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Tutelas provisórias

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TUTELAS DIFERENCIADAS 
INTRODUÇÃO 
Tutela provisória 
 Evidência; 
 Urgência. 
 Antecipada (natureza 
satisfativa); 
 Cautelar (natureza protetiva). 
TRATAMENTO CONJUNTO 
O CPC trata da tutela provisória: espécies, 
características e procedimento. 
No Código de 1973 havia o chamado “processo 
cautelar”, que era autônomo. Hoje não existe mais 
isso. 
O Livro V permite que o juiz conceda tutelas 
provisórias caso seja preenchido os requisitos. 
CONCEITO 
É uma tutela diferenciada emitida em caráter 
provisório que satisfaz antecipadamente ou assegura 
e protege uma ou mais pretensões formuladas, 
podendo ocorrer em situações de evidência e 
urgência. 
EFETIVIDADE DO PROCESSO 
As tutelas provisórias dão mais efetividade ao 
processo que muitas vezes não são céleres e que por 
isso trazem prejuízo às partes. Então o juiz concede 
aquilo que só cederia ao final do processo ou 
determina medidas para assegurar a eficácia do 
provimento principal. 
CLASSIFICAÇÕES 
 Natureza: 
 Antecipada; 
 Cautelar. 
 Fundamentação: 
 Urgência; 
 Evidência. 
 Momento: 
 Antecedente; 
 Incidental. 
 
Tutelas provisórias antecipada e cautelar: 
DIFERENÇAS: 
- Satisfatividade. As duas são provisórias e têm 
requisitos parecidos, relacionados à urgência. 
- Somente a antecipada tem natureza satisfativa, onde 
o juiz de pronto já defira os efeitos que só ocorreriam 
no final. 
- Na cautelar, o juiz não defere (ainda) os efeitos 
pedidos, mas determina uma medida protetiva para 
preservar o direito do autor que está em risco por 
causa da demora do processo. 
- As duas podem ser úteis para afastar situação de 
perigo de prejuízo irreparável ou de fácil reparação. 
- Ambas devem manter correspondência com a 
pretensão final, mas de formas diferentes. 
ANTECIPADA CAUTELAR 
Concede 
antecipadamente aquilo 
que só seria concedido 
ao fim do processo. 
Afasta o perigo 
atendendo ao que foi 
postulado. 
Determina providencias 
protetivas para 
preservar o direito do 
autor. Afasta o perigo 
tomando alguma 
providência de 
proteção. 
 
ANTECIPADA 
- Satisfaz antes do fim do processo (em todo ou em 
parte), a pretensão do autor. 
Ex.: se postulou a condenação, o juiz, antecipando a 
tutela, permitirá ao credor obter aquilo que da 
condenação lhe resultaria. 
- O juiz não pode conceder com efeitos que 
ultrapassem a extensão do provimento final, nem que 
tenha natureza diferente. 
- É sempre provisória, precisa ser substituída por um 
provimento definitivo. Sua efetivação observará as 
normas referentes ao cumprimento provisório de 
sentença (CPC, art. 297, § único). 
CAUTELAR 
- Não satisfaz, no todo ou em parte, a pretensão do 
autor. 
- O juiz determina providências de resguardo, 
proteção e preservação dos direitos em litígio. 
Exemplo: 
→ Ação de reintegração de posse; 
→ Verifica-se que o bem está correndo risco de 
perecimento porque o réu não toma os 
cuidados necessários; 
→ Autor postula o sequestro cautelar, com 
entrega a um depositário que preservará o 
bem até o final do litígio. 
Tutelas provisórias de urgência e evidência: 
- Ao conceder essa tutela (antecipada ou cautelar), o 
juiz deverá fundamentar a decisão na urgência ou na 
evidência. 
URGÊNCIA EVIDÊNCIA 
Quando houver 
elementos que 
evidenciem a 
probabilidade do direito 
e o perigo de dano ou o 
risco o resultado útil do 
processo. CPC, art. 300. 
Não tem por finalidade 
afastar um perigo, e 
será deferida mesmo 
que ele não exista. 
Normalmente é o autor 
que sofre com a demora 
do processo, e ele 
suporta o ônus da 
demora. A evidência 
inverte esse ônus 
quando o réu age 
conforme o art. 311. 
- O perigo da tutela de urgência será solucionado 
mediante a tutela antecipada ou cautelar. 
 - Quando a tutela provisória for fundada em 
evidência, sempre será satisfativa. 
- Os requisitos da tutela de urgência serão fumus boni 
juris: probabilidade do direito. 
- E periculum in mora: risco que em a medida litigante 
possa sofrer perigo de prejuízo irreparável ou de difícil 
reparação. 
Tutelas provisórias de urgência antecedentes e 
incidentais: 
- A tutela de evidência será sempre acidental, nunca 
antecedente. 
- Não haverá formação de processo autônomo para a 
concessão de tutela provisória (antigos processos 
cautelares) 
Urgência Evidência 
Poderá ser incidental ou 
antecedente. 
Sempre será incidental, 
nunca antecedente. 
 
INCIDENTAL 
O processo principal já foi ajuizado, a medida será 
requerida no seu bojo quando se apresentar uma 
situação de urgência. 
ANTECEDENTE 
Formulada antes que o pedido principal tenha sido 
apresentado ou, ao menos, antes que ele tenha sido 
apresentado com a argumentação completa. 
Tutela provisória de 
urgência cautelar em 
caráter antecedente 
Tutela provisória de 
urgência antecipada em 
caráter antecedente 
O autor formulará o 
pedido cautelar antes de 
apresentar o principal, 
expondo de maneira 
sumária o direito que 
visa assegurar. Efetivada 
a tutela cautelar, deverá 
ser apresentado, no 
mesmo processo, e 
dentro de 30 dias, o 
pedido principal. Não há 
um processo 
antecedente a outro, 
mas um pedido 
antecedente ao outro 
no mesmo processo. 
CPC, art. 303. O autor 
formulará apenas o 
pedido de antecipação, 
apresentando uma 
exposição sumária da 
lide, do direito que se 
busca realizar e o perigo 
de dano ou risco ao 
resultado útil do 
processo. Concedida a 
tutela antecipada, a 
inicial deverá ser 
aditada para 
complementação da 
argumentação, juntada 
de novos documentos e 
confirmação do pedido 
de tutela final, em 15 
dias, ou outro prazo 
maior que o ´órgão fixar. 
 
CARACTERISTICAS 
Tutelas provisórias e liminares 
LIMINAR: tem a ver com algo que deve ser decidido 
no início. Pode ocorrer quando: 
a) Houver necessidade de proferir uma tutela 
provisória de urgência antecipada ou cautelar 
(CPC, art. 300, § 2º); 
b) De acordo com o art. 311 § único, nas tutelas 
de evidência dos incisos II e III; 
c) Nas tutelas de urgência, ainda é possível que 
o juiz conceda a liminar quando há o 
requerimento na forma antecedente, ou seja, 
poderá ser concedida ainda que o pedido 
principal não tenha sido formulado, ou com 
sua fundamentação incompleta (CPC, arts. 
303 e 305); 
d) Incidentalmente (no decorrer do processo), 
mas a doutrina majoritária dispõe que a 
concessão não poderá ser chamada de 
liminar. 
Em síntese: 
Em casos deu urgência, a tutela provisória pode ser 
deferida em caráter antecedente ou, já no processo 
principal, em caráter liminar, antes que tenha sido 
citado o réu. 
Nos casos de evidência, a tutela não poderá ser 
antecedente, mas poderá ser liminar, nas hipóteses 
dos incisos II e III. Nos incisos I e IV, ela só pode ser 
deferida depois da citação e comparecimento do réu. 
Ainda que não tenham sido deferidas em caráter 
liminar, elas podem ser concedidas a qualquer tempo, 
mesmo que na fase da sentença, antes da decisão 
definitiva. 
COGNIÇÃO SUMÁRIA : 
Dois aspectos: 
a) Extensão: limites referentes às questões que 
podem ser apreciadas dentro do processo. Na 
cognição, a extensão é plena nas tutelas 
provisórias, o CPC atribuiu ao juiz poder geral 
de deferir a medida que considerar adequada, 
não necessariamente a que foi pleiteada. 
b) Profundidade: grau de certeza com que o juiz 
profere sua decisão. Na cognição, a 
profundidade é superficial, ele não decide 
com base na certeza da existência do direito 
(incompatível com a urgência exigida). O juiz 
ainda não tem um grau de certeza elevado do 
pedido e não consegue exaurir todas as 
informações para formar seu livro 
conhecimento motivado para dar sua decisão 
final. Lidando com situações de urgência, não 
é possível que ele decida com as informações 
que tem naquele momento. 
Na tutela de evidência, a cognição do juiz ainda é 
sumária, embora haja indícios mais fortes da 
existência do direito, que permitemao juiz conceder a 
medida independentemente da presença de perigo. 
PROVISORIEDADE : as decisões provisórias não são 
definitivas, pois o juiz nem sempre terá ouvido todos 
os litigantes nem colhido todas as provas. 
O juiz pode, a qualquer tempo, rever a decisão, sendo 
feito com que ela seja definitiva ou a revogando. CPC, 
art. 296. Para que mude seu entendimento, será 
necessário que tenha ocorrido mudanças fáticas. Ex.: 
perigo não existe mais ou se manifestou. 
Todas as tutelas são examinadas superficialmente. 
Elas conservam sua eficácia no curso do processo 
enquanto não forem revogadas ou substituídas pela 
tutela definitiva. Não estão sujeitas à coisa julgada 
material e nem à preclusão como as decisões 
proferidas em cognição exauriente. 
• Revogação, modificação e cessação de 
eficácia 
A tutela provisória só perderá sua eficácia se ela for 
revogada ou cessada. 
A simples suspensão do processo não provoca a 
revogação ou a cessação da eficácia, a menos que 
haja decisão judicial em contrário (CPC, art. 296, § 
único). As causas de suspensão do processo estão 
enumeradas no CPC, art. 313. 
Revogação ou modificação: há uma nova 
decisão judicial, fundada com a vida de novos 
fatos ao processo. Ela deve ser fundamentada 
(CPC, art. 298 c/c CF, art. 93, IX). A revogação 
de liminar não depende de requerimento da 
parte, podendo ser promovida de ofício pelo 
juiz, a quem cabe o poder geral de decisão. 
 
Cessação: existem situações em que não é 
necessário que o juiz profira uma segunda 
decisão para que a tutela provisória perca sua 
eficácia. Alguns elementos deixam claro que 
aquela decisão não faz mais sentido para o 
processo. 
 
Quando o juiz profere uma decisão definitiva, 
ela substitui a provisória. Nem sempre isso irá 
implicar na cessação da eficácia, pois a 
definitiva pode confirmar a provisória, ou seja, 
dependerá do caso concreto para saber se irá 
manter ou substituir a decisão provisória. 
TUTELA PROVISÓRIA ANTECIPADA E JULGAMENTO 
ANTECIPADO DO MÉRITO 
 
Tutela provisória 
antecipada 
Julgamento antecipado 
do mérito 
Espécie de tutela 
diferenciada, proferida 
em cognição sumária e 
em caráter provisório. 
Precisa de um 
provimento final ainda 
que a eficácia perdure 
por todo o processo. 
 
Verdadeiro julgamento, 
proferido em cognição 
exauriente e que se 
revestirá da autoridade 
da coisa julgada 
material, a partir do 
momento em que não 
caiba mais recurso. 
 
 
No julgamento antecipado do mérito, o juiz já se 
aprofundou e fez o julgamento onde se verifica que 
tudo já foi esgotado. Toda prova que o juiz necessita 
para formar seu livre conhecimento motivado já está 
dentro do processo. 
Na tutela provisória antecipada, o juiz analisa, mas 
não com profundidade para tomar uma decisão 
definitiva, diferentemente do julgamento antecipado 
do mérito. 
EXEMPLOS: 
Julgamento antecipado do mérito: 
Pretensão A – 
→ matéria exclusivamente de direito, não 
precisa de produção de prova; 
→ decisão interlocutória de mérito; 
→ julgamento antecipado de mérito; 
→ a parte que se sentir prejudicada pode 
interpor o recurso de agravo de instrumento 
(CPC, art. 1.015, II) 
→ se não interposto, haverá o trânsito em 
julgado e a coisa material de A. 
→ têm-se cognição exauriente. 
Pretensão B – 
→ matéria fática já estava totalmente provada 
por documentos, não precisando promover 
outas provas; 
→ livre conhecimento motivado; 
→ julgamento antecipado do mérito; 
→ sentença – cabe recurso de apelação; 
→ se não interposto o recurso, irá ocorrer a 
coisa julgada material de B. 
Tutela provisória: 
Pretensão final A – 
→ tutela provisória antecipada de 50% de A 
→ alimentos definitivos no valor de 1 salário-
mínimo conforme o processo avança defesa, 
documentos e outas provas; 
→ o juiz poderá mudar seu entendimento; 
→ poderá haver recurso; 
→ têm-se cognição sumária. 
PODER GERAL DO JUIZ DE CONCEDER TUTELAS 
PROVISÓRIAS 
FUNDAMENTAÇÃO: CPC, art. 297 
Dá ao juiz o poder de determinar as medidas que 
considerar adequadas para a efetivação da tutela 
provisória. 
• É um poder-dever 
• Não há discricionariedade 
• O CPC de 2015 não enumerou as medidas 
cautelares, tal qual fez o legislador do CPC de 
1973 
• Art. 301 menciona algumas medidas 
cautelares especificas, mas poderá ser 
utilizada qualquer medida idônea para a 
asseguração do direito 
• O juiz poderá conceder providência diversa 
daquela postulada pelo litigante, não havendo 
nenhum vício 
• Só poderá determinar tutela provisória que 
guarde relação de referibilidade com a 
pretensão principal 
Natureza satisfativa Natureza cautelar 
Precisará corresponder, 
no todo ou em parte, à 
pretensão inicial. 
Deverá ser útil para a 
proteção do provimento 
final. 
EX.: autor postula tutela satisfativa – o juiz poderá 
conceder tutela cautelar, uma vez que julgue mais 
adequada. 
TIPO DE PROCESSO EM QUE CABE TUTELAS 
PROVISÓRIAS 
As tutelas provisórias podem ser deferidas em 
qualquer tipo de processo, ao princípio 
(conhecimento ou execução). 
Entretanto, pode ocorrer que determinado tipo de 
tutela provisória seja incompatível com o tipo de 
pretensão formulada no processo. 
PROCESSO DE CONHECIMENTO: é possível haver 
concessão da medida, independentemente do tipo de 
procedimento, que poderá ser especial ou comum. 
Mesmo nas ações de procedimento especial, em que 
há previsão de liminares específicas, que têm 
natureza de antecipação de tutela, mas dependem de 
requisitos próprios, a tutela genérica pode ser 
deferida (ex.: alimentos). 
PROCESSO DE EXECUÇÃO : pode ocorrer o 
deferimento de tutela provisória cautelar. 
Não deve caber a tutela da evidência em processos de 
execução. Para que o processamento da execução 
seja deferido, é preciso que esteja embasada em 
título executivo dotado dos requisitos de certeza, 
liquidez e exigibilidade. Não se justifica, nesse 
contexto, o deferimento de medida fundada em 
evidência. 
COMPETÊNCIA 
FUNDAMENTAÇÃO: CPC, art. 299 
REGRA GERAL: tutela provisória requerido ao juízo da 
causa, e quando antecedente, ao juízo competente 
para reconhecer do pedido principal. Ela pode ser 
requirida a qualquer tempo do processo (salvo de 
evidência). 
a) A quo já proferiu o julgamento e houve 
recurso para o órgão ad quem: ad quem será 
competente. 
b) Apelação: Tribunal a quem compete julgar. 
c) Recurso especial ou extraordinário: STJ ou 
STF. 
Com o julgamento, terá será esgotado a função 
jurisdicional do órgão a quo. 
Órgão a quo Órgão ad quem 
Juiz ou tribunal de 
instância inferior de 
onde provém o processo 
objeto do recurso ou ato 
que se discute em outro 
juízo. 
Designa o juízo ou o 
tribunal para onde se 
encaminha ou se 
remete, em grau de 
recurso, o processo que 
se achava em instância 
inferior. 
Para que a competência passe a ser do órgão ad 
quem, não é preciso que o recurso já tenha subido, 
bastando que tenha sido interposto. 
Pode ocorrer que os autos ainda estejam no órgão a 
quo quando o requerimento é apresentado no órgão 
ad quem, o que obrigará o interessado a instruir 
covenientemente o pedido de tutela provisória, para 
que ela possa ser apreciada. 
Interposto o recurso, bastará ao interessado que 
requeira a tutela provisória por petição dirigida ao 
relator, acompanhada das cópias necessárias, para 
que ele possa apreciar o pedido. 
A POSSIBILIDADE DE A TUTELA PROVISÓRIA DE 
URGÊNCIA SER EXAMINADA POR JUÍZO 
INCOMPETENTE 
Regra: o juízo que se reconhece absolutamente 
incompetente não pode proferir nenhuma decisão no 
processo. 
Exceção: casos de urgência extrema, onde a decisão 
pode ser fatal par o direito do litigante, pois qualquer 
demora pode implicar prejuízo irreparável. 
 
TUTELA DE URGÊNCIA 
• Um dos fundamentos da tutela provisória. 
• O que caracteriza a urgência é o fumus boni 
juris e o periculum in mora. 
REQUISITOS1. Requerimento 
O requerimento deve ser da parte. O CPC não previu a 
possibilidade de que a medida seja deferida de ofício. 
Quando o MP for autor da ação, poderá requerer a 
medida. 
2. Elementos que evidenciem a probabilidade 
do direito/verossimilhança das 
alegações/fumus boni juris 
O CPC exige elementos de convicção que evidenciem 
a probabilidade do direito. 
O que é fundamental para que o juiz conceda sua 
medida, é que se convenção de que as alegações são 
plausíveis, verossímeis, prováveis. 
É preciso que o requerente aparente ser o titular do 
direito que está sob ameaça, e que esse direito 
aparente merecer proteção. 
→ A cognição é sempre sumária. 
→ O juiz deve estar convencido, senão da 
existência do direito ameaçado, ao menos de 
sua probabilidade. 
 
3. O perigo de dano ou o risco ao resultado útil 
do processo/periculum in mora 
 
→ Só pode ser requisito da tutela de urgência. 
→ Deve haver situação objetiva de risco, atual 
ou iminente. 
→ O perigo pode derivar de ação ou omissão do 
réu. 
 
4. A não irreversibilidade dos efeitos da tutela 
de urgência antecipada 
Os efeitos da tutela de urgência não podem ser 
irreversíveis (CPC, art. 300, § 3º). Não é fácil 
determinar quando um provimento é ou não 
irreversível. 
Seria reversível aquele que, em caso posterior de 
revogação ou cessação de eficácia, não impeça as 
partes de serem respostas ao status quo ante. 
 Em algumas situações o juiz percebe que não é 
possível reverter ou vai ser muito difícil reverter para 
o estado a anterior. Nesse caso, ele irá aplicar o 
princípio da proporcionalidade, pensando no que é 
mais grave – conceder a tutela e não conseguir 
reverter depois ou não conceder a tutela. 
Quando falamos de uma situação que não possa 
retornar ao estado anterior, existe a possibilidade de 
perdas e danos, mesmo assim o juiz deverá observar 
se isso não traria um risco mais grave aos efeitos. 
5. Tutelas de urgência e proporcionalidade 
A urgência e a intensidade da ameaça podem, muitas 
vezes, repercutir sobre o requisito da probabilidade. O 
juiz deve se valer do princípio da proporcionalidade, 
sopesando as consequências que advirão do 
deferimento ou do indeferimento da medida. 
Deve o juiz comparar os danos que poderão ocorrer 
caso ele conceda a tutela e caso não a faça. 
6. Caução 
Caução: cautela que alguém tem ou toma como 
garantia de indenização de algum dano possível ou 
devido à possível falta do cumprimento de alguma 
obrigação. 
A caução é contracautela. Caso a medida venha a ser 
revogada ou perca a eficácia, servirá para garantir o 
ressarcimento de eventuais danos. Como a medida é 
deferida em cognição superficial, sem que o juiz tenha 
ainda todos os elementos para proferir uma decisão 
definitiva, ele pode sentir-se mais seguro se o autor 
prestar caução. 
TUTELA DE EVIDÊNCIA 
INTRODUÇÃO: Não há situação de risco eminente, 
perigo potencial que deve ser afastado ou ameaça. 
Serve para alterar os ônus que normalmente são 
acarretados ao autor do processo e que decorrem da 
demora na sua conclusão. 
NATUREZA JURÍDICA: um dos fundamentos da tutela 
provisória. Sempre será satisfativa, uma vez que 
antecipa a pretensão final. 
COGNIÇÃO SUMÁRIA E CARÁTER PROVISÓRIO : 
sempre será deferida em cognição sumária e caráter 
provisório.

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