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Instrumentos de controle social O Direito pode ser considerado um instrumento de controle social na medida em que direciona comportamentos, por meio de consequências e punições advindas de sistemas jurídicos. Nesse contexto, podemos citar também a moral, no sentido de que a mesma se utiliza de ações de consciência para direcionar o agir individual. A religião enquanto elemento normativo também traz seus preceitos normativos. Normas éticas e normas técnicas. ● Normas éticas funcionam dentro de uma moral social, a ideia de certo e errado tem cunho histórico. ● Normas técnicas são normas de natureza jurídica, fria e formal. Promovem controle social. Próprio direito positivo. Direito e religião Hugo Grotes, um dos grandes nomes do direito natural formula que o direito existiria ainda que Deus não existisse. Propondo uma divisão entre direito e religião. Convergências e peculiaridades ● Vivência do bem: felicidade social. Alcançada a partir de uma sociedade harmônica que segue regras. ● Elementos normatizantes: preceitos na religião. A forma de agir. Direito positivo, conjunto de regras. ● Sanções: punições, causa e efeito. Produzem efeitos materiais. Sanção religiosa se compõe de elementos morais. Direito e Moral Pode ser dividida nos seguintes setores: - Moral autônoma: moral individual, certo e errado para cada um de nós. Não depende de validação social e dificilmente sofre alterações. - Moral social: compartilhada e aceita por pessoas. Tende a unir, pelo bem e pelo mal. Produz bons frutos na medida em que estrutura o bem - Ética dos sistemas Religiosos: ocupa um campo importante na moral. Cada sistema religioso tem uma moral particular. Apresenta preceitos religiosos, internalizadas. Existe amor e existe justiça. Distinções entre direito e moral a) Bilateralidade do direito e unilateralidade da moral. O direito existe enquanto relação social, material, une duas pessoas. Produz ligação material entre dois ou mais indivíduos. A moral produz efeitos unilaterais no campo da consciência, é internalizada e subjetiva. b) Exterioridade do direito e interioridade da moral. O direito se ocupa de um campo exterior tendo efeitos práticos e materiais aos seus infratores. A moral é uma ideia individual interior, tendo impactos apenas no campo da consciência. c) Coercibilidade do direito e incoercibilidade da moral. O ordenamento produz efeitos práticos, punições, sanções. A moral não produz efeitos práticos, não é coercitivo no campo material. d) Distinção quanto ao conteúdo Nem toda norma produz justiça, assim como nem toda norma é moral. A lei é advinda de um processo cultural e social e se modifica de acordo com a moral. Preceitos jurídicos têm efeitos morais. CARLA GABRIELE S. NASCIMENTO - FAHESP/IESVAP
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