Buscar

TCC Gilberto Costa dos Santos Júnior - 2018

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 58 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 58 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 58 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA 
 
 
 
 
 
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 
ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO E CONTROLE DE OBRAS 
 
 
 
 
GILBERTO COSTA DOS SANTOS JÚNIOR 
 
 
 
 
A INDUSTRIALIZAÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
 
 
 
JUNDIAÍ 
2018 
GILBERTO COSTA DOS SANTOS JÚNIOR 
 
 
 
 
 
 
A INDUSTRIALIZAÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso apresentado 
como exigência para obtenção do título de 
especialista em Gestão e Controle de Obras, 
ao Programa de Pós-Graduação Lato Sensu 
do Centro Universitário Padre Anchieta. 
Orientador: Dr. Cândido Ferreira da Silva 
Filho 
 
 
 
 
 
 
UNIANCHIETA 
2018
2 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Agradeço primeiramente a Deus por ter me sustentado e me dado a 
oportunidade de chegar até aqui. Agradeço a minha família por ter me apoiado e ser 
minha base durante este ciclo. 
Agradeço a todos os meus professores que compartilharam seu 
conhecimento comigo e contribuíram para a realização deste curso, em especial 
agradeço a meu orientador por ter me ajudado no direcionamento deste trabalho. 
Agradeço também a instituição por fornecer todas as ferramentas e estrutura 
necessária para que eu pudesse chegar ao final deste ciclo de maneira satisfatória. 
 
3 
 
RESUMO 
 
 
JÚNIOR, GILBERTO COSTA DOS SANTOS. A Industrialização na 
Construção Civil. 2018. Trabalho de Conclusão de Curso (Pós-Graduação em 
Gestão e Controle de Obras), Centro Universitário Padre Anchieta, Jundiaí – SP, 
2018. 
 
O presente trabalho traz quatro grandes problemas enfrentados pela 
construção civil: Déficit Habitacional, escassez de mão de obra, geração de resíduos 
e gestão de cronograma. A partir destes problemas é feita uma apresentação sobre 
o que é a industrialização da construção civil, suas características e classificações. 
São apresentados os principais sistemas e produtos já consolidados e suas 
vantagens de utilização. Depois são discutidos os processos e ferramentas 
necessários para a implementação dos sistemas industrializados com o objetivo de 
facilitar sua aplicação e por fim é feita uma análise dos benefícios operacionais e 
econômicos da utilização do sistema, para que a industrialização possa ser uma 
alternativa a resolução dos problemas apresentados. 
 
Palavras-chave: Industrialização, Construção Civil, Sistemas. 
 
 
 
4 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 – Resíduos gerados na construção de edifício ............................ 10 
Figura 2 – Galpão industrial em estrutura pré-moldada ............................. 16 
Figura 3 – Estrutura pré-moldada de concreto no sistema de esqueleto....20 
Figura 4 – Laje alveolar protendida ............................................................ 21 
Figura 5 – Instalação de painéis de concreto pré-fabricados em shopping.22 
Figura 6 – Cravação de estacas pré-fabricadas de concreto ..................... 23 
Figura 7 – Edificação em Wood Frame para Cohab .................................. 24 
Figura 8 – Painel multicamada de Wood Frame ........................................ 26 
Figura 9 – Parede pronta para receber o fechamento interno .................... 27 
Figura 10 – Prédio em estrutura metálica .................................................. 28 
Figura 11 – Estrutura de laje em Steel Deck .............................................. 31 
Figura 12 – Execução de laje Steel Deck .................................................. 31 
Figura 13 – Estaca metálica ...................................................................... 32 
Figura 14 – Residência executada com o sistema de Light Steel Framing.33 
Figura 15 - Casa Container........................................................................ 36 
Figura 16 – Restaurante feito com containers ........................................... 36 
Figura 17 – Kit de chuveiro instalado no montante de dry-wall .................. 38 
Figura 18 – Esquema da instalação de um banheiro com o sistema PEX..39 
Figura 19 – Uso de kits elétricos em obra .................................................. 41 
Figura 20 – Módulo de banheiro pronto ..................................................... 43 
 
 
 
5 
 
SUMÁRIO 
 
 
1. INTRODUÇÃO .................................................................................... 8 
1.1. Habitação no Brasil.............................................................................8 
1.1.1. Escassez de mão de obra qualificada ............................................ 9 
1.1.2. Geração de resíduos na construção civil ..................................... 10 
1.1.3. Gestão de prazos e cronograma na construção civil .................... 11 
1.2. Problema de pesquisa .................................................................... 12 
1.3. Objetivos......................................................................................... 12 
1.3.1. Objetivo geral............................................................................... 12 
1.3.2. Objetivos específicos ................................................................... 13 
1.4. Metodologia .................................................................................... 13 
1.5. Organização do trabalho ................................................................. 13 
 
 
2. INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO ....................................... 15 
2.1. Industrialização ............................................................................... 15 
2.1.1. Pré-fabricação ............................................................................. 15 
2.1.2. Elementos pré-moldados ............................................................. 16 
2.1.3. MMC (Métodos Modernos de Construção) .................................. 17 
2.2. Classificações da industrialização .................................................. 17 
2.3. Exemplos de sistemas industrializados ........................................... 18 
2.3.1. Sistemas construtivos industrializados de concreto ..................... 18 
2.3.1.1. Sistemas estruturais ................................................................. 19 
2.3.1.2. Sistemas estruturais para lajes ................................................. 20 
2.3.1.3. Fachadas de concreto pré-fabricado ......................................... 21 
2.3.1.4. Fundações ................................................................................ 22 
2.3.1.5. Projeto e montagem .................................................................. 23 
2.3.2. Sistema construtivo industrializado em Wood Frame ................... 24 
2.3.2.1. Estrutura do sistema ................................................................. 25 
2.3.2.2. Vantagens ................................................................................ 27 
2.3.3. Sistema construtivo industrializado em aço ................................. 27 
2.3.3.1. Aços estruturais ........................................................................ 28 
6 
 
2.3.3.2. Produtos fabricados em aço ..................................................... 29 
2.3.3.2.1. Chapas .................................................................................. 29 
2.3.3.2.2. Perfis laminados .................................................................... 29 
2.3.3.2.3. Perfis em chapas dobradas ................................................... 29 
2.3.3.2.4. Perfis soldados ...................................................................... 30 
2.3.3.2.5. Barras .................................................................................... 30 
2.3.3.3. Ligações ................................................................................... 30 
2.3.3.4. Steel Deck ................................................................................ 30 
2.3.3.5. Estacas metálicas ..................................................................... 32 
2.3.4. Sistemaconstrutivo industrializado em Light Steel Framing......... 32 
2.3.4.1. Etapas de construção ............................................................... 34 
2.3.4.2. Vantagens ................................................................................ 34 
2.3.5. Construção em Container ............................................................ 35 
2.3.5.1. Procedimentos para transformação do container em moradia .. 37 
2.4. Instalações industrializadas ............................................................ 37 
2.4.1. Instalações prediais industrializadas. ........................................... 37 
2.4.2. Instalações hidráulicas industrializadas ....................................... 38 
2.4.2.1. Projeto ...................................................................................... 39 
2.4.2.2. Vantagens do sistema: ............................................................. 40 
2.4.3. Instalações elétricas industrializadas ........................................... 40 
2.4.3.1. Vantagens do sistema .............................................................. 41 
2.4.4. Banheiro Pronto ........................................................................... 42 
2.4.4.1. Processo de produção .............................................................. 43 
2.4.4.2. Vantagens do sistema .............................................................. 44 
 
 
3. PROCESSOS E FERRAMENTAS PARA IMPLEMENTAÇÃO DE 
SISTEMAS DE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS.............................. 46 
3.1. Normatização e modularização ....................................................... 46 
3.2. Coordenação Modular .................................................................... 46 
3.3. Ferramentas (BIM e ACV) .............................................................. 47 
3.4. Planejamento preliminar para uso de sistemas industrializados ..... 48 
3.4.1. Estudo de viabilidade ................................................................... 48 
3.4.2. Projeto ........................................................................................ 49 
7 
 
3.5. Produção ........................................................................................ 49 
3.6. Contratação .................................................................................... 49 
3.7. Tributação ....................................................................................... 49 
 
 
4. BENEFÍCIOS ECONÔMICOS E OPERACIONAIS DA 
INDUSTRIALIZAÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL E INPENCÍLIOS 
AO EU AVANÇO ................................................................................... 50 
4.1. Aumento de produtividade, redução dos prazos e mão de obra não 
especializada...........................................................................................50 
4.2. Eficiência operacional e logística......................................................51 
4.3. Qualidade e padronização................................................................51 
4.4. Redução de resíduos e sustentabilidade..........................................52 
4.5. Barreiras a vencer.............................................................................52 
 
 
CONCLUSÃO ....................................................................................... 54 
 
 
REFERÊNCIAS ..................................................................................... 55 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
1.1. Habitação no Brasil 
 
 
O setor da construção civil no brasil, ao longo dos anos tem passado por 
diversas transformações. Novas tecnologias, técnicas, métodos construtivos, mão de 
obra, matéria prima, materiais, dentre outros, aliados ao crescimento exponencial da 
economia brasileira entre meados da década de 90 até 2013, moldaram o mercado 
atual. 
A demanda por moradia cresceu muito até 2014, período a partir do qual a 
crise econômica assume grandes proporções. Contudo, até 2014, a demanda 
aumentou em razão do crescimento vegetativo da população e também, por conta 
das transformações dos costumes da sociedade, que têm trazido outros públicos a 
procura de uma habitação, como jovens, divorciados, estudantes e profissionais 
buscando dividir um espaço. 
O Brasil necessita de 1,5 milhão de unidades habitacionais por ano, segundo 
a Comissão da Indústria Imobiliária (CII) da CBIC, divulgado durante a realização o 
Painel sobre Déficit Habitacional e Cenários de Demanda, na ENIC 2017, evento 
promovido pela CBIC com a parceria do SENAI. 
Essa procura e necessidade por moradia gera um grande déficit habitacional 
na população: dados de 2014 indicaram que mais de 6 milhões de famílias não 
possuíam habitação própria, sendo que na grande maioria as famílias encontram-se 
em componente de ônus excessivo, comprometendo pelo menos 35% das rendas, 
ou em componente de coabitação familiar, e até 2025, o brasil precisa superar um 
número próximo a 15 milhões de moradias, segundo dados do IBGE (2014). 
Para superar este déficit habitacional, é preciso um grande esforço do setor 
com o poder público. O governo precisa estimular a compra diminuindo taxas de 
juros, facilitar financiamento, oferecer incentivos com subsídios aos cidadãos e 
oferecer incentivos também às construtoras e incorporadoras. 
O programa minha casa minha vida foi uma importante contribuição para o 
combate ao déficit habitacional. Lançado em 2009 com o objetivo de entregar um 
milhão de habitações para famílias com renda mensal entre zero e dez salários 
9 
 
mínimos até 2011.O programa é estruturado em 4 faixas de renda mensal, 
estabelece para cada faixa um limite de subsídio governamental e uma taxa de juros 
específica, normalmente abaixo do mercado. Estas condições de pagamento 
diferenciado conforme a renda facilitou a aquisição das habitações para famílias de 
baixa e média renda. O programa se estende até hoje e abrange famílias com renda 
mensal de zero a nove mil reais, organizadas em 4 faixas de renda (Caixa 
Econômica Federal) 
Estas transformações e necessidade do setor em atender a grande demanda 
da população, somado a todos os componentes que são agregados a infraestrutura, 
como loteamento de áreas, condomínios, escolas, pavimentação, construção de 
pontes e viadutos, ampliação de abastecimento de água, gás, energia e coleta de 
esgoto, geram um grande aquecimento no mercado. Apesar da crise vivida pelo 
brasil nos últimos quatro anos ter desacelerado este processo, por se tratar de uma 
necessidade social, a retomada da economia irá gerar um grande aquecimento do 
mercado e isso trará alguns desafios a serem superados, os quais serão abordados 
na sequência. 
 
 
1.1.1. Escassez de mão de obra qualificada 
 
 
Em tempos de crise o impacto que a falta de mão de obra causa não é 
percebido em demasia, porém no cenário vivido pelo brasil em tempos de bonança, 
a falta de profissionais qualificados se tornou um gargalo ao desenvolvimento. 
O modelo de sociedade vem mudando com o tempo. O aumento de renda, a 
acessibilidade a meios de comunicação, a globalização como um todo dando 
abertura a informação e o governo exercendo incentivo ao estudo com a criação e 
ampliação de programas educacionais, mudaram as perspectivas de carreira dos 
jovens. 
Esta facilidade a informação e a educação faz com que cada vez mais os 
jovens procurem por cursos superiores e formações voltadas ao gerenciamento e 
em contrapartida, cada vez menos sigam o ofício de seus pais e avós em trabalhos 
braçais, como pedreiros, carpinteiros, encanadores, eletricistas, armadores. O 
10 
 
“artesão” tem se tornado escasso e caro para a construção, e a situação tende a se 
acentuar com o tempo. 
Isso faz com que haja uma disputa setorial por operários e afeta diretamente 
a gestão das construtoras. A mão de obra se torna mais cara, gasta-se mais com 
programas de treinamentos e capacitação,e os processos de contratação se tornam 
mais lentos e difíceis. No final, acaba ocorrendo leilão de profissionais, onde quem 
paga mais, leva. Porém, em uma realidade que os custos precisam ser reduzidos e 
prazos apertados, nem sempre essa situação é sustentável. 
 
 
1.1.2. Geração de resíduos na construção civil 
 
 
Um dos maiores desafios para a construção civil é conciliar uma atividade 
produtiva e lucrativa com um desenvolvimento sustentável consciente. 
Atualmente os Resíduos Sólidos da Construção Civil (RCCs) tem ganhado 
maior destaque e o assunto tem entrado em pauta no setor, isso porque a atividade 
produtiva da construção gera milhares de toneladas de resíduos todos os dias. 
 
 
Figura 1 – Resíduos gerados na construção de edifício 
(TV Jaguar) 
 
11 
 
O Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), estabelece diretrizes, 
critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil. Segundo o 
CONAMA, resolução nº 307 Art. 2° Inciso I: “Resíduos Sólidos da Construção Civil: 
são os provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de 
construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais 
como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, 
colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento 
asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica etc., comumente chamados de 
entulhos de obras, caliça ou metralha.” 
Os RCCs são considerados resíduos de baixa periculosidade, sendo o 
principal impacto causado pelo seu grande volume ocupado. Estes resíduos além de 
causarem impactos estéticos e ambientais, também causam riscos à saúde pública, 
pois há a presença de produtos químicos, tóxicos e embalagens que podem se 
tornar fontes de proliferação de insetos e doenças caso sejam descartados de forma 
inadequada. 
A Resolução CONAMA 307, alterada pela Resolução 348/2004, determinou 
que o gerador do resíduo é responsável pelo seu gerenciamento e descarte dentro 
dos critérios e procedimentos definidos pelo próprio CONAMA. 
Resumindo tudo isso, resíduos geram riscos à saúde e ao ambiente, geram 
retrabalhos, desperdícios, custos de gestão, seja por descarte ou transformação e 
não agregam em absolutamente nada dentro da construção civil. Evitar resíduos, 
significa melhora do processo, economia, sustentabilidade e maiores rendimentos. 
 
 
1.1.3. Gestão de prazos e cronograma na construção civil 
 
 
O PMBOK define Gestão do tempo ou prazo em projetos como sendo “os 
processos necessários para realizar o término do projeto no prazo estimado”. O 
tema de gestão de prazos é de suma importância na construção civil, pois está 
diretamente ligado ao êxito de um projeto. Se trata de um dos pilares de sustentação 
de um acordo comercial entre o dono da obra e o construtor. Uma vez definido por 
estimativa antes mesmo do contrato assinado, o prazo de um projeto exige um 
planejamento meticuloso e uma margem de erro pequena. 
12 
 
Os atrasos do cronograma de um projeto são muitos danosos. Eles 
comprometem o orçamento, devido a mão de obra e equipamentos parados, 
retardam a entrega do produto e consequentemente sua utilização, e no pior dos 
casos, ainda gera multa por atraso. 
 Por se tratar de uma previsão ou estimativa, é praticamente impossível 
acertar um cronograma em 100%. São muitas as variáveis que interagem entre si no 
canteiro de obras, desde o material estar com entrega atrasada ou fora do padrão, 
mudanças climáticas, retrabalhos, variações, acidentes e até mesmo um problema 
familiar de um funcionário, interferem e podem fazer com que todo o planejamento 
se perca e o lucro dizime. 
 Com tudo isto, a gestão dos prazos, planejamento e todas as 
ferramentas de controle devem ser precisamente definidos e zelados, e a 
industrialização na construção pode servir como excelente aliada nesta gestão. 
 
 
1.2. Problema de pesquisa 
 
 
A escassez de mão de obra, a necessidade de racionalizar recursos e reduzir 
preços e, garantir a qualidade final da obra são problemas que engenheiros e 
profissionais da construção civil enfrentam. O processo de industrialização da 
construção civil visa superar estes problemas e otimizar a construção como um todo. 
Diante do exposto, o problema de pesquisa é: Como o processo de 
industrialização pode contribuir para a solução destes problemas e otimizar a 
construção como um todo, conciliando agilidade, padronização, qualidade e gestão 
de resíduos? 
 
 
1.3. Objetivos 
 
 
1.3.1. Objetivo geral 
 
 
13 
 
Analisar o processo de industrialização da construção civil, mostrando como o 
processo pode agregar no que diz respeito a agilidade, padronização, qualidade e 
gestão de resíduos. 
 
 
1.3.2. Objetivos específicos 
 
 
Identificar problemas que dificultam o desenvolvimento industrialização da 
construção civil; 
Mostrar as tecnologias de industrialização disponíveis no mercado; e 
Apresentar os processos necessários para a incorporação de sistemas e 
produtos industrializados na construção. 
 
 
1.4. Metodologia 
 
 
Com a finalidade de alcançar o objetivo pressuposto para esse trabalho, 
utilizou-se de pesquisa bibliográfica como forma de exploração do tema a partir de 
materiais publicados tais como monografias, artigos e livros. 
A abordagem da pesquisa foi qualitativa pois tem como foco a análise de 
dados, interpretação de informações e relatos de experiências de forma a descrever 
um processo. 
Há muitas fontes em que são tratados assuntos, técnicas e métodos isolados, 
por esta razão, essa metodologia foi escolhida com foco em desenvolver uma 
pesquisa visando reunir essas informações das fontes utilizadas, e mostrar as 
vantagens que o máximo da industrialização pode trazer e contribuir para os 
problemas propostos. 
 
 
1.5. Organização do trabalho 
 
 
14 
 
O trabalho é constituído por três capítulos, sendo este o capítulo 1, em que se 
apresenta a introdução do trabalho, contendo o problema da pesquisa, a 
caracterização da justificativa do trabalho, expondo problemas muito frequentes do 
setor que motivam o uso de produtos e soluções industrializadas. Formulam-se 
objetivos gerais e específicos do trabalho, descreve-se a metodologia para a sua 
construção e também sua estruturação. 
O capítulo 2 discute a industrialização na construção civil, destacamos as 
tecnologias de industrialização presentes no mercado, os nichos que podem ser 
atendidos e comparativo das vantagens e desvantagens contra os métodos 
convencionais. 
O capítulo 3 expõe problemas frequentes que atrapalham o progresso e 
desenvolvimento do setor e apresenta propostas para resolução utilizando-se das 
tecnologias e soluções industrializadas para construção civil. 
Por fim são apresentadas as referências que embasaram o desenvolvimento 
deste trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
2. INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO 
 
 
2.1. Industrialização 
 
 
O principal objetivo da industrialização é a transformação de matérias primas 
em um produto pronto para a venda e consumo, usando técnicas especializadas, 
processos, máquinas, energia combinado ao trabalho humano, dentro da indústria, 
garantindo qualidade, economia, racionamento e principalmente escala. Este 
processo veio substituir a manufatura, que tinha mesma finalidade, porém se tratava 
de um processo artesanal. (POLANYI, Karl. A Grande Transformação) 
Na construção civil funciona da mesma maneira: Transformar etapas e 
procedimentos que são processados no canteiro de obras em produtos 
industrializados que são entregues prontos para utilização. 
A industrialização da construção é um processo repetitivo em que a 
variabilidade caracterizada dos trabalhos artesanais é substituída por especificações 
pré-determinadas de uniformidade e continuidade de execução, com operações 
parciais ou totalmentemecanizadas (Blachere, 1977). 
Na industrialização é possível obter altos níveis de controle de qualidade com 
supervisão a respeito da normativa. 
 
 
2.1.1. Pré-fabricação 
 
 
Um conceito mais disseminado dentro da construção civil é a pré-fabricação 
que pode ser considerado um subgrupo da industrialização, uma vez que se trata de 
um produto fabricado em peças (ou partes) de forma industrial, atendendo padrões 
de qualidade mais rigorosos, maior controle da matéria prima, avaliação das etapas 
de produção, armazenamento, transporte e entrega. Normalmente são vistos como 
peças estruturais de concreto armado que compõem a estrutura da edificação, mas 
se estendem a peças de acabamento, pavimentação, e itens para infraestrutura. 
16 
 
 
Figura 2 – Galpão industrial em estrutura pré-moldada 
(Rentank Macrogalpões) 
 
Ambos apresentam benefícios, alguns deles apontados por Spadeto (2001) 
 
• Maior controle do custo. 
• Uso de mão de obra especializada; 
• Maior controle de qualidade na execução; 
• Menor prazo de execução; 
• Matéria-prima selecionada; 
• Maior potencial de desconstrução; 
• Menor consumo de materiais e percentual de perdas; 
• Maior qualidade e precisão geométrica; 
• Produção independente de condições climáticas; 
 
 
2.1.2. Elementos pré-moldados 
 
 
17 
 
Os pré-moldados consistem na execução de elementos fora do seu local de 
uso definitivo. Normalmente é produzido dentro do canteiro de obras e ao contrário 
dos pré-fabricados, não possuem um rigor tão alto no controle de qualidade. 
 
 
2.1.3. MMC (Métodos Modernos de Construção) 
 
 
Os conceitos de industrialização e pré-fabricação, devido a necessidade de 
considerar o impacto ambiental, vem sofrendo alguns ajustes. 
Um deles é a introdução do MMC (Métodos Modernos de Construção) no 
Reino Unido. 
O MMC consiste na fabricação de edificações inteiras na fábrica, trazendo 
vários benefícios como a redução do uso de água, energia, geração de resíduos, 
além da qualidade e agilidade, segundo o Parlamentary Office Science and 
Technology, 2003. 
Dentre eles estão os Painéis, incluindo paredes, pisos e telhado prontos, e os 
módulos, incluído cômodos prontos que podem ser montados formando uma 
unidade de habitação inteira. 
 
 
2.2. Classificações da industrialização 
 
 
Podemos classificar a industrialização da construção como ciclo fechado e 
ciclo aberto. 
Na industrialização de ciclo fechado, a fabricação dos componentes a serem 
utilizados na obra são mais personalizados, sendo produzidos atendendo a 
características técnicas dimensionais de acordo com o projeto específico daquela 
obra. 
Na industrialização de ciclo aberto, os componentes são produzidos para 
atender ao volume do mercado, atendendo a uma modularidade comum e 
intercambiável, possuindo maior compatibilidade com vários projetos e diversos 
fabricantes. 
18 
 
Elliot (2002) considera uma terceira classificação, chamada de ciclo 
flexibilizado. 
Esta possui alto grau de especificação e permite o uso de acabamentos de 
alta-qualidade nos elementos pré-moldados. Além disso, possui certa flexibilidade 
para adequação em diferentes arquiteturas. Como exemplo, podemos citar 
elementos estruturais de concreto armado ou protendido sendo empregados em 
edificações para diferentes finalidades, como industrial, comercial e de 
infraestrutura, podendo ser combinados com outros tipos de estruturas, como o aço 
e ainda com diferentes padrões de acabamentos. 
 
 
2.3. Exemplos de sistemas industrializados 
 
 
Os sistemas industrializados são caracterizados pela aplicação de métodos 
industrializados, podendo ser ambientes inteiros, componentes ou elementos dos 
componentes. 
A fase de execução se difere pela substituição da modelagem de execução 
pela instalação de um produto pronto, reduzindo a quantidade de resíduos gerados e 
a mão de obra in loco. Os sistemas podem ser usados integralmente ou mesclado 
com o sistema convencional. 
A seguir serão apresentadas algumas tecnologias de sistemas 
industrializados: 
 
 
2.3.1. Sistemas construtivos industrializados de concreto 
 
 
A primeira obra a contar com sistemas pré-fabricados foi o Hipódromo da 
Gávea no Rio de Janeiro, em 1926, executada pela Christiani Nielsen, mas somente 
em meados de 1950 é que o sistema começou a ser usado com maior frequência. 
Um grande marco para a popularização do sistema foi a utilização de vigas e 
placas pré-moldadas protendidas nos prédios do Campus da Universidade de 
Brasília, projeto do arquiteto Oscar Niemeyer. 
19 
 
Grandes investimentos na década de 70 e 80 consolidaram o sistema de 
concreto pré-fabricado e a partir daí várias obras industriais e comerciais começaram 
a fazer seu uso, principalmente empresas multinacionais que já traziam experiências 
do uso do sistema fora do brasil. 
Inicialmente as estruturas pré-fabricadas eram sinônimas de limitações 
arquitetônicas, mas com o desenvolvimento de novas tecnologias e novas 
concepções arquitetônicas, este sistema passou a ter grande representação na 
construção civil, sendo largamente utilizada em obras industriais, comerciais, 
residenciais, hotelaria, infraestrutura, ginásios e até estádios e arenas. 
 
 
2.3.1.1. Sistemas estruturais 
 
 
O sistema de concreto pré-fabricado é composto por 3 metodologias 
construtivas principais: Aporticados, esqueleto e paredes portantes. Estes sistemas 
devem ser adotados de acordo com uma análise completa, dentre elas o projeto 
arquitetônico, ao que se destina a obra, viabilidade técnica, viabilidade financeira, 
entre outros, podendo também combiná-los e mesclá-los com outro sistema, como 
por exemplo, estruturas de aço. 
Os sistemas aporticados são formados por pórticos planos, compostos por 
vigas e pilares. São muito utilizados em barracões e galpões industriais. 
Os sistemas esqueletos é formado por pilares, vigas e lajes como peças 
individuais e montadas com ligações específicas. Apresentam elevada resistência e 
flexibilidade arquitetônicas, podendo atender grandes alturas e vencer grandes vãos 
livres. São fabricados com concreto de resistência superiores a 30Mpa armados ou 
protendidos. São muito utilizados para em edifícios comerciais, escolas, 
universidades e hotelaria. 
 
20 
 
 
Figura 3 – Estrutura pré-moldada de concreto no sistema de esqueleto 
(Cassol Galpões) 
 
Os sistemas de painéis portantes é formado por uma estrutura de painéis 
verticais fazendo o fechamento das fachadas, que servem de apoio o piso, 
permitindo grandes vãos livres e grande liberdade para aproveitamento do espaço 
interno, que normalmente é feito com alvenaria leve ou dry-wall. Este sistema é 
bastante utilizado em conjuntos habitacionais, escritórios, hospitais e escolas. 
 
 
2.3.1.2. Sistemas estruturais para lajes 
 
 
O sistema de lajes pré-moldadas são podem utilizados em qualquer tipo de 
estrutura: Convencional, pré-moldada, mista, aço, etc. 
Há uma grande variedade de sistemas estruturais somente para lajes de 
pisos e coberturas, sendo as principais: Lajes alveolares protendidas, painéis 
nervurados protendidos, painéis maciços de concreto, mista e laje com vigotas pré-
moldadas. 
Cada sistema tem suas características peculiares, sendo adotados em uma 
obra de acordo com sua capacidade de carga, transporte, montagem, dimensões e 
capacidade de vencer vãos 
21 
 
 
 
Figura 4 – Laje alveolar protendida 
(Engenharia Concreta) 
 
 
2.3.1.3. Fachadas de concreto pré-fabricado 
 
 
As fachadas de concreto pré-fabricados são uma opção para fechamento 
rápido da construção. Constituem-se em painéis pré-moldados, com dimensões 
padrão ou personalizadas que ser utilizadas em projetos de qualquer seguimento 
com função estrutural ou apenas arquitetônica. Eles podem ser fabricados 
simultaneamente a montagem da estrutura, e logo após a montagem concluída, a 
obra é fechada rapidamente com este sistema,liberando frente para outros serviços. 
 
22 
 
 
Figura 5 – Instalação de painéis de concreto pré-fabricados em shopping 
(Matec Engenharia) 
 
 
2.3.1.4. Fundações 
 
 
Fundações pré-fabricadas podem ser entendidas também como estacas pré-
fabricadas. São elementos de fundações profundas que podem ser usadas em 
qualquer tipo de obra e sua escolha depende dos parâmetros geotécnicos e não de 
projeto. 
 
23 
 
 
Figura 6 – Cravação de estacas pré-fabricadas de concreto 
(Serki Fundações) 
 
 
2.3.1.5. Projeto e montagem 
 
 
As estruturas industrializadas de concreto contam com toda uma 
normatização e certificações específicas, cominando em um alto nível de controle e 
qualidade. 
Em relação ao projeto, é importante que seja concebido desde a fase de 
planejamento, estudo e arquitetura, especificamente para o sistema, para um melhor 
aproveitamento do sistema. A modularização e repetição dos vãos contribuem com a 
economia e prazo de execução. É de estrema importância se atentar para todas as 
ligações e conexões, juntas de construção e dilatação, pontos de içamento, ligações 
e transição com outras estruturas, situações transitórias de capacidade, quando há a 
necessidade de capeamentos, entre outro. Tudo deve estar muito bem detalhado em 
projeto e de acordo com as normas. 
24 
 
A montagem deve ser feita por profissionais altamente treinados e 
capacitados, de forma que garantam perfeição em relação a prumo, nível esquadro 
e distâncias, e também segurança no canteiro de obras. 
 
 
2.3.2. Sistema construtivo industrializado em Wood Frame 
 
 
O sistema construtivo em Wood Frame é muito semelhante ao Light Steel 
Framing, porém, ao invés de perfis metálicos, sua estrutura e fechamento é feito em 
madeira. 
É um sistema bem antigo, derivado das construções em madeira, que foi 
sendo aprimorado ao longo do tempo, sobretudo no início do século XX com o 
desenvolvimento do sistema plataforma, que utilizava peças curtas, permitindo a 
utilização de madeiras mais jovens e facilitando a logística e montagem, mas 
somente após a segunda guerra mundial, com o surgimento das treliças pré-
fabricadas para telhado, levaram o sistema para a modularização e posteriormente 
para as casas industrializadas. 
 
 
Figura 7 – Edificação em Wood Frame para Cohab 
(Cohab Paraná) 
25 
 
 
No brasil o Wood Frame consiste em painéis estruturais fabricas para a 
montagem da edificação, fabricados principalmente com madeira de florestas 
plantadas. Precisou passar por um processo de normatização internacional e 
estudos até der aprovado pelo SinNAT (Sistema Nacional de Avaliação Técnica). 
O sistema foi homologado em 2013 no Ministério das cidades após o 
desenvolvimento da tecnologia para Habitações de interesse social. Hoje é 
empregado em residências térreas e sobrados, edificações comerciais e já há 
estudos para aplicação em prédios de até 5 pavimentos. 
 
 
2.3.2.1. Estrutura do sistema 
 
 
O sistema de Wood Frame, por ser muito leve, normalmente é executado em 
fundações rasas tipo radier. Os painéis que compõem a estrutura são produzidos 
com madeira estrutural tratada revestido por OSB. Os espaços internos são 
preenchidos com isolante térmico-acústico. 
 O OSB é revestido por uma membrana hidrófuga, que impede que a 
humidade entre nos painéis. O acabamento das paredes é feito com placas 
cimentícias ou gesso acartonado. 
 
26 
 
 
Figura 8 – Painel multicamada de Wood Frame 
(Tecverde) 
 
Até 2013, os painéis eram levados aberto para obra, e só em canteiro que os 
materiais eram montados, pois havia a necessidade se realizar as instalações 
hidráulicas e elétricas. Com a evolução do sistema, foi desenvolvido painéis prontos 
para receber pintura, com todas as instalações internas completas. 
As lajes, também produzidas em fábrica, são formadas por vigas em perfil 
metálico revestida com placa cimentícia e madeira, podendo receber ainda uma 
camada de concreto, para eliminar a sensação de andar sobre um deck de madeira. 
Após isso a fase de cobertura e acabamento seguem o processo convencional de 
construção. 
 
27 
 
 
Figura 9 – Parede pronta para receber o fechamento interno 
(ATOS Arquitetura) 
 
 
2.3.2.2. Vantagens 
 
 
-Alta resistência e durabilidade; 
-Ótimo conforto térmico e acústico 
-Até 85% menos de resíduo gerado em comparação com uma edificação em 
concreto armado; 
-Agilidade na construção 
-Melhor previsão de custos; 
-Facilita o gerenciamento da obra; 
-Economia de água e energia. 
 
 
2.3.3. Sistema construtivo industrializado em aço 
 
 
28 
 
O sistema construtivo industrializado em aço, apesar de ser considerado novo 
no brasil, está presente em construções desde o século XIX.com o passar do tempo 
o aço evoluiu em resistência a tração, compressão, aderência a solda, resistência a 
corrosão, e o sistema construtivo também seguiu a evolução. Hoje o aço está sendo 
cada vez mais empregado em pequenas ou grandes estruturas, com os avanços em 
tecnologia e procura por profissionais do ramo. 
 Se trata de um material muito versátil, flexível, permite enorme 
liberdade arquitetônica, é resistente e pode ser moldado em diversos tipos de perfis. 
 
 
Figura 10 – Prédio em estrutura metálica 
(Sodef) 
 
 
2.3.3.1. Aços estruturais 
 
 
Os aços usados para estrutura são de média e alta resistência. São ligas de 
carbono com elementos adicionais, como o manganês, silício, enxofre, entre outros, 
dosados de tal maneira para melhorar suas características de acordo com a 
finalidade. Os principais requisitos para esta aplicação são: Elevada tensão de 
29 
 
escoamento, elevada tenacidade, boa soldabilidade, homogeneidade 
microestrutural, susceptibilidade de corte por chama sem endurecimento e 
trabalhabilidade em manuseio, como corte, dobra e furação, sem causar danos a 
peça. 
 
 
2.3.3.2. Produtos fabricados em aço 
 
 
Os produtos de aço estrutural podem ser encontrados em diversas formas no 
mercado, conforme a seguir: 
 
 
2.3.3.2.1. Chapas: 
 
 
As chapas de aço são formadas por processo de laminação a quente ou a 
frio. Podem ser grossas, nesse caso laminadas a quente com espessura superior a 
6,00mm; 
As chapas finas, laminadas a quente, são utilizadas para a fabricação de 
perfis soldados para a construção e indústria; 
As chapas finas, laminadas a frio, são utilizadas em perfis e esquadrias; e 
finas galvanizadas/zincadas, utilizadas na produção de telhas, calhas, perfis para 
dry-wall e Light Steel Framing. 
 
 
2.3.3.2.2. Perfis laminados: 
 
 
Os perfis laminados apresentam grande eficiência estrutural, podendo ser 
encontrados em geometrias tipo H, I, C e L. 
 
 
2.3.3.2.3. Perfis em chapas dobradas 
30 
 
 
 
São formados a frio, podem ser encontrados na forma de L, U, EU, Z e ZE. 
Suas dobras devem obedecer a raios mínimos de curvatura evitar fissuras. 
Oferecem boas resistência estrutural e permitem boa liberdade arquitetônica. 
 
 
2.3.3.2.4. Perfis soldados 
 
 
Podendo ser encontrado em diversas geometrias, surgiram para suprirem 
limitações impostas pelos perfis laminados. Permitem que sejam criados perfis 
personalizados e possuem grande eficiência estrutural. 
 
 
2.3.3.2.5. Barras 
 
 
Possui seção transversal redonda e são empregadas normalmente como 
tirantes, contraventamentos e chumbadores 
 
 
2.3.3.3. Ligações 
 
 
As ligações entre elementos de uma estrutura em aço podem ser feitas por 
meio de parafusos, rebites ou solda, devidamente dimensionados e estudados 
fazendo uso de materiais e ligas específicas pré-requisitadas em projeto. As ligações 
também podem ser mistas entre estes três sistemas. 
 
 
2.3.3.4. Steel Deck 
 
 
31 
 
Se trata de um perfilado de aço, formado a frio e galvanizado, que serve para 
execução de lajes. Neste sistema o perfilado te torna uma forma permanente para a 
concretagem e também uma armadura positivapara cargas de serviço. Não 
necessita de escoramento e pode vender vãos de até 4 metros. 
 
 
Figura 11 – Estrutura de laje em Steel Deck 
(Grupo MBP) 
 
 
Figura 12 – Execução de laje Steel Deck 
(Pini Web) 
 
 
32 
 
2.3.3.5. Estacas metálicas 
 
 
As estacas metálicas possuem resistência muito elevada e são utilizadas em 
fundações profundas para galpões industriais, edifícios, portuárias, infraestrutura e 
cortinas de contenção. 
São produzidas com perfis W e HP, laminados ou soldados e resistentes a 
corrosão. Podem ser usados em quase todos os tipos de solo, sua cravação é fácil, 
gera pouca vibração. 
 
 
Figura 13 – Estaca metálica 
(Blog Construir) 
 
Como principais características, podemos citar a alta capacidade de carga, 
velocidade e facilidade na execução, fácil gerenciamento e não gera resíduos. 
 
 
2.3.4. Sistema construtivo industrializado em Light Steel Framing 
 
 
O Light Steel Framing, embora seja relativamente novo no brasil, nasceu na 
primeira metade do século nos estados unidos. Com a ascensão da indústria do aço 
33 
 
na época, a ideia foi substituir a estrutura de madeira por aço, utilizando o mesmo 
conceito das construções em Wood Frame. Isso permitiu uma maior resistência 
estrutural e contra catástrofes naturais. 
O Light Steel Framing consiste em um sistema construtivo autoportante, 
composto por perfis de aço galvanizados formados a frio e revestidos por materiais 
isolantes. É um sistema construtivo que permite o emprego de vários materiais, 
liberdade de projeto, racionalização e facilita o gerenciamento da obra como um 
todo. 
Muitas vezes o Light Steel Framing é confundido erroneamente com o dry-
wall, porém são sistemas completamente distintos, uma vez que o dry-wall não tem 
nenhuma função estrutural, apenas serve como vedação. 
Os perfis de aço são formados de chapas de 0,8 a 3,0 mm de espessura, 
conformadas a frio em perfil “C” e “U”, a partir de bobinas de aço revestidas de zinco 
ou liga de alumínio-zinco. 
As vedações externas podem ser feitas de variados materiais, sendo as mais 
usadas as placas de OSB, placas cimentícias e placas de aço tipo sanduiche, com 
material isolante em suas camadas interiores. 
 
 
Figura 14 – Residência executada com o sistema de Light Steel Framing 
(Blog do Gesseiro) 
34 
 
 
 
2.3.4.1. Etapas de construção 
 
 
Como qualquer edificação, primeiramente o terreno deve ser preparado, 
fazendo a limpeza e regularização. 
O Light Steel Framing, por ser uma construção bastante leve, é feita sobre 
fundação do tipo rasa, normalmente o Radier, porém demanda de análise de 
calculista. 
Após executada a fundação, os painéis de aço pré-fabricados podem 
começas a ser montados, fazendo a ligação com a fundação através de 
chumbadores específicos. Estes painéis tão os responsáveis pela estruturação e 
transferência das cargas de toda a edificação até a fundação. São fabricados 
normalmente com modularidade quadrada de 40 ou 60cm, para permitir melhor 
aproveitamento das placas de gesso ou cimentícias, usadas para vedação do 
sistema. 
As lajes secas, utilizadas apenas como piso ou forro, podem ser executadas 
com placas de madeira, como o OSB, ou mesmo com placas cimentícias apoiadas 
em perfis metálicos executando a função de vigas. 
As lajes molhadas devem ser executadas com o sistema de Steel Deck. 
Após a cobertura, pode-se iniciar as instalações hidráulicas e elétricas. As 
instalações elétricas são feitas de forma convencional, já as instalações hidráulicas, 
normalmente são feitas utilizando o sistema de kits industrializados em PEX, que 
consiste em kits pré-montados em chassis metálicos com tubulação em Polietileno 
Reticulado. Este sistema será apresentado no decorrer deste trabalho. 
As vedações internas normalmente são feitas com placas de gesso 
acartonado. A construção deve receber isolamento térmico, acústico e resistência ao 
fogo dentro das normas regulamentadoras. Para este isolamento, as lãs de vidro e 
rocha são as mais comumente utilizadas. 
 
 
2.3.4.2. Vantagens 
 
35 
 
 
 Dentre as vantagens, pode-se citar: 
-Agilidade na construção, facilidade de montagem; 
-Materiais com alto controle de qualidade; 
-Durabilidade e longevidade da estrutura; 
-Construção a seco, baixa geração de resíduos; 
-Liberdade arquitetônica; 
-Ótimo desempenho térmico e acústico. 
-Por se tratar de uma estrutura extremamente leve, tem-se considerável 
economia na fundação. 
 
 
2.3.5. Construção em Container 
 
 
As construções em container são ótimos exemplos de industrialização e 
reutilização. 
Os containers têm uma vida útil média de apenas 10 anos, depois são 
descartados e viram lixo. 
Para minimizar este problema, na década de 90 foram criadas as primeiras 
casas neste conceito. Hoje o assunto avançou bastante e é possível encontrar 
várias empresas que oferecem opções modernas e muito confortáveis de moradias 
e estabelecimentos comerciais, como lojas e restaurantes, feitos com esta matéria 
prima. 
Por ser um produto que já contém piso, parede, teto e ser estruturalmente 
suficiente, é uma ótima opção de reaproveitamento para habitação e comércio. 
 
36 
 
 
Figura 15 - Casa Container 
(Casa Vale Mais) 
 
Em projetos de moradias, os containers podem ser modificados 
completamente dentro de uma fábrica e ir pronto para colocação no local. Em 
projetos mais elaborados, onde há uma combinação de vários container, 
normalmente as transformações são feitas “in loco”, devido ao alto grau de 
personalização e interdependência de vários módulos. 
 
 
37 
 
Figura 16 – Restaurante feito com containers 
(Restaurante Madero) 
 
 
2.3.5.1. Procedimentos para transformação do container em moradia 
 
 
O primeiro passo para a transformação de um container em casa é fazer a 
descontaminação. É preciso que o container passe por uma rigorosa inspeção e 
processo de descontaminação, removendo todos os resíduos de ferrugens, 
componentes químicos e possíveis resíduos tóxicos para o ser humano. 
 Após ser feita a descontaminação, ele deve começar a ser modificado, 
recebendo possíveis reparos estruturais, abertura de esquadrias, passagem de 
instalações hidráulicas, elétricas e refrigeração. 
Deve receber tratamento térmico e acústico específico e suficiente para 
obedecer às normas de desempenho. Seu fechamento interno pode ser feito com 
dry-wall e o acabamento com a variadas opções disponíveis no mercado. 
Todas as etapas podem ser executadas dentro de uma fábrica, levando para 
o terreno um módulo de casa pronto para ligação das instalações na rede e 
habitação. 
 O apoio da casa container é feito sobre fundação rasa, normalmente do tipo 
radier, para suportar o peso da estrutura e regularizar o nível da casa. 
 
 
2.4. Instalações industrializadas 
 
 
2.4.1. Instalações prediais industrializadas. 
 
 
Seguindo os mesmos princípios da industrialização, as instalações hidráulicas 
e elétricas também avançaram. Esta etapa considerada artesanal em obras 
convencionais, podem ser pré-montadas dentro de indústrias e ir para a obra apenas 
para serem instaladas, dispensando mão de obra especializada e reduzindo 
38 
 
desperdícios, resíduos e retrabalhos, culminando na redução de custos. São muito 
usados em condomínios residenciais e comerciais onde há repetição de plantas, o 
que torna o sistema viável. 
 
 
2.4.2. Instalações hidráulicas industrializadas 
 
 
Com a introdução do PEX (Polietileno Reticulado) no mercado, as instalações 
de água fria e água quente passaram por uma grande revolução. 
O material que passa por um processo químico chamado reticulação, é 
flexível, termoplástico e muito resistente, inclusive em altas temperaturas, o que 
permite seu uso nos kits hidráulicos. 
Os kits são divididos basicamente em 3 partes: chassis de chuveiro, chicotes 
hidráulicos e chassis de esgoto. 
Os chassis de chuveiro são estruturas metálicasonde nelas são fixados os 
registros, misturador, ponto de chuveiro e tubulação que interligam as conexões. A 
indústria envia para obra o produto já testado com medidas, alturas e profundidades 
padronizadas, protos para serem instalados em montantes de dry-wall ou mesmo 
fixados em alvenaria. 
 
Figura 17 – Kit de chuveiro instalado no montante de dry-wall 
(Barbi do Brasil) 
 
Os chicotes hidráulicos são feitos em tubulação de PEX e conexões em latão, 
que se ligam nos registros e derivam até os pontos de consumo. Devido a 
39 
 
flexibilidade do PEX, os chicotes hidráulicos são entregues enrolados, testados e 
prontos para a instalação na obra. 
Os chassis de esgoto são estruturas metálicas onde são fixadas a tubulação 
de esgoto primário de lavatórios, pias e tanques. Normalmente são cobertos com 
carenagens plásticas ou dry-wall. 
 
 
 
 
Figura 18 – Esquema da instalação de um banheiro com o sistema PEX 
(Barbi do Brasil) 
 
 
2.4.2.1. Projeto 
 
 
Para a implementação dos kits industrializados em PEX na edificação, o 
projeto tem que ser compatibilizado com o sistema. A adoção de alguns padrões, 
devem ser previstas para que o sistema opere em sua integridade de benefícios, tais 
como: 
-Fechamento dos shafts em dry-wall 
40 
 
-Alimentação da bacia pelo piso 
-Utilização de passantes nas lajes para passagem de água e esgoto nos 
pontos de consumo como lavatórios, pias e tanque. 
-Utilização de carenagens para cobrimento das tubulações. 
 
 
2.4.2.2. Vantagens do sistema: 
 
 
-Diminuição drástica de resíduos gerados para esta etapa. 
-Redução de prazo 
-Aumento da segurança contra vazamentos, os sistemas são testados na 
fábrica. 
-Precisão no orçamento. 
-Redução de pessoas no canteiro com todos os seus desdobramentos, como 
simplificação no gerenciamento de pessoal, redução de riscos de acidentes, 
alimentação, alojamentos etc. 
-Gestão de materiais. 
 
 
2.4.3. Instalações elétricas industrializadas 
 
 
As instalações elétricas industrializadas seguem a mesma proposta de 
hidráulica: Fornecer a etapa de instalações elétricas na forma de kits prontos para 
aplicação na obra. 
Neste sistema, todos os pontos de tomada e interruptores partem das caixas 
de luz com todos os eletrodutos ligados e enfiação passada e circuitos devidamente 
conectados. 
 
41 
 
 
Figura 19 – Uso de kits elétricos em obra 
(Barbi do Brasil) 
3 
O sistema é dividido em kits de parede, instalados junto da etapa de 
alvenaria, e kits de laje, instalados nas formas da laje, antes da concretagem. Nos 
kits de paredes, é fornecido o ponto de tomada ou interruptor em caixas 4x2 ou 4x4, 
com eletroduto seco de comprimento necessário para vencer o pé direito mais um 
trecho para conexão na laje. 
Nos kits de laje, a caixa de luz é fornecida com eletrodutos suficiente para 
cobrir a laje e se conectar no kit de parede, enfiação passada com comprimento 
necessário para chegar até o ponto de tomada ou interruptor, e todos os fios 
conectados com conectores especiais. 
Após a concretagem feita e paredes levantadas, a instalações elétrica de toda 
a edificação está pronta para receber os módulos de tomadas, módulos de 
interruptores e miolo do quadro elétrico. 
 
 
2.4.3.1. Vantagens do sistema 
 
42 
 
 
-Redução de mão de obra e fluxo de funcionários 
-Redução do custo do projeto de elétrica 
-Montagem mecanizada operada por softwares especiais 
-Garantia das conexões e emendas 
-Elimina o desperdício de material elétrico no canteiro 
-Elimina a etapa de passagem de fio na obra 
-Facilita a estocagem e controle do material no almoxarifado da obra 
-Minimiza o fluxo de funcionários na obra 
-Possibilita a viabilidade de empreendimentos com escala de produção em 
localidades pouco favoráveis 
 
 
2.4.4. Banheiro Pronto 
 
 
A tecnologia do banheiro pronto consiste na fabricação de um banheiro 
completo em uma linha de produção industrial. Isto significa que o banheiro sai da 
fábrica como um módulo, com todas as instalações elétricas, hidráulicas e esgoto 
prontas, piso e revestimento assentado e aparelhos sanitários já instalados, indo 
para a obra apenas para ser posicionado e conectado com as prumadas de esgoto, 
alimentação de energia e água. 
O banheiro pronto pode ser usado em hotéis, edifícios comerciais, 
residenciais, hospitais, e outros empreendimento que exijam produção em série e 
agilidade na construção. 
São construídos estruturalmente em concreto ou dry-wall, sendo que o 
segundo tem a vantagem se der muito mais leve e consequentemente facilita seu 
transporte e instalação. 
 
43 
 
 
Figura 20 – Módulo de banheiro pronto 
(Barbi do Brasil) 
 
Os banheiros, depois de prontos, são totalmente inspecionados e testados em 
sua impermeabilização e instalações que contém, depois são devidamente 
embalados e enviados para a obra. 
 
 
2.4.4.1. Processo de produção 
 
 
Os banheiros prontos em concreto são produzidos com concreto de fck 
30Mpa, armados com tela soldada, suas portas e janelas recebem reforço com 
vergalhões CA-60 de bitolas que várias de 6 a 10mm. 
 As paredes são fabricadas separadamente e unidas por meio de perfis 
metálicos e ainda na concretagem, já recebem os eletrodutos que servirão como 
infraestrutura das instalações elétricas e hidráulicas. 
No processo de montagem, o piso é nivelado e a impermeabilização é feita 
como na obra. 
44 
 
As instalações hidráulicas são feitas com o sistema de tubulações em 
polietileno reticulado (PEX), já citado anteriormente. 
As instalações de esgoto são feitas conforme o sistema convencional em PVC 
e as instalações elétricas também são executados de forma convencional, de acordo 
com as normas específicas. 
Após a finalização das instalações, o banheiro pode receber qualquer tipo de 
revestimento e acabamentos. Por ter precisão dimensional, o revestimento pode ser 
paginado e pré-cortado, reduzindo o desperdício de material. 
Os banheiros prontos executados em dry-wall, as parede e tetos são 
estruturados com perfis em aço galvanizado com espessuras entre 1,55 e 1,95mm. 
As paredes são soldadas umas às outras e revestidas com gesso acartonado. 
O piso é feito com concreto armado, o mesmo usado em banheiros de 
concreto, e a partir daí, recebe as instalações e revestimento como já citado. 
 
 
2.4.4.2. Vantagens do sistema 
 
 
Normalmente os banheiros prontos possuem custo bastante elevado, mas 
trazem algumas vantagens como todos os sistemas industrializados: 
-Eliminação de custos indiretos, racionalização e precisão no orçamento; 
-Cronograma exato e preciso, com agilidade na obra. 
-Redução de mão de obra específica e/ou qualificada na obra; 
-Diminuição de infraestrutura para abrigar funcionários; 
-Melhor gestão de compras e almoxarifado; 
-Precisão dimensional, garantia de fábrica e redução de resíduos 
 
 
 
 
 
 
45 
 
3. PROCESSOS E FERRAMENTAS PARA IMPLEMENTAÇÃO DE SISTEMAS 
DE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS 
 
 
3.1. Normatização e modularização 
 
 
A normatização e a modularização são instrumentos essenciais e 
indispensáveis para o processo de industrialização da construção. 
A normatização, precisa ser seguida ao pé da letra para que atenda aos 
requisitos técnicos impostos pelas NBRs e NRs. Acima de tudo, ao mesmo tempo 
que os produtos industrializados devem atender a características arquitetônicas e 
dimensionais, eles devem atender as exigências mínimas de dimensionamento e 
desempenho, de acordo com o tipo e finalidade. 
Outro ponto importante é a modularidade do componente. Como em qualquer 
seguimento, na construção civil os fornecedores têm a obrigação de atender as 
características dimensionais para atenderem as necessidades de seus clientes. 
Com a falta da utilização dos conceitos de coordenação modular, como 
medidas padronizadas, módulos de referência e detalhes de conexões, podem 
transformar a simples introdução de componentespré-fabricados em um caos 
generalizado, segundo Barbosa e Qualharini, 2005. 
É imprescindível a utilização de princípios de racionalização construtiva, 
considerando a coordenação modular do projeto e a padronização dos componentes 
e sistemas construtivos. 
 
 
3.2. Coordenação Modular 
 
 
A ABNT NBR 15873 (2010) define coordenação modular como sendo a 
coordenação dimensional mediante o emprego de um módulo básico ou de um 
multi-módulo. 
46 
 
Coordenação modular é uma ferramenta fundamental para a sistematização 
de industrialização da construção e consiste em relacionar medidas de projetos á 
medidas modulares, segundo Ribeiro (2002). 
Não se trata de um produto repetitivo, mas sim de um produto com medida 
padronizada em múltiplos de 10cm, que pode ser usado em vários projetos. 
A coordenação modular aumenta de sobremaneira a produtividade, otimiza o 
processo construtivo desde a concepção do projeto, aumenta a qualidade, 
potencializa as soluções logísticas e amplia as possibilidades de soluções 
construtivas 
 
 
3.3. Ferramentas (BIM e ACV) 
 
 
O uso de ferramentas como o BIM (Building Information Modeling) e ACV 
(Avaliação de Ciclo de Vida) facilitam o desenvolvimento da industrialização e 
auxiliam a coordenação modular. 
A plataforma BIM, destinadas para o projeto desde a sua concepção, fase de 
obras até o fim da vida útil do espaço, atribui informações específicas e 
características materiais a modelos tridimensionais, permitindo a interação de 
diversos componentes em um só modelo integrado, paramétrico e passível de 
simulação. Isso permite a integração de diferentes projetistas de disciplinas diversas, 
onde todos trabalham num mesmo modelo. 
A ACV é outra ferramenta que pode contribuir com a industrialização em 
conjunto com o BIM. 
Segundo definição utilizada pelo Instituto Nacional de Metodologia, Qualidade 
e Tecnologia (Inmetro), o ciclo de vida é o conjunto de todas as etapas necessárias 
para que um produto cumpra sua função na cadeia de produtividade, desde a 
extração e processamento da matéria‐prima até o descarte final, passando pelas 
fases de transformação, produção, transporte, distribuição, uso, reuso, manutenção 
e reciclagem. 
Simplificando, se trata de uma análise sobre o impacto que o produto irá 
causar ao meio ambiente. Com isso, é possível implantar melhorias no processo e 
uso de recursos, diminuindo consumo de água, energia, geração de resíduos e itens 
http://www.inmetro.gov.br/qualidade/responsabilidade_social/apresentacoes/3.pdf
http://www.inmetro.gov.br/qualidade/responsabilidade_social/apresentacoes/3.pdf
47 
 
tóxicos e ainda gerenciar outras atividades ambientais referente ao processo 
industrial. 
 
 
3.4. Planejamento preliminar para uso de sistemas industrializados 
 
 
Ao optar por usar os principais sistemas e conceitos de construção 
industrializada é necessária extrema integração de todos os envolvidos, das 
decisões e do processo de desenvolvimento do projeto. 
A definição da tecnologia empregada acontece em planejamento prévio, 
antecedendo mesmo os projetos técnicos, para que todo o projeto, desde a sua 
execução, siga diretrizes ditadas pelo sistema e assim extrair a melhor 
aplicabilidade, economia e sustentabilidade. 
A atenção se volta para questões como modulação, projeto de produto, 
fabricação, transporte, produção, contratação e ritmo de obra diferenciado, entre 
outros. 
 
 
3.4.1. Estudo de viabilidade 
 
 
Como em qualquer projeto de qualquer natureza, o primeiro passo a ser 
tomado na do uso dos sistemas industrializados é estudo de viabilidade. 
Na concepção do projeto é preciso analisar as diferentes soluções, sistemas 
construtivos, integração entre eles e o que irá ser modificado com a adoção do 
sistema. 
O estudo se inicia levantando os aspectos técnicos como aplicabilidade, 
limitações e compatibilidade com o projeto, critérios mínimos de desempenho 
técnico de acordo com as normas, e também o aspecto econômico, em relação a 
custo, prazos parcelamentos e fluxo financeiro. Para este estudo, é preciso analisar 
o pré-projeto, caracterizar os sistemas, verificar a capacidade de atendimento das 
empresas fornecedoras quanto sua estrutura e localização em relação a obra. 
48 
 
É muito importante verificar toda a documentação necessária para esta 
análise de viabilidade, pois é necessário ter em mãos informações sobre 
desempenho técnico, econômico e ambiental. 
Isto inclui pré-projeto, memorial descritivo, orçamento, cronograma, ensaios 
dos requisitos das normas para o sistema, certificações, garantia, responsabilidade 
técnica, manuais dos produtos, entre outros. 
É importante lembrar que o processo de industrialização é caracterizado pela 
agregação de valor. Isso onera o valor do produto, pois tira o serviço artesanal da 
obra e incorpora a no escopo da indústria. Quanto maior a quantidade de serviços 
que tiramos do canteiro, maior a produtividade. A partir deste conceito, surge a 
figura de um montador e não mais de um especialista. Para uma análise econômica 
adequada é preciso verificar criteriosamente a redução de tempo de obra, mão de 
obra, qualidade no que diz respeito a redução de retrabalho e manutenção e todas 
as etapas suprimidas com o uso de um sistema industrializado. A antecipação de um 
cronograma modifica diretamente o valor final do orçamento e também o fluxo de 
caixa da obra. 
Este processo causa um grande impacto também com relação a 
sustentabilidade, pois reduz perdas de materiais, reduz retrabalhos, energia e 
consequentemente resíduos gerados, além do fato de que dentro de uma indústria, 
os materiais são mais racionalizados e os resíduos são melhor destinados. 
 
 
3.4.2. Projeto 
 
 
Quando é tomada a decisão de fazer o uso de um ou mais sistemas 
industrializados, deve-se tomar bastante atenção aos projetos multidisciplinares. 
É extremamente importante que os projetos sejam muito bem detalhados, 
com memoriais descritivos, contendo informações para montagem, interface entre 
sistemas construtivos, forma de produção, procedimentos para execução, e que a 
arquitetura esteja devidamente compatibilizada com a estrutura, instalações e 
demais disciplinas. 
Como normalmente as várias disciplinas do projeto são feitas por projetistas 
diferentes, e de suma importância que haja a comunicação entre todas as partes 
49 
 
relacionadas, por isso é muito vantajoso a implantação da coordenação modular, 
que padroniza medidas, reduz variações dimensionais e simplifica a execução, e 
também o emprego da ferramenta computacional BIM, que promove interação muito 
eficiente entre as partes envolvidas no projeto. 
 
 
3.5. Produção 
 
 
Projetistas e fornecedores tem que estar em sincronia entre si para evitar 
incompatibilidade na montagem da obra, uma vez que a peça será fabricada fora do 
canteiro e posteriormente transportada. 
 
 
3.6. Contratação 
 
 
O processo de contratação de um sistema industrializado é diferenciado de 
um sistema convencional. Enquanto no convencional existem contratos de 
serviço/projeto e material, no sistema industrializado o serviço e projetos são 
incorporados ao produto. O projeto ganha grande importância desde o início pois 
deve estar precisamente alinhado com o projeto de produto. Além disso será 
necessário a contratação da instalação, devidamente compatibilizada com o 
planejamento, de forma que não afete o ritmo da obra. 
 
 
3.7. Tributação 
 
 
É válido frisar que, por se tratar de produto e não mais serviço, agrega-se ao 
valor do produto a incidência de impostos como ICMS (Imposto sobre operações 
relativas à Circulação de Mercadorias) e IPI (Imposto sobre Produtos 
Industrializados). Estes impostos oneram o sistema e podem inviabilizar o projeto. 
 
50 
 
4. BENEFÍCIOS ECONÔMICOS E OPERACIONAIS DA INDUSTRIALIZAÇÃO 
NA CONSTRUÇÃO CIVIL E INPENCÍLIOS AO SEU AVAÇO 
 
 
Como já visto anteriormente,o processo de industrialização da construção 
civil retira as etapas construtivas artesanais do canteiro de obra e as transforma 
em um produto com muito valor agregado. O processo traz uma série de 
vantagens econômicas e operacionais que serão explanadas abaixo: 
 
 
4.1. Aumento de produtividade, redução dos prazos e mão de obra não 
especializada. 
 
 
Uma das maiores dificuldades enfrentadas em obra é o cumprimento dos 
prazos. Por se tratar de uma atividade que depende muitas vezes de centenas 
de fornecedores, centenas de trabalhadores, vários prestadores de serviços, 
condições climáticas e intempéries, legislação local, acesso, transporte, sempre 
acontecem falhas operacionais e imprevistos, e todos os problemas se refletem 
diretamente no cronograma. 
Cada dia mais aumenta a exigência sobre prazos mais curtos e as 
construtoras trabalham com pouco ou até mesmo nenhuma folga, e atrasos 
significam custos adicionais, seja por mobilização, equipamentos, funcionários 
parados ou mesmo multas contratuais. 
Por isso, um dos maiores benefícios que a industrialização traz para a 
construção civil é o aumento de produtividade e a redução dos prazos de 
execução. 
Como as industrias trazem para si grande parte dos trabalhos que seriam 
executados em canteiro de obra, o produto sai da indústria pronto para ser 
instalado, e não mais materiais a serem aplicados, ou seja, grande parte do 
tempo que seria utilizado para a transformação dos materiais são absorvidos 
pela indústria, sobrando apenas uma parcela de trabalho para a obra. 
Além de trazer uma enorme agilidade, dispensa a necessidade de grande 
parte da mão de obra especializada, cada vez mais cara e escassa no mercado, 
51 
 
uma vez que o treinamento de um profissional para instalação ou montagem de 
um produto é mais simples, barato e rápido. 
 
 
4.2. Eficiência operacional e logística 
 
 
É fácil de imaginar a grande quantidade de materiais aplicados em uma 
obra, normalmente de diferentes fornecedores e de várias localidades. Essa 
grande quantidade de insumos a serem gerenciados, dificultam e burocratizam o 
processo de compra, programação de entrega e transporte. 
Dentro da obra, são vários itens a serem armazenados aumentando a 
área de almoxarifado e dificultando a gestão de estoque e logística interna. 
Sistemas industrializados diminuem consideravelmente a quantidade de 
itens a serem gerenciados, pois englobam uma grande quantidade de itens 
dentro de sua composição. Isto facilita o processo de compra, programação de 
entrega, reduz a quantidade de transporte, pois o produto parte de um único 
lugar e facilita a estocagem e a gestão interna de materiais, trazendo enormes 
ganhos operacionais. 
 
 
4.3. Qualidade e padronização 
 
 
Todos os produtos e sistemas industrializados devem garantir sua 
qualidade atendendo a todas as normas de qualquer natureza sobre sua 
caracterização, desempenho, dimensionamento e utilização, assim como 
certificações, ensaios, testes e laudos quando for o caso. Isto garante ao cliente 
e a todos os envolvidos na execução segurança e qualidade no uso do produto, 
pois se tratam de produtos fabricados dentro de um padrão de qualidade, 
padronizado, produzido dentro de condições ideais e devidamente testados, o 
que nem sempre acontece dentro do canteiro de obra com a execução 
tradicional. 
 
52 
 
4.4. Redução de resíduos e sustentabilidade 
 
 
Em uma obra convencional, é muito comum a quebra de partes já 
construídas para execução de outras etapas, como é o caso das instalações 
prediais. Primeiramente a parede é levantada, depois é preciso abrir passagem 
para os eletrodutos quebrando a parede no trajeto. Para a passagem de 
hidráulica, a mesma situação. Isso gera desperdícios de materiais, retrabalho, 
mão de obra, tempo adicional e gera resíduos. 
A utilização de sistema industrializados reduzem e até mesmo eliminam a 
geração de resíduos em determinadas etapas da obra, além de que o processo 
dentro da indústria diminui drasticamente o desperdício de matéria prima, pois 
sempre é estudado o melhor aproveitamento dos materiais de acordo com a sua 
modulação. 
Assim, menos desperdício significa menor uso de matéria prima, menor 
custo, menor gasto de energia, poluição e uso de recursos naturais. 
 
 
4.5. Barreiras a vencer 
 
 
Apesar de todos os benefícios que a industrialização leva ao setor da 
construção civil, ainda assim há muitos fatores limitantes para difusão dos 
sistemas no brasil. 
Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) o 
setor encolheu em 21% entre o período de 2014 a 2017. Esta retração 
econômica faz com que haja um desestimulo no avanço do sistema por todas as 
partes envolvidas: O cliente tem pouco dinheiro para investir ou segura 
investimento pela incerteza do momento econômico. O construtor trabalha com 
pouca margem e não quer investir em inovação, preferindo optar pelo uso do 
sistema convencional ao qual está acostumado, e por fim, por falta de demanda 
e interesse não se investe em estrutura, desenvolvimento e aplicação de novos 
produtos. 
53 
 
Sistemas novos geram muita insegurança para profissionais mais 
conservadores e faz com que haja maior resistência a sua aplicação no mercado. 
Por fim, uma das maiores barreiras a serem enfrentadas é a grande carga 
tributária imposta à indústria brasileira, que reduz as vantagens sobre sistemas 
tradicionais e por muitas vezes penaliza a utilização de sistemas industrializados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
54 
 
 CONCLUSÃO 
 
 
Através de suas pesquisas e estudos este trabalho trás uma grande 
contribuição no esclarecimento dos sistemas industrializados para a construção 
civil, apresentando as principais soluções existentes no mercado, seus processos 
de implementação, ferramentas que auxiliam sua aplicação e seus principais 
benefícios econômicos e operacionais. 
Atendendo aos objetivos propostos, foi possível demonstrar com muita 
clareza que apesar das barreiras sociais, econômicas e culturais, já existem 
alternativas muito bem desenvolvidas e consolidadas no mercado nacional que 
garantem ganhos expressivos em agilidade, padronização, qualidade e 
sustentabilidade em obras de todos os seguimentos. 
Uma das grandes preocupações no desenvolvimento deste trabalho, era 
trazer um estudo atrelado às matérias estudadas no decorrer do curso, 
aprimorando tudo o que foi aprendido e desenvolvido em sala para aplicação na 
vida profissional e foi verificado que os pontos abordados fazem uma ponte a 
especialização, trazendo grandes soluções para os problemas rotineiros de um 
gestor de obras, decorrentes das suas atribuições. 
A construção civil ainda gatinha no desenvolvimento, portanto este tema 
ainda tem muito a ser explorado. Aqui foram apresentados os principais 
sistemas, mas tem muitas outras soluções já disponíveis e em desenvolvimento, 
e sendo assim, o investimento em pesquisas para ampliação dos sistemas e 
desenvolvimento de novas soluções para a industrialização da construção civil 
trarão enormes contribuições não só para profissionais do setor ou mesmo o 
setor da construção, mas para toda a população. 
 
 
 
 
 
 
 
 
55 
 
 REFERÊNCIAS 
 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL. ABDI. Manual da Construção 
Industrializada: Conceitos e Etapas: Estrutura e Vedação. Brasília: [s.n.], 2015. 208 p. v. 1. 
 
 
BONAFÉ, Gabriel. Sistemas construtivos industrializados agilizam obras residenciais. 
Disponível em: <https://www.aecweb.com.br/cont/m/rev/sistemas-construtivos-
industrializados-agilizam-obras-residenciais_14767_10_0>. Acesso em: 08 jan. 2018. 
 
 
CONJUNTURA E MERCADOS CONSULTORIA JR.. Institucional. Construção Civil: 
desafios e transformações para continuar a ser a locomotiva da economia. Disponível 
em: <https://tribunademinas.com.br/colunas/conjuntura-mercado/23-08-2016/construcao-civil-desafios-e-transformacoes-para-continuar-a-ser-a-locomotiva-
da-economia.html>. Acesso em: 08 jan. 2018. 
 
 
CONSTRUÇÃO industrializada alia tecnologia e sustentabilidade, garanta especialista. 
Disponível em: <http://www.fiems.com.br/noticias/construcao-industrializada-alia-
tecnologia-e-sustentabilidade-garanta-especialista/6350>. Acesso em: 08 jan. 2018. 
 
 
CONSTRUÇÃO industrializada é o futuro da construção civil. Disponível em: 
<http://www.cbca-acobrasil.org.br/site/noticias-detalhes.php?cod=7163>. Acesso 
em: 08 jan. 2018. 
 
 
CONSTRUÇÃO Sustentável. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/cidades-
sustentaveis/urbanismo-sustentavel/constru%C3%A7%C3%A3o-sustent%C3%A1vel>. 
Acesso em: 10 jan. 2018. 
56 
 
 
 
DEFINIÇÃO de Resíduos da Construção Civil no Brasil. Disponível em: 
<https://portalresiduossolidos.com/definicao-de-residuos-da-construcao-civil-no-
brasil/>. Acesso em: 10 jan. 2018. 
 
 
MÓDENA, Luciano. Construção industrializada: Uma contribuição para habitações 
de interesse social. 2009. 101 p. Dissertação (Especialista em Edificações)- 
Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2009. 
 
 
NAKAMURA, Juliana. Como fazer o gerenciamento de obras. Disponível em: 
<http://au17.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/245/como-fazer-o-gerenciamento-
de-obras-324017-1.aspx>. Acesso em: 05 maio 2018. 
 
 
RODRIGUES, Mariuza. Números do desperdício. 53. Disponível em: 
<http://techne17.pini.com.br/engenharia-civil/53/artigo285202-1.aspx>. Acesso em: 
08 jan. 2018. 
 
 
ROSA, Whilhelm. Arquitetura industrializada: A evolução de um sonho a 
modularidade. 2006. Monografia (Mestre em Arquitetura) - Universidade de São 
Paulo. São Paulo, 2006. 
 
 
SAYEGH, Simone. Habitação econômica. 186. Disponível em: 
<http://au17.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/186/artigo151679-1.aspx>. Acesso 
em: 09 jan. 2018. 
 
 
57 
 
SEMINÁRIO DE PRÉ-MOLDADOS DE MATO GROSSO DO SUL. Institucional.Construção 
Industrializada alia tecnologia e sustentabilidade. Disponível em: 
<http://www.abcic.org.br/boletim/bol7a_destaque2.pdf>. Acesso em: 08 jan. 2018. 
 
 
SILVA, Fernanda Belizário. Planejamento de Processos de Construção para a 
produção industrializada de edifícios habitacionais: Proposta de um modelo. 2012. 
189 p. Dissertação (Mestre em Engenharia) - Universidade de São Paulo, São Paulo, 
2012. 
 
 
SILVA, Lucas Marques da. A importância do gerenciamento do tempo nos projetos. 
Disponível em: 
<http://www.techoje.com.br/site/techoje/categoria/detalhe_artigo/409>. Acesso 
em: 10 jan. 2018.

Continue navegando