Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Histologia ATD3 Rute Paulino XXII 1 TECIDO NERVOSO Funções: Função Sensorial: Detectar, transmitir, analisar e utilizar as informações geradas pelos estímulos sensoriais Função Motora: Organizar e coordenar direta ou indiretamente, o funcionamento de quase todas as funções do organismo (motoras, viscerais, endócrinas, etc). Função Integrativa: Estabiliza as condições intrínsecas do organismo como Pressão sanguínea, PCO2 e PO2, teor de glicose, etc. O tecido nervoso é distribuído pelo organismo, interligando-se e formando uma rede de comunicações, que constitui o Sistema Nervoso. Anatomicamente, este sistema é dividido em: 1. Sistema Nervoso Central: formado pelo encéfalo, constituintes neurais do sistema fotorreceptor e medula espinal 2. Sistema Nervoso Periférico: Formado pelos nervos e por pequenos agregados de células nervosas denominados gânglios nervosos Os nervos são constituídos, principalmente, por prolongamentos dos neurônios situados no SNC ou nos gânglios nervosos O tecido nervoso apresenta dois componentes principais: 1) Neurônios: células com longos prolongamentos 2) Células da Glia: também chamadas de neuroglia. Sustentam os neurônios e participam de outras funções importantes. São reconhecidas no encéfalo e na medula espinal duas porções distintas, denominadas: Substância cinzenta: mostra essa coloração quando observado macroscopicamente. É formado por corpos celulares dos neurônios e células da glia, contendo também prolongamentos de neurônios. Substância branca: não contém corpos celulares de neurônios, sendo constituída por prolongamentos de neurônios e por células da glia. Sua coloração é dada pela grande quantidade de mielina que envolve os neurônios. Os neurônios têm a capacidade de responder a alterações do meio em que se encontram (estímulos) com modificações da diferença de potencial elétrico que há entre as superfícies interna e externa. São células excitáveis. Os neurônios reagem prontamente aos estímulos e a modificação do potencial pode restringir-se ao local do estímulo ou propagar-se ao restante da célula IMPULSO NERVOSO – Transmitir informações a outros neurônios, músculos ou glândulas. NEURÔNIOS Responsáveis pela percepção, transmissão e processamento de estímulos. Influenciam diversas atividades do organismo e liberam NT e outras moléculas informacionais. São formados pelo corpo celular ou pericárdio, que contém o núcleo e do qual partem prolongamentos de um neurônio. Dendritos: Prolongamentos numerosos, especializados na função de receber os estímulos do meio ambiente, de cls epiteliais sensoriais ou de outros neurônios. Corpo Celular: Centro trófico da cl e é também capaz de receber estímulos. Axônios: prolongamento único, especializado na condução de impulsos que transmitem informações no neurônio para outras células. Histologia ATD3 Rute Paulino XXII 2 Morfologicamente os neurônios podem ser: a. Multipolares: apresentam mais de 2 prolongamentos celulares b. Bipolares: possuem 1 dendrito e 1 axônio c. Pseudopolares: apresentam próximo ao corpo celular, prolongamento único, mas este logo se divide em dois, dirigindo-se um ramo para a periferia e outro para o SNC Funcionalmente os neurônios são classificados em: Motores: controlam órgãos efetores, tais como glândulas exócrinas e endócrinas e fibras musculares Sensoriais: recebem estímulos sensoriais do meio ambiente e do próprio organismo. Interneurônios: estabelecem conexões entre outros neurônios, formando circuitos complexos. No SNC os corpos celulares dos neurônios localizam-se somente na substância cinzenta. A substancia branca só apresenta prolongamentos de corpos celulares. No SNP os corpos celulares são encontrados em gânglios e em alguns órgãos sensoriais, como a mucosa olfatória. CORPO CELULAR Ou pericárdio, é a parte do neurônio que contém o núcleo e o citoplasma envolvente do núcleo. É um centro trófico, mas tbm tem função receptora e integradora de estímulos excitatórios ou inibitórios gerados em outras cls nervosas. Núcleo esférico e pouco corado, pois possuem cromossomos muito distendidos, indicando atividade sintética. Cada núcleo apresenta um único nucléolo, grande e central. No sexo feminino, próximo ao nucléolo, observa-se a cromatina sexual (Corpúsculo de Barr) Corpúsculos de Nissl O corpo celular é rico em REG, que formam agregados de cisternas paralelas, entre as quais ocorrem numerosos polirribossomos livres Essa junção cisternas + ribossomos apresentam-se ao micro como manchas basófilas, os Corpúsculos de Nissl. A quantidade de REG varia com o tipo e o estado funcional dos neurônios, sendo mais abundante nos maiores e nos motores. O Complexo de Golgi localiza-se exclusivamente no corpo celular As mitocôndrias existem em quantidades moderadas, mas são encontradas em grande quantidade no terminal axônico. Histologia ATD3 Rute Paulino XXII 3 Neurofilamentos São filamentos intermediários, abundantes tanto no corpo celular como nos prolongamentos. Em determinados preparos por impregnação de prata, esses neurofilamentos se aglutinam, causando uma deposição de prata metálica, aparecendo assim as Neurofibrilas visíveis ao micro. No citoplasma do corpo celular também há microtúbulos semelhantes aos encontrados em outros tipos celulares. Pigmentos encontrados: Melanina e Lipofuscina (contém lipídios que se acumulam ao longo da idade e consiste em resíduos de material parcialmente digeridos pelos lisossomos). DENDRITOS A maioria das cls nervosas têm numerosos dendritos, que aumenta a superfície celular, tornando possível receber e integras impulsos trazidos por numerosos terminais axônicos de outros neurônios. Os neurônios que têm um só dendrito (bipolares) são pouco frequentes. Estes, tornam-se mais finos à medida que se ramificam. Não apresentam Complexo de Golgi Gêmulas Dendríticas A maioria dos impulsos que chegam a um neurônio é recebida por pequenas projeções dos dendritos, as espinhas ou gêmulas – sendo estas, o principal local de processamento de sinais (impulsos nervosos) que chegam ao neurônio. Elas participam da plasticidade dos neurônios relacionada com a adaptação, a memória e o aprendizado. São estruturas com plasticidade morfológica baseada na proteína actina. AXÔNIOS Casa neurônio contém um único axônio, que é um cilindro de comprimento e diâmetro variáveis, conforme o tipo de neurônio. Na maioria dos casos, o axônio é mais longo do que os dendritos da mesma célula. Cone de Implantação: estrutura piramidal do corpo celular, onde o axônio se origina. Segmento inicial Parte entre o cone de implantação e o início da bainha de mielina. Este segmento recebe muitos estímulos, tanto excitatórios como inibitórios, podendo originar um PA cuja propagação é o impulso nervoso. Contém diversos canais iônios, importantes para gerar o impulso nervoso. Axoplasma Citoplasma do axônio. Apresenta poucas organelas. Poucas mitocôndrias, algumas cisternas do REL e muitos microfilamentos e microtúbulos. A ausência de REG e de polirribossomos demonstra que o axônio é mantido pela atividade sintética do corpo celular. Telodendro: porção final do axônio que, em geral, é muito ramificada. Fluxo Anterógrado Migração de moléculas proteicas (produzidas no corpo celular) pelos axônios, em diversas velocidades. Fluxo Retrógrado Transporte de substâncias no sentido contrário. Leva moléculas para serem reutilizadas pelo corpo celular. POTENCIAIS DE MEMBRANA Canais para transporte de íons para dentro e para fora do citoplasma. O axonema (MP do axônio) bombeia Na+ para fora do Axoplasma, mantendo uma concentração de Na+ em um décimo da concentração no LEC. Em contrapartida, a concentração de K+ muito mais alta do que no LEC. Potencial de membrana em repouso: -65mV HistologiaATD3 Rute Paulino XXII 4 Quando o neurônio é estimulado, os canais iônicos se abrem permitindo rápido influxo do Na+, modificando o potencial de repouso de -65mV para +30mV. O interior do axônio se torna positivo em relação ao LEC Potencial de ação ou impulso nervoso: +30mV Esse evento ocorre apenas em uma pequena área da membrana. Contudo, o potencial de ação se propaga ao longo do axônio. Quando o potencial de membrana chega à terminação do axônio, promove a extrusão de neurotransmissores, que estimulam ou inibem outros neurônios ou células não neurais. COMUNICAÇÃO SINÁPTICA A sinapse é responsável pela transmissão unidirecional dos impulsos nervosos. As sinapses são locais de contato entre os neurônios ou entre neurônios e outras células efetoras, por exemplo, células musculares e glandulares. A função da sinapse é transformar um sinal elétrico (impulso nervoso) do neurônio pré- sináptico em um sinal químico que atua na célula pós-sináptica. A maioria das sinapses transmite informações por meio da liberação de neurotransmissores. Neurotransmissores substâncias que abrem ou fecham canais iônicos ou então desencadeiam uma cascata molecular na célula pós-sináptica que produz segundos mensageiros intracelulares. Neuromoduladores são mensageiros químicos que não agem diretamente sobre as sinapses, porém modificam a sensibilidade neuronal aos estímulos sinápticos excitatórios ou inibitórios. A sinapse se constitui por um terminal axônico (terminal pré-sináptico) que leva o sinal, urna região na superfície da outra célula, em que se gera um novo sinal (terminal pós-sináptico), e um espaço fino entre os dois terminais, a fenda pós-sináptica. Os anestésicos de ação local atuam sobre os axônios. São moléculas que se ligam aos canais de sódio, inibindo o transporte desse íon e, consequentemente, inibindo também o potencial de ação responsável pelo impulso nervoso. Assim, tornam-se bloqueados os impulsos que seriam interpretados no cérebro como sensação de dor. Histologia ATD3 Rute Paulino XXII 5 Sinapse de um axônio com o corpo celular chama-se axossomática Sinapse com um dendrito chama-se axodendrítica Sinapse entre dois axônios chama-se axoaxônica O terminal pré-sináptico contém vesículas sinápticas com neurotransmissores e também muitas mitocôndrias. A maioria dos neurotransmissores são aminas, aminoácidos ou pequenos peptídeos (neuropeptídios). Em contrapartida, outros tipos de moléculas e até compostos inorgânicos, como o gás óxido nítrico, são utilizados pelos neurônios como neurotransmissores. Além das sinapses químicas, nas quais a transmissão do impulso é mediada pela liberação de determinadas substâncias, existem ainda as sinapses elétricas (coração). Nestas, as células nervosas unem-se por junções comunicantes, que possibilitam a passagem de íons de uma célula para a outra, promovendo, assim, uma conexão elétrica e a transmissão de impulsos. CÉLULAS DA GLIA Neuróglia ou glia é composta por tipos celulares encontrados no SNC ao lado dos neurônios. O tecido nervoso tem apenas uma quantidade mínima de material extracelular, e as células da glia fornecem um microambiente adequado para os neurônios e desempenham ainda outras funções. 1. Oligodendrócitos e Células de Schwann Produzem as bainhas de mielina que servem de isolantes elétricos para os neurônios do sistema nervoso central. Os Oligodendrócitos têm prolongamentos que se enrolam em volta dos axônios, produzindo a bainha de mielina. As Células de Schwann têm a mesma função dos oligodendrócitos, porém se localizam em volta dos axônios do SNP. Cada célula de Schwann forma mielina em torno de um segmento de um único axônio. Nas lâminas coradas pela HE as células da glia não se destacam bem, aparecendo apenas os seus núcleos, entre os núcleos de dimensões maiores dos neurônios. Para o estudo da morfologia das células da neuróglia utilizam-se métodos especiais de impregnação pela prata ou pelo ouro. Histologia ATD3 Rute Paulino XXII 6 2. Astrócitos São células de forma estrelada com múltiplos processos irradiando do corpo celular. Essas células apresentam feixes de filamentos intermediários constituídos pela proteína fibrilar ácida da glia, que reforçam a estrutura celular. Os astrócitos ligam os neurônios aos capilares sanguíneos e à pia-máter Astrócitos fibrosos: com prolongamentos menos numerosos e mais longos. Localizam-se na substância branca Astrócitos protoplasmáticos: encontrados principalmente na substância cinzenta, apresentam maior número de prolongamentos que são curtos e muito ramificados Funções: Sustentação Controle da composição iônica e molecular do ambiente extracelular dos neurônios. Regulação de atividades neuronais (possuem receptores que respondem a diversos sinais químicos – simpáticos e parassimpáticos) Fundamentais para a atividade e sobrevivência dos neurônios (transportem compostos ricos em energia do sangue para os neurônios) Alguns astrócitos apresentam prolongamentos, chamados pés vasculares, que se expandem sobre os capilares sanguíneos. Esses prolongamentos transferem moléculas e íons do sangue para os neurônios. Os astrócitos se comunicam uns com os outros por meio de junções comunicantes, formando uma rede por onde informações podem transitar de um local para outro, alcançando grandes distancias dentro do SNC. 3. Células Ependimárias São células epiteliais colunares que revestem os ventrículos do cérebro e o canal central da medula espinal. Em alguns locais as células ependimárias são ciliadas, o que facilita a movimentação do líquido cefalorraquidiano (LCR). 4. Micróglia São pequenas e alongadas, com prolongamentos curtos e irregulares. Essas células podem ser identificadas nas lâminas histológicas coradas por HE porque seus núcleos são escuros e alongados. As células da micróglia são fagocitárias e derivam de precursores trazidos da medula óssea pelo sangue, representando o sistema mononuclear fagocitário no sistema nervoso central (São os macrófagos do SNC) Elas participam da inflamação e da reparação do sistema nervoso central Quando ativadas, as células da micróglia retraem seus prolongamentos, assumindo a forma dos macrófagos e tornam-se fagocitárias e APC Secreta diversas citocinas reguladoras da resposta imune remove restos celulares nas lesões do SNC Histologia ATD3 Rute Paulino XXII 7 SISTEMA NERVOSO CENTRAL Quando cortados, o cérebro, o cerebelo e a medula espinal mostram 2 regiões 1) Substância branca: Composto por axônios mielinizados, oligodendrócitos e outras células da glia. NÃO CONTÉM CORPOS DE NEURONIOS Predomina nas partes mais centrais. Na substância branca encontram-se grupos de neurônios, formando ilhas de substância cinzenta, denominados núcleos. 2) Substância cinzenta Composta por corpos de neurônios, dendritos, a porção inicial não mielinizada dos axônios e células da glia. Na substância cinzenta ocorrem as sinapses do sistema nervoso central. Predomina na superfície do cérebro e do cerebelo, constituindo o córtex cerebral e o córtex cerebelar Córtex Cerebral A Substância Cinzenta está organizada em seis camadas diferenciadas pela forma e pelo tamanho dos neurônios. Há: Neurônios Aferentes (sensoriais) Neurônios Eferentes (motores) Estes, geram impulsos que irão controlar os movimentos voluntários. Ou seja, as células do córtex cerebral integram informações sensoriais e iniciam respostas voluntárias. É dividido em 3 camadas: 1. Camada Molecular (mais externa): por causa dos dendritos das cls de Purkinje, as cls da camada molecular são muito esparsas. 2. Camada de Células de Purkinje (mais central): são células grandes, bem visíveis, eseus dendritos são muito desenvolvidos, assumindo aspecto de leque. Esses dendritos ocupam a maior parte da camada molecular. 3. Camada Granulosa (mais interna): formada de neurônios muito pequenos (os menores do organismo) e organizados de modo mto compacto. Em cortes transversais, visualizamos, no meio do “H” de substância cinzenta, o canal do epêndima (canal central) da medula, revestido pelas células ependimárias. A substância cinzenta dos traços verticais do H, forma os cornos anteriores, que contêm neurônios motores e também os cornos posteriores que contém fibras sensoriais. Os neurônios da medula são multipolares e volumosos. A distribuição da mielina é responsável por essa diferença de cor Histologia ATD3 Rute Paulino XXII 8 MENINGES O sistema nervoso central está contido e protegido na caixa craniana e no canal vertebral, sendo envolvido por membranas de tecido conjuntivo chamadas meninges As meninges são formadas por três camadas, que, de fora para dentro, são as seguintes 1. Dura-máter Meninge mais externa, constituída por tecido conjuntivo denso contínuo com o periósteo da caixa craniana. A dura-máter que envolve a medula espinal é separada do periósteo das vértebras, formando-se entre os dois o Espaço Peridural – este contém veias de parede muito delgada, tecido conjuntivo frouxo e tecido adiposo A parte da dura-máter em contato com a aracnoide forma o Espaço Subdural em condições patológicas (não existe normalmente) 2. Aracnoide Apresenta duas partes, uma em contato com a dura-máter, em forma de membrana e outra constituída por traves que ligam a aracnoide com a pia-máter. As cavidades entre as traves conjuntivas formam o espaço subaracnóideo, que contém LCR, comunica-se com os ventrículos cerebrais, mas não tem comunicação com o espaço Subdural. O espaço subaracnóideo, cheio de líquido, constitui um colchão hidráulico que protege o sistema nervoso central contra traumatismos. A aracnoide é formada por tecido conjuntivo sem vasos sanguíneos e suas superfícies são todas revestidas pelo mesmo tipo de epitélio simples pavimentoso, de origem mesenquimatosa, que reveste a dura-máter. Vilosidades da Aracnoide: expansões que perfuram a dura-máter e têm a função de transferir LCR para o sangue. 3. Pia-máter É muito vascularizada e aderente ao tecido nervoso, embora não fique em contato direto com as células ou fibras nervosas. Entre a pia-máter e os elementos nervosos situam-se prolongamentos dos astrócitos, que, formando uma camada muito delgada, unem-se firmemente à face interna da pia-máter. A superfície externa da pia-máter é revestida por células achatadas, originadas do mesênquima embrionário. Os vasos sanguíneos penetram o tecido nervoso por meio de túneis revestidos por pia- máter, os Espaços Perivasculares. A pia- máter desaparece antes que os vasos se transformem em capilares. Os capilares do sistema nervoso central são totalmente envolvidos pelos prolongamentos dos astrócitos. Barreira Hematencefálica É uma barreira funcional que dificulta a passagem de determinadas substâncias, como Histologia ATD3 Rute Paulino XXII 9 alguns antibióticos, agentes químicos e toxinas, do sangue para o tecido nervoso. A barreira hematencefálica se deve à menor permeabilidade dos capilares sanguíneos do tecido nervoso. Seu principal componente estrutural são as junções oclusivas entre as células endoteliais Formada pelos astrócitos Plexos Coroides e LCR Os plexos coroides são dobras da pia-máter ricas em capilares fenestrados e dilatados, que provocam saliência para o interior dos ventrículos. São constituídos pelo tecido conjuntivo frouxo da pia-máter, revestido por epitélio simples, cúbico ou colunar baixo, cujas células são transportadoras de íons. Principal função Secretar o LCR – contém pequena quantidade de sólidos e ocupa as cavidades dos ventrículos, o canal central da medula, o espaço subaracnóideo e os espaços perivasculares. Importante para o metabolismo do SNC e proteção contra choques. SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO Divisão do Sistema Nervoso Sistema Nervoso Central Encéfalo Cérebro Cerebelo Tronco Encefálico Mesencéfalo Ponte Bulbo Medula Espinal Fibras Nervosas Constituídas por um axônio e suas bainhas envoltórias. Grupos de fibras nervosas formam os feixes ou tratos do SNC e os nervos do SNP Todos os axônios do tecido nervoso do adulto são envolvidos por dobras únicas ou múltiplas formadas por uma célula envoltória. Nas fibras periféricas a célula envoltória é a Célula de Schwann (no SNC as células envoltórias são os oligodendrócitos) Axônios de pequeno diâmetro são envolvidos por uma única dobra da célula envoltória, constituindo as fibras nervosas amielínicas. Quanto maior o neurônio, maior o número de dobras. Essas dobras são denominadas BAINHA DE MIELINA e as fibras são chamadas fibras nervosas mielínicas. Mesaxônios (interno e externo): Porções de membrana das células envoltórias tanto das fibras mielínicas como das amielínicas Fibras Mielínicas Mielina: complexo lipoproteico branco. Constituída por diversas camadas de membrana celular modificada, com maior proporção de lipídios. Interrompe-se em intervalos regulares, formando os nódulos de Ranvier, que são recobertos por expansões laterais das cls de Schwann. O intervalo entre dois nódulos é denominado internódulo. O LCR é absorvido pelas vilosidades aracnoides, passando para os seios venosos cerebrais (pq no SNC são existem vasos linfáticos). Sistema Nervoso Periférico Nervos: Formado por um conjunto de axônios Gânglios: acúmulo de corpos neuronais Terminações nervosas: Existem dois tipos Receptores Placa Motora. Encontra-se na extremidade periférica do neurônio Histologia ATD3 Rute Paulino XXII 10 Fibras amielínicas Tanto no sistema nervoso central como no periférico nem todos os axônios são recobertos por mielina. As fibras amielínicas periféricas são também envolvidas pelas células de Schwann, mas nesse caso não ocorre o enrolamento em espiral. Uma única célula de Schwann envolve várias fibras nervosas Nervos: No SNP, as fibras nervosas agrupam-se em feixes, dando origem aos nervos. Devido a cor da mielina, os nervos são esbranquiçados, exceto os raros nervos muito finos formados somente por fibras amielínicas. O estroma (tecido de sustentação) dos nervos é constituído por uma camada fibrosa mais externa de tecido conjuntivo denso - o EPINEURO - que reveste o nervo e preenche os espaços entre os feixes de fibras nervosas. Cada um destes feixes é revestido por uma bainha de várias camadas de células achatadas, justapostas denominada de PERINEURO. Dentro da bainha perineural encontram-se os axônios, cada um envolvido pela bainha de células de Schwann, com sua lâmina basal, e um envoltório conjuntivo constituído principalmente por fibras reticulares, chamadas de ENDONEURO. Os nervos estabelecem comunicações entre: Centros nervosos Órgãos de sensibilidade Órgãos efetores: músculos, glândulas. Os nervos possuem fibras Aferentes e Eferentes, em relação ao Sistema Nervoso Central. Aferentes levam para os centros as informações obtidas no interior do corpo e no meio ambiente. Eferentes levam impulsos dos centros nervosos para os órgãos efetores comandados por esses centros Gânglios Nervosos Os acúmulos de neurônios localizados fora do SNC recebem o nome de gânglios nervosos. Os gânglios são órgãos esféricos, protegidos por cápsulas conjuntivas e associadas a nervos. Há dois tipos de gânglios no SNP, os gânglios sensitivos (neurônios sensoriais) e os gânglios autônomos. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO É parte do SN relacionada com o controle da musculatura lisa, com o ritmo cardíaco e com a secreção de algumas glândulas. Sua função é ajustar certas atividadesdo organismo, a fim de manter a constância do meio interno (Homeostase). As funções do SNA sofrem constantemente a influência da atividade consciente do SNC.O conceito de SNA é principalmente funcional. Anatomicamente, ele é formado por aglomerados de células nervosas localizadas no SNC, por fibras que saem do SNC através de nervos cranianos ou espinhais, e pelos gânglios nervosos situados no curso dessas fibras. O primeiro neurônio da cadeia autônoma está localizado no SNC, seu axônio entra em conexão sináptica com o segundo neurônio da cadeia, localizado em um gânglio do SNA ou no interior de um órgão. Os axônios (ou fibras nervosas) que ligam o primeiro neurônio ao segundo são chamadas de pré-ganglionares, e as que partem do segundo neurônio para os efetores são as pós-ganglionares. As fibras pré-ganglionares são mielínicas e as pós-ganglionares são amielínicas. O SNA é formado por 2 partes distintas: O S.N. simpático, e o S.N. parasimpático. Histologia ATD3 Rute Paulino XXII 11
Compartilhar