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Relações ecológicas

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Relações ecológicas
Conceitos
1. População - conjunto de organismos da mesma espécie. Habitam a mesma área em dado intervalo de tempo.
2. Comunidade - consiste no conjunto de todas as populações de certa.
3. Potencial biótico - capacidade de proliferação, reprodução e crescimento. A maioria dos seres vivos depende de outras espécies para sobreviver; uma espécie geralmente explora a
outra, mas duas espécies podem, algumas vezes, juntar forças na luta pela sobrevivência.
Comensalismo 
Indivíduos de espécies diferentes interagem e apenas um deles é beneficiado com a interação, mas sem causar prejuízo ao outro. Exemplo: O urubu alimenta-se dos restos de alimento jogados pelo homem em ambientes abertos.
Inquilinismo 
Apenas uma das partes obtém benefício, sem prejuízo da outra. Geralmente essa associação ocorre como mecanismo de proteção, vivendo uma espécie (inquilina) sobre a superfície ou no interior da outra (hospedeira).
Parasitismo 
Um organismo (parasita) retira de outro (hospedeiro) os nutrientes necessários para sua sobrevivência.
Exemplo: Piolho vivendo no homem.
Predatismo
Um organismo mata e alimenta-se do outro de outra espécie. 
Exemplo: Leão quando se alimenta de uma zebra.
O predatismo é um fator limitante do crescimento das populações naturais. O predatismo é fundamental também nos processos evolutivos por seleção natural.
No processo evolutivo a relação PRESA-PREDADOR favoreceu, em ambos, a perpetuação de características que garantem ora o sucesso do predador ora o da presa.
Protocooperação
Relação ecológica harmônica interespecífica não obrigatória, na qual há vantagens recíprocas entre as espécies que se relacionam, ou seja, ocorre comum beneficiamento entre ambos os organismos, vivendo de forma independente.
Exemplo: A capivara ativamente expõe o ventre para que o gavião-carrapateiro possa se alimentar de ectoparasitas.
Mutualismo
Indivíduos de espécies diferentes interagem e ambos se beneficiam. O mutualismo pode ser facultativo ou obrigatório.
No mutualismo facultativo, os participantes podem viver de maneira independente; no obrigatório, um dos envolvidos pode não sobreviver, caso a interação seja desfeita.
Exemplos: Líquen (mutualismo obrigatório), caranguejo-eremita e anêmona-do-mar (mutualismo facultativo).
Amensalismo
Um organismo libera compostos que impedem ou inibem o desenvolvimento de um organismo de outra espécie.
Exemplo: Fungos liberam substâncias que causam a morte de certas bactérias. 
Também chamada de antibiose.
Competição 
Interação entre dois organismos que procuram a mesma coisa.
Qualquer interação que afete adversamente o crescimento e sobrevivência de duas ou mais populações de espécies (Odum, 1988).
A essência da competição interespecífica é que indivíduos de uma espécie sofrem a redução na fecundidade, sobrevivência ou crescimento, como resultado da exploração de recursos ou interferência de indivíduos de outra espécie.
Animais competem pelo território, pelo alimento e por parceiros na reprodução.
Vegetais competem pelos nutrientes do solo, luz, água, etc.
A competição é um dos fatores limitantes do crescimento das populações naturais e está intimamente relacionada com o processo evolutivo por seleção natural.
A interação competitiva pode envolver: espaço, alimento, luz, dejetos e muitos outros tipos de interações mútuas.
A competição intraespecífica pode resultar em ajustes no equilíbrio pelas duas espécies ou, se ela for intensa, pode fazer com que uma espécie substitua a outra ou a force a ocupar outro espaço ou utilizar outro alimento.
Princípio da exclusão competitiva
Princípio de Gause (1932) - se duas
ou mais espécies competem por recursos limitados, uma delas permanecerá e as outras se extinguiram.
Se duas espécies competidoras coexistem em um ambiente estável, elas assim procedem como resultado da diferenciação de nichos (efetivos).
Dimensões do nicho ecológico 
Sobreposição de nichos: a sobreposição leva à competição e possivelmente à exclusão (Gause, 1936).
Facilitação
Interação positiva entre organismos em que pelo menos um dos participantes é beneficiado e que nenhum dano ocorre aos dois (BRUNO et al., 2003), sendo que uma espécie aumenta o desempenho, sobrevivência e crescimento de outra (DIAS; SCARANO, 2007), o que pode ocorrer em ambientes onde predominam condições estressantes, como escassez hídrica ou solos pobres em nutrientes (CALLAWAY et al., 1991)
Engenheiros Ecológicos
Alguns animais criam perturbações que modificam a estrutura física do
ambiente.
Suas atividades produzem maior heterogeneidade no local, incluindo sítios para o estabelecimento de novos colonizadores e para a ocorrência de micro sucessões, provocando um aumento na riqueza das comunidades. 
Ex:. animais fossoriais ou escavadores de túneis (minhocas, porcos-espinhos), construtores de montículos (formigas e cupins) e os carnívoros (modificam o solo quando se movem ou cavam, além de criar mosaicos com seus detritos).
Os mamíferos característicos da África e da Ásia derrubam árvores, cavam buracos e tiram a grama do chão. Nos locais altamente danificados, foram encontradas 18 espécies de anfíbios, enquanto os que estavam intactos abrigava somente oito tipos diferentes de animais.
Espécies-chave 
(Paine, 1969)
Uma espécie cuja remoção produz um grande efeito, como extinção, ou forte mudança na densidade de outra espécie na teia alimentar.
Espécie cujo impacto é desproporcionalmente grande em relação à sua abundância (Power et al., 1996). 
Inicialmente se referia a predadores, mas atualmente se aceita que ocorra em outros níveis tróficos.
É uma espécie que interage fortemente no meio determinando alterações que se propagam ao longo da cadeia alimentar.
A remoção ou adição de uma espécie-chave determina grandes mudanças na abundância de outras espécies, alterando sua composição dentro de uma comunidade.
A espécie que tem maior interação na teia é considerada a espécie-chave, pois sua remoção desestrutura toda a teia alimentar.
Exemplo: Devido a um vazamento de óleo no Alasca, a população de uma espécie de lontras marinhas (Enhydra lutris) que vivia no local diminuiu em 50%. O atraso ou redução na floração de Byrsonima crassifolia (Malpighiaceae), promove declínio de abelhas dos gêneros Centris e
Epicharis.

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