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Tutoria SP1 - UCT XII

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OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
a) Veneno. https://ciatox.es.gov.br/conceitos-toxicologicos MORFO
Pode ser utilizado como sinônimo de agente tóxico, é reservado especificamente para designar substâncias de origem animal ou vegetal, utilizadas para autodefesa ou predação, como o caso dos venenos ofídicos, de abelhas, entre outros. 
· Conceito quantitativo estritamente dependente da dosagem
b) 
c) Antídoto https://ciatox.es.gov.br/conceitos-toxicologicos http://www.medicina.ufba.br/imuno/roteiros_imuno/Roteiro%20de%20ant%C3%ADgenos%2002-1.pdf
Os antígenos são substâncias que podem ser reconhecidas pelas células imunológicas T, células B ou ambas através de receptores representados por anticorpo ou TCR (receptor de célula T) particular. 
• Antígeno completo ou imunógeno: é capaz de ativar uma resposta imune. 
• Antígeno incompleto: não é capaz de ativar uma resposta imune. 
ANTÍDOTOS E ANTAGONISTAS
São substâncias capazes de neutralizar ou reduzir os efeitos de uma substância potencialmente tóxica. 
O antídoto é a substância que se opõe ao efeito tóxico atuando sobre o toxicante, enquanto o antagonista impede o toxicante de se ligar a seu alvo ou exerce ação oposta à do agente tóxico (agonista)
d) Toxicidade http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/virtual%20tour/hipertextos/up1/toxidade.html
A toxicidade de uma substância química refere-se à sua capacidade de causar dano em um órgão determinado, alterar os processos bioquímicos ou alterar um sistema enzimático.
 Pode ser → aguda ou crônica
 Leve → é aquela em que os distúrbios produzidos no corpo humano são rapidamente reversíveis e desaparecem com o término da exposição ou sem intervenção médica.
Moderada → é aquela em que os distúrbios produzidos no organismo são reversíveis e não são suficientes para provocar danos físicos sérios ou prejuízos à saúde.
Severa → é aquela em que ocorrem mudanças irreversíveis no organismo humano, suficientemente severo para produzirem lesões graves ou a morte.
e) Intoxicação aguda http://www.sbrafh.org.br/v1/public/artigos/2017080205001168BR.pdf
Intoxicação aguda é a manifestação clínica, por meio de sinais e sintomas, decorrente de uma única exposição ou múltiplas exposições ao toxicante em um período de até 24 horas. 
f) 
g) Intoxicação crônica http://www.sbrafh.org.br/v1/public/artigos/2017080205001168BR.pdf
Intoxicação crônica é a manifestação clínica, por meio de sinais e sintomas, decorrente de múltiplas exposições ao toxicante por um tempo prolongado
h) 
i) Xenobióticos Robbins 
Xenobióticos são substâncias químicas exógenas no ambiente no ar, água, alimento e solo que podem ser absorvidos pelo corpo através da inalação, ingestão e contato com a pele.
↳ Podem ser os pesticidas agrícolas, inseticidas, plásticos, produtos de limpeza, fármacos.
- Podem agir no local de entrada e/ou circular pela corrente sanguínea (lipofílicos).
- Vias de excreção: urina, fezes ou ar expirado 
- Depósito: ossos, gordura, cérebro ou outros tecidos.
- Após a entrada no corpo a maioria dos xenobióticos são metabolizado e após isso, podem ser hidrossolúveis inativos (destoxificação) ou produtos ativos (metabólitos tóxicos)
Fase 1: hidrólise, oxidação ou redução.
↳ Sistema enzimático citocromo P-450 (responsável pela metabolização dos agentes químicos) → localizado no retículo endoplasmático do fígado. 
↳ Participa na destoxificação na mucosa, pulmões e pele.
↳ Compostos ativos causam lesão celular (aumento das espécies reativas de oxigênio e radicais livres)→ lesão nas enzimas, receptores, membrana e dna.
Fase 2: glicuronidação, sulfatização, metilação e conjugação com glutationa formação de substâncias hidrossolúveis
j) Poluição ambiental (descarte de resíduos e tratamento dos resíduos). Conceitos e definições | Emergências Químicas Análise ambiental
A lei define impacto ambiental como “qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam: a saúde, a segurança e o bem-estar da população; as atividades sociais e econômicas; a biota; as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; e a qualidade dos recursos ambientais”.
Poluição crônica
Introdução freqüente de substâncias nocivas e tóxicas ao ambiente, mesmo em pequenas quantidades. Estas perturbações persistentes e continuadas tendem a provocar efeitos pronunciados e prolongados nas comunidades biológicas, principalmente em se tratando de substâncias químicas (ODUM, 1983).
Poluição aguda
É o lançamento isolado e pontual de um poluente no ambiente, normalmente de grande porte e em local não contaminado. Um episódio de poluição aguda pode ocorrer também em locais contaminados cronicamente, como já ocorreu na Baia de Guanabara (RJ) 
Politica nacional de resíduos sólidos
A lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos possui vários objetivos, dentre os quais destacamos:
»	proteção da saúde pública e da qualidade ambiental;
»	não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, bem como disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos;
»	estímulo à adoção de padrões sustentáveis de produção e consumo de bens e serviços; 
»	adoção, desenvolvimento e aprimoramento de tecnologias limpas como forma de minimizar impactos ambientais; »	redução do volume e da periculosidade dos resíduos perigosos; 
»	legitimação das políticas estaduais e municipais de resíduos sólidos;
»	acordo setorial entre o poder público e fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes, com a delegação de responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto;
»	proibição definitiva de aterros a céu aberto (lixões); 
»	implantação de sistema de coleta seletiva pública; 
»	definição dos princípios do poluidor-pagador e o protetor-recebedor; 
»	incentivos econômicos prioritários para iniciativas com responsabilidade ambiental; 
»	o inventário e o sistema declaratório anual de resíduos sólidos; 
»	inclusão social e econômica dos catadores de lixo por meio de cooperativas; 
»	adoção e estruturação do sistema de logística reversa
A destinação final ambientalmente adequada inclui a reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e o aproveitamento energético ou outras destinações admitidas pelos órgãos competentes, entre elas a disposição final, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos
.
2) Apresentar os critérios diagnósticos (clínicos) e a fisiopatologia das síndromes por intoxicação. Emergências clínicas 
Simpatomimética
Esta toxíndrome é definida por um estado de excesso simpatomimético, tipicamente causando os efeitos esperados da reação de “luta ou fuga”.
Os pacientes estão frequentemente alterados e podem estar delirantes, especialmente com a ingestão de derivados das anfetaminas, como a N-metil-3,4-metilenodioxianfetamina (MDMA). Os sinais vitais estão tipicamente elevados e apresentam hipertensão, taquicardia e taquipneia. Eles também podem estar hipertérmicos, como consequência da elevação da taxa metabólica, midriáticos e diaforéticos.
Anticolinérgica
Muitos fármacos possuem propriedades antimuscarínicas e, portanto, esta toxíndrome é comumente encontrada. Ao bloquear o tônus colinérgico normal, ocorre uma alteração no equilíbrio homeostático normal entre os braços simpáticos e parassimpáticos do sistema nervoso autônomo. Isso permite que o componente simpático funcione sem oposição, gerando um estado simpatomimético relativo. Portanto, muitos dos sintomas atribuíveis à toxíndrome anticolinérgica, incluindo delírio, hipertermia, midríase e rubor cutâneo, compartilham semelhanças. Em contraste, como as glândulas secretoras da pele e das membranas mucosas são colinergicamente inervadas, esses sistemas estão tipicamente secos e não diaforéticos, como se encontram na toxíndrome simpatomimética.Os sinais e sintomas típicos podem ser lembrados pelo mnemônico “louco como um chapeleiro, quente como uma lebre, cego como um morcego, vermelho como uma beterraba e seco como um osso”.
Colinérgica
A toxíndrome colinérgica resulta da superestimulação da porção parassimpática do sistema nervoso autônomo, que realiza as funções de “descanso e digestão”. Esses pacientes tipicamente têm “fluidos provenientes de todos os orifícios”, como consequência do aumento da secreção glandular, e se apresentam com diaforese, perda de urina, miose, broncorreia, êmese, lacrimejamento, letargia e salivação. Os agentes causadores são principalmente anti-colinesterásicos, como inseticidas organofosforados e carbamatos. Estas substâncias são facilmente disponíveis como pesticidas, mas também foram projetadas como armas de destruição em massa.
	
Fisiopatologia das intoxicações por carbamatos e organofosforados 
Esses compostos são facilmente absorvidos pela pele, pelos pulmões e trato gastrointestinal. Ligam-se, então, à enzima acetilcolinesterase - os OF levam a uma alteração conformacional da enzima, provocando uma perda de função irreversível, enquanto os CB inibem temporariamente sua atividade, normalmente por 24-48 horas. A acetilcolinesterase é responsável pela hidrólise da acetilcolina em colina e ácido acético, sendo que sua inibição leva a um acúmulo de acetilcolina nas sinapses nervosas e na junção neuromuscular, o que leva ao estímulo dos receptores colinérgicos e, portanto, sintomas colinérgicos.
É importante reconhecer rapidamente esta toxíndrome porque os pacientes morrem frequentemente de broncorreia excessiva, efetivamente se afogando nas próprias secreções, a não ser que possa ser administrado o tratamento com antídoto e regeneradores da colinesterase.
Antídoto dos carbamatos e organofosforados → Atropina → principal
Pralidoxima – Reversor da Acetilcolinesterase
Síndrome de abstinência 
- difícil diferenciar se é excesso da droga ou se é abstinência da droga.
- agitação, sudorese, tremor, taquicardia, taquipneia, midríase, ansiedade, confusão.
- casos mais graves: alucinações, convulsões, arritmias
Tóxicos mais prováveis → Álcool etílico, antidepressivos, cocaína, fenobarbital, hipnótico-sedativos e opioides
Opioide
Semelhante aos sedativos/hipnóticos, a toxíndrome opioide também envolve miose, sedação e drive respiratório diminuído. O diagnóstico é confirmado observando uma resposta à naloxona, um antagonista direto dos receptores opioides. No entanto, como certos opioides possuem potências mais altas, a falta de resposta não exclui a intoxicação por opioides. Além disso, este é um diagnóstico clínico porque nem todos os opioides serão detectáveis pela triagem toxicológica padrão.
Síndrome serotoninérgica 
Um estado de excesso serotonérgico define esta toxíndrome, e muitas vezes é precipitado pela adição de um novo agente serotoninérgico ou uma substância que interfere com o metabolismo de um agente previamente tolerado. Tipicamente descrita com os inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS) e inibidores da monoamina oxidase (IMAOs), ela vem sendo relatada com antidepressivos tricíclicos e antipsicóticos atípicos. Consequentemente, a síndrome serotoninérgica geralmente ocorre dentro de horas a dias da introdução de uma nova medicação, embora venha sendo descrita como forma tardia devido às meias-vidas prolongadas de alguns antidepressivos. As manifestações da síndrome serotoninérgica incluem rebaixamento do nível de consciência, hipertermia e agitação, bem como hiperreflexia, clônus e diaforese.
Intoxicação com hiperatividade adrenérgica 
- ansiedade, sudorese, taquicardia, hipertensão, pupilas midriáticas.
- dor precordial, infarto do miocárdio, emergência hipertensiva, acidente vascular cerebral, arritmias.
- casos mais graves: hipertermia, rabdomiólise, convulsões. 
- procurar sítios de punção (drogas).
Tóxicos mais prováveis → anfetaminas, cocaína, derivados de ergotamina, hormônio tireoidiano e inibidores da Mao.
Síndrome dissociativa (alucinógeno)
- pouco frequente, pode se confundir com outros estimulantes do snc: taquicardia, hipertensão, tremor, midríase, hipertermia.
- pistas: desorientação, alucinações auditivas e visuais, sinestesias, labilidade do humor.
Tóxicos mais prováveis → fenciclidina e lsd (ácido lisérgico).
Síndrome com hipoatividade 
- Bradipneia, hipoatividade, rebaixamento do nível de consciência, coma, insuficiência respiratória, hipercapnia, aspiração, coma e morte.
Tóxicos mais prováveis → pupila muito miótica: opioides (reverte com naloxona).
 ↳ pupila não miótica: álcool e derivados, anticonvulsivantes e benzodiazepínicos
Intoxicação com acidose metabólica grave e persistente
- taquipneia intensa, dispneia, bradicardia, hipotensão
 - pista: gasometria.
- exames que poderão ser úteis: lactato arterial, ânion gap, gap osmolar, urina tipo I, dosagem sérica dos tóxicos.
Tóxicos prováveis → acetona, ácido valproico, cianeto, etanol, formaldeído, etilenoglicol, metformina, monóxido de carbono e salicilatos
Síndrome asfixiante 
- dispneia, taquipneia, cefaleia, confusão, labilidade emocional, náusea, vômitos. 
- casos mais graves: edema cerebral, coma, depressão respiratória, hipotensão, arritmias, edema pulmonar. 
- papiledema e ingurgitamento venoso ao fundo de olho.
Tóxicos mais prováveis → cianeto, inalantes, gases, vapores e monóxido de carbono.
Síndrome convulsiva → convulsão. 
Tóxicos mais prováveis → antidepressivos tricíclicos, beta-bloqueadores, bloqueadores dos canais de cálcio, cocaína, fenotiazinas, inseticidas organofosforados, isoniazida, lítio, monóxido de carbono, salicilatos, teofilina.
Síndrome bradicárdica → bradicardia, hipotensão e vômito 
Principais agentes tóxicos → amiodarona, beta-bloqueadores, bloqueadores dos canais de cálcio, carbamatos, digitálicos e organofosforados.
Intoxicação com sangramento 
- pode causar alteração da coagulação (tp/ Inr) 24 a 72 horas após a ingestão.
- pode levar a sangramento em pele, mucosas, trato gastrointestinal, snc, cavidades, articulações
Principais agentes tóxicos → antagonistas da vitamina K (alguns venenos para ratos) e warfarina sódica
Intoxicação sem efeito inicial no sistema nervoso central 
Principasis agentes tóxicos → digitálicos, imunossupressores, inibidores da Mao, salicilatos, warfarina sódica, substâncias de liberação lenta (teofilina, carbamazepina, lítio) e substâncias de início retardado
Síndrome “simpaticolítica” 
- taquicardia, hipotensão, pele quente (vasodilatadores). Bradicardias com inotrópicos/cronotrópicos negativos. 
- pode causar rebaixamento do nível de consciência. 
- pistas: pouca alteração do snc + profunda alteração cardiovascular
Principais agentes tóxicos → Bloqueadores alfa e , beta-bloqueadores dos canais de cálcio, clonidina.
3) Qual o tratamento para a intoxicação por monóxido de carbono? Emergências clinicas 
O monóxido de carbono (CO) é produzido durante a combustão e rapidamente é absorvido pelo pulmão. No sangue, liga-se à hemoglobina com uma afinidade 210 vezes maior que o oxigênio, desloca o oxigênio, causa hipóxia tecidual, o que explica a maioria dos seus efeitos tóxicos. 
O monóxido de carbono também se liga à mioglobina (redução da sua capacidade de carrear oxigênio) e inibe o complexo mitocondrial responsável pela cadeia respiratória (citocromos). 
As consequências são: hipóxia tecidual, metabolismo anaeróbio, acidose lática, peroxidação lipídica e formação de radicais livres. 
A metabolização do CO, através dos pulmões, depende da fração inspirada de oxigênio:
■ Quatro a seis horas: pressão atmosférica. 
■ Quarenta a oitenta minutos: oxigênio a 100%. 
■ Quinze a trinta minutos: oxigênio hiperbárico
Quadro clínico e exames complementares 
Os principais achados são: dispneia, taquipneia, cefaleia, labilidade emocional, náusea, vômi­tos e diarreia. Progressivamente, podem surgir agitação, confusão, cegueira, distúrbios do campo visual e evoluir para rebaixamento do nível de consciência e coma.O fundo de olho pode mostrar ingurgitamento venoso, papiledema e atrofia do nervo óptico. No sistema cardiovascular, podem surgir arritmias, dor torácica isquêmica, insuficiência cardíaca, hipotensão e síncope. Os exames complementares podem mostrar aumento de desidrogenase lática, mioglobina, creatinafosfoquinase, rabdomiólise e insuficiência renal. 
As principais pistas para o diagnóstico são:
■ Coloração cor de framboesa da pele e das mucosas. 
■ Intensa dispneia com oximetria de pulso e PaO2 normais. 
■ Acidose metabólica grave com aumento intenso do lactato. 
■ Dosagem de carboxiemoglobina.
Pacientes que já chegam inconscientes têm grande chance de sequelas permanentes, desde alterações da personalidade, prejuízo intelectual, até mesmo cegueira, surdez, incoordenação e parkinsonismo.
Tratamento 
Além de suporte respiratório e hemodinâmico, pacientes conscientes podem ser tratados com máscara de oxigênio (non­rebreather) até que estejam sem sintomas, ou carboxiemoglobina < 10%. Pacientes com instabilidade hemodinâmica ou sintomas neurológicos: intubação orotraqueal e ventilação com oxigênio a 100%. 
4) Apresentar dados epidemiológicos sobre as intoxicações exógenas no Brasil. material med lab http://www.rmmg.org/exportar-pdf/555/v18n1a02.pdf
No Brasil, tanto as intoxicações exógenas como os acidentes por animais peçonhentos são considerados agravos de notificação compulsória e devem ser registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) por meio do preenchimento de Ficha de Notificação e Investigação específica para cada caso.
No período de 2010 a 2017, o Sinan registrou 703.928 casos de intoxicações, com 7.840 óbitos e 1.077.399 acidentes por animais peçonhentos, com 1.752 óbitos. Contudo, a magnitude da morbimortalidade por intoxicações e envenenamentos pode ser muito maior, uma vez que foram constatadas subnotificações dos casos nesse sistema de informação.
 
Mais de 70% das intoxicações são agudas, isto é, ocorrem em menos de 24 horas. Em cerca de 90% delas, a exposição ao(s) agente(s) tóxico(s) ou toxicante(s) ocorre por via oral. 
Estima-se que em torno de 60% das tentativas de suicídio no Brasil são por ingesta abusiva de medicamentos e 20% por venenos e agrotóxicos, sobrando o restante apenas com cortes e perfurações. Os agrotóxicos são muito utilizados nas culturas e consistem em importante fator de intoxicação
5) Apresentar as ações de vigilância epidemiológica sobre intoxicações exógenas, bem como documentos de notificação destes fatos. (riscos ocupacionais, EPI, comunicação no acidente de trabalho)
Tanto as intoxicações exógenas como os acidentes por animais peçonhentos são considerados agravos de notificação compulsória e devem ser registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) por meio do preenchimento de Ficha de Notificação e Investigação específica para cada caso.
Todavia, somente em 2015 o Ministério da Saúde (MS) instituiu 31 desses serviços como estabelecimentos de saúde integrantes da Linha de Cuidado ao Trauma (LCT), da Rede de Atenção as Urgências e Emergências (RUE) no Sistema Único de Saúde (SUS), sob a denominação de Centros de Informação e Assistência Toxicológica (CEATOX), definidos como: “unidades de saúde, de referência em Toxicologia Clínica no SUS, com atendimento em regime de plantão permanente por teleconsultoria e/ou presencial, com o objetivo de prover informação toxicológica aos profissionais de saúde e às instituições e prestar assistências às pessoas expostas e/ou intoxicadas, visando à redução de morbimortalidade.”
O MS estabeleceu, ainda, atividades essenciais e opcionais, e institui um incentivo financeiro para esses serviços.
Ficha de notificação de eventos toxicológicos
Para a elaboração da Ficha de Notificação de Eventos Toxicológicos e das Instruções para o Preenchimento da Ficha procura-se integrar a estrutura de dados gerais de notificações comuns ao Sistema Nacional de Notificação de Agravos (SINAN) e as específicas do Sistema Nacional de Toxicologia (SINITOX), em busca da integração dos Centros de Assistência Toxicológica (CEATOX), e da implantação de notificação de casos de eventos toxicológicos nos diversos níveis do SUS, com as necessárias adequações. A espinha dorsal da ficha e das instruções é o conjunto de variáveis padronizadas pela Comissão de Sistema de Informação da Rede Nacional de Centros de Assistência Toxicológica, que buscou o consenso dos diferentes modelos de ficha de notificação utilizados no país na época do desenvolvimento de seu trabalho (1996). Como o foco do referido trabalho se voltava aos Centros de Assistência Toxicológica, a ficha contém variáveis com finalidades diferentes, tais como epidemiológicas, de serviço, de clínica e mesmo de produção. A Ficha de Notificação de Eventos Toxicológicos e as suas Instruções de Preenchimento são instrumentos que, em conjunto com o "Programa Informatizado de Entrada de Dados" e o "Sistema de Codificação de Agentes Tóxicos" está acoplado ao programa de entrada de dados, promovem as condições necessárias para desencadear a notificação informatizada dos eventos toxicológicos.
Disque-Intoxicação
A população e os profissionais de saúde contam com um 0800 para tirar dúvidas e fazer denúncias relacionadas a intoxicações. O Disque-Intoxicação, criado pela Anvisa, atende pelo número 0800-722-6001. A ligação é gratuita e o usuário é atendido por uma das 36 unidades da Rede Nacional de (Renaciat).
A Renaciat é uma rede coordenada pela Anvisa, criada em 2005 pela resolução RDC nº 19. É composta por 36 Centros de Informação e Assistência Toxicológica (Ciats), espalhados em 19 estados brasileiros. Os Ciats funcionam em hospitais universitários, Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde e fundações. Há estados que ainda estão em processo de abertura dos centros, como Amapá, Acre, Maranhão e Tocantins.
Quando o usuário utiliza o 0800, sua ligação é transferida para o Ciat mais próximo da região de onde a chamada foi originada. Os 36 centros estão preparados para receber ligações de longa distância, 24 horas por dia, sete dias por semana, durante todo o ano.
Gerando respostas rápidas, o 0800 presta esclarecimentos à população e auxilia os profissionais de saúde a prestarem os primeiros socorros e a prescreverem o tratamento terapêutico adequado para cada tipo de substância tóxica. Em alguns casos, o atendimento pode ser presencial.
Com o serviço, tanto um o profissional de saúde pode, em uma emergência, saber como proceder com um paciente intoxicado, quanto uma pessoa leiga pode buscar informações sobre qualquer tipo de intoxicação. O número do 0800 deve ser informado em rótulos e bulas dos produtos regulados pela Agência e em avisos indicativos em hospitais, laboratórios e clínicas
RISCOS OCUPACIONAIS
EPI’S
Proteção auditiva: abafadores de ruídos ou protetores auriculares;
Proteção respiratória: máscaras e filtro;
Proteção visual e facial: óculos e viseiras;
Proteção da cabeça: capacetes;
Proteção de mãos e braços: luvas e mangotes;
Proteção de pernas e pés: sapatos, botas e botinas;
Proteção contra quedas: cintos de segurança e cinturões
COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO (CAT) 
https://www.gov.br/inss/pt-br/saiba-mais/auxilios/comunicacao-de-acidente-de-trabalho-cat 
A Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) é um documento emitido para reconhecer tanto um acidente de trabalho ou de trajeto bem como uma doença ocupacional.
Acidente de trabalho ou de trajeto: é o acidente ocorrido no exercício da atividade profissional a serviço da empresa ou no deslocamento residência / trabalho / residência, e que provoque lesão corporal ou perturbação funcional que cause a perda ou redução – permanente ou temporária – da capacidade para o trabalho ou, em último caso, a morte;
Doença ocupacional: é aquela produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social.
A empresa é obrigada a informar à Previdência Social todosos acidentes de trabalho ocorridos com seus empregados, mesmo que não haja afastamento das atividades, até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência.
Em caso de morte, a comunicação deverá ser imediata.
A empresa que não informar o acidente de trabalho dentro do prazo legal estará sujeita à aplicação de multa, conforme disposto nos artigos 286 e 336 do Decreto nº 3.048/1999.
Se a empresa não fizer o registro da CAT, o próprio trabalhador, o dependente, a entidade sindical, o médico ou a autoridade pública (magistrados, membros do Ministério Público e dos serviços jurídicos da União e dos Estados ou do Distrito Federal e comandantes de unidades do Exército, da Marinha, da Aeronáutica, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar) poderão efetivar a qualquer tempo o registro deste instrumento junto à Previdência Social, o que não exclui a possibilidade da aplicação da multa à empresa.
6) Apresentar a biofísica dos radionuclídeos e suas aplicações nos exames de imagem em medicina nuclear. 
A medicina nuclear também é um recurso de diagnóstico por imagem, considerado um meio seguro e eficiente, em geral indolor, e um método não invasivo, para que se possa obter informações do paciente que de outra maneira seria impossível de conseguir. Trata-se de um método diagnóstico de alta sensibilidade para encontrar anormalidades na estrutura e, especialmente, na função dos órgãos estudados, com a facilidade de identificar precocemente inúmeras alterações orgânicas e funcionais em comparação a outros métodos de diagnóstico. Esse método pode avaliar recidivas, acompanhar a evolução, a remissão ou a progressão de certas enfermidades. Uma das vantagens da medicina nuclear é que substitui testes com maior risco iatrogênico. Atualmente éindispensável para diagnósticos e acompanhamento de enfermidades cardíacas, endócrinas, traumatológicas, oncológicas, pulmonares e renais, entre outras. 
Como reurso terapêutico, também é considerada um meio seguro, eficiente e de baixo custo para tratar certas afecções curáveis com o uso de radiação. O trabalho em medicina nuclear aborda vários equipamentos e acessórios para a formação de imagens, que são formadas através de captação da radiação ionizante produzida pelos radioisótopos. A radiação emitida pelos radioisótopos pode ser detectada por um equipamento conhecido como câmara de cintilação (gama câmara). Na gama câmara existe um cristal detector que, em contato com a radiação gama, cintila, ou seja, ocorre o deslocamento de elétrons dentro do cristal detector. Os exames em medicina nuclear são chamados de cintilografia, palavra de origem grega formada por cintilo = brilho, e grafia = registro/fotografia. O procedimento completo, na sequência, envolve a emissão de raios gama pelo paciente, cintilação do cristal detector, geração de pulsos elétricos, e formação da imagem. As pequenas doses geradas de radiação ocorrem quase que exclusivamente nas células e tecidos alvos, com a grande vantagem de irradiar pouco o tecido normal do paciente, tornando-se muito difícil que este apresente efeitos colaterais. Por outro lado, quando outros métodos são considerados ineficientes para aliviar a dor e o sofrimento do paciente, pode-se fazer o tratamento considerado paliativo contra a dor provocada por metástase utilizando a irradiação com radioisótopos. A Sociedade Brasileira de Biologia e Medicina Nuclear a define como “a especialidade médica que emprega fontes abertas de radionuclídeos com finalidade de diagnóstico e de terapia”. Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) define a medicina nuclear como “a especialidade que se ocupa do diagnóstico, tratamento e investigação médica mediante o uso de radioisótopos como fontes radioativas abertas”. Para a Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN), a medicina nuclear é uma espe- cialidade médica que utiliza métodos seguros, praticamente indolores, não invasivos e de relativo baixo custo para fornecer informações que outros exames diagnósticos não conseguiriam, através do emprego de fontes abertas de radionuclídeos. Habitualmente os materiais radioativos são administrados in vivo, por via venosa, oral, inalatória ou subcutânea, e apresentam distribuição para órgãos ou tipos celulares específicos, não havendo risco de reações alérgicas. Essa distribuição pode ser ditada por características do próprio elemento radioativo. Outras vezes, esse elemento éligado a um outro grupo químico, formando um radiofármaco, com afinidade por determinados tecidos
Radiação é um termo da física que significa a propagação de energia de um ponto a outro no espaço ou em um meio material, com certa velocidade. Os elementos condutores de energia determinam as formas de radiação, seja ela eletromagnética ou corpuscular. 
d) Radiação nuclear: a radiação nuclear, ou radioatividade, é a radiação emitida pela desintegração de alguns elementos químicos. A exposição prolongada àradiação nuclear pode causar várias lesões e doenças, por exemplo: queimaduras (radiação alfa), infertilidade, doenças sanguíneas, doenças cerebrais, doenças gastrointestinais, mutações genéticas, principalmente pela radiação gama etc. 
Conceitos 
Como vimos em capítulos anteriores, a medicina nuclear é uma especialidade dentro do diagnóstico por imagem que utiliza pequenas quantidades de substâncias radioativas (radionuclídeos), para efeitos diagnósticos ou terapêuticos. Os exames têm como vantagens a baixa probabilidade de reação alérgica, o menor custo em relação a outros métodos de diagnóstico por imagem e melhor avaliação fisiológica. Nesse método de diagnóstico ou terapêutico, quem emite radiação é o paciente, após ter sido submetido ao procedimento para realização de exame, no qual pode ter sido administrado o radioniclídeo ou o radiofármaco por vias oral, inalatória, endovenosa, intratecal ou intradérmica. A radiação será captada pelo aparelho chamado gama câmara ou câmara de cintilação. O paciente é posicionado na mesa de exame embaixo da gama câmara, onde os detectores se encarregam de fazer a captação da radiação emitida pelo paciente, radiação essa que passa pelo colimador e que, em seguida, é captada pelos cristais de iodeto de sódio, que se encarregam de emitir fótons de luz.