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Anatomia do Sistema Cardiovascular

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1 Mari Tatsch- Anatomia Animal II 
Sistema Cardiovascular 
Angiologia é o estudo dos sistemas vascular 
sanguíneo e sistema vascular linfático. 
Sistema cardiovascular: coração, artérias ferentes 
(leva o sangue arterial até o corpo) possui 
ramificações menores as arteríolas e essas, 
ramificações menores ainda chamadas de capilares. 
Já as veias são aferentes e pouco menos espessas, 
suas ramificações são as vênulas. 
Sistema linfático: linfonodos e vasos linfáticos, 
baço e timo. 
A função do sistema circulatório é basicamente o 
transporte de substâncias como: 
▪ Gases: CO2 e O2; 
▪ Produtos de excreção: composto 
nitrogenados; 
▪ Nutrientes: C6H12O6 
▪ Células: hemácias e macrófagos. 
No animal adulto existe a diferença entre a grande 
circulação ou circulação sistêmica (provimentos 
dos órgãos) e a pequena circulação ou circulação 
pulmonar. Elas estão interligadas em forma de 8, 
sendo que o coração se situa ao centro. 
TEMPO DE CIRCULAÇÃO NO CORPO 
Animal de grande porte: 30 segundos 
Animal de pequeno porte: 7 segundos 
 
Circulação pulmonar ou pequena circulação: o 
sangue venoso vai sair do ventrículo direito pela 
artéria pulmonar e chega nos pulmões, esse sangue 
venoso sofre trocas gasosas e vai sair como sangue 
arterial, pelas veias pulmonares, até o átrio 
esquerdo. 
Circulação sistêmica ou grande circulação: o 
sangue arterial que chegou no átrio esquerdo vai 
partir para o ventrículo esquerdo e desse vai sair 
pela artéria aorta e é distribuído para o organismo 
animal. Após isso, o sangue volta como venoso pela 
veia cava cranial e caudal, no qual desemboca no 
átrio direito, deslocando-se para o ventrículo direito 
e inicia todo o processo novamente. 
 
Coração 
É um órgão muscular oco, com 4 cavidades 
internas, constituído pelo músculo cardíaco, o 
miocárdio: 
▪ Pericárdio- cavidade pericárdica e o líquido 
pericárdico; 
▪ Epicárdio; 
▪ Endocárdio. 
É o órgão central do sistema cardiovascular, seu 
tamanho varia de espécie para espécie e com o grau 
de exercícios. É composto por 4 câmaras: 2 átrios e 
2 ventrículos. Tem o formato de um cone, 
possuindo uma base e um ápice (ponta que se 
localiza ventralmente). 
Miocárdio: músculo cardíaco; 
Pericárdio: situado na cavidade torácica, no 
mediastino (espaço localizado no plano medial da 
cavidade torácica); 
Epicárdio: camada mais externa; 
Endocárdio: camada mais interna. 
 
2 Mari Tatsch- Anatomia Animal II 
 
 
 
ANÁLISE DE CASO: Retículo pericardite 
traumática bovina- quando o bovino engole algum 
objeto perfurante, como um prego, acaba indo para 
o estômago, perfurando seu retículo e atingindo a 
camada mais externa do coração. 
O coração localiza-se dentro da cavidade torácica, 
no mediastino (entre os pulmões), mais a esquerda 
do plano mediano (60% do seu volume), entre a 3ª 
e 6ª costela (3ª- 7ª nos cães e gatos). 
Auscultação 
 
 
O coração possui o formato cônico com a base 
dirigida dorsalmente e o ápice está voltado para o 
esterno inclinado caudoventralmente. 
BASE 
É a porção mais larga do coração, onde estão 
localizados os grandes vasos que saem e chegam ao 
coração. Constituída pelos átrios/aurículas. 
ÁPICE 
Porção ventral mais estreita, está relacionada com o 
esterno. 
ANGULAÇÃO CARDÍACA 
Caninos: 45º com o esterno 
Felinos: 35º com o esterno 
Ruminantes/equinos: 80º com o esterno 
 
Caracterização 
➢ Os átrios constituem a base (saída e entrada 
dos grandes vasos) do coração; 
➢ Os ventrículos constituem a maior massa 
muscular até o ápice (ponta do coração). 
As faces direita e esquerda estão em contado com 
as fases mediais dos pulmões. Ao lado esquerdo- 
face auricular- as aurículas (superfície externa de 
um átrio) dos átrios são mais visíveis, envolvendo a 
raiz da aorta e o tronco pulmonar. Já ao lado direito- 
face atrial- está mais visível as partes principais dos 
átrios e as grandes veias. 
 
SULCOS 
São partes que representam externamente as 
divisões internas do coração. São encontrados os 
vasos coronários que estão envolvidos pelo tecido 
adiposo. 
 
3 Mari Tatsch- Anatomia Animal II 
A borda cranial é mais convexa e a borda caudal é 
mais vertical. 
Sulco coronário faz toda a circunferência da base 
do coração (vermelho); 
Sulco paraconal interventricular (forma de cone) 
- 1; 
Sulco subsinuoso interventricular (entre os 
ventrículos, surge abaixo das veiais cranial e 
caudal) - 2. 
 
AURÍCULAS 
São projeções externas do átrio, uma direita e outra 
esquerda. Junto do anel fibroso da aorta são 
encontrados os ossos cardíacos, são cartilagens que 
se ossificam com o passar do tempo, vistas 
principalmente no bovino. 
A aurícula direita é de mais difícil visualização pois 
pode obter tecido adiposo acima dela. 
MORFOLOGIA INTERNA- SECÇÃO 
O coração é separado em lado direito e esquerdo por 
uma parede completa, os septos inter-atrial e 
interventricular. 
Inter-atrial (entre o ventrículo direito e esquerdo) e 
interventricular (entre o ventrículo direito e o 
esquerdo). 
No adulto existe um forame oval que na circulação 
fetal permanece aberto e comunica os dois átrios. O 
átrio direito se comunica com o versículo direito e 
o átrio esquerdo com o ventrículo esquerdo. 
 
ÁTRIO DIREITO 
Forma a parte cranial direita da base do coração e 
situa-se dorsalmente (acima) ao ventrículo direito. 
Veia cava cranial (da parte cranial do animal) e a 
veia cava caudal (da parte caudal do animal) traz o 
sangue venoso para o coração, e do coração vai sair 
pela artéria pulmonar até os pulmões e 
consequentemente vai ser oxigenado e voltará para 
o lado esquerdo como sangue arterial. 
 
Ele se separa do átrio esquerdo pelo septo inter-
atrial. 
Na superfície interna das aurículas cardíacas 
existem projeções musculares denominadas 
músculos pectíneos. 
VENTRÍCULO DIREITO 
O ventrículo direito possui formato de meia-lua. 
Não se prolonga até o ápice do coração (só o 
ventrículo esquerdo). 
 
4 Mari Tatsch- Anatomia Animal II 
 
Apresenta 2 óstios (orifícios): 
▪ Óstio atrioventricular direito (valva): evita 
o influxo sanguíneo, que o sangue volte 
para os átrios) comunica o átrio direito com 
o ventrículo direito; 
▪ Óstio pulmonar: orifício por onde sai a 
artéria pulmonar. 
Apresenta duas valvas: 
▪ Atrioventricular direita ou tricúspide; 
▪ Valva pulmonar. 
 
Músculos papilares: cordas tendíneas; as cordas 
tendíneas se prendem as valvas, importante na hora 
da contração evitando que o sangue volte do 
ventrículo para o átrio 
Trabéculas septo marginais são uma espécie de 
cordas que fazem com que o fluxo sanguíneo seja 
mais laminar. Se estendem do septo do coração até 
a margem dele. 
 
ÁTRIO ESQUERDO 
Forma a parte esquerda dorsocaudal da base do 
coração. Recebe o sangue oxigenado das veias 
pulmonares. 
VENTRÍCULO ESQUERDO 
O ventrículo esquerdo tem como função bombear o 
sangue para todo o corpo, por isso precisa ter uma 
força de contração maior, com isso sua parede é 
mais espeça que a do ventrículo direito. 
Seu ápice forma o ápice do coração. O volume dos 
dois ventrículos é o mesmo. 
 
Apresenta 2 óstios: 
▪ Atrioventricular esquerdo: delimita o átrio 
esquerdo do ventrículo esquerdo; 
▪ Aórtico: óstio da artéria aorta. 
Apresenta duas valvas: 
▪ Atrioventricular esquerda ou bicúspide ou 
mitra; 
▪ Valva aórtica: evita o influxo de sangue da 
artéria aorta para o coração. 
 
Circulação 
Sangue venoso vindo da circulação cranial (veia 
cava cranial) do animal quanto caudal (veia cava 
caudal), elas vão adentrar o átrio direito, depois vai 
para o ventrículo direito (pela válvula tricúspide), 
depois vai sair para a artéria pulmonar (pela artéria 
 
5 Mari Tatsch- Anatomia Animal II 
pulmonar) e se direciona até os pulmões. Nos 
pulmões ocorre as trocas gasosas e o retorno do 
sangue arterial, sangue oxigenado, vai entrar no 
átrio esquerdopelas veias pulmonares, se direciona 
ao ventrículo esquerdo (pela valva bicúspide), logo 
é bombeado pela valva aórtica para todo corpo. 
 
Vasos 
São revestidos por uma túnica intima (tem presente 
as valvas) e uma túnica média (composta por 
células musculares lisas e fibras elásticas), essas 
duas são separadas pela membrana basal, já a 
camada mais externa é composta pela túnica 
adventícia, que tem como função fixar esses vasos 
no tecido que circunda eles (composta por tecido 
conectivo frouxo). 
 
Os vasos linfáticos são semelhantes aos vasos 
sanguíneos, com as paredes mais finas. Os vasos 
sanguíneos formam um sistema tubular fechado e 
ramificam-se em arteríolas e capilares. 
 
 ARTÉRIAS VEIAS 
Forma cilíndrica cilíndrica 
Paredes Espessas e 
esbranquiçadas 
Finas e 
transparentes 
Vasos Eferentes- 
saem do 
coração 
Aferente- 
chegam ao 
coração 
Localização Profunda Superficial 
Jato 
sanguíneo 
Intermitente- 
pulso 
Contínuo 
Valvas Ausentes Presentes 
 
Anastomoses são intercomunicações entre os 
ramos de artérias adjacentes (conecta ramos 
palmares e dorsais). Os arcos constituem ramo 
relativamente grandes que contém em determinados 
lugares, podem ser transversais ou como arcos, ex: 
arco aórtico. Já a rede admirável, é uma rede 
intercalada no curso de uma artéria, serve para a 
nutrição e irrigação de um determinado tecido. 
 
 
ARTÉRIAS 
Dividem em ramos cada vez mais finos: 
Ramo recorrente: segue no sentido oposto ao ramo 
principal. Ex: artéria cervical profunda. 
 
6 Mari Tatsch- Anatomia Animal II 
Ramo colateral: segue em curso próximo e similar 
ao ramo principal, que continua existindo. Ex: 
artéria torácica interna. 
Ramo terminal: ramos que se originam de um 
ramo principal que deixa de existir, forma uma 
bifurcação. 
Ramo parietal: ramo proveniente de uma artéria 
principal que irriga as paredes das cavidades. Ex: 
artérias intercostais. 
Ramo visceral: ramo proveniente de uma artéria 
principal que irriga as vísceras. Ex: artéria 
esplênica. 
VEIAS 
Tributárias: ramificações das veias que se juntam 
para a formação de veias de maior calibre. Ex: 
mesentéricas cranial e caudal e esplênica. 
Satélite: toda veia que acompanha uma artéria e 
recebe o mesmo nome. Ex: veias e artérias 
intercostais. 
Emissárias: entram na duramáter, ela recolhe o 
sangue venoso da região e leva para uma veia de 
maior calibre situadas na base da cavidade craniana. 
Parietais: veias que recolhem sangue das paredes 
das cavidades corporais. Ex: veias intercostais. 
Comunicantes: veias que conectam duas ou mais 
veias, são encontradas geralmente nos membros. 
Tronco pulmonar 
O sangue desoxigenado é transportado do 
ventrículo direito para o pulmão pelas artérias da 
circulação pulmonar, que compreendem o tronco 
pulmonar e as artérias pulmonares direita e 
esquerda. 
Tronco pulmonar passa entre as duas aurículas e 
prossegue caudalmente para à esquerda da aorta, se 
bifurca em artérias pulmonares direita e esquerda, 
por onde passa o sangue venoso no início do 
processo de circulação. Ocorre uma exceção no 
qual as artérias transportam sangue venoso 
enriquecido com CO2 para os pulmões, e as veias 
transportam sangue arterial oxigenado para o 
coração. 
Cada artéria passa para o pulmão correspondente, 
no qual seus ramos seguem os brônquios até sua 
terminação nos leitos capilares em forma de cesto 
que circundam os alvéolos. 
As artérias da circulação sistêmica transportam o 
sangue oxigenado do ventrículo esquerdo do 
coração para os órgãos e tecidos corporais. Essa 
circulação se inicia com a aorta, na qual se separa 
do ventrículo esquerdo pela valva aórtica, por onde 
emergem as artérias coronárias. 
Artéria Aorta 
A aorta é o principal tronco arterial sistêmico, inicia 
na base do coração (ventrículo esquerdo) e é quase 
mediana na sua origem. Divide se em: 
▪ Ascendente: no lado direito do tronco 
pulmonar antes de voltar-se 
dorsocaudalmente e para a esquerda como 
arco aórtico. Passa caudalmente e alcança a 
coluna vertebral mais ou menos na 6ª 
vértebra torácica. 
▪ Arco aórtico: a aorta curva-se 
caudodorsalmente e inclina-se ligeiramente 
para a esquerda. 
▪ Descendente: dividida em partes torácica e 
abdominal, após a 6ª vértebra a aorta segue 
em direção caudal. 
Ela passa da cavidade torácica para a cavidade 
abdominal através do hiato aórtico (abertura no 
diafragma). Nas vértebras lombares caudais, ela se 
divide em seus ramos terminais. 
 
 
7 Mari Tatsch- Anatomia Animal II 
 
TRONCO BRAQUIOCEFÁLICO 
Origina-se do arco aórtico e se ramifica 
cranialmente, irrigando os membros torácicos, 
pescoço, cabeça e a parte ventral do tórax. 
Esse tronco da origem a outras artérias como: 
 ARTÉRIA SUBCLÁVIA ESQUERDA 
(equinos e ruminantes). Nos cães, gatos e 
suínos se origina do arco aórtico, após o 
tronco braquiocefálico. 
ARTÉRIA CARÓTIDA COMUM ESQUERDA E 
DIREITA 
Nos cães as duas artérias originam-se do tronco 
braquiocefálico, já nos suínos, é formado um tronco 
bicarotídeo, que origina as duas artérias. 
Seus ramos são: 
Na extremidade cranial tem a artéria tireóidea 
caudal e cranial (irrigação da tireoide, laringe e 
faringe), após, emite a artéria occiptal e as 
artérias carótidas interna e externa, próximo da 
emissão dessa artéria interna, encontra-se o glomo 
carótico/ corpo carotídeo (um quiorreceptor 
ovoide que é controlador da pressão), quando 
houver baixa frequência de oxigênio no sangue, ele 
irá reagir ativando reflexos que irão aumentar a 
frequência cardíaca do animal, pressão sanguínea e 
a intensidade e a frequência respiratória para 
normalizar a situação. 
▪ Artéria occiptal: supre os músculos da 
região nucal, as meninges caudais e as 
orelhas média e interna. Forma anastomose 
com a artéria vertebral e participa da 
irrigação do encéfalo. 
▪ Artéria carótida externa e artéria maxilar: 
suprem todos os órgãos, músculos e ossos 
da cabeça, menos o encéfalo. 
 
 
TRONCO BICAROTÍDEO 
Os cães e os gatos não possuem esse tronco, as duas 
carótidas originam-se diretamente do tronco 
braquiocefálico. As artérias carótidas comuns 
ascendem ao pescoço de cada lado da traqueia. 
RAMOS DA ARTÉRIA SUBCLÁVIA 
Tronco costocervical: se divide em artéria 
escapular dorsal (ramifica na base do pescoço e ao 
redor da cernelha) e artéria intercostal suprema 
(vasculariza os 2º, 3º e 4ºespaços intercostais 
(ausente no cão- é artéria vertebral torácica no cão). 
Artéria cervical profunda: irriga a musculatura 
dorsal da região cervical até a região nucal. 
Artéria vertebral: percorre os forames transversos 
das vértebras cervicais. 
Artéria cervical superficial: vasculariza a parte 
ventral da base do pescoço. 
Artéria torácica interna: está caudalmente acima 
do esterno. Oferece ramos para os espaços 
intercostais: se divide em dois ramos, a artéria 
 
8 Mari Tatsch- Anatomia Animal II 
musculofrênica (irriga o diafragma) e artéria 
epigástrica cranial (irriga parte do estômago). 
Artéria axilar: supre os membros torácicos, seu 
segmento inicial une-se com o plexo branquial e na 
altura dos linfonodos axilares se ramifica em 
artéria subescapular e artéria braquial (percorre 
a região medial do braço). 
 Artéria branquial 
Na altura do 1/3 distal do braço, emite a artéria 
braquial superficial (no cão somente). E no 1/3 
do antebraço, emite a artéria interóssea 
comum e segue como artéria mediana. 
Artéria mediana: na articulação do carpo, 
emite ramos para a rede cárpica palmar e 
prossegue como artéria palmar medial. 
Artéria palmar medial: é a principal artéria do 
dedo e do casco. Divide-se em artéria digital 
palmar lateral e medial acima da articulação 
metacarpofalângica. 
RAMOS CAUDAIS DO ARCO AÓRTICO 
A artéria aorta torácica passa caudalmente abaixo 
da coluna e penetra o abdômen através do hiato 
aórtico do diafragma,prosseguindo como artéria 
aorta abdominal. 
A artéria aorta torácica e a aorta abdominal emitem 
artérias segmentares: artérias intercostais dorsais 
(segmento torácico) e artérias lombares (região 
lombar), são as que nutrem as cavidades torácica e 
abdominal. 
AORTA ABDOMINAL 
Tronco celíaco que se ramifica em: artéria 
hepática (irriga o fígado), artéria gástrica (irriga 
o estômago) e artéria esplênica (baço). 
Artéria mesentérica cranial: porção cranial do 
intestino delgado. 
Artéria renal esquerda e direita: irriga os rins. 
Artéria mesentérica caudal: irriga o intestino 
grosso. 
 RAMOS TERMINAIS DA AORTA 
ABDOMINAL 
Termina na altura das últimas vértebras 
lombares (penúltima e última) e cria duas 
bifurcações: artérias ilíacas externas (direita e 
esquerda) e artérias ilíacas internas (direita e 
esquerda), e seu segmento é a artéria sacra 
média. 
ARTÉRIA ILÍACA EXTERNA 
É a principal fonte de suprimento do membro 
pélvico. Segue paralela com a veia de mesmo nome 
ao longo do corpo do íleo, ao deixar o abdômen, a 
artéria ilíaca externa prossegue como artéria 
femoral. 
 RAMOS DA ARTÉRIA ILÍACA 
EXTERNA 
Artéria femoral: continua-se como artéria 
poplítea (face flexora da articulação do joelho). 
Artéria poplítea: origina a artéria tibial 
cranial e caudal. 
Artéria tibial cranial continua-se como 
artéria dorsal do pé. 
ARTÉRIA ILÍACA INTERNA 
Irriga os órgãos da cavidade pélvica e as paredes da 
cavidade pélvica. 
Ela prossegue como artéria pudenda interna que 
irriga as vísceras pélvicas, que vasculariza os 
órgãos pélvicos em todos os animais (vesícula 
urinária, ureteres, glândulas sexuais anexas, útero, 
vagina e seu vestíbulo e o pênis). 
Veias 
A diferença das veias para as artérias é que, as veias 
retornam o sangue da periferia (corpo) para o 
coração, já as artérias, são responsáveis por 
conduzir o sangue do coração para os tecidos. As 
veias possuem válvulas que garantem o fluxo de 
sangue em uma única direção, impedindo o 
refluxo deste. 
O tronco braquiocefálico leva o sangue arterial para 
a região cervical, já a artéria aorta, leva o sangue 
para o tórax, e seus ramos dão continuidade. 
VEIA CAVA CRANIAL 
Pega o sangue venoso da parte cranial do animal 
(cabeça, região cervical, tórax e do membro 
torácico), se abre no átrio direito. 
 
9 Mari Tatsch- Anatomia Animal II 
Forma-se pela convergência das veias jugulares, e 
recebe as veias subclávias direita e esquerda. 
No equino, no cão e no gato, ela se une, também, à 
veia ázigos direita, um pouco antes do seu término. 
 
VEIA JUGULAR EXTERNA- VEIAS DA 
CABEÇA 
Origina-se da união das veias maxilar e lingofacial. 
Ela percorre a extensão do pescoço, ocupando o 
sulco jugular entre o músculo braquiocefálico 
dorsalmente e os músculos esternocefálico 
ventralmente. 
 
Nos terços cranial e médio do pescoço essa veia é 
mais superficial, considera a primeira opção para 
coleta de amostra de sangue. 
Em todo os mamíferos domésticos, menos no 
equino e caprino, há dois pares, veia jugular interna 
e a externa. Nos carnívoros, suínos, ovinos e 
bovinos, há a veia jugular interna, que está 
localizada lateralmente à traqueia, em relação 
estreita com a carótida comum. 
VEIAS ÁZIGOS DIREITA 
São importantes pois recebem o sangue venoso das 
veias intercostais (drenam o sangue venoso da 
parede toráxica), logo, ela leva até a veia cava 
cranial e entra no átrio direito. 
No gato, cão e cavalo há somente a direita. No suíno 
persiste a veia ázigos esquerda ou, às vezes, as duas, 
já nos ruminantes as duas veias estão presentes. 
A veia ázigos direita abre na parte terminal da veia 
cava cranial, e a esquerda abre diretamente no seio 
coronário. 
 
 
VEIAS DO MEMBRO TORÁCICO 
A maioria das veias do membro torácico 
acompanha o trajeto das artérias, recebem o mesmo 
nome. 
Se iniciam com redes venosas terminais nos dedos, 
no cório e nas cartilagens do casco, depois segue 
dessa forma: 
➢ V. digital palmar medial e lateral; 
➢ V. metacárpicas: drenam o sangue venoso 
do metacarpo; 
➢ V. mediana; 
➢ V. cefálica acessória; 
 
10 Mari Tatsch- Anatomia Animal II 
➢ V. cefálica; 
➢ V. braquial; 
➢ V. Mediana do cotovelo; 
➢ V. axilar; 
➢ V subclávia; 
➢ V. Jugular externa; 
➢ V. cava cranial. 
VEIAS DO MEMBRO PÉLVICO 
➢ Veias digitais plantares: 
o lateral e medial; 
➢ Veias metatársicas; 
➢ Veias dorsais do pé: 
o Veia tibial cranial; 
o Veia tibial caudal; 
o Veia safena medial. 
➢ Veia safena lateral; 
➢ Veia poplítea; 
➢ Veia femoral; 
➢ Veia ilíaca externa; 
➢ Veia ilíaca interna; 
➢ Veia cava caudal. 
VEIA CAVA CAUDAL 
A veia cava caudal pega o sangue venoso da parte 
caudal do animal (centraliza o sangue do membro 
pélvico, pelve e abdômen). 
Origina-se na altura da última vértebra lombar, pela 
união das veias ilíacas comuns, que se originam da 
confluência das veias ilíacas interna e externa. 
A veia sacra média, abra-se diretamente na veia 
ilíaca comum. 
 
A veia ilíaca externa recebe o sangue das 
extremidades pélvicas, e a veia ilíaca interna coleta 
o sangue da parede pélvica e da maioria dos órgãos 
pélvicos. 
Percorre ventralmente a coluna vertebral, à direita 
da aorta, dirige-se dorsalmente entre os lobos 
hepáticos e recebe as veias hepáticas. Se abre no 
átrio direito do coração. 
VEIA PORTA 
Coleta o sangue venoso de todos os órgãos ímpares 
da cavidade abdominal (pâncreas, intestino grosso e 
delgado, baço, estômago) e transporta o sangue para 
o fígado. 
O sangue retorna ao coração passando pelas veias 
interlobulares, veias hepáticas e veia cava caudal, 
que leva até o átrio direito. 
 
Circulação fetal 
Durante o período que o feto permanece no útero, 
ele necessita de oxigenação constante do seu 
sangue, para a manutenção do metabolismo. 
A placenta combina as funções que posteriormente 
serão dos pulmões, trato digestório e rins. Ela está 
ligada ao feto pelo funículo umbilical ou cordão 
umbilical que é constituído por veias umbilicais 
direita e esquerda (corre o sangue arterial), artérias 
umbilicais (corre o sangue venoso) e pelo úraco, 
ducto alantóide (vai para a vesícula urinária). 
O primeiro desvio serve para nutrir o parênquima 
hepático, o restante do sangue percorre até o átrio 
direito do animal, que ocorre outro desvio (forame 
oval), uma parte vai para o átrio esquerdo e outra 
para o ventrículo direito. Depois, vai sair pelo 
tronco pulmonar, que vai sofrer outro desvio (ducto 
arterioso), aí 5% para o pulmão para nutri-lo e o 
restante segue para aorta. Já o sangue que seguiu 
para o átrio esquerdo, vai para o ventrículo esquerdo 
e pela aorta, esse sangue desoxigenado desemboca 
nas artérias umbilicais direita e esquerda, indo para 
mãe (onde ocorre as trocas gasosas). 
 
11 Mari Tatsch- Anatomia Animal II 
Após o nascimento, a veia umbilical vai formar o 
ligamento redondo do fígado. No bovino e no cão, 
o ducto venoso (ramo da veia umbilical para o 
fígado) se oblitera e constitui o ligamento venoso. 
O forame oval se fecha e não tem mais a 
comunicação do átrio direito com o átrio esquerdo, 
forma a fossa oval. O ducto arterioso forma o 
ligamento arterial e as artérias umbilicais formam 
os ligamentos umbilicais (úraco- ligamento 
umbilical mediano- comunica a vesícula urinária 
em desenvolvimento ao umbigo e ao saco alantóide 
(Waldron, 1998)). 
 
RELATO DE CASO 
1.Explique anatomicamente os sinais clínicos da 
persistência do úraco e do forame oval, nos animais 
domésticos: 
Na circulação fetal, o feto está interligado com a 
placenta pelo cordão umbilical, formado por veias 
umbilicais, artérias umbilicais e pelo úraco. Após o 
nascimento do filhote o correto é, o forame oval se 
fechar e formar a fossa oval, não havendo mais 
comunicação entre o átrio direito e o esquerdo, 
porém, em alguns animais (pós-nascimento) não 
ocorre essa cicatrização,podendo desencadear um 
problema clínico como coagulação e causar 
fenômenos embólicos. E, dentre outros locais que 
ocorre o fechamento e a transformação depois que 
o animal sai da placenta, têm o fechamento das 
artérias umbilicais- úraco- porém, quando isso não 
acontece, não forma a cicatriz umbilical, 
consequentemente não há a comunicação da 
vesícula urinária com o umbigo e o saco alantóide. 
Com isso, causa anormalidades, como a eliminação 
da urina pelo umbigo e uretra durante a micção.

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