável, menor que a fêmea. • Cor leitosa. • Boca na extremidade anterior, contornada por 3 fortes lábios com serrilha de dentículos. • Dois espículos que funcionam como órgãos acessórios na cópula • Cauda numerosas papilas pré- e pós- cloacais Macho Fêmea MACHOS As dimensões dos vermes adultos dependem do número de parasitas e status nutricional do hospedeiro. MORFOLOGIA Fêmea • Extremidade retilínea • 30 a 40 cm • Mais robusta que o macho • Boca e aparelho digestivo semelhantes ao do macho • Cada fêmea fecundada é capaz de produzir cerca de 200.000 ovos/dia Macho Fêmea FÊMEAS MORFOLOGIA Ovos: Férteis • Coloração castanha impregnação pelos pigmentos das fezes. • Ovais, 60 x 45 mm. • Contém células germinativas e citoplasma finamente granulada. • Casca grossa, 3 camadas: 1) Delgada e impermeável à água. Constituição: glicosídeos esterificados. 2) Espessa, hialina e lisa. Constituição: substâncias quitinosas associadas a proteínas. 3) Segregada pela parede uterina, grossa, irregular, com superfície mamilonada. Constituição: Mucopolissacarídeos. 1 2 3 MORFOLOGIA Ovos: Inférteis • Mais alongados, 80 x 90 mm. • Membrana mamilonada mais delgada ou ausente • Citoplasma granuloso, de aspecto grosseiro Ovo Fértil Ovo Infértil Ovo Fértil Ovo Infértil Ovo Embrionado Eclosão L3 Ovos inférteis Ovos tornam-se embrionados em 15 dias HABITAT Intestino delgado Presos à mucosa ou migrando pela luz intestinal Jejuno e íleo Toda a extensão do intestino infecções extensas CICLO BIOLÓGICO 200.000 ovos/dia T 25oC Umid 75% O2 L1 (rabditóide) L2 L3 (Filarióide) O hospedeiro ingere ovo contendo a L3 infectante, que chega ao intestino e eclode, liberando a L3 que penetra na mucosa, cai na corrente sanguínea, invadem o fígado entre 18 a 24h pós infecção. Em 2 a 3 dias chegam ao coração e depois vão para os pulmões, onde fazem a muda de L3 para L4. Após a muda, as L4 rompem os capilare e caem nos alvéolos onde mudam para L5. Sobem para árvore brônquica e traquéia chegando até a faringe. Podem ser eliminadas junto com a expectoração, ou deglutidas e finalmente chegam ao intestino. Após um breve período de tempo (20 a 30 dias) essas L5 dão origem aos machos e fêmeas adultos que farão a cópula e iniciarão a produção de ovos que serão eliminados juntamente com as fezes. Vermes adultos podem viver de 1 a 2 anos. Ciclo de LOSS – fase larval no pulmão • Ingestão de água e alimentados contaminados com ovos contendo a L3 • Poeira e insetos (moscas e baratas) podem veicular mecanicamente os ovos infectantes • Ingestão de ovos encontrados contaminando o depósito subungueal (sujeira embaixo da unha) TRANSMISSÃO Larvas Infecção nenhuma alteração Infecção lesões hepáticas e pulmonares Fígado Focos hemorrágicos Necrose PATOGENIA PATOGENIA Pulmão – migração larval: Pontos hemorrágicos Quadros pneumônicos • Edemaciação dos alvéolos • Infiltrado eosinofílico • Manifestações alérgicas • Febre • Bronquite • Pneumonia Síndrome de Löeffler Tosse Catarro sanguinolento Larvas do helminto Adultos Infecção sem alteração Infecção 30 a 40 vermes Ação tóxica Ação espoliadora Ação mecânica Localização ectópica PATOGENIA Ação Tóxica Reação Ag-Ac Causa: edema, urticária, convulsões epileptiformes PATOGENIA Ação Espoliadora Consumo de grande quantidades: proteínas, carboidratos, lipídios e vitaminas A e C Causa: Desnutrição; dano físico e mental Ação Mecânica Grande número de vermes Causa: obstrução intestinal, irritação na parede do intestino, prejudica absorção. Vermes adultos Vermes adultos Vermes adultos Localização Ectópica Verme sofre ação irritativa (ex.: drogas anti- helmínticas) e migra para outros órgãos Canal colédoco obstrução Canal de Wirsung pancreatite aguda Eliminação dos vermes pela boca e narinas PATOGENIA Demonstração de ovos contaminando os alimentos Pesquisa de ovos nas fezes Presença de larvas no escarro pode fornecer informações sobre a fase de migração larvária Eliminação de algum verme pode fechar o diagnóstico Radiografias podem fornecer imagens sugestivas da presença de Ascaris lumbricoides Métodos imunológicos são pouco indicados DIAGNÓSTICO •Cosmopolita •Helminto mais frequente na região tropical •Estima-se 30% da população mundial 70 a 90% das criança de 1 a 10 anos EPIDEMIOLOGIA Baixa Prevalência Média Prevalência Alta Prevalência Distribuição Geográfica • Relacionamento entre portadores e susceptíveis • Contato com a terra • Hábito de levar a mão à boca prevalência • Raramente acometidos • Desenvolvimento de imunidade forte e duradoura EPIDEMIOLOGIA • Educação sanitária • Construção de fossas sépticas • Lavar as mãos • Proteção e cuidados com os alimentos • Tratamento da população PROFILAXIA Ancylostomidae ANCYLOSTOMIDAE 100 espécies Ancylostoma duodenale Ancylostoma ceylanicum Necator americanus Importância 900 milhões de pessoas parasitadas 60 mil óbitos/ano Ancilostomíase Ancilostomose “Amarelão” Família Ancylostomidae Subfamília Ancylostominae Dentes na margem da boca Ex.: Ancylostoma duodenale gr. “Ankylos” = curva gr. “Tomma” = boca Subfam. Bunostominae Lâminas cortantes circundando a margem da boca Ex.: Necator americanus ANCYLOSTOMIDAE ANCYLOSTOMIDAE Distribuição geográfica Ancylostoma duodenale Ancylostoma ceylanicum Necator americanus Ancilostomídeo do Velho Mundo predomina em regiões temperadas Ancilostomídeo do Novo Mundo predomina em regiões tropicais Casos em países asiáticos e no Brasil ANCYLOSTOMIDAE Legenda: A - Macho B - Fêmea C - Ovos a. Cápsula bucal b. Glândulas cefálicas c. Testículos d. Vesícula seminal e. Canal ejaculador f. Espículos g. Bolsa copuladora h. faringe i. Útero j. Ovário k. Intestino l. Reto e ânus ANCYLOSTOMIDAE A. duodenale A. ceylanicum N. americanus 2 pares de dentes na margem interna da boca e 1 par de lancetas subventrais 2 pares de dentes ventrais (2 grandes e 2 minúsculos) lâminas cortantes (2 subventrais e 2 subdorsais) e 1 dente longo e duas lancetas (dentículos) Macho: 8 mm x 360 mm Fêmea: 10 mm x 440 mm Macho: 5-9 mm x 360 mm Fêmea: 9-11 mm x 350 mm Macho: 8-11 mm x 400 mm Fêmea: 10-18 mm x 600 mm ANCYLOSTOMIDAE ANCYLOSTOMIDAE ANCYLOSTOMIDAE Ancylostoma duodenale Ovos: • Ovóides ou elípticos • Casca fina e transparente • 60 x 40 mm • Apresenta espaço claro entre a casca e a célula-ovo Larvas Filarióides – L3 infectante – cutícula externa que impede a alimentação Larvas Rabditóides – L1 e L2 Se alimentam de matéria orgânica e microrganismos A. duodenale S. stercoralis A. duodenale S. stercoralis ANCYLOSTOMIDAE Transcutânea – L3 penetramativamente • Pele, conjuntivas e mucosas • Ativa • L3 Circulação Coração Pulmão (L4) Traquéia Faringe Laringe Esôfago Estômago intestino delgado (L5) Oral • Ingestão de larvas • Passiva • L3 Esôfago Estômago (perda da cutícula) intestino delgado (penetração na mucosa intestinal) Células de Lieberkühn (L4) Intestino delgado (L5) Ancylostoma duodenale Necator americanus A. ceylanicum Oral Transcutânea (mãos e pés) Maior infectividade por via oral Em humanos não ocorre: infecção pré-natal e infecção transmamária TRANSMISSÃO Maior infectividade por via transcutânea FASE AGUDA Penetração das larvas Intensidade das lesões Número de larvas Sensibilidade do hospedeiro Infecção/reinfecção Migração das larvas Alterações pulmonares Tosse (curta ou longa duração) Sindrome de Löeffler Febre Intestino Chegada dos vermes Dor epigástrica, apetite Indigestão, Cólica Vômitos, Flatulência Diarréia sanguinolenta PATOGENIA E PATOLOGIA Intestino Após instalação dos vermes Hematofagia Anemia • A. duodenale 0,05 a 0,3 mL de sangue/dia/verme • N. americanus 0,01 a 0,04 mL de sangue/dia/verme PATOGENIA E PATOLOGIA FASE CRÔNICA Sintomas primários Sintomas secundários Associados à atividade dos parasitas Decorrentes da anemia e hipoproteinúria (estado nutricional) Alteração do quadro geral do hospedeiro Lesões intestinais (jejuno e íleo) Casos fatais PATOGENIA E PATOLOGIA Clínico Observação e sintomas cutâneos, pulmonares e intestinais seguidos de anemia Parasitológico Observação e de ovos de ancilostomídeos Indiferenciáveis DIAGNÓSTICO Principais acometidos: Crianças com mais de 6 anos Adolescentes Idosos Número de ovos/dia: A. duodenale - 22.000 N. americanus - 9.000 Desenvolvimento de larvas de vida livre: Solo arenoso Com umidade e aeração Rico em matéria orgânica EPIDEMIOLOGIA Tratamento dos doentes Fezes fossas ou privadas Lavar as mãos Lavar os alimentos que são consumidos crus Água filtrada, previamente fervida Suplementação de Ferro à dieta diária Uso de calçados e luvas em ambientes propícios ao verme PROFILAXIA Tetramisole Piperazina Mebendazole Albendazole Pomoato de pirantel Benzimidazóis Pirimidina TRATAMENTO DEFINIÇÃO Parasitas CICLO BIOLÓGICO DEFINIÇÃO Parasitas Hospedeiro Anormal LARVA MIGRANS LARVA MIGRANS CUTÂNEA Outras denominações • Dermatite (linear) serpiginosa • Dermatite pruriginosa • Bicho geográfico • Bicho das praias Distribuição • Cosmopolita • Predomínio nas regiões tropicais e subtropicais Principais agentes etiológicos • Ancylostoma braziliense • A. caninum Patologia e Sintomatologia Perfuração Migração Prurido Lesões na pele Infecções bacterianas secundárias Agravamento do quadro local • Duração Variável poucos dias a meses • Sintoma mais molesto prurido LARVA MIGRANS CUTÂNEA LARVA MIGRANS CUTÂNEA LARVA MIGRANS CUTÂNEA LARVA MIGRANS CUTÂNEA LARVA MIGRANS CUTÂNEA Diagnóstico • Anamnese • Sintomas Prurido • Aspecto dermatológico da lesão Erupção linear e tortuosa na pele 52 Espécies 2 infectantes p/ o homem Strongyloides stercoralis Strongyloides fuelleborni Strongyloides stercoralis Strongyloides fuelleborni Distribuição Mundial Homens, Macacos, cães e gatos Parasita de macacos Casos humanos: África e Ásia INTRODUÇÃO ESTRONGILOIDÍASE - Elevada prevalência em regiões tropicais e subtropicais - Facilidade de transmissão - Cronicidade - Auto-infecção - Reagudização em indivíduos imunodeprimidos Importante Problema Médico Social Formas graves de hiperinfecção e disseminação INTRODUÇÃO • Fêmea ovovivípara: 30 a 40 ovos/dia • Ovos: com larvas rabditóides, ainda no interior do hospedeiro. Ânus Útero Vulva Útero Ovário Intestino Esôfago Boca FÊMEA PARTENOGENÉTICA PARASITA MORFOLOGIA MORFOLOGIA Útero Vulva Útero Esôfago Boca FÊMEA DE VIDA LIVRE MORFOLOGIA Cloaca Espículos Boca Esôfago Intestino Testículos MACHO DE VIDA LIVRE MACHO DE VIDA LIVRE MORFOLOGIA OVO EMBRIONADO OVO LARVADO OVOS MORFOLOGIA Primórdio Genital Esôfago Vestíbulo bucal Esôfago Vestíbulo bucal Primórdio genital Cauda BIOLOGIA HABITAT Fêmea partenogenética Parede intestino Criptas da mucosa duodenal Glândulas de Lieberkühn Porção superior do jejuno Formas Graves Porção pilórica do estômago Intestino grosso Formas assintomáticas ou oligossintomáticas Formas graves Parasitas Parasitas Fatores externos Fatores internos • Subalimentação enterite • Diarréia e Vômitos facilita o mecanismo de auto-infecção • Infeccção bacteriana e parasitárias associadas • RI comprometida • Intervenções cirúrgicas gastroduodenais ou que empreguem anestesia geral facilita estase broncopulmonar PATOGENIA E PATOLOGIA Principais Alterações Estrongiloidíase AÇÕES Mecânica Traumática Irratativa Tóxica Antigênica Fêmeas partenogenéticas Larvas e ovos PATOGENIA E PATOLOGIA Alterações Associadas à localização • Discreta • Pontos de penetração das larvas pele e mucosas • Reação celular em torno das larvas • Reinfecção reação de hipersensibilidade edema, eritema, prurido, pápulas hemorrágicas e urticárias • Migração Larva currens tronco, nádegas, períneo, virilha e coxas CUTÂNEA PATOGENIA E PATOLOGIA PATOGENIA E PATOLOGIA • Intensidade variável • Presente em todos os casos • Alterações: PULMONAR • Tosse •Dispnéia •Crises asmatiformes Larvas Filarióides Fêmeas larvas rabditóides e ovos (ocasionalmente) PATOGENIA E PATOLOGIA • Travessia das larvas dos capilares para os alvéolos PULMONAR •Hemorragia • Infiltrado inflamatório linfócitos e eosinófilos •Alterações: • Formas leves: limitadas • Formas graves: broncopneumonia, síndrome de Löeffler, edema pulmonar e insuficiência respiratória PATOGENIA E PATOLOGIA LARVA NO PULMÃO PATOGENIA E PATOLOGIA • Fêmeas, larvas e ovos INTESTINAL •Enterite catarral •Enterite edematosa •Enterite ulcerosa PATOGENIA E PATOLOGIA • Observada em pacientes imunocomprometidos DISSEMINADA •Rins larvas na urina acompanhadas de hematúria e proteinúra • Fígado larvas nos espaços porta •Vesícula biliar quadro semelhante a colecistite •Coração larvas no líquido pericárdico •Cérebro larvas no LCR •Outras localizações pâncreas, tireóides, adrenais, próstata, glândulas mamárias e linfonodos PATOGENIA E PATOLOGIA • Observada em pacientes imunocomprometidos DISSEMINADA •Complicações infecções bacterianas Bacteremia Peritonite Endocardite Meningite •Sintomas Dor abdominal Vômitos Diarréia intensa Pneumonia hemorrágica Broncopneumonia bacteriana Insuficiência respiratória Óbito PATOGENIA E PATOLOGIA ESTRONGILOIDÍASE CRÔNICA •Anemia •Eosinofilia •Sudorese • Incontinência urinária •Palpitações • Tonturas •Alterações no eletrocardiograma • Irritabilidade • Insônia •Emagrecimento •Ascite •Perfuração intestinal •Artrites PATOGENIA E PATOLOGIA CLÍNICO •Dificultado • 50% dos casos são assinomáticos • Sintomáticos - semelhantes a outras helmintíases • Tríade Diarréia Dor abdominal Urticária SUGESTIVO DIAGNÓSTICO •EXAME DE FEZES • Métodos parasitológicos diretos LABORATORIAL • Método de Baermann-Moraes e de Rugai • Coprocultura • Pesquisa de larvas em secreções e outros líquidos orgânicos DIAGNÓSTICO LARVA NO ESCARRODIAGNÓSTICO LARVA NO LAVADO BRONCOALVEOLAR • Educação sanitária • Construção de fossas sépticas • Lavar as mãos • Proteção e cuidados com os alimentos • Tratamento da população • Uso de calçados Associação com medidas contra as baixas condições sanitárias e econômicas da população Medidas específicas PROFILAXIA Doença Objetivo PROFILAXIA
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