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8 Órgãos genitais internos femininos docx

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Thais de Paula - Med 105           
Órgãos genitais internos femininos 
Resumo da aula - Prof. Josemberg           
 
➢ Introdução​:  
Histerossalpingografia é um exame médico que           
estuda as vias pérvias dos órgãos genitais             
femininos, por essa possibilidade de estudar essa             
via pérvia entendemos que existe uma           
comunicação dos órgãos genitais feminino         
externos com os internos e além disso, dos               
internos com a estrutura interna do abdome, a cavidade peritoneal.                    
 
Nesse exame, o médico introduz pelo óstio interno da vagina um instrumento metálico                         
que vai depositar no fórnice da vagina (no fundo da vagina) um líquido radiopaco que                             
vai preencher o óstio do útero, sua cavidade, transborda pelas tubas uterinas de ambos os                             
lados e se perde na cavidade peritoneal (mostrando uma distribuição difusa do líquido no                           
exame).  
Isso nos mostra que a mulher possui uma comunicação entre os meios interno e externo,                             
o que é importante já que o peritônio é um órgão essencial e pode gerar grandes                               
complicações em casos de peritonite. Porém, as mulheres possuem vários mecanismos                     
para evitar que isso ocorra.          
 
Os órgãos na cavidade pélvica feminina se distribuem da seguinte maneira:                      
Na linha mediana o primeiro órgão é a ​bexiga urinária ​localizada posteriormente à                         
sínfise púbica, após ela, na região média vêm o ​útero e posteriormente a ele, na região                               
pré sacral, está o ​reto.         
O peritônio envolve essas estruturas femininas, diferente do homem que não possui                       
mesos relacionados com os órgãos genitais internos.              
1 
 
 
O grande meso que envolve tuba uterina, a parte lateral do útero e ovários é chamado de                                 
ligamento largo do útero, ​que é dividido em três partes para envolver cada um desses                             
três órgãos:   
- parte ovárica: ​mesovário     
- parte uterina: ​mesométrio     
- parte tubária: ​mesossalpinge ​(“salpinge” = tuba)           
 
Na linha mediana, o ligamento largo do útero se divide em duas estruturas que são mais                               
profundas que são as escavações: ​escavação vesicouterina ​(entre o útero e a bexiga) e                           
escavação retouterina ​(entre o útero e o reto). Essas escavações possuem contato com os                           
órgãos laterais e as regiões laterais são chamadas ​fossas​, que variam bastante na sua forma,                             
já que os órgãos podem aumentar de tamanho ou diminuir dependendo do seu                         
enchimento. As fossas laterais à bexiga urinária são as ​fossas vesicais e as fossas laterais ao                               
reto são as ​fossas pararretais​.          
 
Quem é mais profundo na região posterior à vagina e útero? a escavação retouterina ou a                               
fossa pararretal? isso depende entre os indivíduos. Mas como esses dois são a estruturas                           
mais baixas da cavidade peritoneal existe possibilidade de se acessa a escavação retouterina                         
via vagina, fazendo um acesso de 45 graus, pelo fórnice posterior, o que permite a coleta                               
de líquidos peritoneais para análises clínicas (por exemplo para avaliar se existe uma                         
infecção peritonial).   
 
O órgão externo da mulher pode ser chamado de pudendo feminino ou de vulva.                            
 
➢ Ovário​: são as gônadas femininas, são estruturas parecidas com os testículos em                       
sua forma, mas são menores.          
O útero fica sobre a bexiga, se debruçando sobre ela, o que torna a tuba uterina e os                                   
ovários estruturas posteriores e também levemente inferiores. Com isso, eles tem a função                         
2 
 
 
primordial de serem as gônadas e portanto produzirem os oócitos femininos (na realidade                         
não produzir, e sim maturá-los e expeli-los já que a mulher já nasce com os oócitos                               
prontos e só precisa maturá-los, diferente do homem que produzem espermatozóides                     
constantemente).  
Além disso, tem importante função hormonal e de conferir características sexuais                     
secundárias à mulher.      
Ficam relacionados com as paredes da cavidade pélvica e abraçados pela tuba uterina.                         
Eles possuem duas extremidades: uma uterina e uma tubária.                  
Sua coloração é rósea bem clara quase acinzentado e é fosco quando comparado com a                             
característica brilhosa do útero (por ser envolto por peritônio). A característica fosca é                         
devido a ele ser revestido por um mesotélio próprio, que é uma camada de células cúbicas                               
que o reveste, o que é muito importante pois dele são expelidos os oócitos e com isso                                 
parte dessa membrana envolve e protege o oócito.                
O ovário é a única estrutura que é realmente ​intraperitoneal​, ou seja, o peritônio não                             
passa sobre ele, ele penetrou furando o peritônio e fica dentro da cavidade peritoneal.                           
Sua margem é fixada no ligamento largo do útero, mas não é envolto pelo peritônio, está                               
dentro dele.   
Ao observar a extremidade uterina do ovário em um corte vemos que o ligamento largo é                               
como se fosse um “T”, ele possui uma parte que vai somente para a tuba, uma parte que se                                     
prende na borda do ovário, que é o ​mesovário e o restante que está lateral ao útero e é o                                       
mesométrio (maior parte do ligamento).          
Outras formas de fixação do ovário além do mesométrio são o ​ligamento suspensor do                           
ovário (que possui esse nome de maneira irônica já que não o suspende, sendo apenas                             
uma prega peritoneal por onde passam os vasos sanguíneos e linfáticos do ovário) e o                             
ligamento útero-ovárico (que é um resquício do gubernáculo da mulher, como ele não                         
traciona o ovário até os lábios maiores do pudendo que seria o homólogo do escroto na                               
mulher, ele fica como resquício fixando o ovário e relacionando-o com a parte do fundo                             
do útero, formando esse ligamento).          
3 
 
 
 
Uma vez que os oócitos são maturados, eles eclodem e vão para um espaço que é a                                 
cavidade peritoneal, ficam ali por pouco tempo e são captados pelas tubas uterinas.                           
 
➢ Tubas uterinas​: são dois condutos músculo mucosos que se dispõem de forma                       
íntima com os ovários.        
Porém sua posição pode variar, mas sempre com uma extremidade no útero e a outra                             
relacionada com o ovário.        
A principal fixação da tuba uterina é o ​mesossalpinge​. Ela conduz o oócito e por isso                               
possui dois orifícios: um perto do ovário (óstio abdominal da tuba uterina, que se abre                             
para a cavidade peritoneal) e um no útero (óstio uterino da tuba uterina).                          
É dividida em partes:        
- infundíbulo​: parte mais dilatada repleta de ​fímbrias​,que são como tentáculos.                   
Uma das fímbrias está fixada ao ovário, a chamada ​fímbria ovárica​, para dar umguia ao oócito que ali eclode           
- ampola​: parte maior e mais dilatada da tuba, onde ocorre a fecundação.                        
- istmo​: parte mais estreitada       
- intramural ou ​parte uterina da tuba uterina​: parte que atravessa a parede do                           
útero (que é uma parede bem espessa por conta da musculatura lisa, o miométrio).                           
 
Observamos que as tubas não ficam sempre iguais uma a outra na sua forma, podem estar                               
até mesmo em posições diferentes, mas ambas cobrem os ovários e são ligadas ao útero na                               
outra extremidade.   
 
Obs: A tuba uterina é o sítio da fecundação, então pode acontecer do blastocisto se                             
implantar na tuba e gerar uma ​gravidez ectópica​, ou especificamente nesse caso, uma                         
gravidez tubária​. Essa gravidez é incompatível com a vida visto que ela não possui a                             
estrutura interna apropriada assim como o útero possui.                
4 
 
 
 
Obs 2: ​ligadura das trompas = antes era bem comum mas hoje está caindo em desuso.                               
Procedimento de esterilização feminina que realiza o fechamento das tubas uterinas. Pode                       
ser feito de várias maneiras:          
- cortando as tubas (o que é perigoso já que corta-se o peritônio junto)                         
- clampeando  
- estrangulando 
Por envolver a cavidade peritoneal, ela tem caindo em desuso principalmente ao                       
comparar com a facilidade que é fazer a ​vasectomia (ligadura dos ductos deferentes no                           
homem).  
 
➢ Útero​: é um órgão extremamente dinâmico, com função de aninhar o novo ser                         
humano e posteriormente expeli-lo na hora do parto, permitindo a perpetuação da                       
espécie. 
Normalmente, está fletido/debruçado sobre o teto da bexiga urinária, mas não é um                         
órgão tão fixo já que uma vez que ele está posicionado passivamente sobre a bexiga, os                               
movimentos dela influenciam na posição do útero.              
Em geral, está no nível da abertura superior da pelve em uma mulher adulta, ficando mais                               
próximo do abdome quando a bexiga está repleta.                
 
Ele se adapta completamente na gravidez para abrigar o novo ser. Na gravidez, todos os                             
órgãos são estrangulados contra o diafragma, já que o útero cresce em direção ao                           
abdome, que não possui parede óssea, sendo então complacente. Por essa razão a grávida                           
pode apresentar: falta de ar (dispneia) ou problemas com continência fecal e miccional.                          
 
O útero tem uma forma específica, parece uma estrutura fusiforme, mas não é.                          
Ao traçar algumas linhas vemos como ele fica alinhado com os demais órgãos da pelve.                              
5 
 
 
A forma do útero é que ele é               
antefletido ​e ​antevertido​.      
Ou seja, traçando uma linha         
vaginal vemos que ela não é           
congruente com a linha da         
cavidade uterina nem com o         
colo do útero.      
 
A linha em vermelho é a da             
cavidade uterina, a roxa é a           
linha da vagina e a azul é a linha do colo do útero.                          
 
O ângulo entre a cavidade uterina e a vagina, que é quase de 90 graus, representa a                                 
anteversão do útero​, ou seja a cavidade uterina e a da vagina, não estão alinhadas pois o                                 
útero está flexionado anteriormente.        
 
Já o ângulo entre a cavidade uterina e o canal do colo do útero nos mostra que elas não                                     
estão alinhadas e com isso temos a ​anteflexão do útero​, pois o útero possui uma                             
angulação própria.    
 
Esse conceito é importante clinicamente já que             
podem existir outros tipos de ângulos.           
Dependendo do caso ele pode até estar alinhado               
com a vagina, o que é problemático já que a                   
vagina é uma bainha (estrutura cavitária) e isso               
pode permitir/facilitar o prolapso do útero pela             
vagina. Com isso a versão é importante para a                 
manutenção da posição do útero.          
6 
 
 
 
A posição do útero permite um exame muito comum em ginecologia que é a ​palpação                             
bimanual​. Nesse exame o médico introduz os dedos na vagina palpa o colo do útero e                               
com a outra mão, pelo abdome, ele consegue palpar o restante do útero (seu fundo).                              
 
 
Ao observar a forma do útero no sentido látero-lateral percebemos que ele possui um                           
formato piriforme (forma de pira ou pera).              
O útero possui em duas partes:           
- o ​corpo que é o longo eixo do útero e acaba em uma região estreitada                             
- a região estreitada é o ​istmo do útero                
- o ​colo ​é o restante inferior (possui o ​canal do colo do útero e possui dois óstios:                                 
óstio anatômico interno​, que comunica o canal com a cavidade do útero e o                           
óstio uterino​, comunica o canal do colo com a vagina)                   
- acima dos óstios da tuba uterina temos uma região do útero chamado de ​fundo                           
do útero​. E as pontas do fundo do útero que o dividem do corpo são chamadas de                                 
cornos do útero (como se fossem chifres), onde se implanta a tuba uterina                          
 
No corpo temos:      
- seu envoltório próprio chamado de ​perimétrio           
- sua musculatura de parede que é o ​miométrio (​sua contração expele o feto no                           
parto e o endométrio que descama na menstruação mensalmente​)                 
- sua camada interna de revestimento que é o ​endométrio ​(se especifica e aumenta                         
de espessura por ser quem fixa o blastocisto quando ele chega na cavidade uterina.                           
7 
 
 
Ele se prepara mensalmente para a gravidez e descama na menstruação quando                       
isso não ocorre)     
- e a cavidade uterina       
 
No colo é um pouco diferente: ele possui um perimétrio e miométrio, mas tem uma                             
estrutura interna que não é igual ao endométrio. E o miométrio dele não é igual ao corpo                                 
pois é mais fibroso (com muitas fibras colágenas e algumas elástica) e possui tecido                           
muscular liso.    
 
Obs: quando existe a fixação de endométrio em locais que não são a cavidade uterina                             
temos a condição chamada de ​endometriose​. Isso ocorre pois a mulher possui conexão                         
entre útero, vagina, tuba uterina e cavidade peritoneal, com isso o endométrio pode se                           
fixar em qualquer um desses locais, até mesmo no diafragma (já que pode se fixar em                               
qualquer local da cavidade peritoneal). É um problema grave nas mulheres já que o                           
diagnóstico é difícil de ser feito, podendo demorar até 10 anos.                       
 
O útero passa por diversas fases da vida e com isso vai ter modificações:                           
- Recém nascida: relação de 2 para o corpo e 1 para o colo do útero.                              
- Criança: relação de 1 para o corpo e 1 para o colo do útero.                            
- Púbere: relação de 2 para o corpo e 1 para o colo do útero.                            
- Adulta nulípara: nunca teve filhos. Da nulíparapara a multípara vemos grande                       
diferença no tamanho do útero e do miométrio.                
- Adulta multípara: teve mais de uma gestação. A relação do corpo para o colo do                             
útero pode chegar a 3:1 ou 4:1 ou seja o corpo pode ser muito maior do que o                                   
colo.  
- Senescente: relação de 1 para o corpo e 1 para o colo do útero.                            
 
8 
 
 
Obs: ​Miomas tumores benignos, gerados por proliferação celular descontrolada no                   
miométrio, o que forma estruturas globiformis de músculo que podem chegar a tamanhos                         
muito grandes. O crescimento é lento e a mulher pode achar apenas que está engordando                             
ou gestando e o principal fator para a falta de busca de assistência média é a falta de                                   
conhecimento da condição.      
  
Formas de fixação do útero​: são diversas.              
Todos os órgãos genitais femininos são fixados em geral de duas formas:                       
- manutenção da sua posição de forma passiva: são relacionadas à fáscias e                       
ligamentos. 
- manutenção de forma ativa ou dinâmica: relacionada a músculos (mm. do assoalho                       
da pelve).    
O primeiro ligamento que ajuda a sustentar o útero é o ​ligamento largo do útero​. Os                               
outros são:    
- ligamento redondo do útero​: é um remanescente do gubernáculo, que ao                     
tracionar o ovário da região retroperitoneal para a cavidade pélvica se fixa                       
fazendo um “cotovelo” ou seja parte fica no útero formando o ligamento                       
útero-ovárico e a outra parte se continua para anterior e vai para o canal inguinal                             
da mulher, que é o ligamento redondo. Logo, o ​conteúdo do canal inguinal da                           
mulher é o ligamento redondo do útero que se fixa nos lábios maiores do                           
pudendo feminino.    
 
- ligamento retouterino​: é formado de fáscia endopélvica condensada, forma uma                   
prega no peritônio que forma os limites da fossa pararretal e da escavação                         
retouterina. Eles são chamados genericamente de sacrogenitais, já que não tem                     
nada ligado ao reto, eles apenas vão para a região sacral (onde tem os vasos da                               
região que vão formar a bainha hipogástrica da fáscia endopélvica condensada).                      
9 
 
 
Obs: Genericamente são os ligamentos sacrogenitais pois existem no homem como                     
ligamento retovesical e na mulher é chamado de ligamento retouterino.                    
 
Obs 2: O colo do útero se invagina na vagina, com isso possui uma ​porção vaginal (que                                 
fica no canal vaginal) e uma ​porção supravaginal​.                
 
Por fim, temos a principal fixação passiva do útero é o:                     
- ligamento transverso do colo do útero​: ele vem da parede lateral da pelve e                           
permite a passagem de vasos, sendo então uma estrutura da fáscia endopélvica                       
condensada ou bainha hipogástrica. Ele é a lâmina média da bainha hipogástrica e                         
nele passam os vasos uterinos (artéria uterina e plexo venoso pampiniforme que                       
drena a região do útero e da vagina).                
Importante lembrar que o ureter passa abaixo do ligamento transverso do colo, o que dá                             
origem ao termo “a água passa debaixo da ponte”, eles fazem a analogia do ligamento                             
transverso como se ele fosse uma ponte que sustenta o colo do útero e a vagina e o ureter                                     
contém a urina que seria a água.              
 
Quandos os órgãos encontram a parede da pelve as suas fáscias se entrecruzam. A fáscia                             
da parede é uma fáscia muscular e é chamada genericamente de ​fáscia membranácea                         
parietal ​(que recobre os mm. do assoalho) já a fáscia dos órgãos é chamada                           
genericamente de ​fáscia membranácea visceral​. Quando a visceral da vagina encontra                     
a fáscia parietal do assoalho elas formam um conjunto fibroso que se estende da parede                             
lateral da vagina, que é chamado de ​paracolpo (para = paralelo; colpo = já que a vagina é                                   
um órgão de cópula), ou seja, ele é a estrutura fascial de entrecruzamento da fáscia                             
membranácea parietal com a visceral da vagina.              
Como a vagina é uma estrutura tubular, ela precisa dessa arquitetura de sustentação para                           
mantê-la assim.    
 
10 
 
 
O que preenche a região que não possui fáscia endopélvica condensada é a fáscia                           
endopélvica frouxa (tecido adiposo).        
 
 
Obs: então todas as estruturas que se fixam no útero são:                     
- tuba uterina    
- gubernáculo com os ligamentos útero-ovárico e redondo do útero                 
- ligamento retouterino    
- ligamento transverso do colo       
- vagina 
 
Obs2: o exame do colo do útero é indispensável a manutenção da saúde da mulher e é                                 
feito abrindo as parede da vagina que estão sempre colabadas em situações que não está                             
ocorrendo relação sexual.       
Além disso, o óstio do útero pode ter diferentes formas: se mais arredondado ,                           
fendiliforme ou com cicatrizes (quando a mulher já passou por um parto vaginal)                         
A natureza do colo do útero é mais fibrosa portanto pode permitir laceamento e não                             
conter um feto, gerando abortos espontâneos. Nesses casos em que o colo está sendo                           
incompetente na manutenção do feto, o médico pode fazer um laço no colo,                         
amarrando-o para manter o feto e a placenta dentro do útero. Caso a mãe tenha um parto                                 
vaginal, basta remover o laço para permitir a passagem no canal do parto (que é a junção                                 
do canal do colo do útero e vagina).                
 
Obs 3: nas histerossalpingografia o líquido radiopaco entra no óstio uterino, passa pelo                         
canal do colo do útero, entra pelo óstio interno anatômico, passa pelo istmo, corpo,                           
fundo, passa pelas partes da tuba uterina e extravasa na cavidade peritoneal ao passar pelo                             
óstio abdominal da tuba uterina.          
 
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O útero também sítio de muitas variações anatômicas, podendo ser bicorno, com dois                         
colos, podendo até a parede da vagina septada.                
Muitas vezes as variações só são vistas quando a mulher engravida e não necessariamente                           
são um inconveniente à gravidez.          
 
O que precisa ocorrer para os órgãos genitais internos femininos mudarem de posição?                         
Naturalmente eles mudam pouco dependendo do enchimento da bexiga e do reto e em                           
casos de gestação. Porém, fora isso o que precisa acontecer? é preciso existir falhas nas                             
estruturas que mantém eles na localização. Ou seja, falhas nos ligamentos e fáscias e nas                             
dinâmicas da musculatura.      
Por que os homens não tem tantos prolapsos? pois as mulheres possuem a vagina, que é                               
um conduto músculo mucoso de 7 a 9 cm de comprimento e é distensível. Além disso a                                 
uretra da mulher é menor do que a masculina o que faz comque os homens contraiam                                 
mais o períneo ao miccionar, o que fortalece a musculatura. Por fim, a mulher passa por                               
gestações e por questões culturais existe uma relutância por algumas mulheres de                       
entender o que é o seu órgão genital. Tudo isso pode levar a frouxidão das fáscias e                                 
ligamentos, a hipotrofia (fraqueza) do assoalho pélvico e com isso os órgãos vão sempre a                             
caminho da vagina.      
A bexiga urinária pode herniar para a vagina (condição chamada de ​cistocele​), o reto                           
pode herniar (​retocele) ​e por fim o útero pode descender evertendo a vagina (​prolapso                           
uterino​).  
Em casos de prolapso grave (completa perda de mecanismo de sustentação ativa e passiva)                           
é necessário um tratamento cirúrgico, pois leva a problemas na relação sexual, problemas                         
na micção (incontinências) e pode ter incontinência fecal.               
O método mais usado para evitar a cirurgia, em estados menos graves, é a fisioterapia.                              
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A pelve é uma “bacia sem fundo” então as estruturas são mantidas alí de três formas:                                
- pelo ângulo abdomino pélvico de 45 graus deixando o abdome em um plano e a                             
pelve em outra, o que ajuda a manter o peso das vísceras abdominais sobre a pelve                               
- sustentação passiva: que são as fáscias e ligamentos                
- sustentação dinâmica ou ativa: que é a musculatura                
 
O homem tem dois orifícios a uretra e o canal anal, já a mulher tem três e a vagina além                                       
de ser maior ainda é distensível. Com isso são mais suscetíveis.                      
 
➢ Vagina​: é o órgão de cópula da mulher. Possui uma estrutura verticalizada, tem                         
uma parede músculo mucosa. Essa mucosa não possui glândulas, a secreção que a                         
parede da vagina produz é uma reação acidófila da microbiota existente na vagina                         
com a própria mucosa, liberando um líquido acidófilo que vai proteger da entrada                         
de agentes nocivos na genitália interna feminina (visto que ao entrar poderiam                       
chegar no peritônio).      
Boa parte da secreção mucosa encontrada na mulher é feita pelas glândulas do colo do                             
útero.  
Ela é o órgão de cópula, mas também é o canal do parto e o canal para a eliminação do                                       
líquido menstrual.    
 
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Fixações da vagina​:     
- paracolpo 
- ligamento transverso do colo        
- septo retovaginal    
- septo vesicovaginal    
 
A vagina é separada da bexiga urinária e do reto formando espaços com tecido                           
conjuntivo que a fixam na região e ajudam a manter a sua estrutura. Os espaços são                               
chamados de retovaginal e vesicovaginal e constituem septos de mesmo nome.                      
 
São espaços pois cirurgicamente o médico consegue dissecar e abrir esse espaço que antes                           
era virtual e septo pois para isso ele precisa divulsionar a fáscia endopélvica frouxa que é o                                 
tecido da região que mesmo sendo “frouxa” ela consegue auxiliar na sustentação passiva                         
da vagina.    
 
Observando a relação da vagina com a porção vaginal do colo do útero vemos que ela                               
abraça o colo do útero e ele invagina de forma a formar fossas ao redor dele, as fossas são                                     
chamadas de ​fórnice​, o mais importante é o fórnice posterior que é o mais profundo e                               
permite que, ao passar a parede da vagina, o médico acessa a escavação retouterina e possa                               
puncionar líquidos da cavidade peritoneal.           
 
A vagina fica com suas paredes colabadas: a parede posterior e a anterior ficam em                             
contato e as laterais ficam lateralmente de forma a manter uma estrutura de luz                           
semelhante a um “H”. A vagina só se abre no ato sexual, na eliminação do líquido                               
menstrual e no parto.        
O óstio da vagina no períneo é guarnecido por uma prega mucosa chamada de hímen, e                               
ele não é prova de virgindade!! Já que ele é extremamente diversificado (circular, septado,                           
cribriforme ou não existente).        
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A vagina se abre entre os lábios menores do pudendo feminino que é chamado de                             
vestíbulo da vagina ​(ou seja, sua entrada).             
No vestíbulo da vagina existem duas aberturas: o óstio da vagina e o óstio da uretra.                               
 
Obs: em casos de um ​hímen completamente fechado a menina pode apresentar                       
problemas na menarca (primeira menstruação) pois ela não entende o que está                       
acontecendo, o líquido menstrual pode se acumular de tal forma a causar graus variáveis                           
de endometriose na criança. O tratamento necessário é seccionar o hímen.                       
 
A vagina pode ter variações anatômicas, podendo ser septada completamente ou                     
parcialmente, conduzindo dois canais vaginais.          
 
➢ Drenagem linfática da pelve feminina​: é importante saber já que é um sítio                         
comum de câncer principalmente de colo de útero.                
O colo do útero possui drenagem para linfonodos ilíacos internos.                    
A grande parte da pelve drena para linfonodos ilíacos externos.                    
O fundo do útero, por estar associado ao ligamento redondo do útero, a linfa drena para                               
linfonodos inguinais superficiais (na coxa).          
A tuba uterina e o ovário drenam diretamente para linfonodos aórticos (no lado                         
esquerdo) ou cavais (no lado direito) ou lombares (nome genérico).                    
Posteriormente, mais relacionado com o reto, drena para linfonodos sacrais que seguem                       
para linfonodos ilíacos comuns e segue o resto do caminho da linfa.                        
 
Inervação​: plexo úterovaginal (inervação autonômica), apenas o quarto inferior que                   
possui inervação diferenciada, que é somático (é a única parte que sente tato, calor,                           
frio...).  
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