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Sistema Cardiovascular ANATOMIA ANIMAL III INTRODUÇÃO Sistema Cardiovascular • Coração, artérias, veias e capilares Sistema Linfático • Vasos linfáticos, timo e baço INTRODUÇÃO FUNÇÃO O Sistema Cardiovascular tem como função levar combustíveis metabólicos aos tecidos, bem como a remoção dos seus produtos para excreção. SANGUE • É um tecido conjuntivo, líquido vermelho, viscoso, que circula nas artérias e veias bombeado pelo coração, transportando gases, nutrientes e elementos necessários à defesa do organismo. •Leva oxigênio e nutrientes para as células; •Retira dos tecidos as sobras das atividades celulares (como gás carbônico produzido na respiração celular); •Conduz hormônios pelo organismo; •Regula a temperatura corporal; • Defesa contra infecções. FUNÇÕES SANGUE • Composição do sangue: • É composto por plasma e células. ARTÉRIAS • São vasos de grande calibre, responsáveis pelo transporte de sangue oxigenado para os diversos tecidos do organismo, junto com outros compostos que servirão como nutrientes para os mesmos; • A artéria que é uma exceção ao carrear dióxido de carbono no lugar do oxigênio é a artéria pulmonar, localizada junta ao ventrículo direito do coração, atuante da pequena circulação. • Esses vasos, comparados aos outros a seguir, possui uma túnica média bem desenvolvida, rica em fibras musculares, formando paredes espessas e elásticas que irão auxiliar no transporte de sangue, do coração aos órgãos, rapidamente, pela contração das artérias. ARTÉRIAS VEIAS • Vasos de médio calibre, responsáveis pelos transportes de resíduos oriundos do metabolismo dos tecidos e do dióxido de carbono, para o coração. • Diferente das artérias, as veias possuem válvulas que impossibilitam o refluxo do sangue, e pouca elasticidade, provocando uma diminuição da velocidade de circulação sanguínea das mesmas. • A veia pulmonar é a única veia que transporta oxigênio, atuando na pequena circulação, direcionando o sangue oxigenado para o átrio esquerdo. VEIAS CAPILARES • São vasos microscópicos onde ocorre o intercâmbio de água e íons entre o sangue e o líquido intersticial. • As paredes dos capilares susceptíveis à passagem de nutrientes, justamente por não terem muita espessura. Tais nutrientes são conduzidos do sangue para a linfa, ou então dos produtos de excreção da linfa para o sangue. • Eles podem ser encontrados entre as arteríolas e vênulas, ramificações menores das artérias e veias , respectivamente. • Esses vasos podem ser encontrados, também, de três formas: capilares contínuos, fenestrados ou simusoides. CAPILARES ARTÉRIAS, VEIAS E CAPILARES TPC COLORAÇÃO CORAÇÃO • O coração é o órgão central que, por contrações rítmicas, bombeia continuamente o sangue através dos vasos as sanguíneos; • O coração é constituído por três camadas: → Endocárdio (camada interna) → Miocárdio (camada do meio, músculo cardíaco) → Epicárdio. (camada externa) CORAÇÃO Figura 1 - Secção do coração expondo as quatro câmaras. 1, veia cava cranial; 2, sulco terminal; 3, átrio direito; 4, septo interatrial; 5, átrio esquerdo; 6, valva atrioventricular esquerda; 7, valva atrioventricular direita; 8, ventrículo direito; 9, septo interventricular; 10, ventrículo esquerdo; 11, nodo sinoatrial; 12, nodo atrioventricular; 13, 14, ramos direito e esquerdo do feixe atrioventricular. CORAÇÃO Figura 2 - Coração de um cão (face auricular), preparação realizada por H. Dier, Viena PERICÁRDIO • O pericárdio é a cobertura fibrosserosa do coração. Trata-se de um saco com invaginação profunda com seu lúmen, a cavidade pericárdica, que se reduz a uma fenda capilar. Essa fenda contém uma pequena quantidade de um fluido seroso, o líquido pericárdico, o qual facilita o movimento do coração contra o pericárdio; • A camada visceral do pericárdio se fixa firmemente à parede cardíaca formando o epicárdio, o qual cobre o miocárdio, os vasos coronários e o tecido adiposo na superfície do coração PERICÁRDIO • Figura 3 - Esquema ilustrativo do pericárdio. 1, coração; 2, grandes vasos; 3, pericárdio visceral (epicárdio); 4 cavidade pericárdica (exagerada no tamanho); 5, pericárdio parietal; 6, camada de tecido conjuntivo do pericárdio parietal; 7, pleura mediastinal; 8, ligamento esternopericárdico. SACO PERICÁRDIO IMPORTÂNCIA CLÍNICA - PERICÁRDIO • A rápida acumulação de líquido na cavidade pericárdica exerce pressão sobre o coração e prejudica o funcionamento cardíaco (tamponamento cardíaco). • A inflamação do pericárdio resulta em um aumento do líquido pericárdico e da espessura do saco. Nesses casos, o fluido pericárdico pode ser visualizado por ultrassom como uma região anecoica (que não produz eco). POSICIONAMENTO CORAÇÃO Figura 3 - Desenhos esquemáticos mostrando a posição do coração canino, baseado em radiografias. A, Vista lateral esquerda; está indicado o eixo longitudinal caudo ventralmente inclinado do coração (linha reta). B, Vista dorsoventral mostrando a posição assimétrica do coração. ANATOMIA GERAL DO CORAÇÃO • A base do coração é formada pela parede atrial delgada claramente separada dos ventrículos por um sulco coronário circundante que contém os principais troncos de vasos coronários dentro de um revestimento de tecido adiposo. Os átrios direito e esquerdo combinam-se em uma formação contínua em forma de U que envolve a origem da aorta; a formação é interrompida cranialmente e à esquerda, onde cada átrio termina em um fundo cego livre, as aurículas, que se sobrepõem à origem do tronco pulmonar. • Os ventrículos representam uma parte muito maior do coração, que também é muito mais firme devido à maior espessura das paredes. Embora os ventrículos se fundam externamente, suas extensões separadas são definidas por sulcos rasos que descem em direção ao ápice. ANATOMIA GERAL DO CORAÇÃO Figura 4 - Vistas esquerda (A) e direita (B) do coração. A, 1, aurícula esquerda; 2, tronco pulmonar; 3, ventrículo direito; 4, ventrículo esquerdo; 5, veia ázigos esquerda. B, 1, átrio direito; 2, veia cava caudal; 3, aorta; 4, veia ázigos direita (abrindo-se na veia cavacranial). ANATOMIA GERAL DO CORAÇÃO Figura 5 - Vistas esquerda (A) e direita (B) do coração bovino. 1, ventrículo direito; 2, ventrículo esquerdo; 3, aurícula esquerda; 4, ramo interventricular paraconal da artéria coronária esquerda; 4′, ramo circunflexo da artéria coronária esquerda; 4″, ramo interventricular subsinuoso da artéria coronária esquerda; 5, tronco pulmonar; 6, aurícula direita; 7, aorta; 8, ligamento arterioso; 9, veia cava cranial; 10, 10′, artérias pulmonares esquerda e direita; 11, 11′, veias pulmonares esquerda e direita; 12, veia ázigos esquerda; 13, veia ázigos direita; 14 veia cava caudal; 15, artéria coronária direita. ANATOMIA GERAL DO CORAÇÃO Figura 6 - Vista dorsal da base do coração bovino após a remoção do átrio. Os ossos cardíacos em ambos os lados da valva da aorta foram expostos. 1, valva atrioventricular direita; 2, valva atrioventricular esquerda; 3, valva da aorta; 4, valva pulmonar (valva do tronco pulmonar); 5, ossos cardíacos; 6, artéria coronária esquerda; 7, artéria coronária direita. ANATOMIA GERAL DO CORAÇÃO • 4 câmaras Átrio esquerdo Ventrículo esquerdo Átrio direito Ventrículo direito ÁTRIO DIREITO Seio venoso Fossa oval V. Cava Caudal Válvula Tricúspide Crista Intervenosa Feixe muscular que separa átrios Elevação muscular (entre a V. cava cranial e a caudal, impede que o sangue chegue e faça remoinhos, diminui a pressão) V. Ázigos V. Cava Cranial Aurícula Direita VENTRÍCULO DIREITO Valva Tricúspide Cordas Tendíneas Músculos Papilares Válvula Semilunar Pulmonar ÁTRIO ESQUERDO Veias Pulmonares Átrio Esquerdo Válvula Bicúspide ou Mitral Cordas Tendíneas VENTRÍCULO ESQUERDO Artéria Aorta Válvula Aórtica Músculo Papilar Ventrículo Esquerdo VÁLVULAS CARDÍACAS Válvula Tricúspide Válvula Aórtica Válvula Pulmonar Válvula Bicúspide Ou Mitral ANATOMIA GERAL DO CORAÇÃO FACE DIREITA: SULCOINTERVENTRICULAR SINUOSO DO SULCO CORONÁRIO ATÉ VÉRTICE DO CORAÇÃO ANATOMIA GERAL DO CORAÇÃO FACE ESQUERDA: SULCO INTERVENTRICULAR PARACONAL DO SULCO CORONÁRIO ATÉ A BORDA CRANIAL DO CORAÇÃO SISTEMA CONDUTOR DO CORAÇÃO Figura 7 - Desenho esquemático do sistema condutor do coração. A linha tracejada sugere a passagem da onda excitatória através da parede atrial. 1, nodo sinoatrial; 2, nodo atrioventricular; 3, fascículo atrioventricular; 4, ramo esquerdo; 5, ramo direito; 6, ramificação do ramo direito atravessando a trabécula septomarginal. SISTEMA CONDUTOR DO CORAÇÃO • Nó Sinoatrial (Marca Passo) • Nó Atrioventricular • Fascículo Atrioventricular • Fibras condutoras de Purkinje AD SISTEMA CONDUTOR DO CORAÇÃO • NÓ SINOATRIAL (SINUSAL): é uma massa minúscula de músculo cardíaco modificado denominado de marca-passo do coração. Está localizado na crista terminal ao nível da junção da veia cava cranial com a aurícula direita. • NÓ ATRIOVENTRICULAR: está localizado sob o endocárdio na parede septal do átrio direito a poucos milímetros do óstio do seio. • FASCÍCULO ATRIOVENTRICULAR: é um grupo de fibras especializadas que começa no nó atrioventricular e acompanha a parte membranosa do septo interventricular sob o endocárdio. IRRIGAÇÃO PRÓPRIA DO CORAÇÃO A. CORONÁRIA ESQUERDA R. INTERVENTRICULAR PARACONAL R. CIRCUNFLEXO A. CORONÁRIA DIREITA R. INTERVENTRICULAR SUBSINUOSO R. CIRCUNFLEXO ARTÉRIA CORONÁRIA ESQUERDA Ramo Circunflexo Ramo Interventricular Paraconal ARTÉRIA CORONÁRIA DIREITA Ramo Circunflexo Ramo Interventricular Sinuoso DRENAGEM PRÓPRIA DO CORAÇÃO Seio Coronário Veia Cardíaca Magna Veia Cardíaca Média Veia Cardíaca Pequena LD (Sulco interventricular paraconal) (Sulco interventricular subsinuoso) RAMIFICAÇÃO ARCO DA AORTA Figura 8- Ramificação do arco da aorta no cão. (Nesta série de figuras, nem todas as artérias representadas estão nomeadas.) 1, tronco pulmonar; 2, aorta; 3, aa. intercostais; 4, a. subclávia esquerda; 4′, a. subclávia direita; 5, tronco braquiocefálico; 6, a. vertebral; 7, tronco costocervical; 8, aa. carótidas comuns esquerda e direita; 9, a. cervical superficial; 10, a. axilar; 11, a. torácica interna. RAMIFICAÇÕES ARCO DA AORTA Figura 9 - Ramificação do arco da aorta no equino. As artérias que irrigam cabeça, pescoço e membros torácicos originam-se de um curto tronco braquiocefálico (3). 1, tronco pulmonar; 2, arco da aorta; 3, tronco braquiocefálico; 4 a. subclávia esquerda; 5, tronco bicarotídeo; 6, a. carótida comum esquerda. PEQUENA CIRCULAÇÃO Também conhecida como circulação pulmonar, consiste em levar o sangue pobre em oxigênio e rico em gás carbônico aos pulmões e devolve o sangue oxigenado para o coração. O sangue rico em gás carbônico vai do átrio direito para o ventrículo direito e é bombeado para o pulmão através da artéria pulmonar, que se bifurca em artéria pulmonar direita e esquerda que vão para os respectivos pulmões. PEQUENA CIRCULAÇÃO As paredes dos capilares são delgadíssimas e os gases respiratórios podem atravessá-las facilmente: o oxigênio do ar pode assim passar dos ácinos pulmonares para o sangue; ao contrário, o anidrido carbônico abandona o sangue e entra nos ácinos pulmonares, para ser depois lançado para fora. Aos capilares fazem seguimento as vênulas que se reúnem entre si até formarem as veias pulmonares. Estas seguem o percurso das artérias e se lançam na aurícula esquerda. A artéria pulmonar contém sangue escuro, sobrecarregado de anidrido carbônico (sangue venoso). As veias pulmonares contêm, contrariamente, sangue que abandonou o anidrido carbônico e se carregou de oxigênio, tomando a cor vermelha (sangue arterial). GRANDE CIRCULAÇÃO É também conhecida por circulação sistêmica, se trata do trajeto do sangue desde o ventrículo esquerdo até o átrio direito; nessa circulação, o sangue oxigenado fornece gás oxigênio os diversos tecidos do corpo, além de trazer ao coração o sangue não oxigenado dos tecidos. GRANDE CIRCULAÇÃO Melhor explicando... • A aorta transporta sangue oxigenado do ventrículo esquerdo do coração para os diversos tecidos do corpo; • As veias cavas (superior e inferior) transportam sangue não oxigenado dos tecidos do corpo para o átrio direito do coração; • As artérias pulmonares transportam sangue não oxigenado do ventrículo direito do coração até os pulmões; • As veias pulmonares transportam sangue oxigenado dos pulmões até o átrio esquerdo do coração. GRANDE CIRCULAÇÃO Pelo lado direito do nosso coração, só passa sangue não oxigenado e, pelo lado esquerdo, só passa sangue oxigenado. Não ocorre, portanto, mistura de sangue oxigenado com o não oxigenado. A separação completa entre esses dois tipos de sangue contribui para a manutenção de uma temperatura constante no nosso organismo. Sendo os tecidos irrigados por sangue oxigenado, não “misturado” com sangue não oxigenado, nossas células recebem uma quantidade suficiente de gás oxigênio, para “queimar” uma quantidade de alimentos capaz de fornecer o calor necessário para manter mais ou menos constante a temperatura do corpo. PEQUENA E GRANDE CIRCULAÇÃOPEQUENA E GRANDE CIRCULAÇÃO Figura 4 - Desenho esquemático das circulações sistêmica e pulmonar. 1, ventrículo esquerdo; 2, aorta; 3, leito capilar da cabeça, pescoço e membro torácico; 4, aorta abdominal; 5, fígado; 6, leito capilar dos intestinos; 7, veia porta; 8, leito capilar dos rins; 9, leito capilar da parte caudal do corpo; 10, veia cava caudal; 11, veia cava cranial; 12, ventrículo direito; 13, tronco pulmonar; 14, leito capilar dos pulmões; 15, veia pulmonar; 16, veias hepáticas. PEQUENA E GRANDE CIRCULAÇÃO NAS DIFERENTES ESPÉCIES CIRCULAÇÃO FETAL Figura 10 - Diagrama dos sistemas circulatórios fetal (A) e pós-natal (B). 1, veia cava cranial; 2, veia cava caudal; 3, átrio direito; 4, seta entrando no forame oval; 5, ventrículo direito; 6, tronco pulmonar; 7, artéria pulmonar; 7′, ducto arterioso (em B, vestígio); 8, átrio esquerdo; 9, ventrículo esquerdo; 10, arco da aorta; 10′, aorta descendente; 11, artéria umbilical; 12, veia umbilical; 12′, ducto venoso; 13, fígado; 14, veia porta. RAMOS ARTÉRIA AORTA ARTÉRIA AORTA AORTA ASCENDENTE AORTA DESCENDENTE AORTA TORÁCICA AORTA ABDOMINAL RAMOS ARTÉRIA AORTA CÃO LE Arco Aórtico Aorta Ascendente Aorta Descendente RAMOS CRANIAIS DO ARCO AÓRTICO CÃO Tronco braquiocefálico A. subclávia esquerda A. carótida comum E A. carótida comum D A. subclávia D SUÍNO igual ao cão, mas com tronco bicarotídeo EQUINO/BOV Tronco braquiocefálico A. subclávia E tronco bicarotídeo A. subclávia D CÃO Tronco braquiocefálico A. subclávia esquerda A. carótida comum E A. carótida comum D A. subclávia D SUÍNO Tronco braquiocefálico A. subclávia esquerda Tronco bicarotídeo A. subclávia D EQUINO Tronco braquiocefálico A. subclávia E tronco bicarotídeo A. subclávia D COMPARAÇÃO ENTRE VASOS DA BASE DO CORAÇÃO Comparação entre os vasos da base do coração dos mamíferos domésticos (representação esquemática), segundo Ghetie, 1967 RAMOS INTRATORÁCICOS • Os ramos intratorácicos de ambas as artérias subclávias são idênticos. • Dentro da cavidade torácica cada uma delas emite o seguinte: a. ARTÉRIA VERTEBRAL b. TRONCO COSTOCERVICAL c. ARTÉRIA TORÁCICA INTERNA d. ARTÉRIA CERVICAL SUPERFICIAL e. ARTÉRIA AXILAR RAMOS INTRATORÁCICOS Art Verebral Tronco Costocervical Artéria Torácica Interna Artéria Cervical Superficial Art Axilar ARTÉRIAS DO PESCOÇO E DA FACE A. Facial ARTÉRIAS DO PESCOÇO E DA FACE ARTÉRIAS DO PESCOÇO E DA FACE Artéria Carótida Comum Ambas Acompanhadas Tronco Vagossimpático Veia Jugular Interna ARTÉRIA AXILAR ARTÉRIA SUBCLÁVIA ARTÉRIAS MEMBRO TORÁCICO ARTÉRIA AORTA AORTA ASCENDENTE AORTA DESCENDENTE Aorta torácica Aorta abdominal ARTÉRIAS MEMBRO TORÁCICO AORTA DESCENDENTE Aorta torácica Aorta abdominal A. broncoesofágica A. Intercostal dorsal A. lombares ARTÉRIAS MEMBRO TORÁCICO ART.TORÁCICA RAMO BRONQUIAL pulmão RAMOS ESOFÁGICOS esôfago ARTÉRIA BRONCOESOFÁGICA ARTÉRIAS MEMBRO TORÁCICO ARTÉRIAS MEMBRO TORÁCICO ARTÉRIAS INTERCOSTAIS DORSAIS Uma de cada lado ARTÉRIAS LOMBARES ARTÉRIAS MEMBRO TORÁCICO ARTÉRIAS MEMBRO TORÁCICO AORTA DESCENDENTE Aorta torácica Aorta abdominal - Ramos parietais - Ramos viscerais - Ramos terminais - Broncoesofágica - Intercostal dorsal - Lombares ARTÉRIAS MEMBRO TORÁCICO - Ramos parietais - Ramos viscerais - Ramos terminais - Frênico abdominal - Lombares - Circunflexa illíaca profunda - Celíaca - Mesentérica cranial - Renal - Adrenal - Gonadais - Mesentérica caudal - Ilíaca interna - Sacral mediana AORTA ABDOMINAL A. FRÊNICO-ABDOMINAL RAMOS PARIETAIS: ARTÉRIAS LOMBARES A. CIRCUNFLEXA ILÍACA PROFUNDA ARTÉRIA FRENICOABDOMINAL AORTA ABDOMINAL • Supre: - Músculos transverso; - M. Oblíquo interno do abdômen; - Pele da parede abdominal. 3. ARTÉRIA CIRCUNFLEXA ILÍACA PROFUNDA AORTA ABDOMINAL - Ramos parietais - Ramos viscerais - Ramos terminais - Frênico abdominal - Lombares - Circunflexa illíaca profunda - Celíaca - Mesentérica cranial - Renal - Adrenal - Gonadais - Mesentérica caudal - Ilíaca interna - Sacral mediana AORTA ABDOMINAL A. CELÍACA A. MESENTÉRICA CRANIAL AA. RENAIS AA. GONADAIS A. MESENTÉRICA CAUDAL AA. ADRENAIS RAMOS VISCERAIS: - Ramos parietais - Ramos viscerais - Ramos terminais - Frênico abdominal - Lombares - Circunflexa illíaca profunda - Celíaca - Mesentérica cranial - Renal - Adrenal - Gonadais - Mesentérica caudal - Ilíaca interna - Sacral mediana Aorta abdominalAORTA ABDOMINAL ILÍACA INTERNA SACRAL MEDIANA RAMOS TERMINAIS: A. FEMORAL PROFUNDA • Surge caudomedial à ART. ILÍACA EXTERNA dentro da cavidade abdominal • Emite : tronco pudendo-epigástrico. ARTÉRIAS DO MEMBRO PÉLVICO A. FEMORAL artéria femoral veia femoral nervo safeno • Segue na face medial da coxa. • Acompanha: ARTÉRIAS DO MEMBRO PÉLVICO ARTÉRIA SAFENA nervo safeno veia safena Na metade da coxa acompanha o nervo e veia ARTÉRIAS DO MEMBRO PÉLVICO artéria safena divide-se: ✓ ramos cranial ✓ caudal ARTÉRIAS DO MEMBRO PÉLVICO VEIAS Figura 11 Representação esquemática do sistema venoso (cão). VEIAS DO PESCOÇO E DA FACE Figura 12: Veias da face VEIAS DO PESCOÇO E DA FACE As veias da cabeça podem ser divididas em veias que se posicionam na cavidade craniana e veias externas à cavidade craniana. As veias da cabeça externas à cavidade craniana normalmente correm como satélites das artérias correspondentes. No equino, afluentes da veia facial se dilatam localmente para formar três seios venosos que percorrem a crista facial abaixo da musculatura da mastigação. Elas promovem a circulação do sangue em direção ao coração durante a mastigação. Pode-se obter amostras de sangue de um desses seios ao se traçar uma linha virtual do ângulo medial do olho até a crista facial e direcionar uma agulha afastando-se de sua borda ventral em uma direção medial. VEIAS DO PESCOÇO E DA FACE A veia jugular externa é formada nas proximidades do ângulo da mandíbula pela união das veias linguofacial e maxilar. Ela percorre a extensão do pescoço, ocupando o sulco jugular (sulcus jugularis) entre o músculo braquiocefálico dorsalmente e o músculo esternocefálico ventralmente. Nos terços cranial e médio do pescoço, ela é subcutânea, portanto, é a primeira opção para coleta de amostras de sangue e punções intravenosas na maioria dos animais. No cão, as veias jugulares externas esquerda e direita se comunicam pelo arco venoso hióideo, uma veia ímpar que conecta as veias direita e esquerda da língua ventralmente ao osso basi-hioide. Em todos os mamíferos domésticos, com exceção do equino e dos pequenos ruminantes (ovino e caprino), há dois pares de veias jugulares. Além da veia jugular externa, esses animais possuem uma veia jugular interna (profunda) que corre entre a artéria carótida comum e a traqueia para se unir com a veia jugular externa na base do pescoço. VEIAS DO PESCOÇO E DA FACE Figura 13 - Grandes veias da cabeça, do pescoço e dos membros torácicos e os afluentes da veia cava cranial do equino (representação esquemática e simplificada) VEIAS DO MEMBRO TORÁCICO As veias do membro torácico se iniciam com redes venosas terminais (arcus terminalis) nos dedos, no cório e nas cartilagens do casco. A maioria das veias do membro torácico são satélites, embora frequentemente sejam duplicadas onde acompanham as artérias maiores. A túnica média da parede aumenta em espessura nas veias do membro distal em reação à elevação da pressão venosa. Essas veias também estão intimamente relacionadas às artérias para facilitar o fluxo sanguíneo retrógrado. Os afluentes da veia axilar formam o sistema venoso profundo do membro, enquanto a veia cefálica é a única grande veia superficial. Ela é formada pela união das veias metacarpais profundas na face medial do carpo e recebe a veia cefálica acessória que emerge de uma rede venosa na face dorsal do carpo, no meio do antebraço. A veia cefálica prossegue proximalmente em uma posição subcutânea para se unir à veia jugular externa na parte inferior do pescoço. VEIAS DO MEMBRO TORÁCICO Figura 12-28 Sistema venoso do equino (representação esquemática). Na altura da articulação do cotovelo e do joelho, a veia cefálica forma anastomose com a veia intermédia do cotovelo. A veia cefálica é a opção mais comum para punção venosa em cães e em gatos. Ela segue a margem cranial do antebraço, onde pode ser palpada quando elevada ao se aplicar pressão sobre o cotovelo. VEIAS DO MEMBRO PÉLVICO Em correspondência ao membro torácico, as veias do membro pélvico se originam nas redes venosas na parte terminal do dedo (arco terminal, arcus terminalis). Figura 14 - Grandes veias do membro torácico e afluentes da veia cava caudal do equino (representação esquemática). VEIAS DO MEMBRO PÉLVICO As veias profundas são basicamente satélites das artérias. Como ocorre no membro torácico, determinadas veias superficiais, entre elas as veias safenas laterais, correm sozinhas. Cada veia safena se origina de um ramo caudal e cranial do tarso, e se unem na metade da perna. Na altura do tarso, se comunicam com as veias metatarsais profundas. Na perna, as veias safenas correm medial e lateralmente entre o tendão calcanear e a massa muscular caudal. A veia medial é a maior das duas em todos os animais domésticos, com exceção do cão, e cruza a face femoral medial para se abrir na veia femoral. A veia lateral se une à veia femoral profunda no joelho. No gato, a veia safena medial pode ser usada para injeções intravenosas, especialmente durante anestesia. No cão, a veia safena lateral pode ser usada para punção venosa acima do tarso VEIAS DO SISTEMA PORTA A veia porta coleta sangue de todos os órgãos ímpares na cavidade abdominal e transporta o sangue para o fígado. A veia porta e seus afluentes formam um sistema portal. Ele emerge de capilares nas vísceras, que confluem para formar as veias mesentéricas caudal e cranial e a veia esplênica, os três vasos formadores da veia porta. Dentro do fígado, a veia porta se divide até formar sinusoides hepáticos, cavidades preenchidas com sangue envolvidas por fileiras de hepatócitos. O sangue sinusoide é coletado na veia central de cada lóbulo hepático, o que constitui o início do sistema venoso eferente do fígado. Veias centrais adjacentes se fusionam para formar as veias interlobulares que se unem umas com as outras para finalmente formar as veias hepáticas, as quais desembocam na veia cava caudal. O suprimento de nutrientes para o fígado é realizado pelas artérias hepáticas, e os hepatócitos são banhados por sangue misto da veia porta e das artérias hepáticas, de modo que recebem nutrientes de ambas. Ramos da veia porta e das veias hepáticas podem ser avaliados por ultrassonografia ou radiografia de contraste. A veia porta transporta para o fígado sangue funcional rico em nutrientesoriundos do intestino e em hormônios produzidos pelo pâncreas. No feto, a veia umbilical da placenta penetra o fígado e é deslocada para a veia cava caudal através do ducto venoso (ductus venosus). Esse ducto se atrofia logo após o nascimento. Contudo, em alguns animais, com incidência maior em cães, o ducto persiste e forma uma conexão direta entre a veia porta e a veia cava caudal e requer intervenção cirúrgica. Figura 15 - Sistema porta-hepático do cão (representação esquemática). SISTEMA LINFÁTICO Há um segundo sistema de vasos no corpo, denominado sistema linfático, já que seus vasos transportam linfa em vez de sangue. Esses vasos linfáticos são responsáveis pela integridade do corpo. Ele funciona dentro dos sistemas imune específico e não específico O propósito vital unificado é a defesa, tanto celular quanto humoral, contra corpos estranhos invasores. ÓRGÃOS LINFÁTICOS São responsáveis por diversas funções, sendo que a maioria delas é executada pelas células do sistema linfático. Há duas categorias de células: as células imunológicas específicas e as células imunológicas não específicas O baço, os linfonodos (nódulos linfáticos), as tonsilas e o timo (tecido conjuntivo reticular linfoide rico em linfócitos) são os principais órgãos do sistema linfático. LINFÓCITOS (LINFÓCITOS T E B) São as células funcionais mais importantes. Eles são produzidos na medula óssea e nos órgãos linfáticos e viajam com a linfa pelos vasos linfáticos até o sangue. Os linfócitos apresentam receptores de superfície que permitem reconhecer material estranho (antígenos) no corpo e, ao desencadear uma reação em cadeia específica, induzem uma resposta imunológica. Figura 16: Linfócito B LINFONODOS Além do linfonodo comum, existe uma segunda variedade de estrutura similar, mas que está posicionada ao longo da corrente sanguínea. Esses linfonodos hemais (Fig. 17) não são encontrados em todas as espécies e são mais comuns nas ovelhas, nas quais sua coloração escura (devido ao sangue contido) contrasta com o tecido adiposo branco no qual eles estão comumente embebidos. Eles estão localizados principalmente sob os tetos do abdome e do tórax. Figura 17 Linfonodo hemal da ovelha (HE) (70×). 1, eritrócitos; 2, linfócitos. LINFONODOS Figura 18 Estrutura de um linfonodo (A) no qual os centros germinativos (nódulos linfáticos) ocupam a região cortical. No suíno (B), os centros germinativos localizam-se centralmente. As setas indicam a direção do fluxo da linfa. 1, linfáticos aferentes; 2, seio subcapsular; 3, linfáticos eferentes. Uma terceira variedade, o hemolinfonodo, é provavelmente apenas um linfonodo que contém eritrócitos em seus seios como resultado de hemorragia em seu território de drenagem. TONSILAS São estruturas linfoepiteliais, que compreendem agregados de nódulos linfáticos não encapsulados em várias mucosas. As características comuns que distinguem as tonsilas dos linfonodos são a ausência de cápsula e a íntima relação com a superfície epitelial úmida, bem como a localização na origem da via de drenagem linfática. TONSILAS Figura 19 Desenho esquemático das tonsilas palatinas do cão (A) e do bovino (B). As tonsilas do cão desenvolvem-se ao redor de uma [ fossa, mas projetam-se na orofaringe. As dos bovinos circundam o seio tonsilar dentro da parede orofaríngea. 1, epitélio; 2, tonsila palatina; 3, vasos eferentes (setas); 4, fossa tonsilar; 5, seio tonsilar. TIMO O timo é um órgão cuja importância é maior nos animais jovens. Ele começa a regredir no momento da puberdade e pode eventualmente quase desaparecer. Mesmo quando vestígios maiores persistem, estes são formados em sua maior parte por tecido adiposo e elementos fibrosos, e o tecido tímico está suprimido. Tem origem pareada a partir da terceira bolsa faríngea, embora exista alguma incerteza sobre a precisa contribuição do endoderma e do mesoderma subjacente; contribuição ectodérmica é conjeturada em algumas espécies. TIMO A parte cervical regride prematuramente em muitas espécies (incluindo o cão) e, então, o timo aparece como um único órgão mediano, cuja natureza bilateral não é óbvia. Em seu apogeu ele é uma estrutura lobulada (com alguma semelhança com uma glândula salivar) que preenche a parte ventral do mediastino cranial, ajustando-se ao redor das outras estruturas desse espaço. O timo é divisível, em preparações microscópicas, em córtex e medula. O córtex produz os linfócitos T imunocompetentes que entram na corrente sanguínea para distribuição aos órgãos linfoides periféricos (linfonodos e nódulos linfoides difusos), onde se estabelecem e se multiplicam. A medula é formada por células epitelioides de significância mais especulativa. BAÇO As funções do baço são o armazenamento de sangue, a remoção de material particulado da circulação, a destruição de eritrócitos desgastados e a produção de linfócitos. Sua coloração varia de tons vermelhos acastanhados a púrpuros BAÇO A forma básica é muito diferente nas várias espécies domésticas, sendo em forma de haltere no cão e no gato, semelhante a uma fita no suíno, com forma oblonga mais larga no bovino e falciforme no equino. Quando relaxado, o baço do cão e do gato aumenta várias vezes em relação ao seu tamanho quando contraído sendo, portanto, particularmente eficiente como reservatório a partir do qual o conteúdo celular da circulação pode ser recrutado em momentos de estresse. O que determina a extensão dessa variação fisiológica são as trabéculas. Figura 20 Face visceral dos baços do equino (A), bovino (B) e cão (C) demonstrando a distribuição das artérias esplênicas. Os ramos para outras estruturas estão destacados em azul. REFERÊNCIAS KÖNIG, Horst Erich; LIEBICH, Hans-Georg. Anatomia dos Animais Domésticos-: Texto e Atlas Colorido. Artmed Editora, 2016. DYCE, Keith M.; WENSING, Cornelius JG; SACK, Wolfganf O. Tratado de anatomia veterinária. Elsevier Brasil, 2004.
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