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Assistência de Enfermagem em Emergências e Traumas • Yasmim Rodrigues ANATOMIA: Esterno 12 pares de costelas Mediastino (coração, grandes vasos, esôfago, parte da traqueia e brônquios QUANTO AO TIPO DE LESÕES: Aberto: ferimentos causados por ferimento por arma branca e ferimento por arma de fogo. Fechados: contusões geradas pelos acidentes automobilísticos ou queda. QUANTO AO AGENTE CAUSAL: FAF (ferimento por arma de fogo) FAB (ferimento por arma branca) Acidentes automobilísticos Outros LESÕES TORÁCICAS PODEM ACARRETAR: Hipóxia (baixa concentração de oxigênio que favorece a hipercapnia) Hipercapnia (aumento do gás carbônico no sangue arterial) Acidose (pode ser metabólica e/ou respiratória) Choque (obstrutivo, hipovolêmico, cardiogênico) MECANISMO DE LESÃO Traumas penetrantes (FAB, FAF) Trauma direto (agressão) Trauma por compressão Trauma por desaceleração (ou contusão) LESÃO PENETRANTE Cria uma comunicação entre a cavidade torácica e meio externo O ar no espaço pleural (pneumotórax) rompe a aderência entre as membranas criada pela fina película de líquido pleural, resultando em colabamento do pulmão, impedindo ventilação eficaz. (No colabamento (pulmões colam) o que mantem o alvéolo no formato é o liquido surfactante) LESÃO CONTUSA A força contusa aplicada à parede torácica é transmitida através dos órgãos torácicos especialmente os pulmões Assistência de Enfermagem em Emergências e Traumas • Yasmim Rodrigues Essa onda de energia lesiona o tecido pulmonar, o que pode causar hemorragia no interior dos alvéolos (contusão pulmonar) Lesão pleural afetada gera escape de ar do pulmão para dentro do espaço pleural, podendo criar um pneumotórax hipertensivo. (dreno de tórax) A lesão contusa pode produzir laceração ou ruptura de grandes vasos do tórax, particularmente a aorta. FRATURA DE COSTELAS Os arcos costais fraturados podem produzir lesão interna no pulmão levando ao pneumotórax e hemotórax. Os acidentes que apresentam respiração difícil e dores aos movimentos respiratórios é suspeito de fratura de costelas Deve-se evitar a imobilização da costelas com bandagem firme ou ataduras que envolvam todo o tórax, pois essas abordagens predispõem o doente a desenvolver pneumonia e atelectasia PNEUMOTÓRAX SIMPLES É todo aquele em que não há desvio do mediastino para o lado contra-lateral ao pneumotórax, podendo decorrer tanto de trauma penetrante quanto fechado. O paciente apresenta: Diminuição do murmúrio vesicular; Timpanismo. PNEUMOTÓRAX ABERTO Quando o quadro de insuficiência respiratória se instala, quando a ferida é de grande proporção, que a torna via preferencial de entrada de ar durante a inspiração, reduzindo desta forma o volume corrente. Tratamento provisório: curativo valvulado, no qual fecha-se a ferida nas três bordas, deixando-se a quarta borda para expulsão do ar na expiração. Tratamento definitivo: (instalação de dreno de tórax) reparo cirúrgico da lesão da parede torácica e drenagem tubular em selo d’água da cavidade pleural PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO Pode ser definido como aumento progressivo da pressão intrapleural produzida pela entrada continua de ar neste espaço sem saída proveniente principalmente de áreas de laceração das vias aéreas superiores ou pulmão TÓRAX INSTÁVEL Ocorre quando fraturas de múltiplos arcos costais, associadas ou não a fratura esternal produzem instabilidade de parede torácico. Produz movimentos paradoxal do seguimento comprometido causada pela dor e pela lesão pulmonar subjacente, gerando hipóxia grave e progressiva. CONTUSÃO CARDÍACA O coração é comprimido entre o esterno anteriormente e a coluna vertebral, posteriormente. O resultado mais comum de compressão cardíaca é a contusão cardíaca. O músculo cardíaco fica contundido, com variados graus de lesão nas células miocárdicas. Essa lesão quase sempre resulta em ritmos cardíacos anormais, como a taquicardia sinusal; TAMPONAMENTO CARDÍACO Ocorre quando um ferimento no coração permite que fluidos (em geral sangue) se acumulem exatamente entre o saco pericárdico e o coração. Também conhecido como tamponamento pericárdico, é uma emergência médica na qual há acúmulo de líquido no pericárdio. Leva o paciente a uma arritmia, consequentemente gerando uma atividade elétrica sem pulso. (Esse quadro só é revertido quando ocorrer a drenagem do liquido no pericárdio) Pericardiocentese: aspiração do sangue coletado no saco pericárdio aliviando a compressão, permitindo a melhora da atividade cardíaca. Assistência de Enfermagem em Emergências e Traumas • Yasmim Rodrigues SINAIS E SINTOMAS DO TAMPONAMENTO CARDÍACO Tríade de Beck: Hipotensão Hipofoese de sons cardíacos/bulhas ou bulhas/sons cardíacos abafados Distensão jugular Cianose e sudorese Atividade elétrica sem pulso HEMOTÓRAX DIAGNÓSTICO Choque hemorrágico Ausência ou diminuição do murmúrio vesicular Opacificação do hemotórax no RX ATENDIMENTO INICIAL Alergias; Medicações; Doenças associadas; Última refeição; Evento/ambiente. A – Vias aeras Permeabilidade das vias aéreas; Corpo estranho em orofaringe (paciente comatoso); Retração dos espaços intercostais e fossas supra claviculares. B – Respiração Ventilação adequada -> boa função pulmonar; manejo e controle adequado das vias aéreas, integridade da parede torácica e músculos respiratórios. C- Circulação Nível com consciência Avaliação pulso (frequência, amplitude, ritmo); Avaliação pressão arterial; Coloração e temperatura da pele (circulação periférica); Ingurgitamento das veias da região cervical (tamponamento cardíaco) que pode estar ausente no paciente hipovolêmico ou chocado); Monitorização cardíaca: é importante em trauma de parede anterior do tórax (região esternal) ou trauma por desaceleração bruca (queda de grande altura) podem ocorrer contusão miocárdica, lesão dos vasos da base e disritimia Exame físico Inspeção: movimentos torácicos (taquipnéia), hematomas, cianose (é tardia), assimetria torácica; Palpação: fratura de arcos costais, cartilagens; Percussão: timpanismo, macicez; Ausculta: ausência ou diminuição de M.V, abafamento de bulhas. CAUSAS DE MORTES Morte imediata: lesões cardíacas Morte precoce: Obstrução das vias aéreas, pneumotórax hipertensivo (ar na cavidade pleural, possibilitando a compressão de vários órgãos, assim como pulmão). Morte tardia: Complicações pulmonares, sepse, lesões não diagnosticadas. Anotações:
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