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APX1 Informática na Educação

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES 
FACULDADE DE EDUCAÇÃO 
FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB 
Curso de Licenciatura em Pedagogia – Modalidade EAD 
 
AVALIAÇÃO PRESENCIAL EXCEPCIONAL 1 (APX1) – 2021.1 
 
DATA LIMITE DE ENTREGA – 25/04 - 17h 
 
Disciplina: Informática na Educação 
Coordenador (a): Edméa Santos 
Aluno (a): Luana Valim do Carmo 
Matrícula.: 20112080478 Polo: Rocinha 
 
Prezado(a) cursista, 
Esta prova é composta por uma única questão subjetiva que vale 10,0 pontos. Leia com atenção seu 
enunciado e bom trabalho! 
 
1 - Questão única: (Valor: 10,0 pontos) 
TEXTO I 
 
Seja a personalização dos filtros promovida por algoritmos ou não, esteja o indivíduo ciente 
disso ou não, o pior prejuízo para o nível pessoal, reverberando no nível coletivo, segundo Pariser, 
consiste no fechamento que as bolhas filtradas promovem contra novas ideias, assuntos e informações 
importantes. No nível coletivo, os filtros são formas de manipulação que colocam o usuário mal 
informado sobretudo a serviço de interesses políticos escusos. De fato, pesquisas realizadas por fontes 
confiáveis confirmaram que máquinas de buscas e mídias sociais promovem a segregação ideológica, 
pois o usuário acaba por se expor quase exclusivamente a visões unilaterais dentro do espectro político 
mais amplo. Quando muito arraigada devido à repetição ininterrupta do mesmo, a unilateralidade de 
uma visão acaba por gerar crenças fixas, amortecidas por hábitos inflexíveis de pensamento, que dão 
abrigo à formação de seitas cegas a tudo aquilo que está fora da bolha circundante. Isso acaba por 
minar qualquer discurso cívico, tornando as pessoas mais vulneráveis a propagandas e manipulações, 
devido à confirmação preconceituosa de suas crenças. 
 
 
 
As fontes para a geração de filtros personalizados incluem a história de buscas do usuário, o 
resultado de suas escolhas, sua interação com provedores de serviços, seus interesses demonstrados 
por produtos e serviços. Além disso, tudo que se posta e compartilha nas redes sociais é também 
engolido pelos algoritmos de captura do perfil do usuário. Os críticos apontam para o fato de que a 
viabilização dos serviços não é altruísta. Ao contrário, ela compromete a privacidade e limita a visão 
de mundo do usuário, estreitando seus horizontes. 
Fonte: A Pós-Verdade É Verdadeira ou Falsa de Lúcia Santaella. 2018. p. 10. 
 
 
TEXTO II 
 
O Facebook sofreu um forte abalo no último sábado com a revelação de que as informações 
de mais de 50 milhões de pessoas foram utilizadas sem o consentimento delas pela empresa americana 
Cambridge Analytica para fazer propaganda política. A empresa teria tido acesso ao volume de dados 
ao lançar um aplicativo de teste psicológico na rede social. Aqueles usuários do Facebook que 
participaram do teste acabaram por entregar à Cambridge Analytica não apenas suas informações, 
mas os dados referentes aos amigos do perfil. 
A denúncia, feita pelos jornais, The New York Times e The Guardian, levantou dúvidas sobre 
a transparência e o compromisso da empresa com a proteção de dados dos usuários. O escândalo gerou 
nova onda negativa contra a empresa – já sob questionamento pela proliferação de notícias falsas nas 
eleições americanas. 
Na segunda-feira, dois dias após a publicação, o valor do Facebook encolheu US$ 35 bilhões 
(ou aproximadamente R$ 115,5 bilhões) na bolsa de valores de tecnologia dos EUA. 
A Cambridge Analytica é uma empresa de análise de dados que trabalhou com o time 
responsável para campanha do republicano Donald Trump nas eleições de 2016, nos Estados Unidos. 
A Cambridge Analytica teria comprado acesso a informações pessoais de usuários do Facebook e 
usado esses dados para criar um sistema que permitiu predizer e influenciar as escolhas dos eleitores 
nas urnas, segundo a investigação dos jornais, The Guardian e The New York Times. 
 
Fonte: BBC News. Entenda o escândalo de uso político de dados que derrubou valor do Facebook e o 
colocou na mira de autoridades. 2018. Online 
 
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-43461751
 
 
 Entendendo que a “internet, em geral, é um espaço público. Então, quando você escreve ou 
posta em uma rede social, tem que partir sempre da suposição de que todo mundo está vendo” (LEVY, 
2016) e que a presença cada vez maior de dispositivos e algoritmos na vida cotidiana traz novos 
dilemas para as áreas de personalização e da privacidade (PARISIER, 2012). Percebemos que as 
“impresso ões digitais” provocadas pela “humanidade”, tanto no meio digital como na cidade, são 
poderosas. Quando as pessoas começam a se relacionar redes de informação como fazem com seres 
humanos, podem ser convencidas a revelar informações implícitas que jamais entregariam 
diretamente. 
 A frase “conhecimento é poder” de Francis Bacon nunca foi tão atual. A diferença é que agora 
estamos vivenciando uma “redistribuição do poder da informação dos fracos para os poderosos” 
(SCHONBERGER, 2009). Se todos soubéssemos tudo sobre todos os outros, seria uma coisa, porém 
temos visto que entidades centralizadas sabem muito mais sobre nós do que nós sabemos uns sobre 
os outros (e, às vezes, mais do que sabemos sobre nós mesmos). Se conhecimento é poder, assimetrias 
de conhecimento são assimetrias de poder. 
 
 Com base nos textos I e II e em tudo o que discutimos durante as primeiras duas aulas de nossa 
disciplina, responda: de que forma, você percebe o valor e a relevância da privacidade em tempos de 
cibercultura? Faça um texto dissertativo mencionando como esses fatores apresentados acima 
são (ou não) percebidos no seu cotidiano, demonstrando através de exemplos práticos a sua 
fluência no uso das mídias. Aproveite para apontar como os conteúdos estudados e discutidos em 
nossa sala de aula online ajudaram na sua compreensão do tema e na proposição de formas de atuação. 
 
Quadro de avaliação para a APX1 
Seu texto será avaliado a partir dos seguintes indicadores de qualidade: 
Indicadores de Qualidade Insatisfatório 
(1,0) 
Satisfatório 
(1,5) 
Bom 
(2,0) 
Muito bom 
(2,5) 
Sobre a estrutura do texto 
O texto apresenta introdução, 
desenvolvimento e conclusão. 
 
Apresenta linguagem clara e sem 
erros gramaticais. Apresenta as 
referências bibliográficas a partir das 
normas da ABNT. 
 
Sobre o conteúdo 
 
 
O texto apresenta um quadro teórico 
coerente com a proposta de 
argumentação. 
 
O autor desenvolve argumentos 
criativos e defende criticamente o 
seu ponto de vista. 
 
Nota final da AP1 
Comentários do tutor(a), com 
sugestões para novos estudos. 
 
 
BOM TRABALHO! 
 
 
 
O valor e a relevância da privacidade em tempos de cibercultura 
 
Atualmente cada vez mais cedo as pessoas estão inseridas na cibercultura. A quantidade de opções de redes 
sociais e uma certa obrigatoriedade de participação nestas, muitas vezes como forma de pertencimento a um grupo social, 
acaba por ocultar os problemas de considerável importância. As pessoas foram inseridas em redes e mais redes, mas não 
receberam instruções ou alertas sobre como fazer bom uso desse ciberespaço sem que sem coloquem em risco. Existe uma 
ansiedade no compartilhar de fotos, notícias, vídeos e demais tipos de mídias para marcar uma presença digital. Podemos 
mencionar o termo "fear of missing out" - o FOMO, que aplicado à super conectividade das redes pode ter efeitos 
catastróficos. 
 A preocupação com o compartilhamento de dados surge quando o usuário sofre uma violação que causa danos 
materiais e imateriais. Porém, com o uso das redes, dados estão sendo compartilhados a todo o momento, sendo utilizados 
em publicidades de todo o tipo. De acordo com a BBC News (2018), a empresa Cambrigde Analytica pagou por 
informações pessoais de usuários do Facebook. Estes usuários contribuíram para a eleição do presidente DonaldTrump, 
mesmo sem consentimento. O documentário da Netflix “o dilema das redes” (Jeff Orlowiski, 2020) apresenta a partir do 
ponto de vista de ex-funcionários de grandes empresas como Google, Instagram e Facebook, o perigo e a influência que 
as redes sociais vêm adquirindo sobre nós. A partir disso, em seus depoimentos, os ex-funcionários expõem as técnicas 
utilizadas pelas empresas para atrair as pessoas, e comprovam que no universo das mídias sociais não há privacidade. 
 Em nosso país também a tecnologia pode ter contribuído para eleger o nosso atual presidente, inclusive pela 
contribuição das chamadas fake news. Podemos afirmar, inclusive, que as fake news possuem tanta influencia na vida das 
pessoas que a Organização Mundial da Saúde acabou criando o termo infodemia durante a pandemia de covid-19. 
De acordo com Santaella (2018), são preocupantes as questões relativas às fake news, ou notícias falsas. Essas 
notícias circulam livremente pelas redes e tem impacto no que a autora denomina bolhas ou câmaras de eco. Estas bolhas 
são criadas por algoritmos, muitas vezes desconhecidos pelos usuários. Segundo Santaella (2018), “os filtros são formas 
de manipulação que colocam o usuário mal informado sobretudo a serviço de interesses políticos escusos”. Uma mentira 
que é repetida muitas vezes pode se tornar uma verdade neste contexto. Este deve ser um alerta importante sobre a busca 
de notícias através de redes sociais, uma vez que esta é uma forma mais provável de cairmos nas bolhas coletivas. 
As mídias ocupam espaço importante em nossas vidas, e devem ser usadas em nosso benefício. Para tal, devemos 
ter compreensão do que está oculto na cibercultura, levando a informação ao maior número de pessoas quanto for possível. 
 
 
Tais recursos devem ser usados de forma mais consciente e com menor ansiedade e apego. Não é a quantidade de 
informações compartilhadas que nos integra a um grupo social, mas sim os nossos valores e a nossa individualidade 
enquanto seres humanos. 
 
Referências: 
Entenda o escândalo de uso político de dados que derrubou o valor do Facebook e o colocou na mira de autoridades – 
BBC News, 20 de março de 2018. Disponível em https://www.bbc.com/portuguese/internacional-43461751. Acesso em 
24 de abril de 2021. 
SANTAELLA, L.; A pós verdade é verdadeira ou falsa? Barueri, SP : Estação das Letras e Cores, 2018. 
 
 
 
 
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-43461751

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