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MÓDULO IV APERFEIÇOAMENTO FORTALECIMENTO DAS AÇÕES DE IMUNIZAÇÃO NOS TERRITÓRIOS MUNICIPAIS //Curso de Aula 17 // Procedimentos Técnicos para Administração de Vacinas C r é d i t o s / / Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial. O conteúdo desta publicação foi desenvolvido e aperfeiçoado pela equipe MaisCONASEMS e Faculdade São Leopoldo Mandic. Material de Referência. Mais CONASEMS. Curso de Aperfeiçoamento Fortalecimento das Ações de Imunização nos Territórios Municipais. Módulo IV: A Imunização Segura nos Ciclos de Vida - Aula 17 – Procedimentos Técnicos para Administração de Vacinas. Ficha Catalográfica Ficha Técnica Curadoria e Produção de Conteúdos Mandic André Ricardo Ribas Freitas Fabiana Medeiros Lopes de Oliveira Giuliano Dimarzio Laura Andrade Lagoa Nóbrega Márcia Fonseca Regina Célia de Menezes Succi Professoras Conteudistas Daniela Aparecida Alves dos Santos Nascione Ramos de Souza Gestor Educacional Rubensmidt Ramos Riani Coordenação Técnica e Pedagógica Cristina Crespo Valdívia Marçal Coordenação Pedagógica – Faculdade São Leopoldo Mandic Fabiana Succi Patricia Zen Tempski Especialista em Educação a Distância Kelly Santana Priscila Rondas Designer instrucional Alexandra Gusmão Juliana de Almeida Fortunato Pollyanna Micheline Lucarelli Web Desenvolvedor Aidan Bruno Alexandre Itabayana Cristina Perrone Paloma Eveir Este material foi elaborado e desenvolvido pela equipe técnica e pedagógica do Mais CONASEMS em parceria com a Faculdade São Leopoldo Mandic. Coordenação Geral Conexões Consultoria em Saúde Ltda. Revisão textual Gehilde Reis Paula de Moura Olá! Este é o seu Material de Referência da Aula 17 do Módulo 4. Nele, aprofundaremos nossos estudos referentes ao tema procedimentos técnicos para administração de vacinas . Nossa proposta é que você tenha acesso a mais conhecimento, por isso leia- o com atenção e consulte-o sempre que necessário! Assimilar e aplicar na sua prática os procedimentos necessários na utilização de materiais descartáveis. Examinar o estado da embalagem, a aparência, o número do lote, o prazo de validade do imunobiológico que será preparado. Assimilar e aplicar os procedimentos necessários e técnicas de administração considerando as diferentes vias. Saber preparar o imunobiológico com segurança. Saber selecionar a seringa e a agulha apropriadas para a vacinação levando em consideração a vacina, via e local da aplicação. Identificar as vias de administração de acordo com a recomendação de cada imunobiológico. 01 03 04 05 06 07 Assimilar e aplicar os procedimentos necessários para remoção e reconstituição de soluções nas suas diversas apresentações, e suas validades após reconstituição. 02 Objetivos de aprendizagem Intro dução Na aula 17, você conhecerá os procedimentos necessários na utilização de materiais descartáveis, e para remoção e reconstituição de soluções nas suas diversas apresentações e suas validades após reconstituição e as técnicas de administração, considerando as vias. B oa lei tur a! //Procedimentos técnicos para administração de vacinas Procedimentos técnicos para administração de vacinas As vacinas permitem a prevenção, o controle, a eliminação e a erradicação das doenças imunopreveníveis, assim como a redução da morbimortalidade por certos agravos, sendo a sua utilização bastante custo-efetiva. A administração de imunobiológicos confere imunização ativa ou passiva ao indivíduo. Para que este processo se dê em sua plenitude e com segurança, as atividades de imunização devem ser cercadas de cuidados, adotando-se procedimentos adequados antes, durante e após a administração dos imunobiológicos. Todos os profissionais de saúde devem receber treinamento abrangente baseado em competência antes de administrar as vacinas, conforme as normas estabelecidas pelo artigo 9º da RDC nº 197 da ANVISA de 26 de dezembro de 2017. / / P r o c e d i m e n t o s T é c n i c o s p a r a A d m i n i s t r a ç ã o d e V a c i n a s O treinamento, incluindo um componente de observação, deve ser integrado aos programas de educação dos profissionais de saúde, englobando a orientação para novos funcionários e educação continuada para todos os funcionários. Além disso, os profissionais de saúde devem receber atualizações quando necessário, seja quando as recomendações de administração de vacinas são atualizadas ou quando novas vacinas são adicionadas ao calendário de vacinação. / / P r o c e d i m e n t o s T é c n i c o s p a r a A d m i n i s t r a ç ã o d e V a c i n a s //Procedimentos para a administração de vacinas, soros e imunoglobulinas • Conservação e temperatura adequadas. • Identificação correta do usuário. • Momento certo. • Higienização das mãos antes e depois de qualquer procedimento. • Vacina correta. • Prazo de validade das vacinas. O que observar em relação a todas as vacinas! / / P r o c e d i m e n t o s p a r a a a d m i n i s t r a ç ã o d e v a c i n a s , s o r o s e i m u n o g l o b u l i n a s • Diluição correta das vacinas. • Registro da data e hora da abertura dos frascos de vacinas. • Via e local de administração de vacinas certos. • Posição do bisel (voltado para cima em aplicações ID e lateralmente em aplicações SC e IM). • Registro correto dos dados nos cartões (inclusive no cartão espelho). • Registro correto dos dados nos sistemas de informação oficiais adotados. • Aprazamento correto das doses subsequentes. / / P r o c e d i m e n t o s p a r a a a d m i n i s t r a ç ã o d e v a c i n a s , s o r o s e i m u n o g l o b u l i n a s Insumos básicos para a sala de vacina Os principais materiais considerados básicos na sala de vacinação são os relacionados a seguir. • Caixa coletora de material perfurocortante com suporte. • Dispensador para sabão líquido. • Dispensador para papel-toalha. • Instrumentos de medição de temperatura para os equipamentos de refrigeração e as caixas térmicas. • Bandeja de aço inoxidável. / / P r o c e d i m e n t o s p a r a a a d m i n i s t r a ç ã o d e v a c i n a s , s o r o s e i m u n o g l o b u l i n a s O Calendário Nacional de Vacinação é a sequência cronológica de vacinas que devem ser administradas sistematicamente em um país ou área geográfica e cuja finalidade é a obtenção de imunização adequada na população, frente às enfermidades prevalentes na ocasião e para as quais se dispõe de vacina eficaz. Qual é a finalidade do Calendário de Vacinação ? Vários aspectos e critérios são considerados para a sua construção: • importância epidemiológica das doenças a serem prevenidas; disponibilidade de uma vacina segura e eficaz; o esquema vacinal a ser utilizado (viabilidade do uso, número de aplicações necessárias e resposta imune obtida) e os recursos financeiros disponíveis para compra das vacinas pelo Ministério da Saúde. / / P r o c e d i m e n t o s p a r a a a d m i n i s t r a ç ã o d e v a c i n a s , s o r o s e i m u n o g l o b u l i n a s • Termômetro clínico para mensuração da temperatura corporal, quando necessário. • Recipientes (perfurados ou não) para a organização dos imunobiológicos dentro do equipamento de refrigeração. • Bobinas reutilizáveis para a conservação dos imunobiológicos em caixas térmicas. • Algodão hidrófilo. • Recipiente para o algodão. • Fita adesiva (com largura de 5 cm). • Caixas térmicas de poliuretano com capacidade mínima de 12 litros para as atividades diárias da sala de vacinação e as ações extramuros. / / P r o c e d i m e n t o s p a r a a a d m i n i s t r a ç ã o d e v a c i n a s , s o r o s e i m u n o g l o b u l i n a s Seringas e agulhas com as seguintes especificações: o Seringas de plástico descartáveis(1,0 mL, 3,0 mL e 5,0 mL). o Agulhas descartáveis: • para uso intradérmico: 13 x 3,8 dec/mm; • para uso subcutâneo: 13 x 3,8 dec/mm e 13 x 4,5 dec/mm; • para uso intramuscular: 20 x 5,5 dec/mm; 25 x 6,0 dec/mm; 25 x 7,0 dec/mm; 25 x 8,0 dec/mm e 30 x 7,0 dec/mm; • para diluição. o Recipiente plástico para ser colocado dentro da caixa térmica, com o objetivo de separar e proteger os frascos de vacina abertos e em uso. o Papel-toalha. o Sabão líquido. / / P r o c e d i m e n t o s p a r a a a d m i n i s t r a ç ã o d e v a c i n a s , s o r o s e i m u n o g l o b u l i n a s Materiais de escritório: • Lápis. • Caneta. • Borracha. • Grampeador. • Perfurador. • Extrator de grampos. • Carimbos. • Almofada. • Impressos. / / P r o c e d i m e n t o s p a r a a a d m i n i s t r a ç ã o d e v a c i n a s , s o r o s e i m u n o g l o b u l i n a s // Procedimentos na utilização de seringas e agulhas Uma vacina injetável pode ser administrada com uma seringa de 1 mL ou 3 mL. As vacinas devem atingir o tecido desejado para fornecer uma resposta imunológica ideal e reduzir a probabilidade de reações no local da injeção. Um suprimento de agulhas deve estar disponível em comprimentos variados, apropriados para atender a demanda da sala de vacina. O julgamento clínico deve ser usado ao selecionar o comprimento da agulha. A seleção da agulha deve ser baseada em: • Via de administração. • Idade do paciente. • Sexo e peso (para adultos com 19 anos ou mais). • Local de injeção. / / P r o c e d i m e n t o s n a u t i l i z a ç ã o d e s e r i n g a s e a g u l h a s No manuseio de seringas e agulhas descartáveis, é necessário manter os seguintes cuidados: • Guarde as seringas e agulhas descartáveis na embalagem original e em local limpo e seco, de preferência em armário fechado. • Higienize as mãos conforme orientação. • Manuseie o material em campo limpo. • Verifique, antes de abrir: se a embalagem está íntegra, se o material encontra-se dentro do prazo de validade e se o material é apropriado ao procedimento, evitando o desperdício. • Abra cuidadosamente a embalagem na direção do êmbolo para o canhão ou para a ponta da agulha, no caso das seringas com agulhas acopladas, evitando a contaminação (Figura 1). • Descarte adequadamente as seringas e agulhas após seu uso, conforme orientação. / / P r o c e d i m e n t o s n a u t i l i z a ç ã o d e s e r i n g a s e a g u l h a s Figura 1- Instruções para abrir a embalagem da seringa / / P r o c e d i m e n t o s n a u t i l i z a ç ã o d e s e r i n g a s e a g u l h a s • Após o uso, as agulhas não devem ser reencapadas ou entortadas nem retiradas manualmente. • As seringas e agulhas devem ser descartadas em caixas coletoras de materiais perfurocortantes. • Quando a caixa coletora de material perfurocortante atingir a capacidade máxima de armazenamento, ela deve ser fechada e enviada para a coleta do lixo hospitalar. • Seringas e agulhas com dispositivo de segurança também devem ser descartadas na caixa coletora de material perfuro cortante. Notas! / / P r o c e d i m e n t o s n a u t i l i z a ç ã o d e s e r i n g a s e a g u l h a s // Procedimentos para remoção e reconstituição de imunobiológicos A preparação adequada da vacina é crítica para manter a integridade do produto durante a transferência do frasco do fabricante para a seringa e, em última instância, para o usuário. As vacinas estão disponíveis em diferentes apresentações, incluindo frascos de dose única, vacinas em seringas prontas para uso, frascos multidose e aplicadores orais. Sempre verifique o rótulo do frasco ou da caixa para determinar: • a vacina e o diluente corretos (se necessário). • a data de validade. Vacinas ou diluentes expirados nunca devem ser usados. Cada vacina e diluente (se necessário) devem ser cuidadosamente inspecionados quanto a danos, partículas ou contaminação antes do uso. Verifique se a vacina foi armazenada em temperaturas adequadas. / / P r o c e d i m e n t o s p a r a r e m o ç ã o e r e c o n s t i t u i ç ã o d e i m u n o b i o l ó g i c o s Verifique a data de validade da vacina ou diluente antes de preparar a vacina. As vacinas disponíveis em frascos de unidose não contêm conservantes para prevenir o crescimento de microrganismos. Portanto, os frascos de vacinas unidose devem ser perfurados uma vez para uso em um usuário e para uma injeção. Assim que a dosagem apropriada for retirada, qualquer conteúdo restante deve ser descartado de forma adequada. As vacinas embaladas em seringas prontas para uso são preparadas com uma única dose de vacina e seladas em condições estéreis pelo fabricante. Não contém conservantes para ajudar a prevenir o crescimento de microrganismos. Se destina a um usuário para uma injeção. Uma vez quebrado o selo estéril, a vacina deve ser usada ou descartada até o final da jornada de trabalho ou conforme orientação do fabricante quanto à validade após abertura do frasco. Os frascos de multidose normalmente contêm conservantes antimicrobianos para ajudar a prevenir o crescimento de microrganismos. Com o conservante, eles podem ser perfurados mais de uma vez. / / P r o c e d i m e n t o s p a r a r e m o ç ã o e r e c o n s t i t u i ç ã o d e i m u n o b i o l ó g i c o s Os frascos de multidose devem ser mantidos em perfeitas condições de higiene para evitar a contaminação inadvertida do frasco por meio do contato direto ou indireto com superfícies ou equipamentos potencialmente contaminados e conservados adequadamente para manter a potência da vacina. Apenas o número de doses indicado na bula do fabricante deve ser retirado do frasco. Doses parciais de dois ou mais frascos nunca devem ser combinadas para obter uma dose da vacina. As vacinas reconstituídas têm um período limitado de uso, ou seja, têm prazo de validade após diluição ou após abertura do frasco. Esse período de tempo é informado pelo fabricante em bula, por exemplo, a vacina SCR após diluição tem validade por 6 horas se mantida em temperatura adequada e em condições assépticas. Alguns frascos de multidose têm um período de uso específico após serem perfurados com uma agulha. Por exemplo, a bula pode indicar que a vacina deve ser descartada 28 dias após a primeira punção. / / P r o c e d i m e n t o s p a r a r e m o ç ã o e r e c o n s t i t u i ç ã o d e i m u n o b i o l ó g i c o s // Remoção de imunobiológicos acondicionados em ampolas de vidro • Higienize as mãos. • Escolha a seringa e a agulha apropriadas e, quando for o caso, acople a seringa à agulha, mantendo-a protegida. • Envolva a ampola em algodão seco. • Abra a ampola e coloque-a entre os dedos indicador e médio. • Introduza a agulha na ampola. • Aspire a dose correspondente. / / R e m o ç ã o d e i m u n o b i o l ó g i c o s a c o n d i c i o n a d o s e m a m p o l a s d e v i d r o Após a abertura, a solução deve ser mantida no frasco da vacina. A dose deve ser aspirada somente no momento da administração. Nunca deixe seringas preenchidas (previamente preparadas) armazenadas na caixa térmica ou equipamento de uso diário da sala de vacinação. / / R e m o ç ã o d e i m u n o b i o l ó g i c o s a c o n d i c i o n a d o s e m a m p o l a s d e v i d r o // Remoção de imunobiológicos acondicionados em frasco-ampola com tampa de borracha • Higienize as mãos. • Escolha a seringa e a agulha apropriadas e, quando for o caso, acople a seringa à agulha, mantendo-a protegida. • Remova a proteção metálica do frasco-ampola que contém o imunobiológico. • Limpe a tampa de borracha com algodão seco. • Introduza a agulha no frasco-ampola. • Aspire o líquido correspondente à dose a ser administrada. • Coloque a seringa em posição vertical (no nível dos olhos),ajuste a dose com a agulha ainda conectada ao frasco-ampola e expulse o ar. • Mantenha a agulha protegida até o momento da administração. / / R e m o ç ã o d e i m u n o b i o l ó g i c o s a c o n d i c i o n a d o s e m f r a s c o - a m p o l a c o m t a m p a d e b o r r a c h a // Reconstituição de imunobiológicos apresentados sob a forma liofilizada A reconstituição é o processo de adicionar um diluente a um ingrediente seco para torná-lo um líquido. A vacina liofilizada (pó ou pastilha) e seu diluente, normalmente, vêm juntos do fabricante. As vacinas devem ser reconstituídas de acordo com as diretrizes do fabricante, usando apenas o diluente fornecido para uma vacina específica. Os diluentes variam em volume e composição e são projetados especificamente para atender ao volume, equilíbrio de pH e requisitos químicos de suas vacinas correspondentes. Um diluente diferente, um frasco com água estéril ou soro fisiológico nunca devem ser usados para reconstituir as vacinas, exceto nas situações que é recomendado pelo fabricante, por exemplo, a vacina covid-19 do fabricante Pfizer que recomenda, para diluição, o uso do soro fisiológico. Se for usado o diluente errado consiste-se em erro de imunização, a dose da vacina não será considerada válida e deverá ser repetida com o diluente correto. Nesse caso, deve ser notificado Erro em Imunização. A vacina deve ser reconstituída imediatamente antes da administração, seguindo as instruções da bula. / / R e c o n s t i t u i ç ã o d e i m u n o b i o l ó g i c o s a p r e s e n t a d o s s o b a f o r m a l i o f i l i z a d a Os seguintes procedimentos devem ser seguidos: • Higienize as mãos. • Escolha a seringa e a agulha apropriadas e, quando for o caso, acople a seringa à agulha, mantendo-a protegida. • Retire a tampa metálica do frasco-ampola contendo o liófilo, • Limpe a tampa de borracha com algodão seco. • Envolva a ampola do diluente em gaze ou algodão seco e abra-a. • Coloque a ampola aberta entre os dedos indicador e médio. • Aspire o diluente da ampola e injete-o na parede interna do frasco-ampola ou ampola contendo o liófilo. Uma vez reconstituída, a vacina deve ser administrada dentro do prazo especificado para uso na bula do fabricante; caso contrário, a vacina deve ser descartada. Não é necessário trocar a agulha entre a preparação e a administração da vacina, a menos que a agulha esteja contaminada ou danificada. / / R e c o n s t i t u i ç ã o d e i m u n o b i o l ó g i c o s a p r e s e n t a d o s s o b a f o r m a l i o f i l i z a d a • Realize a homogeneização do conteúdo realizando movimentos rotativos do frasco em sentido único, sem produzir espuma. Não agitar. • Aspire à quantidade da solução correspondente à dose a ser administrada. • Coloque a seringa em posição vertical (no nível dos olhos) com a agulha ainda conectada ao frasco-ampola e expulse o ar. • Mantenha a agulha protegida até o momento da administração. / / R e c o n s t i t u i ç ã o d e i m u n o b i o l ó g i c o s a p r e s e n t a d o s s o b a f o r m a l i o f i l i z a d a // Procedimentos segundo as vias de administração dos imunobiológicos As vacinas podem ser aplicadas pelas vias intramuscular, subcutânea, intradérmica e oral, sendo mais utilizada a via parenteral, intramuscular e subcutânea. Para a aplicação correta, são necessários que sejam observados alguns aspectos, entre eles, a composição, a apresentação da vacina, a via e o local de administração recomendados e a escolha correta da agulha. / / P r o c e d i m e n t o s s e g u n d o a s v i a s d e a d m i n i s t r a ç ã o d o s i m u n o b i o l ó g i c o s A administração adequada do imunobiológico é um componente crítico para uma vacinação bem sucedida, sendo importante garantir técnicas de administração seguras e seguir os “Certos” na administração da vacina: • Conservação certa; • Validade certa; • Pessoa certa; • Vacinas e diluentes certos; • Idade para vacinação certa; • Dosagem certa; • Intervalo entre as doses certo; • Preparo certo (incluindo a escolha da seringa e agulha corretas); • Volume certo; • Via de aplicação certa; • Local de aplicação certo; • Registro certo; • Orientações certas; • Aprazamento. / / P r o c e d i m e n t o s s e g u n d o a s v i a s d e a d m i n i s t r a ç ã o d o s i m u n o b i o l ó g i c o s A técnica de aplicação merece atenção especial, mas outros aspectos também são importantes e devem ser observados. Cuidados antes de administrar a vacina: • Obtenha a história completa de imunização, em todas as visitas. • Observe com atenção o cartão de vacinação e selecione as vacinas a serem administradas de acordo com faixa etária, calendário de vacinação e situação de saúde específica. • Informe ao usuário ou a seu responsável as vacinas que serão administradas no momento, e as doenças que protegem. / / P r o c e d i m e n t o s s e g u n d o a s v i a s d e a d m i n i s t r a ç ã o d o s i m u n o b i o l ó g i c o s • Avalie as contraindicações e as precauções antes de administrar qualquer vacina. • Oriente sobre os benefícios e os riscos das vacinas e os riscos de doenças evitáveis por vacinação; esclareça dúvidas. • Certifique-se de que a cadeia de frio foi efetiva. Esteja atento para os sinais que precedem a síncope (desmaio) iminente: palidez, sudorese, tremores e medo. Caso a pessoa desmaie, preste cuidados, fornecendo apoio e protegendo de lesões; coloque a pessoa em observação (sentada ou deitada) durante pelo menos 15 minutos após a vacinação. Síncope após a vacinação: pode ocorrer particularmente em adolescentes e adultos jovens. O profissional de saúde deve estar ciente das manifestações pré-síncope e atento para prevenir quedas e lesões se ocorrerem fraquezas, tonturas ou perda de consciência. / / P r o c e d i m e n t o s s e g u n d o a s v i a s d e a d m i n i s t r a ç ã o d o s i m u n o b i o l ó g i c o s Embora a dor da aplicação das vacinas seja, até certo ponto, inevitável, há algumas estratégias que os pais e os profissionais podem utilizar para minimizar esta situação, trabalhando para oferecer uma vacinação segura e o menos estressante possível: • A postura do profissional, que deve se apresentar calmo, colaborativo e bem informado, utilizando frases neutras e evitando frases que aumentem a ansiedade ou não sejam verdadeiras, como “isto incomoda apenas por um segundo”. • O posicionamento adequado da pessoa que irá receber a vacina, de acordo com a idade, deve ser garantido. Recomenda-se que as crianças sejam posicionadas no colo dos pais ou responsáveis, se não houver impedimento para isso. • Durante a aplicação de vacinas pela via intramuscular, não deve ser realizada a aspiração, o que pode aumentar a dor devido ao aumento do tempo de contato e do movimento lateral da agulha. • Favorecer e apoiar a presença dos pais ou responsáveis durante e após o procedimento de vacinação. / / P r o c e d i m e n t o s s e g u n d o a s v i a s d e a d m i n i s t r a ç ã o d o s i m u n o b i o l ó g i c o s • A amamentação deve ser realizada, quando possível, durante o procedimento de vacinação, iniciando 5 minutos antes da administração das vacinas. Quando há vacinas orais e injetáveis a serem administradas na mesma visita ao serviço, deve-se administrar primeiro a vacina oral e, então, amamentar simultaneamente à administração das vacinas injetáveis. • O contato pele a pele ou cuidado canguru poderá ser associado às intervenções anteriores, exigindo apenas que a mãe, o pai ou outro cuidador segure o recém-nascido junto ao seu peito despido. • Crianças menores de 3 anos devem ser posicionadas no colo dos pais ou responsáveis durante o procedimento; crianças maiores de 3 anos devem ser posicionadas sentadaspreferivelmente no colo dos pais ou responsáveis. • Crianças na faixa etária de 3 a 5 anos, a utilização de brinquedo terapêutico constitui-se em uma importante estratégia de redução da dor e do estresse durante a vacinação. • Crianças menores de 6 anos – distrações para tirar a atenção da dor da aplicação para coisas mais agradáveis como brinquedos, vídeo, música ou uma conversa do seu interesse com um adulto, é recomendado. / / P r o c e d i m e n t o s s e g u n d o a s v i a s d e a d m i n i s t r a ç ã o d o s i m u n o b i o l ó g i c o s É importante preparar a criança, o adolescente ou o adulto antes da aplicação de uma vacina. No caso das crianças, principalmente aquelas de até dois anos que possuem um esquema vacinal extenso, uma orientação adequada aos pais ou responsáveis pode contribuir para o sucesso da realização do procedimento de vacinação. A orientação aos pais ou responsáveis deve incluir: a importância da vacina, as doenças prevenidas pelo produto a ser usado e os possíveis eventos adversos. / / P r o c e d i m e n t o s s e g u n d o a s v i a s d e a d m i n i s t r a ç ã o d o s i m u n o b i o l ó g i c o s // Via de administração dos imunobiológicos Os imunobiológicos são produtos seguros, eficazes e bastante custo- efetivos em saúde pública. Sua eficácia e segurança, entretanto, estão fortemente relacionadas ao seu manuseio e à sua administração. Portanto, cada imunobiológico demanda uma via específica para a sua administração, a fim de se manter a sua eficácia plena. / / V i a d e a d m i n i s t r a ç ã o d o s i m u n o b i o l ó g i c o s Via oral A via oral é utilizada para a administração de substâncias que são absorvidas no trato gastrointestinal com mais facilidade e são apresentadas, geralmente, em forma líquida ou como drágeas, cápsulas e comprimidos. O volume e a dose dessas substâncias são introduzidos pela boca. São exemplos de vacinas administradas por tal via: vacina poliomielite 1,3 (atenuada) e vacina rotavírus humano. / / V i a d e a d m i n i s t r a ç ã o d o s i m u n o b i o l ó g i c o s No caso de produtos com apresentação em dose única, a administração deve ser diretamente na boca da criança; quando a apresentação for multidose, deve-se tomar cuidado para não contaminar o aplicador pelo contato com a mucosa oral. Para administração da vacina pela via oral, deve-se seguir os seguintes procedimentos: • Registre a vacina que será administrada na caderneta e no sistema de informação oficial. • Higienize as mãos com água e sabão. • Retire a vacina do equipamento específico de uso diário em sala de vacina, verificando o seu nome, a integridade do frasco e o aspecto do volume. Além disso, certifique-se do prazo de validade. • Informe ao responsável qual imunobiológico será administrado e a sua importância. • Prepare o usuário a ser vacinado, colocando-o em posição segura e confortável, se necessário com o auxílio do acompanhante. / / V i a d e a d m i n i s t r a ç ã o d o s i m u n o b i o l ó g i c o s • Para vacinar a criança de colo, o vacinador deve se colocar por trás dela, inclinar sua cabeça ligeiramente para trás e fazer leve pressão nas bochechas. • Administre a vacina. • Não repetir a dose se a criança regurgitar, cuspir ou vomitar após. • Higienize as mãos novamente com água e sabão. • Observe a ocorrência de eventos adversos pós- vacinação. • Informe aos pais e/ou aos responsáveis a possibilidade do aparecimento das reações consideradas mais comuns e de reações adversas. • Oriente o usuário o que fazer, onde se dirigir caso apareçam reações adversas. / / V i a d e a d m i n i s t r a ç ã o d o s i m u n o b i o l ó g i c o s Via parenteral A maior parte dos imunobiológicos oferecidos pelo PNI é administrada por via parenteral. As vias de administração parenterais diferem em relação ao tipo de tecido em que o imunobiológico será administrado. Tais vias são as seguintes: intradérmica, subcutânea, intramuscular e endovenosa. Esta última é exclusiva para a administração de determinados tipos de soros. Para a administração de vacinas, não é recomendada a antissepsia da pele do usuário. Somente quando houver sujidade perceptível, ou no caso de vacinação extramuros e em ambiente hospitalar, a pele deve ser limpa utilizando-se água e sabão ou álcool a 70%. / / V i a d e a d m i n i s t r a ç ã o d o s i m u n o b i o l ó g i c o s / / V i a d e a d m i n i s t r a ç ã o d o s i m u n o b i o l ó g i c o s Quando usar álcool a 70% para limpeza da pele, friccionar o algodão embebido por 30 segundos e, em seguida, esperar mais 30 segundos para permitir a secagem da pele, deixando-a sem vestígios do produto, de modo a evitar contaminação tanto do imunobiológico quanto do usuário. A administração de vacinas por via parenteral não requer paramentação especial para a sua execução. A exceção se dá quando o vacinador apresenta lesões abertas com soluções de continuidade nas mãos. Excepcionalmente, nesta situação, orienta-se a utilização de luvas, a fim de se evitar contaminação tanto do imunobiológico quanto do usuário. / / V i a d e a d m i n i s t r a ç ã o d o s i m u n o b i o l ó g i c o s A administração de soros por via endovenosa requer o uso de luvas, assim como antissepsia da pele do usuário. Via intradérmica (ID) Na utilização da via intradérmica, a vacina é introduzida na derme, que é a camada superficial da pele. Esta via proporciona uma lenta absorção das vacinas administradas. O volume máximo a ser administrado por esta via é de 0,5ml. A vacina BCG e a raiva humana em esquema pré-exposição, por exemplo, são administradas pela via intradérmica. Para facilitar a identificação da cicatriz vacinal, recomenda-se no Brasil que a vacina BCG-ID seja administrada na inserção inferior do músculo deltoide direito. Na impossibilidade de se utilizar o deltoide direito para tal procedimento, a referida vacina pode ser administrada em outro local. / / V i a d e a d m i n i s t r a ç ã o d o s i m u n o b i o l ó g i c o s Procedimentos para administração: • Separe os materiais indicados: algodão, seringa e agulha apropriados. A seringa mais apropriada para a injeção intradérmica é a de 1,0 mL, que possui escalas de frações em mililitros (0,1 mL). A agulha deve ser pequena (entre 10 mm e 13 mm de comprimento) e fina (3,8 dec/mm; 4,0 dec/mm e 4,5 dec/mm de calibre). • Registre a vacina que será administrada. • Higienize as mãos com água e sabão, conforme orientado. • Cheque o imunobiológico a ser administrado, assim como o usuário que irá recebê-lo. • Prepare a vacina conforme a sua apresentação. • Escolha o local para a administração da vacina, evitando locais com cicatrizes, manchas, tatuagens e lesões. • Faça a limpeza da pele com algodão seco. • Coloque o usuário em posição confortável e segura. Na vacinação de crianças, solicite ajuda do acompanhante na contenção para evitar movimentos bruscos. • Segure firmemente com a mão o local, distendendo a pele com o polegar e o indicador. / / V i a d e a d m i n i s t r a ç ã o d o s i m u n o b i o l ó g i c o s • Segure a seringa com o bisel da agulha para cima, coincidindo com o lado da graduação da seringa. A agulha deve formar com o braço um ângulo de 15º. • Introduza a agulha paralelamente à pele, até que o bisel desapareça. • Injete a vacina lentamente, pressionando a extremidade do êmbolo com o polegar. • Retire a agulha da pele. • Não faça compressão no local de administração da vacina. • Despreze a seringa e a agulha utilizadas na caixa coletora de perfurocortante. • Higienize as mãos com água e sabão. • Observe a ocorrência de eventos adversos pós-vacinação. • Oriente ao usuário o que fazer, onde se dirigir caso apareçam reações adversas. / / V i a d e a d m i n i s t r a ç ã o d o s i m u n o b i ol ó g i c o s Via subcutânea (SC) Na utilização da subcutânea, a vacina é introduzida na hipoderme, ou seja, na camada subcutânea da pele. O volume máximo a ser administrado é de 1,5ml. São exemplos de vacinas administradas por essa via: sarampo, caxumba, rubéola e vacina febre amarela (atenuada). Alguns locais são mais utilizados para a vacinação por via subcutânea: • A região do deltoide no terço proximal; • A face superior externa do braço; • A face anterior e externa da coxa; • A face anterior do antebraço. / / V i a d e a d m i n i s t r a ç ã o d o s i m u n o b i o l ó g i c o s Procedimentos para administração: • Separe os materiais indicados: algodão, seringa e agulha apropriados. As seringas mais apropriadas para a injeção subcutânea são as de 1 mL e 3 mL. A agulha deve ser pequena (entre 13 mm e 20 mm de comprimento), fina (entre 4 dec/mm e 6 dec/mm de calibre) e com bisel curto. • Registre a vacina que será administrada. • Higienize as mãos. • Cheque o imunobiológico a ser administrado, bem como o usuário que irá recebê-lo. • Prepare a vacina conforme a sua apresentação. • Escolha o local para a administração da vacina, evitando locais com cicatrizes, manchas, tatuagens e lesões. • Faça a limpeza da pele com algodão seco. • Coloque o usuário em posição confortável e segura, evitando acidentes durante o procedimento. Na vacinação de crianças, solicite ajuda do acompanhante na contenção para evitar movimentos bruscos. • Pince o local da administração com o dedo indicador e o polegar, mantendo a região firme. • Pode-se utilizar ângulo de 45° a 90°, de acordo com o comprimento da agulha e da espessura do tecido subcutâneo." / / V i a d e a d m i n i s t r a ç ã o d o s i m u n o b i o l ó g i c o s • Não aspire o local. • Injete a solução. • Retire a seringa com a agulha em movimento único e firme. • Faça leve compressão no local com algodão seco. • Despreze a seringa e a agulha utilizadas na caixa coletora de material perfurocortante. • Higienize as mãos conforme orientado. • Observe a ocorrência de eventos adversos pós-vacinação. • Oriente ao usuário o que fazer, onde se dirigir caso apareçam reações adversas. / / V i a d e a d m i n i s t r a ç ã o d o s i m u n o b i o l ó g i c o s Via intramuscular (IM) Na utilização da via intramuscular, o imunobiológico é introduzido no tecido muscular, sendo apropriado para a administração o volume máximo até 5ml. São exemplos de vacinas administradas por essa via: vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis, Haemophilus influenza e b (conjugada) e hepatite B (recombinante); vacina adsorvida difteria e tétano adulto; vacina hepatite B (recombinante); vacina raiva (inativada); vacina pneumocócica 10 valente (e vacina poliomielite 1,3 (inativada) e vacina covid-19. As regiões anatômicas selecionadas para a injeção intramuscular devem estar distantes dos grandes nervos e de vasos sanguíneos, sendo que o músculo vasto lateral da coxa e o músculo deltoide são as áreas mais utilizadas. / / V i a d e a d m i n i s t r a ç ã o d o s i m u n o b i o l ó g i c o s A quantidade de imunobiológicos disponíveis atualmente, muitas vezes, torna necessária a utilização da mesma região muscular para a administração concomitante de duas vacinas. O músculo vasto lateral da coxa, por exemplo, devido à sua grande massa muscular, é o local recomendado para a administração simultânea de duas vacinas, principalmente em crianças menores de 2 anos de idade. / / V i a d e a d m i n i s t r a ç ã o d o s i m u n o b i o l ó g i c o s A região glútea é uma opção para a administração de determinados tipos de soros (por exemplo, antirrábico) e imunoglobulinas (anti-hepatite B e Varicela, como exemplos). A área Ventroglútea é uma região anatômica alternativa para a administração de imunobiológicos por via intramuscular, devendo ser utilizada por profissionais capacitados. NÃO aspirar para verificar se foi atingido vaso sanguíneo no momento da administração do imunobiológico em tecido muscular. A seguir, algumas peculiaridades sobre a administração de duas vacinas na mesma região muscular (vasto lateral): • Os locais de injeções devem ser sobre o eixo da coxa, separados por pelo menos 2,5 cm de distância). • Registre na caderneta de vacinação o lado direito(D) ou esquerdo (E) do respectivo membro em que as vacinas serão administradas, a fim de identificar a ocorrência do evento adverso local e associá-lo com a respectiva vacina. • A administração de múltiplas vacinas em um mesmo músculo não reduz o seu poder imunogênico nem aumenta a frequência e a gravidade dos eventos adversos. • Deve-se aproveitar a mesma visita ao serviço de vacinação e vacinar o usuário conforme esquema preconizado para os grupos e ou faixa etária, oferecendo proteção contra as doenças imunopreveníveis e minimizando as oportunidades perdidas de vacinação. / / V i a d e a d m i n i s t r a ç ã o d o s i m u n o b i o l ó g i c o s No adulto, deve-se evitar a administração de duas vacinas no mesmo deltoide, exceto se os imunobiológicos forem administrados por diferentes vias (uma subcutânea e outra intramuscular, por exemplo). Os procedimentos para a administração de imunobiológicos por via intramuscular seguem basicamente os mesmos passos, independentemente da região anatômica escolhida. / / V i a d e a d m i n i s t r a ç ã o d o s i m u n o b i o l ó g i c o s A seguir, apresentam-se os passos básicos para que a administração intramuscular seja correta e segura: • Separe os materiais indicados: algodão, seringa e agulha apropriadas. A seringa para a injeção intramuscular varia conforme o volume a ser injetado, podendo ser de 1,0 mL e 3,0 mL. O comprimento e o calibre da agulha também variam de acordo com a massa muscular e a solubilidade do líquido a ser injetado, podendo ser entre 20 mm e 30 mm de comprimento e entre 5,5 dec/mm e 9 dec/mm de calibre. O bisel da agulha deve ser longo para facilitar a introdução e alcançar o músculo. • Registre a vacina que será administrada. • Higienize as mãos. • Cheque o imunobiológico a ser administrado, bem como o usuário que irá recebê-lo. • Prepare a vacina. / / V i a d e a d m i n i s t r a ç ã o d o s i m u n o b i o l ó g i c o s • Escolha o local para a administração do imunobiológico, evitando locais com cicatrizes, manchas, tatuagens e lesões. • Coloque o usuário sentado ou em posição de decúbito dorsal ou decúbito lateral. Na vacinação de crianças, solicite a ajuda do acompanhante na contenção para evitar movimentos bruscos. • Faça a limpeza da pele com algodão seco. • Posicione o bisel lateralmente. • Introduza a agulha em ângulo reto (90º). O ângulo de introdução da agulha pode ser ajustado conforme a massa muscular do usuário a ser vacinado. • Injete o imunobiológico lentamente. • Retire a agulha em movimento único e firme. • Faça leve compressão no local com algodão seco. • Despreze a seringa e a agulha utilizadas na caixa coletora de material perfurocortante. • Higienize as mãos conforme orientação. • Observe a ocorrência de eventos adversos pós-vacinação. • Oriente o usuário o que fazer, onde se dirigir caso apareçam reações adversas. / / V i a d e a d m i n i s t r a ç ã o d o s i m u n o b i o l ó g i c o s Via Endovenosa (EV) Na utilização da via endovenosa, o imunobiológico é introduzido diretamente na corrente sanguínea. É uma via que permite a administração de grandes volumes de líquidos e, também, de soluções que, por serem irritantes ou por sofrerem a ação dos sucos digestivos, são contraindicadas pelas demais vias parenterais e pela via oral, respectivamente. São administrados por essa via, imunobiológicos como os soros antidiftérico, antibotulínico e os soros antivenenos. Os locais mais utilizados para a administração de injeções endovenosas são as veias periféricas superficiais. A escolha daveia é feita mediante a observação dos seguintes aspectos: acessibilidade; mobilidade reduzida; localização sobre base mais ou menos dura; e ausência de nervos importantes. / / V i a d e a d m i n i s t r a ç ã o d o s i m u n o b i o l ó g i c o s // Considerações Finais Chegamos ao final desta aula. É importante destacar os seguintes pontos abordados: Uma ação de imunização capaz de abranger 214.427.380 habitantes, 238 etnias indígenas, 750.000 estrangeiros, necessita de ferramentas de habilidade de comunicação e competências culturais. De modo que: ▪ Utilize os conhecimentos das equipes de saúde da família no cuidado centrado na pessoa, sua família e comunidade; ▪ Valorize o conhecimento específico de cada profissional de saúde; ▪ Otimize as ações de saúde através da mobilização intersetorial e interdisciplinar; ▪ Não seja reduzida a uma discussão sobre crenças. Os procedimentos básicos na sala de vacinas, incluindo o provimento de insumos, impressos, registros e cuidados com a ambiência são necessários para o efetivo trabalho de vacinação: ▪ Certos na administração de imunobiológicos; / / C o n s i d e r a ç õ e s F i n a i s A t é a p r ó x i m a ! Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação – Brasília, 2014. Brasil. Sociedade Brasileira de Imunizações. Guia de boas práticas de Imunização em áreas remotas de difícil acesso – São Paulo, 2017. Centers for Disease Control and Prevention. Epidemiology and Prevention of Vaccine – Preventable Diseases. Hamborsky j, Kroger A, Wolfe s, eds. 13th ed. Washington D.C. Public Health Fundation, 2015. r e f e r ê n c i a s / / / / R e f e r ê n c i a s Créditos das imagens Banco de imagens Freepik https://www.freepik.com Banco de ícones https://www.flaticon.com/br // Créditos