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direito previdenciário
Prof. Hugo Goes
AULA 01
3concurseiro.vip
Direito Previdenciário
AULA 01 – PARTE 01
Olá meus queridos alunos, minhas queridas alunas, eu sou o professor Hugo Goes, professor de 
direito previdenciário e nesse exato momento iniciaremos um curso de direito previdenciário 
com o objetivo de prepara-los para o concurso do INSS. Então vamos iniciar nosso curso, vamos 
iniciar a nossa preparação para o concurso. Vale ressaltar, inicialmente que nós seguiremos 
nesse curso o programa do edital do concurso do INSS do ano de 2016, que foi o último concurso 
que foi realizado para o INSS. Se quando for publicado o novo edital do novo concurso, forem 
acrescentados alguns assuntos na matéria de direito previdenciário, nós acrescentaremos 
também novos vídeos com esses novos assuntos. Outra coisa: depois da publicação do edital, 
se tiver ocorrido modificação, alterações na legislação que nós vamos estudar, nós também 
gravaremos novos vídeos mostrando quais foram essas alterações realizadas. E aqui no nosso 
curso, conforme aqui tem no próprio material do Concurso VIP, aqui no site do concurso VIP, 
essas aulas ficarão no ar até 10 dias após a data da prova (...). E aqui também é garantido 
que o curso será atualizado após a publicação do edital, então se houver alterações, não 
tem problema, o concurseiro VIP está garantindo que o curso será atualizado após o edital, 
obviamente se alterações ocorrerem na legislação. Mas, vale salientar que é bem provável que 
essas alterações na legislação ocorram, porque a matéria direito previdenciário é a matéria, 
é o ramo do direito que sofre mais alterações, então durante um ano, é muito comum serem 
aprovadas novas leis no Congresso Nacional, leis essas que alteram, modificam as normas 
relacionadas ao Direito Previdenciário, mas, fique tranquilo, se isso ocorrer depois do edital, 
nós gravaremos novos vídeos mostrando o que mudou e o que não mudou, fique tranquilo que 
esses vídeos ficarão no ar até 10 dias após a realização da prova, não interessa quando a prova 
vai ser realizada, pode ser 2018, 2019, na data que for realizada a próxima prova, do concurso 
do INSS, as aulas ficarão no ar até 10 dias após a realização dessa prova.
Então agora veremos qual é a legislação que será aplicada ao nosso curso,
 
 
4 concurseiro.vip
começando aqui pelo nível hierárquico superior, vamos falar da nossa Constituição Federal 
de 1988. Nós estudaremos parte, não a Constituição Federal toda, até porque as aulas aqui 
não são de direito constitucional, as aulas aqui são de direito previdenciário, mas dentro da 
nossa Constituição Federal tem um capítulo que trata do direito previdenciário, é exatamente 
o capítulo II do título VIII da CF que trata do tema Seguridade Social, esse capítulo II do título 
VIII vai dos artigos 194 até o artigo 204, você pode até conferir comigo aqui no texto da própria 
CF (...) então lá no edital de qualquer concurso do INSS, normalmente, o primeiro item do 
programa de direito previdenciário é: Seguridade Social: conceito, organização e princípios 
constitucionais. E aí, esse primeiro item, qual a norma jurídica que vai dar amparo legal para o 
estudo desse item? Exatamente esses artigos aqui da CF que eu acabei de mencionar: artigos 
194 até o artigo 204. 
Agora vamos baixando, a gente estava no topo da pirâmide de Kelsen, onde, lá no ápice estava 
a Constituição Federal, vamos começar a descer um pouco, vamos descer para o campo das leis 
ordinárias. Tem duas leis ordinárias muito importantes para o estudo do direito previdenciário. 
A primeira é a lei nº 8.212 /91 que trata do custeio da seguridade social, nela estudaremos 
principalmente as contribuições previdenciárias que se destinam ao financiamento do regime 
geral de previdência social e também estudaremos outras contribuições sociais que se 
destinam ao financiamento da seguridade social como um todo (...).
Depois temos também a lei nº 8.213/91 que trata dos benefícios do Regime Geral de Previdência 
Social. Essa é a lei mais importante para o nosso concurso, porque vejam: você quer trabalhar 
no INSS, quando você estiver lá no INSS, você sabe o que você vai fazer lá? Você vai conceder 
benefícios previdenciários para os beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, então 
por isso que essa lei 8.213 é importantíssima para o estudo do Direito Previdenciário.
Agora vamos descendo a pirâmide de Hans Kelsen que trata da hierarquia das normas jurídicas, 
agora vamos para o Decreto 3.048/99, esse decreto aprova o regulamento da previdência 
Social. Esse decreto, para o estudo do Direito Previdenciário, esse decreto tem uma vantagem 
e uma desvantagem, vamos falar primeiro da vantagem: a vantagem é porque esse decreto 
regulamenta essas duas leis, ou seja, numa norma só ele faz a regulamentação tanto da lei 
8.212 quanto da lei 8.213, a vantagem é essa, está numa norma só o estudo tanto do custeio 
previdenciário, como também dos benefícios previdenciários, agora, tem uma desvantagem: é 
muito comum, como eu acabei de falar, ocorrerem modificações no texto dessas duas leis 8.213 
e 8.212, durante o ano, é comum ocorrer 2, 3 ou 4 alterações no texto dessas leis, aí as leis são 
alteradas e demora um pouco para que essas alterações venham também para o regulamento 
da previdência social porque a lei não altera, expressamente, o texto do regulamento, para 
alterar o regulamento, como o regulamento é aprovado por um decreto, aí eles só pode ser 
alterado por um decreto, eu digo alterado expressamente, tacitamente, digamos, eles são 
alterados pelos textos das leis, mas expressamente eles terão que ser alterados pela edição 
de outros decretos, e o que acontece? A lei 8.212, 8.213 são alteradas por leis aprovadas no 
Congresso Nacional e demora muito tempo para que a Presidência da República edite decretos 
adaptando o regulamento da previdência social àquelas mudanças que ocorreram nos textos 
das leis 8.212 e 8.213. Só para dar um exemplo: no ano de 2015 ocorreram muitas mudanças 
nessa lei 8.213, mudanças relativas à concessão de pensão por morte ocorreram muitas, até 
hoje, nós já estamos em 2018, as mudanças ocorreram em 2015, até hoje o regulamento da 
previdência social não se adaptou a essas mudanças ocorridas em 2015 no texto da lei 8.213, 
então percebam que é perigoso você pegar o texto da lei 3.048 e ficar estudando sozinho sem 
o auxílio de um professor que lhe diga o que está valendo, o que não está valendo daquele 
INSS VIP (Técnico do Seguro Social) – Direito Previdenciário – Prof. Hugo Goes
5concurseiro.vip
decreto 3.048, é perigoso porque você está lendo um texto e você está abafando, achando que 
é daquele jeito que você está lendo, mas não é porque aquela matéria foi alterada por uma lei 
modificativa da lei 8.213 e da lei 8.212, então cuidado com o decreto 3.048, se for estuda-lo, 
estude com o auxílio de um professor, ou com o auxílio de um livro atualizado para que você 
não corra perigo de achar que está aprendendo o assunto e, na verdade em vez de aprender 
está desaprendendo, combinado?
Vamos seguir: aqui nós temos outra lei importante para o concurso do INSS, que é a lei 8.742/93, 
essa lei trata da LOAS, o que é a LOAS? É a Lei Orgânica da Assistência Social, isso está no 
programa do concurso do INSS porque tem um benefício da LOAS que se chama BPC – Benefício 
de Prestação Continuada que, embora seja um benefício assistencial, é concedido pelo INSS, 
olha, a princípio, o INSS deveria conceder somente benefícios previdenciários, no entanto, tem 
esse benefício assistencial, quando eu falo benefício assistencial é porque é um benefício da 
Assistência Social, que, embora seja assistencial, é concedido pelo INSS, por quê? Olha, porque 
a obrigação de pagar esse benefício é da União, ou seja, é um benefício que é concedido no 
âmbito federal, é pago pela União, aí a união já tem espalhada por todo o Brasil essas agências 
do INSS, que se chamam APS – Agência da Previdência Social, aí o que a União fez? Uma medida 
inteligenteda União, do governo federal, quando eu falo da União, estou falando do Governo 
Federal, o Governo Federal aproveitou essa estrutura do INSS para concessão desse benefício 
assistencial, então são os funcionários do INSS que concedem o BPC-LOAS, que é o Benefício 
de Prestação Continuada da Lei Orgânica da Assistência Social. Então por isso é importante e 
cai na prova, está no programa do edital essa lei 8.742, então é importante a gente pegar, e 
eu digo: no último concurso, despencou, não caiu não, despencou questões sobre a LOAS. Na 
minha opinião, foi um equívoco da banca examinadora colocar tantas questões sobre a LOAS. 
Se ela queria falar de Assistência Social, ela deveria colocar questões, principalmente sobre 
o benefício que o INSS concede, o benefício assistencial, BPC, mas não, não foi nem sobre o 
BPC, foi sobre assuntos diversos da Assistência Social que a banca examinadora fez despencar 
questões. Para mim foi uma surpresa, eu não achava que fosse despencar questões sobre esse 
assunto, mas está no programa do edital, então se cair, caiu, ninguém pode reclamar, então 
vamos estudar com carinho também esse assunto relacionado à assistência social.
E aqui por último nós temos o decreto 6.214, que é o decreto que regulamenta o BPC/LOAS, 
a concessão do Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social, também é muito 
importante, nós daremos atenção porque se está no edital, está no programa do edital pode 
cair questão sobre ele, então eles merecerão nossa atenção e serão detalhadamente estudados 
no nosso curso.
Aqui eu apresento para vocês alguns livros da minha autoria:
 
 
6 concurseiro.vip
Sendo que vou circular o principal deles, que é o manual de direito previdenciário, que já está 
na sua 14ª edição. É um livro bem grande, tem mais de 800 páginas (...).
E aqui vêm outros livros, vamos falar desse Resumo de Direito Previdenciário, é um resumo, 
não aconselho estudar só por ele para o concurso do INSS. Se você estudar só pelo Manual, 
beleza, tranquilo, agora o Resumo é um resumo do manual, enquanto o Manual tem mais de 
900 páginas, o resumo tem em torno de 150 páginas (...) então ele poderia ser utilizado no 
concurso do INSS para você fazer uma revisão (...) o livro indicado para você estudar, onde 
está toda a matéria é o Manual de Direito Previdenciário 14ª edição. E aqui no meio nós temos 
3 livros de questões, então são provas de concursos anteriores, não só o concurso do INSS, 
concurso para qualquer cargo, para Juiz Federal, para Procurador da República, (...) vários 
concursos públicos federais em que é cobrada a matéria de direito previdenciário, então esses 
3 livros aí trazem questões de concursos anteriores devidamente comentadas pelo Professor 
Hugo Goes (...) então, quando soubermos a banca, é melhor você adquirir um livro que trata de 
questões daquela banca examinadora para que você tenha noção de como é que aquela banca 
organiza, elabora as questões.
Agora, finalmente vamos entrar no assunto.
 
O primeiro assunto a ser estudado será a origem e evolução legislativa da Previdência Social 
no Brasil, é assim que está lá no edital. Então é da Previdência, não é da seguridade e é só no 
Brasil, não e no mundo todo, porque, em muitos livros de Direito Previdenciário também é feito 
o estudo da previdência social no mundo (...) aqui no concurso do INSS não está sendo cobrada 
a origem e evolução da previdência no mundo, está sendo cobrada a origem e evolução da 
previdência social no Brasil, então é isso que vamos estudar.
Antes de falar da origem da previdência social do Brasil, vamos falar um pouco da origem da 
proteção social no Brasil, ou seja, proteção social é algo mais amplo do que previdência social. 
Previdência Social faz parte da proteção social, mas a proteção social engloba outras coisas 
como saúde, assistência social, proteção social seria mais ou menos o que a gente chama hoje 
de seguridade social, é algo mais amplo. Então falando de proteção social podemos afirmar 
que a proteção social no Brasil teve origem com as Santas Casas de Misericórdia, sendo a 
INSS VIP (Técnico do Seguro Social) – Direito Previdenciário – Prof. Hugo Goes
7concurseiro.vip
primeira Santa Casa de Misericórdia a ser criada no Brasil, foi a Santa Casa de Misericórdia de 
Santos. Santos é uma cidade lá do estado de São Paulo, então essa foi a primeira Santa Casa de 
Misericórdia do Brasil. Então nós podemos dizer que a proteção social no Brasil começou com 
a fundação da Santa Casa de Misericórdia do estado de São Paulo, mas na cidade de Santos. 
A Santa Casa de Misericórdia de Santos foi fundada no ano de 1543, então vejam que foi um 
pouco depois do “descobrimento” do Brasil, o Brasil foi “descoberto” em 1500 por Pedro 
Alvarez Cabral (sic) a gente estudou isso (...) 43 anos depois de Cabral (...) chegar no Brasil, foi 
fundada a Santa Casa de Misericórdia de Santos, em 1543, aí teve origem a proteção social no 
Brasil. Essa Santa Casa de Misericórdia existe até hoje (...).
Mas aqui não se trata da origem da previdência social, e sim da origem da proteção social. Com 
relação à previdência social, é pacífico na doutrina que a origem, o marco inicial da previdência 
social no Brasil se deu com a Lei Eloy Chaves, a Lei Eloy Chaves é considerada pela doutrina e 
os doutrinadores que estudam o direito previdenciário o marco inicial da Previdência Social no 
Brasil.
A Lei Eloy Chaves é esse Decreto Legislativo nº 4.682 que é de 24/1/1923, reparem essa 
data, no dia 24/1 se comemora no Brasil o dia da Previdência Social, o dia dos aposentados 
e pensionistas porque é uma alusão à Lei Eloy Chaves, que foi o marco inicial da Previdência 
Social no Brasil (...) então a previdência social no brasil é uma senhora de 95 anos (...). De 
que trata a Lei Eloy Chaves? Ela institui as CAPs que são as Caixas de Aposentadorias e Pensões 
para os ferroviários, então, no começo da próxima aula a gente já começa ainda falando sobre 
a Lei Eloy Chaves e a gente explica melhor o que ela criou e as consequências que dela vieram.
Ok, um abraço e até a próxima.
 
8 concurseiro.vip
AULA 01 – PARTE 02
Olá queridos alunos voltamos aqui no nosso curso de direito previdenciário, com o objetivo de 
prepara-los para o concurso do INSS, no final da aula passada falávamos sobre a questão da 
origem e evolução da previdência social no Brasil e dissemos que o marco inicial da previdência 
social no Brasil foi a Lei Eloy Chaves, é assim que a maioria da doutrina entende (...). Então 
vamos falar um pouco da Lei Eloy Chaves, o que você vê na tela do computador é exatamente 
o texto da Lei Eloy Chaves.
Direto do site do Planalto, o site do Governo Federal, inclusive eu aproveito aqui essa aula 
para mostrar onde você deve consultar a legislação que falamos na aula passada. Não precisa 
comprar Vade-mécum, pode ir direto no site www.planalto.gov.br , quando chegar nesse site 
você clica em “legislação” e tem tudo lá. Outra forma bem fácil é no site www.hugogoes.com.
br é o meu site, meu blog. Você entra lá e clica no ícone “legislação” (...) vai te levar para uma 
página onde tem toda a legislação previdenciária (...) o site do Planalto é o melhor lugar para 
você obter a legislação atualizada, eles são bem rigorosos na atualização da legislação, não 
existe nenhum outro site que você encontre a legislação federal tão atualizada como nesse site 
aqui (...). 
A Lei Eloy Chaves é de 1923, é uma lei que já tem 95 anos, aí está ali, o que é que fez a Lei 
Eloy Chaves? Aqui no artigo 1º da Lei Eloy Chaves dá para a gente ver do que ela trata: Art. 1º 
Fica creada em cada uma das emprezas de estradas de ferro existentes no paiz uma caixa de 
aposentadoria e pensões para os respectivos empregados.
(...)
Então o que a Lei Eloy Chaves fez? Ela criou as CAPs – Caixas de Aposentadorias e Pensões só 
para os ferroviários. E por que está no plural CAPs se foi só para os ferroviários, não foi só uma 
não? Não, porque as CAPs eram organizadas por empresas, então naquele tempo tinha muitasempresas ferroviárias, então cada empresa ferroviária tinha a sua Caixa de Aposentadoria e 
Pensões que ia beneficiar os seus empregados.
INSS VIP (Técnico do Seguro Social) – Direito Previdenciário – Prof. Hugo Goes
9concurseiro.vip
Tinham muitas empresas de estradas de ferro, então em cada empresa de estradas de ferro foi 
criada uma caixa de aposentadorias e pensões. Então aqui é importante você anotar: as CAPs 
eram organizadas por empresas, então as primeiras instituições previdenciárias do Brasil se 
chamavam CAPs – Caixas de Aposentadorias e Pensões. Quando foi criada a primeira? Foi em 
24 de janeiro de 1923 pela Lei Eloy Chaves. Por que chamam esse decreto nº 4.682 de lei de 
Eloy Chaves? Porque Eloy Chaves era um deputado federal paulista e foi ele quem apresentou o 
projeto, na verdade, esse é um decreto legislativo. Ele apresentou lá na Câmara dos Deputados 
esse projeto para crias as CAPs para os ferroviários e certamente ele batalhou muito para seu 
projeto ser aprovado, então por isso que a lei ganhou assim um apelido. Na verdade ela é o 
Decreto Legislativo nº 4.682, mas o apelido dela é Lei Eloy Chaves.
Às vezes acontece isso, por exemplo, antigamente tinha uma lei que tratava de esportes, aí ela 
ficou conhecida como Lei Pelé, porque na época Pelé era Ministro dos Esportes e ele batalhou 
lá junto com o Congresso para aprovar essa lei e tal, aí deram o apelido na lei de Lei Pelé (...).
Mas a Lei Eloy Chaves criou as Caixas de Aposentadorias e Pensões só para os ferroviários e em 
cada uma das empresas de estradas de ferro do país ficou criada uma CAP.
Art. 2º São considerados empregados, para os fins da presente lei, não só os que prestarem os 
seus serviços mediante ordenado mensal, como os operarios diaristas, de qualquer natureza, que 
executem serviço de caracter permanente.
Aqui não era só para os empregados, digamos assim, efetivos, aqui também eram considerados 
empregados, tanto os operários permanentes, como aqueles que tinham mais de 6 meses de 
serviços contínuos, até os operários diaristas também que trabalhavam nessas estradas de ferro 
também se beneficiaram, desde que eles tivessem mais de 6 meses trabalhando. Aí vejam que 
aqui a Lei Eloy Chaves é considerada como marco inicial da Previdência Social porque é a Lei 
Eloy Chaves que realmente criou um sistema previdenciário, porque um sistema previdenciário 
pressupõe não só concessão de benefícios, pressupõe também que alguém esteja contribuindo 
para criar um fundo para que aquele fundo tenha dinheiro para pagar os benefícios, até porque 
dinheiro não nasce em pé de árvore, se vão pagar benefício previdenciário para alguém, esse 
dinheiro está saindo de algum lugar. Aí um sistema previdenciário pressupõe isso: primeiro 
se contribui, passa um tempão a pessoa contribuindo, depois é que vai receber os benefícios 
que o sistema previdenciário concede. Por exemplo, eu já faz mais de 30 anos que eu só faço 
contribuir para a previdência, eu nunca recebi um beneficio sequer da previdência (...) espero 
que um dia eu chegue a me aposentar pelo menos (...) é assim, previdência é isso: primeiro 
você contribui, depois é que você vai receber o benefício. Por que estou falando isso? Porque é 
o seguinte: (...) até agora a gente disse que a Lei Eloy Chaves é considerada pela doutrina como 
marco inicial da Previdência Social, agora imagina se lá na prova aparecer a seguinte questão: 
“a Lei Eloy Chaves foi a primeira norma jurídica a tratar de assunto previdenciário no Brasil”, 
será que essa questão estaria certa ou errada? Imagina que a prova seja feita pelo CESPE-UNB 
que normalmente são de marcar certo ou errado, então ele traz uma afirmativa como essa que 
eu acabei de dizer, e manda você marcar certo ou errado (...). Resposta: errado. (...) Como diria 
aquela nobre filósofa Carla Perez: “uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa”, então, 
uma coisa é você dizer que a Lei Eloy Chaves é o marco inicial da previdência social no Brasil, 
outra coisa é você dizer que ela foi a primeira norma jurídica a tratar de assunto previdenciário 
no Brasil. Essa segunda afirmativa está errada porque antes da Lei Eloy Chaves já existiam 
várias leis que tratavam de assuntos previdenciários, por exemplo: lá em 1919, vejam, a Lei 
Eloy Chaves é de 1923, então quatro anos antes, lá em 1919 já tinha uma lei tratando de seguro 
de acidente do trabalho. Seguro de acidente de trabalho é um assunto previdenciário porque 
 
10 concurseiro.vip
significa o seguinte: as empresas têm que pagar um seguro, uma contribuição previdenciária 
todo o mês para que, se algum dos seus empregados sofrer algum acidente de trabalho, aí 
aquele fundo que foi criado com aquelas contribuições será usado para pagar um benefício 
para o trabalhador acidentado, então isso é previdência social, então desde 1919 que já existe 
seguro de acidente de trabalho no Brasil, então vejam: antes da lei Eloy Chaves já tinha lei 
tratando de assuntos previdenciários. Antes da Lei Eloy Chaves, já existia no Brasil, lei tratando 
de aposentadoria de professor, já tinha lei tratando da aposentadoria dos funcionários dos 
correios, já tinha lei tratando de aposentadoria do servidor público, tudo isso já existia antes da 
Lei Eloy Chaves, então por que esses doutrinadores afirmam que a Lei Eloy Chaves é o marco 
inicial da Previdência Social no Brasil? É porque, a partir da lei Eloy Chaves é que podemos 
dizer que passou a existir um verdadeiro sistema previdenciário organizado, ou seja, com 
contribuições, observem: 
Art. 3º Formarão os fundos da caixa a que se refere o art. 1º:
a) uma contribuição mensal dos empregados, correspondente a 3 % dos respectivos 
vencimentos;
Vejam, os empregados ferroviários passaram a ter que contribuir para essas CAPs, para formar 
esse fundo para garantir no futuro a aposentadoria deles.
b) uma contribuição annual da empreza, correspondente a 1 % de sua renda bruta:
Vejam: os empregados contribuíam e as empresas também contribuíam, então, a partir daí 
passou a existir um verdadeiro sistema previdenciário, então é por isso que a doutrina considera 
a Lei Eloy Chaves o marco inicial da previdência, agora, cuidado na prova, por favor, se lá na 
prova disser que a Lei Eloy Chaves foi a primeira norma jurídica a tratar da previdência no Brasil, 
você diz que está errado porque antes já tinha lei tratando de seguro de acidente de trabalho, 
de aposentadoria de professor, aposentadoria de funcionário do Correio, aposentadoria de 
servidor público e aposentadoria é um assunto previdenciário, lógico que é, entendeu? Então 
não foi a primeira norma, não foi a primeira lei a tratar de assunto previdenciário, mas é o 
marco inicial porque criou o sistema previdenciário. 
Lá no artigo 9º vai dizer que o pessoal, os empregados ferroviários vão ter direito a receber.
Art. 9º Os empregados ferro-viarios, a que se refere o art. 2º desta lei, que tenham contribuido para 
os fundos da caixa com os descontos referidos no art. 3º, letra a, terão direito:
1º, a soccorros medicos em casos de doença em sua pessôa ou pessôa de sua familia, que 
habite sob o mesmo tecto e sob a mesma economia;
2º, a medicamentos obtidos por preço especial determinado pelo Conselho de Administração;
3º, aposentadoria:
4º, a pensão para seus herdeiros em caso de morte.
Quando o empregado morria, os herdeiros, que hoje chamamos de dependentes, tinham 
direito a pensão. E que aposentadoria eles tinham direito? Era 2 aposentadorias: uma se 
chamava ordinária e a outra por invalidez.
Art. 10. A aposentadoria será ordinaria ou por invalidez.
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11concurseiro.vip
Essa aposentadoria chamada de ordinária é o que a gente chama hoje de aposentadoria por 
tempo de contribuição, (...).
Então a Lei Eloy Chaves é o marco inicial da Previdência Social no Brasil mas não é a primeira 
norma jurídica a tratar de assunto previdenciário, antes já tinha outras.
Vejam, isso cai nas provas:
(...)
“Foio primeiro ato normativo a tratar de seguridade social no Brasil” isso está errado, não 
foi o primeiro. Não foi o primeiro nem a tratar de previdência, vejam que aqui eles usaram 
o nome seguridade social. Naquele tempo da lei Eloy Chaves não existia esse conceito de 
seguridade social que a gente tem hoje, esse conceito de seguridade social que vamos estudar 
detalhadamente, prometo a vocês, ele foi criado em 1988 pela atual Constituição Federal, foi 
a CF quem inventou esse conceito de seguridade social, provavelmente copiado de algum país, 
porque o Brasil adora copiar as coisas dos outros países, mas, antes da Constituição de 1988 
não existia esse conceito amplo de seguridade social, antes a gente falava só previdência social 
mesmo, ao longo das aulas vocês vão entender direitinho a diferença de seguridade social e 
previdência social. Mas aqui, mesmo que em vez de “seguridade social” eles tivessem colocado 
aqui “previdência social”, ainda assim estaria errada a questão porque a Lei Eloy Chaves não foi 
o primeiro ato normativo a tratar de previdência social, como eu falei, antes da Lei Eloy Chaves 
já existia lei que tratava de seguro de acidente do trabalho, lei que tratava de aposentadoria de 
professor, aposentadoria de funcionário do Correio, aposentadoria de servidor público. Agora 
ela, a Lei Eloy Chaves é considerada pela doutrina o marco inicial da previdência social no Brasil.
Mas vamos lá, vamos falar de outras coisas. Sobre a Lei Eloy Chaves é importante você voltar 
e anotar na caderneta: elas eram organizadas por empresas, cada empresa tem a sua. Então 
vejam: a Lei Eloy Chaves é de 1923, criou as CAPs somente para os ferroviários, aí quando foi 
no ano de 1926, teve o decreto 5.109/26 que estendeu os benefícios da Lei Eloy Chaves para 
os portuários e marítimos. Até então eram só os ferroviários que tinham direito às CAPs, mas 
a partir de 1926, com o Decreto Legislativo nº 5.109, os trabalhadores portuários e marítimos 
também tiveram direito às suas CAPs, que são as caixas de aposentadoria e pensões.
 
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Aí, no ano de 1928 com o advento do Decreto nº 5.485, os trabalhadores das empresas de 
telégrafos, os telegráficos e os radiotelegráficos também foram abrangidos pelo regime da Lei 
Eloy Chaves. Aí esses trabalhadores das empresas de serviços telegráficos e radiotelegráficos 
também passaram a ter direito às Caixas de Aposentadorias e Pensões, aí vejam: a previdência 
vai evoluindo no Brasil, a cada dia que passa, mais trabalhadores vão tendo direito à previdência 
social.
No ano de 1930, com o advento do decreto 19. 497/30 foram instituídas as CAPs para os 
empregados de serviço de força, luz e bondes. Força e luz é a mesma coisa que energia, é 
como hoje as empresas de energia elétrica, aqui em Pernambuco é CELP (...) então esses 
trabalhadores, empregados nas empresas que prestavam serviço de força, luz e bondes, no 
ano de 1930 passaram a ter direito ás Caixas de Aposentadorias e Pensões.
Está evoluindo aí a Previdência Social, (...) vamos adiante. Aí vejam o que aconteceu em 1933, 
10 anos depois da Lei Eloy Chaves, porque a Lei Eloy Chaves é de 1923, (...) em 1933 foram 
criados os IAPS.
O que é o IAP? Instituto de Aposentadoria e Pensões; CAPs é Caixas de Aposentadorias e 
Pensões e IAPs são os Institutos de Aposentadorias e Pensões. Como aconteceu isso? É 
o seguinte: os IAPs tiveram o objetivo de efetuar a unificação das CAPs, então enquanto as 
CAPs eram organizadas por empresas, cada empresa tinha a sua Caixa de Aposentadorias e 
Pensões, os IAPs eram organizados por categorias profissionais, então um IAP aglutinava 
uma quantidade de trabalhador bem maior que uma Caixa de Aposentadorias e Pensões 
porque cada uma das Caixas de Aposentadorias e Pensões reuniam os empregados de uma 
determinada empresa, e aqui, os IAPs reúnem os trabalhadores de toda uma categoria 
profissional. E outra coisa: a partir de 1933, é que a gente pode dizer que o Estado brasileiro 
passou a administrar a Previdência, porque no tempo das CAPs, cada uma daquelas Caixas 
de Aposentadorias e Pensões eram administradas por conselhos formados dentro da própria 
empresa: o representante da empresa, o representante dos trabalhadores, as CAPs não eram 
administradas pelo Governo, o governo apenas elaborava a lei que ia reger as CAPs, como 
por exemplo a Lei Eloy Chaves, aqueles vários outros decretos que estenderam os direitos 
da Lei Eloy Chaves para outras categorias profissionais. Agora, a partir dos IAPs, o governo 
passou, ele próprio, a administrar a previdência, porque esses IAPs eram autarquias federais e 
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tinham vários, era um IAP para cada categoria profissional, por exemplo: o primeiro IAP a ser 
criado no Brasil foi o IAPM, que é Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Marítimos, foi 
criado exatamente em 1933, então o IAPM era uma autarquia federal, aí tinha várias outras: 
IAPC: Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Comerciários; IAPB dos Bancários; IAPI dos 
industriários; então cada um desses IAPs era uma autarquia federal, posteriormente, vamos 
ver na próxima aula, que esses IAPs foram unificados em um Instituto só, que foi o INPS, mas 
isso veremos logo no início da próxima aula, até lá.
 
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AULA 01 – PARTE 03
Olá amigos e amigas, daremos continuidade para o nosso curso de Direito Previdenciário para 
o concurso do INSS, na aula anterior falávamos dos IAPs que são a segunda fase da evolução 
da previdência social no Brasil, nós vimos que a previdência começou a ser organizada por 
meio das CAPs, que eram as Caixas de Aposentadorias e Pensões, que eram organizadas por 
empresas, aí numa segunda fase passou a ser organizada através dos IAPs – Institutos de 
Aposentadorias e Pensões, que eram organizados por categorias profissionais, e agora vamos 
dar sequência.
Antes de dar sequência eu vou falar ainda uma dica para você obter a legislação lá no site do 
Planalto que a gente falou na aula anterior, sempre pegue o texto compilado das leis, porque 
quando você pega o texto que não é compilado, aparecem também aqueles artigos da lei que 
já foram revogados e os artigos da lei que já foram revogados não interessa para o estudo do 
concurso, só interessa aquela legislação que estiver em vigor na data da publicação do edital, 
então por isso você sempre dê preferência, quando você pegar o texto lá da Lei 8.212, 8.213, 
Constituição Federal, Decreto 3.048, sempre peguem texto compilado. Aqueles que estão lá no 
meu blog têm o link já do texto compilado, então prefira pegar os links que estão no meu blog. 
Agora vamos adiante.
Vamos dar continuidade a essa evolução legislativa da Previdência Social do Brasil. No ano 
de 1963 foi criado o FUNRURAL ele é importante porque leva a Previdência Social para o 
campo, para a zona rural, para o trabalhador rural, até 1963 a Previdência Social não abrangia 
os trabalhadores rurais, a partir de 1963, com a criação do FUNRURAL, o trabalhador rural 
também passou a ter direito à previdência social, então é um marco importante o ano de 1963 
com a lei nº 4.214 que criou o FUNRURAL.
Em 1967 é criado o INPS, vejam, não é o INSS, que existe hoje, mas antes do INSS veio o INPS, 
Instituto Nacional de Previdência Social, criado em 1º de janeiro de 1967. Com a criação 
do INPS, que é uma autarquia federal, foram unificados aqueles vários IAPs que existiam 
anteriormente. Na aula passada a gente falou dos IAPs, nós lemos aqui apenas 4 exemplos, 
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mas existiam outros além desses 4, aqui foi mostrado o IAPM, IAPC, IAPB e IAPI a título de 
exemplos, mas existiam vários IAPs no Brasil e todos esses IAPs que existiam até o final de 
1966, a partir do dia 1º de janeiro de 1967, esses IAPs foram unificados, houve uma fusão de 
todos esses IAPs em um instituto só de previdência, chamado INPS. Agora presteatenção a um 
detalhe importante: o INPS – Instituto Nacional de Previdência Social foi criado por meio, por 
intermédio do Decreto-lei º 72. Aí vejam: esse Decreto-lei nº 72 é do dia 21/11/1966, porém, 
esse decreto-lei só entrou em vigor no dia 01/01/1967, então qual foi a data que o INPS foi 
criado? A data que o Decreto-lei entrou em vigor, porque embora ele já tivesse sido publicado 
no diário oficial da União, porque ele é do dia 21/11/1966 e foi publicado no dia 22/11/1966 
ele ainda não tinha entrado em vigor, ele só vai entrar em vigor no dia 01/01/1967, então, 
na verdade, o INPS só passou a existir a partir do dia que o decreto que o instituiu entrou em 
vigor. Então se aparecer alguma questão de prova –e já pareceu- dizendo que o INPS foi criado 
em 1966 está errado, a lei é de 1966, mas ela só entrou em vigor no dia 01/01/1967, então, na 
verdade, o INPS foi criado em 1967.
(...)
DECRETO-LEI Nº 72, DE 21 DE NOVEMBRO DE 1966.
Unifica os Institutos de Aposentadoria e 
Pensões e cria o Instituto Nacional de 
Previdência Social.
Então vejam o que o artigo 1º diz:
Art 1º Os atuais Institutos de Aposentadoria e Pensões são unificados sob a denominação de 
Instituto Nacional de Previdência Social (INPS).
Então se acabaram todos os outros, houve uma fusão, unificação e passou a existir só um. 
Vejam, a tendência dessa evolução legislativa da Previdência Social no Brasil é, a cada passo, 
ir havendo uma concentração maior. Começou com cada empresa tendo sua CAPs, aí as CAPs 
foram unificadas em IAPs, aí a cada categoria profissional tinha o seu IAP; aí agora os IAPs 
foram todos unificados num instituto só, com o nome de INPS (...).
Aí vamos para a questão da data da criação, porque isso caiu, inclusive, no último concurso do 
INSS (...).
Aí vejam, o Decreto-lei é de novembro de 1966, agora vamos ver o final,a rtigo 46:
Art 46. O presente decreto-lei entrará em vigor no primeiro dia do segundo mês seguinte ao de sua 
publicação.
Ele é do dia 21/11/1966 e foi publicado no D.O.U – Diário Oficial da União, mas veja aqui o artigo 
46 que diz “. O presente decreto-lei entrará em vigor no primeiro dia do segundo mês seguinte 
ao de sua publicação.” Primeiro dia do segundo mês, foi publicado em novembro de 1966, aí 
dezembro de 1966 é o primeiro mês, janeiro de 1967 é no segundo mês, então, na verdade, ele 
só entrou em vigor no dia 01/01/1967. Então quando o INPS foi criado? 01/01/1967. Aí veja a 
questão:
 
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Essa questão caiu no último concurso do INSS (...). Certo ou errado? A banca deu como certo 
no gabarito preliminar, mas isso acontece porque, de vez em quando, os membros da banca 
não estão muito atentos à legislação (...) então assim que saiu o gabarito preliminar eu orientei 
a todos os meus alunos no Brasil todo a apresentarem recursos, (...) e a banca examinador 
anulou a questão (...). Aqui não era para anular a questão, era para trocar de certo para errado, 
porque a questão está errada. O INPS não foi criado em 1966, ele foi criado em 1967, porque o 
danado do Decreto-lei nº 72 só entrou em vigor no dia 1º de janeiro de 1967. Então quando a 
questão afirma que em 1966 esses institutos foram transformados no INPS, não, está errado. 
(...).
Continuando aqui a questão da evolução legislativa da Previdência Social no Brasil, no ano 
de 1977, ou seja, 10 anos depois da criação do INPS, teve uma lei que foi a lei nº 6.439 que 
criou o SINPAS – Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social e esse SINPAS tem o 
objetivo de agregar várias entidades do que a gente hoje chama de Seguridade Social: 
Assistência Social, Saúde e Previdência, as entidades que faziam parte do SINPAS eram o INPS 
(que tinha sido criado 10 anos atrás); o IAPAS (foi um instituto que foi criado para arrecadar e 
fiscalizar o devido pagamento das contribuições previdenciárias, hoje essa tarefa é cumprida 
pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, mas naquele tempo era o IAPAS, então o IAPAS 
cuidava disso: da arrecadação, da cobrança, da fiscalização das contribuições previdenciárias); 
o INAMPS (era da área de saúde, de assistência medica; a LBA (Legião Brasileira de Assistência 
cuidava da área social, benefícios assistenciais); a FUNABEM (cuidava da questão das crianças); 
a DATAPREV (dessas entidades todas, é a única que continua existindo, ela cuida da questão da 
informática, do processamento de dados da Previdência Social; quando você for aprovado no 
concurso público e estiver lá trabalhando no INSS, seu computador não está funcionando, tem 
que implantar um aplicativo novo, você chama o pessoal da DATAPREV eles vão lá e resolvem 
seu problema); e tinha também a CEME (Central de Medicamentos era muito importante, 
ela fabricava medicamentos e distribuía gratuitamente para a população pobre, eu mesmo 
já tomei muito medicamento da CEME (...) a CEME acabou, dessas entidades aí, a única que 
continua existindo é a DATAPREV). No caso do INPS e do IAPAS, não é que eles se acabaram, 
houve uma fusão deles dois para dar origem ao INSS, mas isso a gente vai ver depois.
Mas vamos dar uma olhada nessa lei 6. 439:
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LEI No 6.439 , DE 1º DE SETEMBRO DE 1977.
Institui o sistema Nacional de Previdência e 
Assistência Social e dá outras providências.
Vejam o artigo 1º:
Art 1º – Fica instituído o sistema Nacional de Previdência e Assistência Social – SINPAS, sob a 
orientação, coordenação e controle do Ministério da Previdência e Assistência Social – MPAS, com a 
finalidade de integrar as seguintes funções atribuídas às entidades referidas nesta Lei:
I – concessão e manutenção de benefícios, e prestação de serviços;
II – custeio de atividades e programas;
III – gestão administrativa, financeira e patrimonial.
(...)
Art 3º – Ficam criadas as seguintes autarquias vinculadas ao MPAS:
I – Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social – INAMPS;
II – Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social – IAPAS. 
Então essa lei criou duas entidades, duas autarquias que passaram a fazer parte do SINPAS. 
O SINPAS agregava autarquias que já existiam antes da Lei 6.439 e a própria lei 6.439 criou 
também duas dessas autarquias. A primeira era o INAMPS – Instituto Nacional de Assistência 
Médica da Previdência Social. Hoje o que vigora no Brasil é o SUS – Sistema Único de Saúde, 
então qualquer pessoa, independentemente se contribua para a previdência ou não, pode 
ser atendido num posto de saúde gratuitamente, mas naquele tempo não era assim, naquele 
tempo não tinha SUS, SUS é coisa da atual Constituição, de 1988, antigamente quem era 
tendido nos postos médicos é quem era ou segurado da previdência social ou dependente 
de um segurado. (...). Então essa mesma lei que criou o SINPAS criou o IAPAS – Instituto de 
Administração Financeira da Previdência e Assistência Social, o que o IAPAS fazia? Trabalhava 
na área de arrecadação das contribuições previdenciárias, na área de fiscalização das 
contribuições previdenciárias, fiscalizando as empresas para ver se as empresas estão pagando 
direitinho a contribuição previdenciária, se não estiver pagando, lavrava um auto de infração 
para que as empresas pagassem, isso aí era realizado pelo IAPAS que foi criado pela Lei 6. 439 
em 1977. Então a lei criou o INAMPS e o IAPAS e reuniu no SINPAS, além do INAMPS e além do 
IAPAS, várias outras entidades que já existiam antes dessa lei.
Art 4º – Integram o SINPAS as seguintes entidades:
I – Instituto NacionaI de Previdência Social – INPS; (que já havia sido criado 10 anos atrás em 
1967)
II – Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social – INAMPS; (que acabou de 
ser criado nessa mesma lei)
III – Fundação Legião Brasileira de Assistência – LBA; (já existia antes)
IV – Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor FUNABEM;(aqui tratava de crianças, de 
adolescentes)
 
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V – Empresa de Processamento de Dados da Previdência Social– DATAPREV; (...)
VI – Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social – IAPAS.
§ 1º Integra, também, o SINPAS, na condição de órgão autônomo da estrutura do MPAS, a 
Central de Medicamentos – CEME.
Então foi uma parte da evolução legislativa da Previdência Social do Brasil foi a criação do 
SINPAS em 1977.
Aí agora, em 1990 foi criada aquela autarquia federal que você está fazendo esse curso porque 
quer trabalhar lá, você quer ser um servidor do INSS, então vejam quando o INSS foi criado, o 
INSS é um jovem, só tem 28 anos, foi criado pela lei 8.029,q eu é uma lei do ano de 1990, essa 
lei promoveu a fusão do IAPAS com o INPS, então IAPAS deixou de existir, INPS deixou de existir 
e no lugar deles dois entrou uma autarquia só, chamada INSS. Então percebam o seguinte: 
quando o INSS foi criado, ele tinha duas competências distintas: a competência que foi 
herdada do IAPAS, que era a competência de realizar a arrecadação previdenciária, a cobrança 
das contribuições previdenciárias, a fiscalização das contribuições previdenciárias (...) e tinha, 
e tem até hoje, também a função de conceder benefícios, essa função, essa competência, o 
INSS herdou do INPS, então vejam, na sua origem, o INSS tinha as duas atribuições: tanto a 
atribuição de conceder benefícios, como a atribuição de correr atrás de empresa que esta 
devendo para a previdência. Eu, por exemplo, eu trabalhei no INSS durante 10 anos, de 1997 a 
2007, eu trabalhava como auditor fiscal da previdência social, então eu trabalhava no INSS, mas 
era nessa parte de arrecadação, fiscalização, cobrança, correndo atrás de empresa devedora 
para que elas paguem os seus débitos para com a previdência social, então eu não trabalhava 
concedendo benefícios. 
Agora, o que foi que aconteceu no ano de 2007? Aconteceu a edição de uma lei, a lei 11.457 
que retirou do INSS essa atribuição que antigamente era do IAPAS e passou essa atribuição 
para a Receita Federal, então aquelas atribuições que antigamente eram do IAPAS, depois 
foram passadas para o INSS – atribuições de arrecadação, fiscalização, cobrança-hoje essas 
atribuições dão realizadas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, mas isso estudaremos 
melhor na próxima aula, até lá.
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AULA 01 – PARTE 04
Olá queridos, vamos dar sequência ao nosso curso de direito previdenciário voltado para 
aqueles alunos que estão se preparando para o grande concurso do INSS. Bem, na aula 
passada, falávamos aqui a respeito da evolução legislativa da previdência social no Brasil, e 
agora, dando continuidade a esse assunto, vamos falar um pouco do Ministério da Previdência 
Social, quando é que a Previdência Social ganhou status de ministério.
A Previdência Social passou a ter status de Ministério aqui no ano de 1961, porque no ano 
de 1961, o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio passou a se chamar Ministério do 
Trabalho e Previdência Social. Vejam que antes dessa data, antes de 1º de fevereiro de 1961, 
esse Ministério se chamava apenas Ministério do trabalho, Indústria e Comércio, ou seja, não 
falava de Previdência Social, aí, a parti de fevereiro de 1961, esse Ministério mudou de nome e 
passou a acrescentar o termo Previdência Social, aí passou a se chamar Ministério do Trabalho 
e Previdência Social. Quem fez essa mudança importante aqui foi a Lei nº 3.782/60 que é do 
ano de 1960, mas passou a vigorar a partir de 1º de fevereiro de 1961. 
Já em 1974, o Ministério do Trabalho foi separado do Ministério da Previdência, o Ministério 
do Trabalho passou a ser só Ministério do Trabalho mesmo e a Previdência ficou dentro desse 
ministério aqui: Ministério da Previdência e Assistência Social, então um só ministério cuidando 
da Previdência e da Assistência Social também.
Já em 1990 voltou a ser Ministério do Trabalho e Previdência Social, um só ministério cuidando 
tanto da parte trabalhista quanto da parte previdenciária.
Em 1992, mais uma vez a parte trabalhista foi separada da previdência e o ministério passou 
a se chamar Ministério da Previdência Social, agora tendo um ministério somente para a 
Previdência Social.
Em 1995, outra mudança, o Ministério voltou a se chamar Ministério da Previdência e 
Assistência Social. Um Ministério só para cuidar da previdência e da assistência social.
 
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Não parou por aí, novas mudanças apareceram, agora no ano de 2003. No ano de 2003 foi 
criado o Ministério da Previdência Social e o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à 
Fome. São dois Ministérios diferentes, sendo que o Ministério da Previdência Social cuidava só 
de Previdência Social, e esse Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome cuidava 
dos assuntos relacionados com a Assistência Social.
Já no ano de 2015, ocorreu outra mudança importante, essa Medida Provisória nº 696 fez 
a fusão do MPS com o Ministério do Trabalho e Emprego e dessa fusão nasceu isso aqui: 
Ministério do Trabalho e Previdência Social, ou seja, mais uma vez, um só Ministério tanto para 
o trabalho quanto para a Previdência Social, mas não parou aí.
Em 2016 teve a mais recente mudança relacionada com o Ministério da Previdência Social: em 
2016 essa lei 13.341 fez o seguinte: o Ministério do Trabalho e Previdência Social que tinha 
sido criado pela Medida Provisória 696 foi transformado em Ministério do Trabalho, ou seja, a 
previdência saiu de dentro dele. O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome foi 
transformado em Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário. E a previdência, onde ficou? 
(...) A partir dessa lei 13.341 a previdência social ficou dividida entre dois Ministérios: a parte de 
concessão de benefício, a parte relacionada com o INSS, porque o INSS é um órgão concessor de 
benefício, a parte relacionada com o INSS está dentro desse Ministério aqui (Desenvolvimento 
Social e Agrário), já a parte previdenciária relacionada com arrecadação de contribuições, 
fiscalização de contribuições, cobrança de contribuições. Essa parte ficou junto do Ministério 
da Fazenda, então aqui o Conselho de Recursos do Seguro Social (CRSS) e o INSS, que são dois 
órgãos, INSS concede benefício e o CRSS é um órgão julgador de recursos interpostos pelos 
beneficiários no que diz respeito à concessão de benefício, então tanto o CRSS como também 
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o INSS foram transferidos do Ministério do Trabalho e Previdência Social para o Ministério do 
Desenvolvimento Social e Agrário, então o INSS ele é um órgão, uma Autarquia Federal vinculada 
ao Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário e aqui foram transferidos para o Ministério 
da Fazenda algumas entidades relacionadas com a Previdência Social, como por exemplo a 
PREVIC, PREVIC é uma autarquia federal que fiscaliza a previdência complementar aberta. O 
conselho Nacional de Previdência Complementar também um órgão relacionado à previdência 
complementar; a Câmara de Recursos da Previdência Complementar; o Conselho Nacional 
de Previdência e a DATAPREV, todos esses órgãos passaram a ser vinculados ao Ministério 
da Fazenda, então percebam que aqueles órgãos vinculados à Previdência Social hoje estão 
divididos, parte deles como o INSS e o CRSS estão lá no Ministério do Desenvolvimento Social 
e Agrário e outra parte, toda aquela relacionada à previdência complementar, a DATAPREV, 
a parte de arrecadação previdenciária que é feita pela Receita Federal está vinculada ao 
Ministério da Fazenda, então é assim que estão distribuídos os órgãos vinculados à previdência 
social, parte fica vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, como por 
exemplo, o próprio INSS, (...) e parte está vinculado ao Ministério da Fazenda.
Vamos falar aqui um pouco da evolução legislativa acerca da fiscalização das contribuições 
previdenciárias. Inicialmente, essa parte de fiscalização, arrecadação e cobrançasde 
contribuições previdenciárias era feita por essa autarquia federal chamada de IAPAS, mas 
como vimos anteriormente, houve uma fusão do IAPAS com o INPS, isso foi no ano de 1990 e 
o resultado dessa fusão foi a criação do INSS, então a partir de 1990, o IAPAS deixou de existir, 
mas inicialmente, quem fazia esse trabalho de arrecadação e de fiscalização das contribuições 
previdenciárias era o IAPAS, bem, e quando houve a fusão do IAPAS com o INPS para a criação 
do INSS, quem passou a ser responsável por essa parte de arrecadação e fiscalização de 
contribuições previdenciárias? O INSS, porque quando houve a fusão do IAPAS com o INPS, 
que deu origem ao INSS, o INSS assumiu tudo o que cabia a essas duas autarquias que foram 
fundidas, unificadas, para dar origem ao INSS. Bem, mas no ano de 2005 a lei 11.098 criou 
a Secretaria da Receita Previdenciária, um órgão vinculado ao INPS. Então, a partir do ano 
de 2005, a partir do advento dessa lei 11.098, a parte de arrecadação e fiscalização já sai de 
dentro do INSS, ainda continua no Ministério da Previdência Social, mas numa secretaria e não 
na autarquia federal, passa a ficar vinculado a essa Secretaria da Receita Previdenciária.
 
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E a última alteração nessa parte de arrecadação e fiscalização das contribuições 
previdenciárias ocorreu no ano de 2007 com o advento da lei 11.457 que transferiu para a 
Secretaria da Receita Federal do Brasil todo esse serviço de arrecadação e fiscalização das 
contribuições previdenciárias, então, atualmente, essa parte de arrecadação e de fiscalização 
das contribuições sociais previdenciárias, esse serviço é realizado pela Secretaria da Receita 
Federal do Brasil.
Continuando.
Agora nós encerramos essa parte que dizia respeito à evolução legislativa da Previdência Social 
no Brasil. A partir desse momento do nosso curso, nós não vamos mais nos preocupar com o 
passado, (...).
A partir de agora só queremos saber do presente, como é que a seguridade social se encontra, 
como ela funciona, como ela se organiza (...).
Inicialmente vamos estudar o conceito de seguridade social, mas vamos falar também como 
ela se organiza e quais são os princípios sobre os quais ela se baseia, ela se ampara, mas vamos 
começar por essa parte do conceito. Aí eu quero que você, além de entender, o conceito de 
seguridade social, eu quero que você memorize, que você decore porque eu vou abrir um 
parênteses agora aqui para lhe comunicar como é que essas coisas caem na prova. Algumas 
bancas examinadoras, algumas questões exigem que você entenda o que está estudando, 
mas tem outras questões que exigem apenas que você tenha memorizado, decorado aqueles 
textos da lei, aqueles conceitos. Então vamos fazer o seguinte: para que você tire a maior nota 
possível na prova, eu quero que você entenda o que estamos estudando aqui e eu também 
quero que você decore, que você memorize, então nós vamos memorizar primeiro aqui o 
conceito de seguridade social, ele está no artigo 194 da Constituição Federal. É com base nesse 
conceito que a gente vai trabalhar, porque eu mesmo, na condição de estudioso desse assunto, 
faz mais de 20 anos que essa aqui é minha cachaça, eu vivo estudando isso, eu poderia criar 
o meu próprio conceito de seguridade social e colocar aqui para vocês, mas eu não vou fazer 
isso porque a gente está estudando para a prova do concurso, então não é o conceito criado 
por Hugo Goes que vai cair na prova, lá eles vão pedir o conceito que está na Constituição lá 
no artigo 194, que diz assim: A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações 
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de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à 
saúde, à previdência e à assistência social.
(...)
Então preste atenção a essa parte que ficou salientada (de iniciativa dos Poderes Públicos e 
da sociedade) porque muitas vezes cai algumas questões na prova sobre isso, aí observem o 
seguinte: esse conjunto integrado de ações de que fala a Constituição, a iniciativa deles não é 
só do Poder Público, é do Poder Público e da sociedade, porque algumas questões da prova 
dizem assim: “a Seguridade Social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa 
exclusiva do Poder Público destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à 
assistência social” essa questão que acabei de formular estaria certa ou errada? Resposta: essa 
questão estaria errada porque essas iniciativas não devem ser somente dos poderes públicos, 
elas devem ser também da sociedade. A sociedade organizada também deve ter inciativas 
relacionadas com essas ações que visam a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência 
social e à assistência social. Então o primeiro ponto é esse que eu quero que você anote aí para 
não esquecer na hora da prova: se lá na prova disser que essa iniciativa dessas ações é somente 
do poder público, está errado, não é só do poder público, é do poder público e da sociedade. Aí 
vamos ver o que essas ações se destinam a assegurar, isso é importante, anote aí: essas ações 
se destinam a assegurar direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. Então 
percebam o seguinte: (...) que a seguridade social é dividida em 3 partes: saúde, previdência e 
assistência social. Então, com base nesse conceito que está aqui no artigo 194 da Constituição 
Federal, eu posso dizer que a seguridade social é o gênero e que a saúde, previdência e 
assistência social são as espécies que integram esse gênero denominado seguridade social. 
Então, com base nesse conceito aqui, nada fora do que a Constituição está dizendo, aqui é 
tudo a Constituição que diz, com base nesse conceito constitucional de seguridade social eu fiz 
esse organograma:
(...)
Então preste atenção no que eu vou dizer: é muito comum em prova de concurso aparecer 
questões assim: “marque a alternativa correta acerca do conceito de seguridade social” aí eles 
vão pegar esse conceito aqui, mas vão lhe dar cinco alternativas e é para marcar a correta, 
então só vai ter uma correta, as outras estarão erradas, aí numa das que estão erradas, 
 
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primeiro eles vão dizer que a iniciativa aqui é exclusiva dos poderes públicos, aí esse aqui 
foi o erro, você não marca essa, o resto permanece igual, ele bota que “a seguridade social 
compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa exclusiva dos poderes públicos, 
destinada a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social”, bem, 
essa primeira, essa letra a que eles apresentaram está errada porque as iniciativas não são 
só do poder público; bem, letra b diz que a iniciativa é do poder público e da sociedade, mas 
fala assim “destinadas a assegurar os direitos relativos à previdência, à saúde e à educação” 
está errado porque educação não tem nada a ver com seguridade social, anote aí: educação 
não rima com seguridade social (...) além de não rimar, não tem nada a ver uma coisa com 
a outra, a educação não faz parte da seguridade social, preste atenção, quem faz parte da 
seguridade social é só a saúde, a previdência e a assistência social, então a letra b está errada. 
Aí vai continuando, na letra c eles dizem: “os direitos relativos à previdência, à saúde e à 
habitação” essa também esta errada, habitação não faz parte da seguridade social. O que eu 
estou querendo demonstrar para vocês é que, se numa questão eles colocarem aqui dentro 
qualquer coisa que não seja saúde, previdência e assistência social, a questão vai estar errada, 
porque às vezes colocam educação, está errado, às vezes colocam habitação, está errado, às 
vezes colocam trabalho, está errado (...).
Vamos falar um pouco acerca de cada uma dessas partes que integram a seguridade social. 
Vamos começar com a previdência social. Para falar da previdência social eu apresento para 
vocês o artigo 201 da Constituição Federal: 
Art. 201. A previdênciasocial será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo 
e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e 
atenderá, nos termos da lei, a:
Vejamos, vamos falar primeiro desse caráter contributivo, observem o seguinte: desses 
três ramos que integram essa árvore chamada seguridade social, o único que tem caráter 
contributivo é a previdência social. Anote isso porque é importantíssimo, qualquer questão que 
diga que a saúde tem caráter contributivo, ou que a assistência social tem caráter contributivo, 
qualquer questão que diga isso ela está errada, só quem tem caráter contributivo é a 
previdência social. Professor, e se dissessem que a seguridade social tem caráter contributivo? 
Também está errado, porque vejam: a seguridade social tem três partes: saúde, assistência 
social e previdência social, apenas a previdência social é que tem caráter contributivo, só uma 
das partes, então se a questão generaliza e diz que a seguridade social tem caráter contributivo, 
a questão está errada. Então se disser que a saúde tem caráter contributivo está errado, se 
disser que a assistência social tem caráter contributivo está errado, se disser que a seguridade 
social, como um todo, tem caráter contributivo, está errado. Agora, se disser que a previdência 
social tem caráter contributivo, aí está certo.
(...)
Mas o que significa ter caráter contributivo? Significa que, para você ter direito a receber as 
prestações relacionadas à Previdência Social, você, ou a pessoa de quem você é dependente 
tem que ter contribuído para a previdência social, para você receber as prestações. O que 
são essas prestações que esses diversos ramos da seguridade social tem a oferecer? Há duas 
espécies de prestações: benefícios e serviços. Qual a diferença entre eles? A diferença é que 
benefício é um tipo de prestação concedido em forma de pecúnia, em forma de dinheiro, então 
conceder benefício é conceder dinheiro. (...) E os serviços não são prestações pecuniárias, 
nós poderíamos conceituar os serviços como sendo bens imateriais postos a disposição dos 
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beneficiários da seguridade social. Então a seguridade social, por meio de seus três ramos, vai 
oferecer à população essas duas espécies de prestações: benefícios e serviços. Então quando 
a Constituição Federal diz que a previdência social tem caráter contributivo, ela está querendo 
dizer o seguinte: para você ter direito a essas prestações da previdência social, primeiro 
você tem que contribuir, ou você ou alguém de quem você é dependente tem que primeiro 
contribuir, aí depois é que você vai ter direito a essas prestações. Mas quem é esse alguém de 
quem eu sou dependente? Na próxima aula eu explico, até a próxima, tchau.
 
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AULA 01 – PARTE 05
Olá meus queridos, daremos sequência ao nosso curso de direito previdenciário para o concurso 
do INSS. No final da aula passada falávamos acerca da organização da seguridade social. 
Vimos que a seguridade social é dividida em 3 partes: saúde, previdência social e assistência 
social e falávamos aqui acerca de cada uma dessas partes e falávamos acerca de algumas 
características importantes da previdência social e vimos que uma característica importante 
dela é o caráter contributivo e vimos isso com base na nossa Constituição Federal, no artigo 
201. E explicávamos o que significa esse caráter contributivo, e dissemos o seguinte: ter caráter 
contributivo significa que, para um beneficiário da previdência ter direito a receber uma 
prestação da previdência, é necessário que ele ou alguém de quem ele seja dependente tenha 
previamente contribuído com a Previdência Social, então ter caráter contributivo é a mesma 
coisa que exigir contribuição prévia, então podemos dizer que a Previdência Social tem caráter 
contributivo, a previdência social exige contribuição prévia, mas é só a previdência que tem 
essa característica, a assistência social e a saúde não têm caráter contributivo, só a previdência. 
Aí dissemos: ter caráter contributivo significa: para você ter direito, é necessário que você 
tenha contribuído ou alguém de quem você seja dependente tenha contribuído, aí ficou uma 
pergunta no ar: e quem é esse alguém de quem eu sou dependente? Bem, para explicar isso 
vamos falar aqui dos beneficiários da previdência social, eles se dividem em dois grupos: temos 
o grupo dos segurados. O segurado é aquela pessoa que contribui para a previdência social, 
existe o segurado obrigatório que contribui compulsoriamente, obrigatoriamente; existe 
também o segurado facultativo, que contribui voluntariamente, não é obrigado a contribuir, 
ele contribui porque vê vantagem em ser segurado da previdência, mas segurado é aquela 
pessoa que está contribuindo para a previdência. E tem o outro grupo de beneficiários que 
são os dependentes, dependente é uma pessoa que tem um vínculo de natureza familiar 
com o segurado, é um parente do segurado, pode ser a esposa, o esposo, o companheiro, 
a companheira, o filho, a filha, o pai, a mãe, o irmão, bem, teremos aulas que veremos, de 
forma pormenorizada quem são esses dependentes e quais os requisitos para um irmão, por 
exemplo, para um pai, uma mãe ter a qualidade de dependente, não vamos adiantar o assunto, 
mas, por enquanto fica aí, os beneficiários da previdência são os segurados e os dependentes, 
então, no caso da previdência social, ela tem caráter contributivo, ela exige contribuição 
prévia, então para um segurado ter direito a receber essas prestações, é necessários que ele, 
previamente, tenha contribuído, e para um dependente ter direito a receber prestações, é 
necessário que o segurado de quem ele é dependente tenha contribuído para a previdência. 
Em poucas palavras, ter caráter contributivo significa isso: exigir contribuição prévia. É só a 
previdência que tem caráter contributivo. No caso da assistência social, nós podemos ver aqui 
na Constituição o artigo 203:
Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de 
contribuição à seguridade social, e tem por objetivos:
Então vejam: no caso da assistência social, conforme o artigo 203 da Constituição, está 
bem claro que ela não tem caráter contributivo, porque a Constituição está dizendo que ela 
será prestada independentemente de contribuição. Então vejam, para um beneficiário da 
assistência social ter direito a receber essas prestações aqui não é necessário que ele tenha 
contribuído, seja essa prestação um benefício, seja um serviço, se é benefício ou serviço da 
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assistência social, não é necessária contribuição prévia. A mesma coisa acontece com a saúde, 
sobre a saúde , aqui na Constituição Federal nós podemos dar uma olhada no artigo 196: 
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e 
econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e 
igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
Então no caso da saúde, o Estado brasileiro é obrigado a prestar todos os serviços de saúde a 
toda população residente no Brasil, de forma gratuita, independentemente de que essa pessoa 
tenha ou não tenha contribuído para o regime de seguridade social. Então caráter contributivo 
é só a previdência social que tem, a saúde não tem caráter contributivo porque a saúde é 
um direito de todos e dever do estado. Aí essa palavra “todos” é todos mesmo, tanto os que 
contribuem quanto os que não contribuem têm o direito de receber gratuitamente do Estado 
brasileiro, todos os serviços de saúde. 
E a assistência social ficou bem claro que ela será prestada independentemente de contribuição. 
Sobre essa questão da previdência social ter caráter contributivo, é importante nós darmos 
uma olhadinhaaqui nesse § 5º do artigo 195 da CF porque aqui tem um dispositivo que pode 
gerar alguma confusão com o que nós acabamos de aprender sobre caráter contributivo, 
vejamos:
§ 5º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou 
estendido sem a correspondente fonte de custeio total.
Aqui quando fala “Nenhum benefício ou serviço da seguridade social” esse termo seguridade 
abrange tanto a previdência, como assistência social, como saúde, então aqui está dizendo que 
nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido 
sem a correspondente fonte de custeio total. Então pode gerar alguma confusão com o que 
acabamos de aprender, caráter contributivo, fonte de custeio total. Ter caráter contributivo é 
uma coisa, exigir fonte de custeio total é outra coisa, olha, vamos aprender a diferença.
Caráter contributivo, como foi explicado anteriormente, eu só vou ter direito se eu tiver 
contribuído. Se, por acaso, eu sou um dependente, eu só terei direito se aquela pessoa da 
qual eu sou dependente tiver contribuído, então ter caráter contributivo é isso. Exigir fonte de 
custeio total é outra coisa, vamos, por exemplo, pegar um benefício assistencial. Existem vários 
benefícios assistenciais, o mais conhecido talvez seja o Bolsa Família, porque é o que mais a 
mídia fala, as pessoas falam, a política fala do Bolsa Família e tal, bem, mas tem outro benefício 
muito importante que é o Benefício de Prestação Continuada lá da LOAS – Lei Orgânica da 
Assistência Social, que também é um benefício assistencial, vamos parar nesses dois, só a título 
de exemplo, mas imaginem que uma lei tenha criado mais um benefício assistencial, tipo auxílio 
aos dependentes químicos, imagine, uma auxílio de um salário mínimo para quem queima um 
baseado, alguma coisa desse tipo, a lei criou, essa lei que criou é obrigada a dizer de onde é que 
vai sair o dinheiro para pagar esse benefício para o pessoal que está queimando um baseado. 
Eu não estou dizendo que existe esse benefício, eu estou dando um exemplo que uma lei tenha 
criado esse benefício assistencial, o auxílio aos fumadores de maconha, pronto, benefício 
assistencial, a lei tem que dizer de onde vai sair o dinheiro, ou seja, foi criado um benefício 
da seguridade social, então essa mesma lei tem que dizer de onde vem o dinheiro, então tem 
que criar também uma fonte de custeio. Como é que cria uma fonte de custeio? É criando 
uma contribuição social destinada ao financiamento da seguridade social ou aumentando a 
alíquota de alguma que já exista, aumentando, ampliando o valor da base de cálculo de alguma 
contribuição eu já exista, ou seja, vai aumentar a despesa da seguridade social? Sim, vai, 
 
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porque criaram um novo benefício e vai ter que ter dinheiro para pagar esse benefício. Bem, se 
aumentou a despesa, também tem que, de alguma forma, aumentar a receita da seguridade 
social, é necessário isso, esse § 5º é muito importante porque ele tem o objetivo de manter 
o equilíbrio financeiro e atuarial das contas da seguridade social, ou seja, essa § 5º do artigo 
195 da CF parte do pressuposto de que dinheiro não nasce em pé de árvore (...) se vau criar 
uma nova despesa, tem que também criar uma nova receita para que o sistema não entre em 
falência. Então é importantíssimo esse § 5º do artigo 195 da CF, embora, muitas vezes ele não 
seja respeitado, muitas vezes criam-se benefícios no âmbito da seguridade social sem criar 
também a fonte de custeio, e ninguém abre a oca para considerar esse lei inconstitucional, 
porque a lei que criar um benefício no âmbito da seguridade social e não criar a fonte de custeio 
para pagar esse benefício, essa lei está cometendo uma afronta a esse § 5º do artigo 195 da 
CF, então é uma lei descaradamente inconstitucional a lei que faz isso. Agora, quem pode dizer 
que a lei é inconstitucional é o poder judiciário e tem um princípio que rege o poder judiciário 
que o princípio da inércia. O que significa o princípio da inércia? O poder judiciário só age se ele 
for provocado, então alguém tem que provocar o poder judiciário para ele agir, para ele dizer, 
por exemplo, que uma lei é inconstitucional. (...) Como é que se provoca o judiciário? Ajuizando 
uma ação judicial, você vai ao poder judiciário, ajuíza uma ação judicial e, dessa forma você 
está provocando o poder judiciário a se pronunciar. No caso aqui que nós estamos alando, a 
dizer que determinada lei é inconstitucional. Mas esse § 5º é importantíssimo. Agora, digamos, 
temos um exemplo: criou-se uma lei para o pessoal que é dependente químico ter direito a 
receber um benefício assistencial, alguém vai ter que pagar essa conta, mas eu pergunto: vai 
ter que ser o próprio beneficiário? Não, porque aqui é um benefício assistencial e, no caso dos 
benefícios assistenciais, vimos lá no artigo 203 que eles são concedidos independentemente 
de contribuição, então aquela pessoa que vai se beneficiar não é necessário que ela já tenha 
contribuído para a seguridade social. Agora, como a criação do benefício exige fonte de custeio 
prévia e total, alguém vai ter que pagar essa conta. Quem é esse alguém? A sociedade como 
um todo, então depende de quem a lei determinar que vai pagar aquela contribuição que foi 
criada para financiar esse benefício. Pode ser as empresas, pode ser as pessoas físicas, alguém, 
integrante da nossa sociedade vai ter que tirar dinheiro do bolso para custear o pagamento 
daquele benefício assistencial que foi criado, mas como o exemplo que eu dei foi de benefício 
assistencial, não necessariamente vai ser o próprio beneficiário, porque quando se trata de 
benefícios assistenciais, parte-se do pressuposto que aquele beneficiário não tem recursos 
financeiros para manter a sua subsistência, então por isso ele necessita receber benefícios 
assistenciais, então obviamente, se criou-se um benefício, cujo beneficiário vai ser essa pessoa 
X, obviamente essa fonte de custeio total do qual o § 5º do artigo 195 da CF está se referindo, 
essa fonte de custeio não virá do próprio beneficiário, já que o próprio beneficiário não tem 
recursos para arcar com aquela fonte de custeio, então essa fonte de custeio virá da sociedade. 
Então vejam, não confundam a questão do caráter contributivo, que só quem tem é a 
previdência social, com a questão de exigir fonte de custeio para criar, majorar ou estender 
benefícios. Eu dei o exemplo de criar benefício, mas o que seria majorar? Aumentar o valor do 
benefício ou do serviço, por exemplo: pegar o benefício do auxílio-acidente, o auxílio-acidente 
atualmente corresponde a 50% do salário e benefício, vamos majorar, aí o Congresso Nacional 
aprova uma lei aumentando o auxílio-acidente para 80% do salário benefício, aumentou de 50 
para 80, opa, e a fonte de custeio total? Tem que criar, porque se for assim o sistema vai entrar 
em falência e não queremos que a seguridade social entre em falência, por isso, quando você 
aumenta despesa tem que aumentar a receita também, esse é o espírito do § 5º do artigo 195 
da CF, o espírito é: manter o equilíbrio financeiro e atuarial das contas da seguridade social. 
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E estender, o que é isso? É um benefício que já existe, algumas pessoas têm direito e outras 
não, então vamos estender para esses outros que não têm direito, por exemplo, vamos pegar 
outro benefício, por exemplo, salário família. Os segurados contribuintes individuais não têm 
direito a receber salário família. Aí o Congresso aprova uma lei estendendo o salário família 
para os segurados contribuintes individuais, opa, aumentaram a despesa, tem que aumentar a 
receita, tem que criar uma contribuição para custear isso, não pode ficar criando benefício sem 
criar a fonte de custeio, se fizer isso é inconstitucional, a lei que cria benefício sem criar fonte 
de custeio é uma lei descaradamente inconstitucional, está ferindo de morte o §5º do artigo 
195 da CF uma lei que faz isso.
Agora vamos voltar para ao artigo 201 da CF e vamos ver outras características importantes da 
previdência social. Vimos aqui uma característica muito importante que é o caráter contributivo, 
agora vamos ver esse aqui: a filiação obrigatória. Importantíssimo, é uma característica 
importante da previdência social, característica essa que só a previdência social tem também, 
a questão da filiação obrigatória é uma característica exclusiva da previdência social, quando 
se trata de seguridade social, apenas a previdência social tem essa característica, filiação 
compulsória, o que significa isso? É que para você se filiar à previdência, em via de regra, não 
é um ato de sua vontade, você se filia pela vontade da lei, não pela sua própria vontade. Como 
assim, não é a pessoa que decide se vai se filiar ou não à previdência? Não, não é a pessoa que 
decide, olha, aqui funciona assim, se você exerce alguma atividade trabalhista remunerada, 
que seja abrangida por um regime de previdência social, seja o regime geral, seja o regime 
próprio (já veremos a diferença), mas se você exerce alguma atividade remunerada abrangida 
por um desses dois regime de previdência, geral ou próprio, você está automaticamente e 
compulsoriamente filiado ao regime, não é você que decide se quer se filiar, você se filiou 
porque a lei lhe obrigou a se filiar. E a filiação é automática, a filiação do segurado obrigatório 
decorre automaticamente do exercício da atividade remunerada abrangida pelo regime, por 
exemplo, você começou a exercer uma atividade remunerada, e essa atividade é abrangida, por 
exemplo, pelo regime geral de previdência social, você está automaticamente filiado ao regime 
geral de previdência social, por exemplo, você terminou o curso de ciências contábeis, aí abriu 
um escritório de contabilidade na condição de autônomo e começou a exercer a profissão de 
contador de forma remunerada, você está filiado. Independentemente de que você tenha ido 
lá na previdência fazer sua inscrição ou não, mas se você começou a exercer aquela atividade 
de forma remunerada, você está automaticamente filiado, aí você diz: “ah professor, eu 
conheço uma pessoa que está exercendo uma atividade dessa, na condição de autônomo, mas 
não se filiou”. Você é que pensa que ele não se filiou, ele se filiou, ele não sentiu, mas se filiou, 
ele não ficou sabendo, mas se filiou porque a filiação decorre, automaticamente do exercício 
da atividade remunerada. Como que o cara se filia e nem percebe que se filiou? Para explicar 
isso eu vou mostrar a diferença entre duas coisas: filiação e inscrição. 
Esse teu amigo, que você disse que ele está exercendo atividade remunerada como autônomo, 
assim como o motorista de táxi, ele é motorista de táxi. Aí você diz que ele não se filiou, mas ele 
se filiou, mesmo sem perceber. Então vamos lá: qual é a diferença entre filiação e inscrição? A 
filiação é meramente o vínculo jurídico que se estabelece entre o trabalhador e a previdência. 
Aí esse vínculo jurídico decorre automaticamente do exercício da atividade remunerada. 
Começou a exercer uma atividade remunerada, e aquela atividade remunerada é abrangida 
pelo regime geral de previdência social, ele está automaticamente filiado, ou seja, nasceu um 
vínculo jurídico entre esse cidadão e a previdência social, vínculo jurídico esse que gera direitos 
e obrigações entre as partes, como por exemplo esse cidadão que começou a exercer atividade 
de motorista de taxi, aí eu disse: está filiado. Aí apareceu um vínculo jurídico entre ele e a 
 
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previdência que obriga esse cidadão a pagar contribuição para a previdência, se ele não está 
pagando, ele é um devedor da previdência, está na lista negra dos devedores da previdência 
social porque está exercendo uma atividade remunerada abrangida pelo regime geral, está 
automaticamente filiado, tem a obrigação de pagar a contribuição para a previdência e não 
está pagando. Se você tem a obrigação de pagar e não está pagando então você está devendo, 
se você está devendo você é um devedor, pronto.
Agora, inscrição é outra coisa, inscrição é o cadastramento do trabalhador, o cadastramento da 
pessoa junto à previdência social. Nós podemos dizer também que a inscrição é a materialização 
da filiação, a filiação é apenas o vínculo jurídico que se estabelece, agora esse vínculo jurídico 
tem que ser materializado, essa materialização se dá por meio da inscrição. A inscrição é o 
cadastramento, a pessoa vai se cadastrar na previdência, aí tem que apresentar documento de 
identidade, CPF, comprovante de residência, aquela burocracia toda, essa é a inscrição. Vai lá 
no posto da previdência, pode até fazer pela internet hoje, mas é esse cadastramento. Inscrição 
é sinônimo de cadastramento; filiação é sinônimo de vínculo jurídico que se estabelece entre a 
pessoa e a previdência social. Então a filiação é compulsória, se você está exercendo atividade 
abrangida pela previdência, você está automaticamente filiado, então é isso que significa o 
termo “filiação compulsória” embora no Regime Geral de Previdência Social exista a figura 
do segurado facultativo, que posteriormente nós vamos estudar, mas já posso adiantar que 
o segurado facultativo é uma pessoa que não exerce atividade remunerada abrangida pelo 
sistema, aí como ele não exerce atividade remunerada, só por isso a filiação é facultativa, ele 
se filia se quiser, mas, dentre aquelas pessoas que exercem atividades remuneradas e suas 
atividades remuneradas lícitas são abrangidas pela previdência social, todas essas pessoas 
são obrigadas a se filiar e essa filiação decorre automaticamente do exercício da atividade 
remunerada, então vejamos que nós estamos adiantando o nosso entendimento acerca da 
seguridade social. 
Vimos características muito importantes relacionadas com a previdência social, no início da 
próxima aula veremos características também importantes relacionadas à assistência social e 
à saúde.
Até a próxima.
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AULA 01 – PARTE 06
Olá queridos e queridas, vamos voltar para o curso de direito previdenciário par ao concurso 
do INSS.
Na aula passada falávamos a respeito de algumas características importantes sobre a 
previdência social, agora vamos falar características importantes acerca da assistência social 
e também acerca da saúde. Com relação á saúde vimos que o artigo 196 da CF diz que a saúde 
é um direito de todos e um dever do Estado. Vimos que para você participar dos serviços de 
saúde você não precisa contribuir, você tem direito de ser atendido pelos serviços de saúde 
mesmo sem contribuir, então saúde independe de contribuição. Vimos lá de acordo com o 
artigo 203 da CF que a assistência social será prestada a quem dela necessitar, então, com 
relação à assistência social, nós não podemos dizer que é um direito de todos, é um direito 
apenas daqueles que necessitarem. Esse necessitar é necessidade econômica, ou seja, 
assistência social é para os hipossuficientes é para aquelas pessoas que não têm as condições 
financeiras mínimas para prover o seu sustento, então, para essas pessoas, a assistência 
social destinará pequenos benefícios para ajudar na subsistência desse grupo social. Então, a 
assistência social, como vimos lá no artigo 203 da CF, ela será prestada a quem dela necessitar, 
independentemente de contribuição, então a assistência social, para você ter direito a receber 
benefícios e serviços assistenciais, não é necessário ter contribuído, assistência social não tem 
caráter contributivo, só quem tem caráter contributivo é a previdência social.
Com base nesses rápidos comentários que fizemos, vamos resolver 2 questões fáceis.
(...)
O item I está certo conforme artigo 194 da Constituição Federal.
Item II errado porque nós vimos que dentre os 3 ramos que integram a seguridade social, 
somente a previdência social é que tem caráter contributivo,

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