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Arquitetura Barroca: Contexto e Características

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HISTÓRIA DA 
ARQUITETURA
Ana Karla Olimpio Pereira 
Arquitetura barroca
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Analisar o contexto histórico.
  Reconhecer as características da arquitetura barroca.
  Selecionar as principais obras barrocas.
Introdução
O Barroco foi um movimento amplo e plural que se seguiu após o Renasci-
mento, entre os séculos XVII e XVIII, o qual buscava ir além do pensamento 
racionalista e tratadista, pois, se o Renascimento pode ser definido pela 
proporção, o Barroco é definido pela tensão e pela libertação. 
Neste capítulo, você conhecerá o contexto histórico em que se de-
senvolve o Barroco, influenciado pela reforma ou pela contrarreforma, 
bem como reconhecerá as principais características de sua arquitetura e 
quais os principais artistas e suas obras.
O Barroco
O Barroco surge incialmente na Península Itálica — lembre-se de que a Itália 
só será unifi cada no século XIX —, num primeiro momento como um des-
dobramento natural do Renascimento, uma vez que a tensão das formas era 
uma nova maneira de experimentação ainda não explorada pelos arquitetos e 
artistas renascentistas, que buscavam o equilíbrio nas proporções gregas. No 
entanto, o que poderia ter se comportado como um desdobramento natural 
passou a ser exacerbado pelo contexto histórico da Contrarreforma.
Devido à forte corrupção do clero, por meio de vendas de cargos, indulgên-
cias e nepotismo, o monge Martinho Lutero, em 1517, elabora suas 95 teses. 
Embora ele achasse que, com isso, conseguiria contornar esses problemas, 
ocorre uma ruptura com a Igreja romana, dando origem ao protestantismo. 
Segundo Fazio, Moffett e Wodehouse (2003, p. 359):
A resposta mais razoável da Igreja foi a Contrarreforma Católica, programa 
que envolvia reformas no interior da Igreja e uma longa campanha para trazer 
as pessoas de volta às crenças do Catolicismo. O Concílio de Trento se reuniu 
em 1545 e concluiu que a arte era uma ferramenta essencial para aumentar o 
prestígio e os ensinamentos da Igreja.
Entre os mecanismos estabelecidos pelo Concílio estão a criação da Com-
panhia de Jesus, mais conhecida como jesuítas, os quais se espalharam pelo 
novo mundo, a fim de implantar o catolicismo nesses territórios. No fim do 
século XVI, tem início as grandes navegações, que iniciariam a colonização da 
América, África e Oceania. Para tentar conter o levante protestante na Europa, 
a Igreja se apropria da arte como instrumento propagandista e pedagógico, a 
fim de transmitir à população, por meio dos grandes murais e esculturas, os 
valores cristãos católicos.
Nos Países Baixos, o protestantismo foi adotado rapidamente em detrimento 
do catolicismo, o que fez com que o Barroco dos países baixos, da Inglaterra e 
da Alemanha fosse diferente do da Itália, por exemplo. Nesses países, tem-se 
uma estética barroca em que o ornamento, as técnicas de pintura e o modo 
de pensar o espaço foram próximos, porém com temáticas distintas. Artistas 
como Vermeer e Rembrandt se dedicaram a cenas cotidianas, retratos e temas 
históricos ou mitológicos, por preservarem o caráter humanista do Renasci-
mento, mas sem se restringirem à técnica. Já na Itália, tem-se Caravaggio, que 
se dedicou a retratos de membros da Igreja e pinturas sacras.
Nesse período, também há o crescimento e desenvolvimento de grandes 
capitais (além das cidades italianas que iniciaram esse processo no Renas-
cimento), como Paris, Viena e Amsterdã, cidades que se tornariam polos de 
concentração de pensadores e artistas.
As cidades medievais barrocas
É no período entre os séculos XVII e XVIII que se inicia a transição de grandes 
cidades europeias, as quais possuíam suas muralhas medievais praticamente 
intocadas até então. 
Paris
Paris é uma das cidades mais antigas do mundo ocidental, a qual se comporta 
como um organismo vivo, tendo três partes elementares: Cité, Université e 
Ville, defi nidas por Leonardo Benevolo (1983, p. 595–597) como: 
Arquitetura barroca2
[...] - a Cité, na ilha onde foi fundada a primeira aldeia gaulesa; - a Univer-
sité na margem esquerda, onde os romanos haviam construído a colônia de 
Lutécia e onde, em 1210, Abelardo e seus colegas fundam a célebre univer-
sidade. - a Ville na margem direita, onde estão as corporações comerciais e 
o governo municipal. As três partes são cercadas pela muralha de Carlos V, 
construídas em 1370. A superfície é de 440 hectares e a população, cerca de 
100.000 habitantes.
A mudança do rei para dentro das muralhas da Paris medieval, em 1528, 
dá início a uma série de mudanças, as quais são interrompidas pelo cerco 
de Henrique IV, que conquista uma cidade aos cacos. Os anos seguintes de 
seu reinado são dedicados a uma série de obras públicas de infraestrutura 
que reconfiguram a cidade e suas muralhas. Essa configuração se estende 
até o reinado de Luís XVI, e a cidade chega a 400 mil habitantes em 1650. 
Nesse período, o pensamento francês se consolida com Corneille e Des-
cartes. No reinado de Luis XVI, é construído o Palácio de Saint-Germain, 
uma obra de impacto, com seus jardins em patamares à moda italiana. 
Todavia, é no reinado de Luís XVI que grandes investimentos serão feitos 
na arquitetura, tornando Paris um modelo para as outras capitais euro-
peias, entre eles o Museu do Louvre, que recebeu conselhos do arquiteto 
italiano Bernini.
A expansão da cidade se dá pela quebra de parte da muralha, que dá lugar 
aos Bulevares e a um amplo espaço próximo à cidade, mas desocupado, no qual 
foi construído o Palácio de Versalhes (Figura 1), tão grande quanto a cidade 
de Paris no período, sendo paulatinamente expandido, de forma a criar uma 
“pequena capital artificial”, como colocado por Benevolo.
Figura 1. Palácio de Versalhes, Paris.
Fonte: Younes_bkl/Shutterstock.com.
3Arquitetura barroca
Viena
Em Viena há uma organização em anéis, de forma que há uma faixa livre 
entre o núcleo urbano murado e a segunda muralha, erguida no século XIII, 
junto à qual se organiza um cinturão urbano. Nesse período, a cidade contava 
com 200 mil habitantes. 
Em 1690, a dinastia de Habsburgos inicia a construção de um palácio 
nos mesmos moldes de Versalhes, fora das muralhas. O arquiteto da corte 
Fisher von Erlach projeta edificações muito complexas, como o Palácio e a 
Igreja de São Carlos Borromeu, umas das mais importantes igrejas barrocas 
europeias (Figura 2). 
Nesse contexto, Viena é importante por se tornar um polo intelectual 
da região, que compreende atualmente a Alemanha, Áustria e Suíça, onde 
floresceram importantes movimentos artísticos, como a Secessão de Viena e 
a escola de psicanálise de Freud.
Figura 2. Igreja de São Carlos Borromeu, Viena.
Fonte: Stefan_Leitner/Shutterstock.com.
Arquitetura barroca4
Amsterdã
Amsterdã, ao contrário de outras cidades que crescem e prosperam, tem 
caráter mercantil, sendo uma cidade independente e com cultura burguesa, 
em sua maioria, protestante. Essa independência em relação à Igreja e à fi gura 
de um monarca se refl ete em sua arte, que possui um caráter cotidiano e anti-
monumental, cujos principais nomes são o fi lósofo tratadista Baruch Spinoza 
(1632–1677) e o pintor Rembrandt (1606–1669) (Figura 3).
Figura 3. Autorretrato, Rembrandt, 1661.
Fonte: [Rembrand] ([200-?], documento on-line).
A cidade alcança protagonismo econômico devido à sua austeridade eco-
nômica e cultural, que preservava aspectos da Idade Média e os combinava 
com as novas tecnologias, como colocado pelo pesquisador Leonardo Benevolo 
(1983, p. 595–597):
5Arquitetura barroca
Amsterdã, a cidade mais importante (dentre as cidades holandesas) se torna 
o centro da atividade comercial e bancária europeia e cresce utilizando uma 
combinação de instrumentos: os métodos administrativos medievais, as con-
tribuições da ciência e da tecnologia modernas e o espírito da regularidade 
da cultura visual renascentista. 
No início, era uma cidade portuária, com cerca de 40 mil habitantes por 
volta de1550, porém, na segunda metade do século XVI, as muralhas do 
século XV são demolidas, e o fosso perimetral é convertido em canal, uma 
lógica que foi replicada nas reformas urbanas que se sucederam, pois os 
canais eram utilizados para o transporte de mercadoria por vias fluviais. Ao 
contrário das outras cidades europeias, Amsterdã foi previamente planejada 
e preparada para o crescimento populacional, por meio de parcerias entre os 
poderes público e particular.
Londres
Londres, até o século XVII, era uma cidade polarizada entre um núcleo 
comercial e a sede do Governo, próximo à abadia. Esses dois núcleos eram 
ligados por meio de uma ponte sobre o Tâmisa, que abrigava casas e peque-
nos comércios. Entretanto, em 1666, um grande incêndio destrói a ponte e 
boa parte dos dois lados da cidade. Devido à necessidade de se reconstruir 
a cidade, alguns projetos de plano único para a reconstrução foram apre-
sentados ao Rei Carlos II, e o projeto selecionado foi de Christopher Wren, 
o qual não foi implantado devido à incapacidade governamental da coroa 
recém-estabelecida.
As principais igrejas são reconstruídas seguindo as diretrizes dadas por 
When, inclusive a Catedral de Saint Paul (Figura 4), e a cidade começa a 
se desenvolver de forma desordenada após a Revolução de 1689, quando se 
torna uma potência econômica, chegando a 1milhão de habitantes no fim do 
século XIII. Devido às muitas pequenas iniciativas sem um direcionamento 
centralizado, Londres sofre com problemas de metrópoles antes mesmo da 
Revolução Industrial. 
Arquitetura barroca6
Figura 4. Catedral de Saint Paul, reformada após o incêndio.
Fonte: [Saint Paul] ([200-?], documento on-line).
Arte barroca
Como visto anteriormente, o Barroco é um movimento bastante plural, 
amarrado por elos estéticos comuns. Essa estética se baseia na tensão e na 
dramaticidade, ao contrário do Renascimento, em que se buscava o equilí-
brio e a proporção. Segundo os pesquisadores Fazio, Moff ett e Wodehouse 
(2003, p. 359):
Em geral, a arquitetura barroca é caracterizada pela complexidade e pelos 
dramas espaciais criados pela luz que vem de fontes ocultas. Seus efeitos 
eram obtidos por meio do jogo dinâmico de formas côncavas e convexas; da 
preferência por espaços axiais e centralizados que se expressou principalmente 
em elementos elípticos ou ovais, ao mesmo tempo axiais e centralizadas; e da 
integração criativa entre pintura, escultura e arquitetura para criar ilusões e 
dissolver as fronteiras físicas.
7Arquitetura barroca
Essa oposição em relação ao Renascimento dá ao Barroco características 
comuns a todas as vertentes de seu movimento: a valorização do ornamento 
e o contraste (dado pela iluminação “teatral”, como se fosse iluminado por 
um holofote e/ou pelo uso de cores puras e contrastantes). Esse caráter dual 
é fortemente explorado pelos artistas da Contrarreforma, que se valem da 
técnica para imprimir valores teocêntricos em sua arte, fazendo os fiéis se 
relacionarem de forma empática com as obras, pois, ao sofrer junto com o 
Cristo, retratado de forma vívida, com cores fortes em oposição ao fundo 
escuro, o homem se dá conta de sua própria natureza e pecado. 
A grande ornamentação da arquitetura segue a mesma linha, uma vez que 
é utilizada para expressar a ideia de que Deus — ou o rei, como no caso da 
corte francesa — é o soberano e, por isso, detém a riqueza e a imponência 
dada pelo ornamento. 
Nas artes
O principal nome da arte barroca é o pintor Caravaggio (1571–1610), artista 
italiano que propaga a técnica de “claro–escuro”, elemento crucial adotado 
por todas as vertentes barrocas. É um dos pintores-chave do movimento de 
Contrarreforma, pois dedicou-se principalmente a retratos e a obras sacras, 
como o Sacrifício de Isaac (Figura 5). Sua pintura é repleta de simbolismos 
e dramaticidade, devido às cores fortes e feições expressivas utilizadas.
Figura 5. Sacrifício de Isaac, Caravaggio, 1601.
Fonte: Nunes (2019, documento on-line).
Arquitetura barroca8
Nos países protestantes, tem-se pintores como Johannes Vermeer (1632–
1675) e Rembrandt (1606–1609), que se dedicam a pintar cenas do cotidiano, 
em particular retratos. A Figura 6 mostra a Garota com brinco de pérola, uma 
das mais conhecidas pinturas de Vermeer (1665), em que se pode observar 
a figura de uma mulher jovem, fortemente iluminada por uma fonte de luz 
pontual, com lenços de cores vivas na cabeça, com olhar penetrante e com 
um brinco de pérola desproporcionalmente grande. Nessa peça, observa-se 
o cuidado extremo aos detalhes, pois é possível ver no brinco o reflexo do 
espaço no qual a moça está inserida. Assim, é, no mínimo, equivocado pensar 
que o Barroco é de alguma forma desleixado por não seguir as técnicas 
rígidas do Renascimento.
Figura 6. Garota com brinco de pérola, 
Veermer, 1665.
Fonte: [Vermeer] ([200-?], documento on-line).
Em relação aos Países Baixos, é importante destacar o pintor Rembrandt 
(Figura 7), que inaugura os grandes quadros de grupos, sempre atento aos 
detalhes, mesmo em telas de grandes dimensões.
9Arquitetura barroca
Figura 7. Ronda Noturna, Rembrandt, 1642.
Fonte: [RONDA NOTURNA] ([200-?], documento on-line).
Arquitetura barroca
Michelangelo (1475–1564) foi o primeiro arquiteto barroco, pois, ao tencionar 
usar as regras renascentistas em busca da dramaticidade desejada, ele dispôs 
os prédios da praça do Vaticano de forma não ortogonal, a fi m de favorecer a 
visão e a sensação de quem adentrasse a praça, criando uma ilusão de óptica. 
De acordo com Alonso Pereira (2010, p. 156):
Quando se voltou para a arquitetura, Michelangelo já era um escultor 
que dominava a forma e os materiais melhor do que os antigos; por 
isso podia voltar as costas a toda ideia de autoridade e transcender a 
Arquitetura barroca10
gramática vitruviana: assim, as distorções linguísticas que emprega em 
sua arquitetura são similares às distorções do corpo humano de muitas 
de suas esculturas.
Esse caráter da praça foi reforçado por Gian Lorenzo Bernini (1598–1680) 
ao deslocar o eixo visual da basílica, a fim de alinhá-lo ao obelisco, instalado 
na posição errada. A Praça de São Pedro é a primeira intervenção urbana feita 
segundo seu caráter estético (Figura 8). 
Figura 8. Praça e Basílica de São Pedro, Vaticano.
Fonte: PaPicasso/Shutterstock.com.
Assim como Michelangelo, Bernini era um grande escultor, e levou essa visão 
para a concepção do edifício e seu espaço, o que se revela também no ornamento, 
algo muito importante na compreensão do Barroco, visto que a edificação deve 
ser modelada, em seus mínimos detalhes, como uma escultura (Figura 9).
11Arquitetura barroca
Figura 9. Êxtase de Santa Teresa, Bernini, 1652.
Fonte: [Bernini] ([200-?], documento on-line).
Um edifício tão grandioso que não pode ser visto de uma vez, esse é o 
Palácio de Versalhes, que sintetiza a questão da monumentalidade própria da 
edificação barroca (Figura 10). O Palácio levou décadas para ser concluído, e, 
por isso, sobrepõe proporções e tipos de ornamentos e materiais; essa colagem 
reforça a tensão entre os elementos espaciais.
Figura 10. Palácio de Versalhes.
Fonte: [Versalhes] ([200-?], documento on-line).
Arquitetura barroca12
O Barroco se estende até o fim do século XVIII e o início do XIX no 
novo mundo, inclusive no Brasil, colônia onde o movimento ganha con-
tornos próprios com as esculturas do mestre Antônio Francisco Lisboa, o 
Aleijadinho (1738–1814), e pinturas de Manuel da Costa Ataíde, conhecido 
como Mestre Ataíde (1762–1830). Nas cidades de Ouro Preto, Congonhas 
e Mariana, é possível ver as principais obras do Barroco mineiro, como 
o Museu da Inconfidência Mineira (Figura 11), em Ouro Preto, e Os doze 
profetas, de Aleijadinho (Figura 12), os quais possuem escala muito menor 
que as edificações europeias, mas têm uma ornamentação própria e rica, 
com elementos regionais e africanos. A arquitetura brasileira só mostrará 
elementos essencialmente originais a partir da arquitetura moderna, no 
séculoXX.
Figura 11. Museu da Inconfidência Mineira, Ouro Preto.
Fonte: Afonso (2018, documento on-line).
13Arquitetura barroca
Figura 12. Os doze profetas, de Aleijadinho.
Fonte: EAFO/Shutterstock.com.
Outra localidade onde o Barroco aparece no Brasil é na Bahia. No período 
capital da colônia, tem-se a figura do pintor Domingos Costa Filgueira (? 
–1797), que adornou importantes edificações, como a Igreja de Nosso Senhor 
do Bonfim, em Salvador (Figura 13).
Figura 13. Igreja de Nosso Senhor do Bonfim, Salvador.
Fonte: Gustavo Frazao/Shutterstock.com.
Arquitetura barroca14
As pinturas barrocas são belíssimas e devem ser apreciadas em detalhes. No link a 
seguir (em inglês), você pode pesquisar obras em alta resolução.
www.wga.hu
Para saber mais sobre as obras do mestre Aleijadinho, acesse o link a seguir e leia o 
artigo Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho.
https://qrgo.page.link/UgYCE
Se você se interessa por planejamento urbano, procure sobre o sistema de infraestrutura 
implantado em Paris durante o Barroco.
AFONSO, P. Inconfidência: museu. In: TOUR OURO PRETO. [S. l.: s. n.], 2018. Disponível 
em: https://www.tourouropreto.com.br/turismo/inconfidencia-museu.html. Acesso 
em: 21 nov. 2019.
ALONSO PEREIRA, J. R. Introdução à história da arquitetura. Porto Alegre: Bookman, 2010.
ARGAN, G. C. História da arte como história da cidade. São Paulo: Martins Fontes, 2014.
BENEVOLO, L. História da cidade. Perspectiva: São Paulo, 1983.
[BERNINI]. [S. l.: s. n., 200-?]. Disponível em: https://www.wga.hu/art/b/bernini/gianlore/
sculptur/1640/therese1.jpg. Acesso em: 21 nov. 2019.
15Arquitetura barroca
FAZIO, M.; MOFFETT, M.; WODEHOUSE, L. A história da arquitetura mundial. Porto Alegre; 
Bookman, 2011.
NUNES, H. O sacrifício de Isaac em nome da arte e da fé. Isso Compensa. 2019. Disponível 
em: http://issocompensa.com/arte/o-sacrificio-de-isaac. Acesso em: 22 nov. 2019.
[REMBRAND]. [S. l.: s. n., 200-?]. Disponível em: https://www.wga.hu/art/r/
rembrand/27self/20sp1661.jpg. Acesso em: 21 nov. 2019.
[RONDA NOTURNA]. [S. l.: s. n., 200-?]. Disponível em: https://www.wga.hu/detail_s/r/
rembrand/26group/05group.jpg. Acesso em: 21 nov. 2019.
[SAINT PAUL]. [S. l.: s. n., 200-?]. Disponível em: https://www.wga.hu/art/w/wren/st_paul2.
jpg. Acesso em: 21 nov. 2019.
[VERMEER]. [S. l.: s. n., 200-?]. Disponível em: https://www.wga.hu/art/v/
vermeer/03b/22pearl.jpg. Acesso em: 21 nov. 2019.
[VERSALHES]. [S. l.: s. n., 200-?]. Disponível em: https://www.wga.hu/art/l/le_vau/4versail.
jpg. Acesso em: 21 nov. 2019.
ZEVI, B. Saber ver arquitetura. São Paulo: Martins Fontes, 1994.
Leituras recomendadas
IPHAN. Antônio Francisco Lisboa: O Aleijadinho. Rio de Janeiro: IPHAN, [200-?]. Dis-
ponível em: http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/Artigo%20-%20
Ant%C3%B4nio%20Francisco%20Lisboa,%20o%20Aleijadinho.pdf. Acesso em: 21 
nov. 2019.
WEB GALLERY OF ART. [S. l.: s. n., 200-?]. Disponível em: www.wga.hu. Acesso em: 21 
nov. 2019.
Os links para sites da Web fornecidos neste livro foram todos testados, e seu funciona-
mento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a rede 
é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de local 
e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade sobre 
qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links.
Arquitetura barroca16

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