Buscar

32 TEMAS DE HISTÓRIA GERAL - APOSTILA COMPLETA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 92 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 92 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 92 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 AULA 01 – CONCEITOS BÁSICOS 
 
Resumo 
 
Antes de iniciar o estudo dos acontecimentos históricos, temos que nos familiarizar com os 
conceitos básicos do estudo da história, já que é fundamental a compreensão de conceitos como cultura, 
sociedade, economia e política que são categorias que facilitam o entendimento dos assuntos que virão 
com o passar dos meses. 
 
 
Cultura 
 
A cultura dentro do estudo histórico 
ajuda a compreender tanto a vida dos operários, 
camponeses e artesão como das elites já que 
este conceito abrange comportamentos de uma 
nação ou região do globo, com o conceito de 
cultura podemos abordar os assuntos como 
religião, arte e gastronomia, em algumas 
sociedades não seculares onde a religião era 
misturada com a política. 
 
Política 
 
Geralmente associamos o conceito de 
política aos governantes e seus atos em um 
passado recente, no entanto, a política é tão 
antiga quanto a humanidade já que este conceito 
trata sobre o poder e a administração das 
relações humanas em grupo, ou seja, desde que 
os homens começaram a viver em grupo e 
tomaram a consciência de sua existência temos 
atos políticos. 
 
Sociedade 
 
Nesse ponto iremos ver sobre como nós 
nos organizamos ao longo dos anos, assim como 
a política a organização social é tão antiga 
quanto o agrupamento dos homens, na verdade 
podemos dizer que a sociedade é 
contemporânea ao surgimento da política, 
mesmo em sociedades pré-históricas onde os 
humanos estavam sujeitos a um líder tribal e as 
funções dentro do grupo eram divididos por sexo 
e idade. 
 
Economia 
 
A economia é um conceito mais novo do 
que os três últimos, por exemplo, a economia 
depende de ações como produção e trocas não 
podendo associar comunidades pré-históricas 
com esse conceito já que muitos não conheciam 
a agricultura não tendo, portanto, excedentes de 
produção o que impossibilitava as trocas entre 
tribos ou comunidades. 
 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
1. Própria dos festejos juninos, a quadrilha 
nasceu como dança aristocrática. oriunda dos 
salões franceses, depois difundida por toda a 
Europa. No Brasil, foi introduzida como dança de 
salão e, por sua vez, apropriada e adaptada pelo 
gosto popular. Para sua ocorrência, é importante 
a presença de um mestre “marcante” ou 
“marcador”, pois é quem determina as figurações 
diversas que os dançadores desenvolvem. 
Observa-se a constância das seguintes 
marcações: “Tour”, “En avant”, “Chez des 
dames”, “Chez des cheveliê”, “Cestinha de flor”, 
“Balancê”, “Caminho da roça”, “Olha a chuva”, 
“Garranchê”, “Passeio”, “Coroa de flores”, “Coroa 
de espinhos” etc. No Rio de Janeiro, em contexto 
urbano, apresenta transformações: surgem novas 
figurações, o francês aportuguesado inexiste, o 
uso de gravações substitui a música ao vivo, 
além do aspecto de competição, que sustenta os 
festivais de quadrilha, promovidos por órgãos de 
turismo. 
 
CASCUDO. L.C. Dicionário do folclore 
brasileiro. Rio de Janeiro: Melhoramentos. 
1976. 
 
As diversas formas de dança são demonstrações 
da diversidade cultural do nosso país. Entre elas, 
a quadrilha é considerada uma dança folclórica 
por 
 
a) possuir como característica principal os 
atributos divinos e religiosos e, por isso, 
identificar uma nação ou região. 
b) abordar as tradições e costumes de 
determinados povos ou regiões distintas de uma 
mesma nação. 
c) apresentar cunho artístico e técnicas 
apuradas, sendo também, considerada dança-
espetáculo. 
d) necessitar de vestuário específico para a sua 
prática, o qual define seu país de origem. 
e) acontecer em salões e festas e ser 
influenciada por diversos gêneros musicais. 
 
 
 
 
 
 
2 AULA 01 – CONCEITOS BÁSICOS 
2. A divisão capitalista do trabalho – caracterizada 
pelo célebre exemplo da manufatura de alfinetes, 
analisada por Adam Smith – foi adotada não pela sua 
superioridade tecnológica, mas porque garantia ao 
empresário um papel essencial no processo de 
produção: o de coordenador que, combinando os 
esforços separados dos seus operários, obtém um 
produto mercante. 
 
Stephen Marglin. In: André Gorz (org.). Crítica da divisão do 
trabalho, 1980. 
 
Ao analisar o surgimento do sistema de fábrica, o 
texto destaca 
 
a) o maior equilíbrio social provocado pelas melhorias 
nos salários e nas condições de trabalho. 
b) o melhor aproveitamento do tempo de trabalho e a 
autogestão da empresa pelos trabalhadores. 
c) o desenvolvimento tecnológico como fator 
determinante para o aumento da capacidade 
produtiva. 
d) a ampliação da capacidade produtiva como 
justificativa para a supressão de cargos diretivos na 
organização do trabalho. 
e) a importância do parcelamento de tarefas e o 
estabelecimento de uma hierarquia no processo 
produtivo. 
 
3. Observe a imagem. 
 
Cândido Portinari. Lavrador de Café. 1934. Óleo sobre tela. 
 
É correto afirmar que a obra acima reproduzida: 
 
a) faz menção a dois aspectos importantes da 
economia brasileira: a mão de obra negra na 
agricultura e o café como produto de exportação. 
b) expressa a visão política do artista, ao figurar um 
corpo numa proporcionalidade clássica como forma de 
enaltecer a mão de obra negra na economia brasileira. 
c) exalta o homem colonial e as riquezas da terra, 
considerando-se que o país possui uma economia 
agrícola diversificada desde aquele período. 
d) apresenta uma crítica à destruição da natureza, 
como se observa na derrubada de árvores, e uma 
crítica à manutenção do trabalho escravo em regiões 
remotas do país. 
4. A língua de que usam, por toda a costa, carece de 
três letras; convém a saber, não se acha nela F, nem 
L, nem R, coisa digna de espanto, porque assim não 
têm Fé, nem Lei, nem Rei, e dessa maneira vivem 
desordenadamente, sem terem além disto conta, nem 
peso, nem medida. 
 
GÂNDAVO, P. M. A primeira história do Brasil: história 
da província de Santa Cruz a que vulgarmente 
chamamos Brasil. Rio de Janeiro: Zahar, 2004 
(adaptado). 
 
A observação do cronista português Pero de 
Magalhães de Gândavo, em 1576, sobre a ausência 
das letras F, L e R na língua mencionada, demonstra 
a: 
 
a) simplicidade da organização social das tribos 
brasileiras. 
b) dominação portuguesa imposta aos índios no início 
da colonização. 
c) superioridade da sociedade europeia em relação à 
sociedade indígena. 
d) incompreensão dos valores socioculturais indígenas 
pelos portugueses. 
e) Dificuldade apresentada pelos portugueses no 
aprendizado da língua nativa. 
 
5. Iniciou-se em 1903 a introdução de obras de arte 
com representações de bandeirantes no acervo do 
Museu Paulista, mediante a aquisição de uma tela que 
homenageava o sertanista que comandara a 
destruição do Quilombo de Palmares. Essa aquisição, 
viabilizada por verba estadual, foi simultânea à 
emergência de uma interpretação histórica que 
apontava o fenômeno do sertanismo paulista como o 
elo decisivo entre a trajetória territorial do Brasil e de 
São Paulo, concepção essa que se consolidaria entre 
os historiadores ligados ao Instituto Histórico e 
Geográfico de São Paulo ao longo das três primeiras 
décadas do século XX. 
 
MARINS, P. c. G. Nas matas com pose de reis: a 
representação de bandeirantes e a tradição da 
retratística monárquica europeia. Revista do LEB, n. 
44, tev. 2007. 
 
A prática governamental descrita no texto, com a 
escolha dos temas das obras, tinha como propósito a 
construção de uma memória que 
a) afirmava a centralidade de um estado na política do 
país. 
b) resgatava a importância da resistência escrava na 
história brasileira. 
c) evidenciava a importância da produção artística no 
contexto regional. 
d) valorizava a saga histórica do povo na afirmação de 
uma memória social. 
e) destacava a presença do indígena no 
desbravamento do território colonial 
 
GABARITO 
 
1-B 2-E 3-A 4-D 5-A 
 
 
1 AULA 02 – PRÉ-HISTÓRIA 
 
Resumo 
 
A Pré-História é como conhecemos o período que acompanha a evolução humana a partir do 
momento que os hominídeos começarama usar ferramentas de pedra. Encerrou-se com o surgimento da 
escrita, que aconteceu entre 3.500 a.C. e 3.000 a.C. É, basicamente, dividida entre Paleolítico (pedra 
lascada), Neolítico (pedra polida) e Idade dos Metais. Nesses períodos, acompanhamos o 
desenvolvimento dos hominídeos com a elaboração de novas ferramentas, além do surgimento do homo 
sapiens sapiens, há cerca de 300 mil anos. 
 
 
O surgimento/criação da raça humana: teorias 
 
 
Criacionismo: Presente na mitologia judaico-
cristã Na bíblia, no livro Gênesis, temos a 
descrição de Deus criando um homem (Adão) do 
pó da terra e à mulher (Eva) de sua costela.; 
Evolucionismo: Teoria formulada por Charles 
Darwin em 1859. Em seu livro, a Origem das 
espécies, Charles Darwin afirma que os seres 
vivos, incluindo aí os seres humanos, passaram 
por um processo evolutivo ao longo de milhões 
de anos. 
 
Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada 
 
O período Paleolítico (ou Idade da Pedra 
Lascada) começou há cerca de 4 milhões de 
anos, na Era Terciária (quando temos o 
surgimento do primeiro hominídeo: o 
Australopithecus), e vai até 10 mil anos antes de 
Cristo (a.C). Nesta fase os ancestrais do homem 
possuíam uma vida nômade e economia 
coletora. As ferramentas eram feitas de forma 
rudimentar utilizando ossos, pedra e madeira. Na 
fase final do Paleolítico ocorre o domínio do fogo 
e o desenvolvimento da Pintura Rupestre. 
 
Neolítico ou Idade da Pedra Polida 
 
O Período Neolítico começa em 10.000 
a.C e vai aproximadamente até 4.000 a.C. O 
Neolítico também é conhecido como Idade da 
Pedra Polida, pois os instrumentos produzidos 
ganharam precisão e usos específicos. Ocorreu a 
domesticação dos animais selvagens e a 
Revolução Agrícola que tornou o homem 
sedentário. 
 
Idade dos Metais 
 
Temos ainda a Idade dos Metais por 
volta de 5.000 anos a.C, momento em que as 
comunidades sedentárias desenvolveram a 
tecnologia da fundição e manipulação dos 
metais, conhecida como metalurgia. Nesse 
período, surgiram comunidades mais complexas 
com a presença de um líder e de regras de 
casamento, além da divisão do trabalho. 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
1. (UFPE) “Já se afirmou ser a Pré-História uma 
continuidade da História Natural, havendo uma 
analogia entre a evolução orgânica e o progresso 
da cultura” 
 
Sobre a Pré-história, qual das alternativas a 
seguir é incorreta? 
 
a) Várias ciências auxiliam no estudo, como a 
antropologia, a arqueologia e a química. 
b) A Pré-história pode ser dividida em Paleolítico 
e Neolítico, no que se refere ao processo técnico 
de trabalhar a pedra. 
c) Sobre o Paleolítico, podemos afirmar que foi o 
período de grande desenvolvimento artístico, cujo 
exemplo são as pinturas antropomorfas e 
zoomorfas realizadas nas cavernas. 
d) O Neolítico apresentou um desenvolvimento 
artístico diferente do Paleolítico, através dos 
traços geométricos do desenho e da pintura. 
e) Os primeiros seres semelhantes ao homem 
foram o Australopithecus e o Homem de Java 
que eram bem mais adaptados que o Homem de 
Neanderthal. 
 
2. Examine as três proposições, julgando se são 
verdadeiras ou falsas. Em seguida, assinale a 
alternativa correta. 
 
I. A Pré-História, época compreendida entre o 
aparecimento do homem sobre a Terra e o uso 
da escrita, é dividida tradicionalmente em dois 
períodos: Paleolítico e Neolítico. 
Darwin, 
olhe isso! 
Faça 
melhor! 
Olhe isso! 
Vai demorar muito? 
Não, só alguns 
milhares de anos. 
 
2 AULA 02 – PRÉ-HISTÓRIA 
II. A domesticação de animais e o surgimento da 
agricultura ocorreram apenas após a invenção da 
escrita, posterior, portanto, ao Neolítico. 
III. A duração do Paleolítico é bem mais extensa 
que a do Neolítico, envolvendo níveis técnicos 
naturalmente mais primitivos. 
 
a) Todas as proposições são verdadeiras. 
b) Apenas as proposições I e II são verdadeiras. 
c) Apenas as proposições I e III são verdadeiras. 
d) Apenas as proposições II e III são verdadeiras. 
e) Todas as proposições são falsas. 
 
3. Sobre a constituição das primeiras estruturas 
urbanas é correto afirmar: 
 
a) Durante o surgimento das primeiras formações 
urbanas os homens viviam em cavernas. 
b) Nas primeiras formações urbanas apareceram 
instrumentos rudimentares produzidos pelo 
homem. 
c) O início das primeiras cidades já indicava um 
processo de sedentarização do homem, 
proporcionado pela Revolução Agrícola. 
d) Quando surgiram as primeiras formações 
urbanas o homem era essencialmente caçador e 
coletor. 
e) Na formação das primeiras cidades o homem 
foi ganhando capacidade de agarrar-se em 
árvores, tornando-se bípedes. 
 
(FGV-SP) 
 
4. A transição do Paleolítico Superior para o 
Neolítico (entre 10 000 a.C. e 7000 a.C.) foi 
acompanhada por algumas mudanças básicas 
para a humanidade. Entre essas, poderíamos 
citar: 
 
a) o aparecimento da linguagem falada; 
b) a domesticação dos animais e plantas, isto é o 
aparecimento da agricultura e do pastoreio; 
c) o aparecimento da magia e da arte; 
d) o povoamento de amplas áreas antes não 
povoadas, como a Europa Central e Ocidental; 
e) o aparecimento de vários novos instrumentos, 
como a agulha de osso, os arpões, os anzóis, a 
machadinha, a lança e a faca. 
 
5. (Enem) Se compararmos a idade do planeta 
Terra, avaliada em quatro e meio bilhões de anos 
(4,5∙109 anos), com a de uma pessoa de 45 
anos, então, quando começaram a florescer os 
primeiros vegetais, a Terra já teria 42 anos. Ela 
só conviveu com o homem moderno nas últimas 
quatro horas e, há cerca de uma hora, viu-o 
começar a plantar e a colher. Há menos de um 
minuto percebeu o ruído de máquinas e de 
indústrias e, como denuncia uma ONG de defesa 
do meio ambiente, foi nesses últimos sessenta 
segundos que se produziu todo o lixo do planeta! 
O texto permite concluir que a agricultura 
começou a ser praticada há cerca de 
 
a) 365 anos. 
b) 460 anos. 
c) 900 anos. 
d) 10.000 anos. 
e) 460.000 anos. 
 
 
GABARITO 
 
1-E 
2-C 
3-C 
4-B 
5-D 
 
1 AULA 03 – ANTIGUIDADE ORIENTAL: MESOPOTÂMIA 
 
Resumo 
 
Mesopotâmia, que em grego quer dizer ‘terra entre rios’, situava-se entre os rios Eufrates e Tigre 
e é conhecida por ser um dos berços da civilização humana. Localizada no Oriente Médio, atualmente esta 
histórica região constitui o território do Iraque. 
 
 
Localização geográfica 
 
 
 
 
Localizado entre os rios Tigres e Eufrates a 
mesopotâmia era uma região composta de diversos 
povos e reinos que foram, em conjunto com o Egito, 
as primeiras sociedades a se organizarem de modo 
estratificado. Sendo eles: os Sumérios, os Acádios, 
os Amoritas, os Assírios e os Caldeus. Eram os 
principais povos que ocupavam a região do crescente 
fértil do século V ao I a.C. 
 
 
Os Sumérios foram os primeiros a 
organizar uma sociedade estratificada na região, 
construíram diversas cidades e canais de irrigação, 
desenvolveram a escrita cuneiforme e os zigurates, 
construções em forma de pirâmide que serviam 
desde estoque de cerais a templos e palácios. 
Os Amoritas ou Babilônicos foram os 
que fizeram a primeira lei codificada do mundo, o 
Código de Hamurabi, além de dominar ciências 
como astronomia e engenharia. 
Os Assírios desenvolveram 
principalmente a cultura militar, agiam de maneira 
extremamente cruel com os conquistados, o que 
fomentou diversas revoltas em territórios 
conquistados. 
Os Caldeus foram os últimos a dominar a 
região, durante 612 á 539 a.C. formando o 
Segundo Império Babilônico sendo seu auge com 
Nabucodonosor II que conquistou a cidade de 
Jerusalém, o império durou até 539 a.C. quando foi 
invadido pelo rei Ciro da Pérsia. 
 
 
 
 
Política 
 
Os mesopotâmicos não divergiam tanto 
assim dos egípcios, as sociedades do Tigres e 
Eufrates em geral tinham um estado confundido 
com a sua religião (teocracia), também tinham no 
templo os mais importantes prédios públicos já que 
estes também guardavam os alimentos e eram a 
comunicação com o além e com o governo. 
 
Economia 
 
O povo mesopotâmico trabalhava em um 
regime parecidocom o do povo egípcio, 
trabalhando majoritariamente na agricultura e nas 
obras do estado a terra fornecia grande parte do 
sustento do gigantesco sistema econômico que era 
a região, o comércio com as outras regiões como o 
império egípcio e os impérios do interior africano 
era uma boa parte da economia da região. 
 
Religião 
 
A religião era politeísta também, 
característica das primeiras religiões organizadas 
criada no Crescente Fértil e passada até os 
romanos, os povos daquela região foram os 
primeiros a se organizarem em cidades em torno 
dos depósitos de grãos localizados pouco acima do 
nível da cheia dos rios. Essa civilização foi uma das 
mais fantásticas do mundo antigo, deixando rico 
legado histórico. 
 
Sociedade 
 
 
 
 
 
2 AULA 03 – ANTIGUIDADE ORIENTAL: MESOPOTÂMIA 
EXERCÍCIOS 
 
1. A região da Mesopotâmia ocupa lugar central 
na história da humanidade. Na Antiguidade, foi 
berço da civilização sumeriana devido ao fato de: 
 
a) ser ponto de confluência de rotas comerciais 
de povos de diversas culturas. 
b) ter um subsolo rico em minérios, o salto 
tecnológico da idade da pedra para a idade dos 
metais. 
c) apresentar um relevo peculiar e favorável ao 
isolamento necessário para o crescimento 
socioeconômico. 
d) possuir uma área agricultável extensa, 
favorecida pelos rios Tigre e Eufrates. 
e) abrigar um sistema hidrográfico ideal para a 
locomoção de pessoas e apropriado para 
desenvolvimento comercial. 
 
 
2. Se a esposa de alguém for surpreendida em 
flagrante com outro homem, ambos devem ser 
amarrados e jogados dentro d’água, mas o 
marido pode perdoar a sua esposa, assim como 
o rei perdoa a seus escravos. [...] 
133. Se um homem for tomado como prisioneiro 
de guerra, e houver sustento em sua casa, mas 
mesmo assim sua esposa deixar a casa por 
outra, esta mulher deverá ser judicialmente 
condenada e atirada na água. [...] 
135. Se um homem for feito prisioneiro de guerra 
e não houver quem sustente sua esposa, ela 
deverá ir para outra casa e criar seus filhos. Se 
mais tarde o marido retornar e voltar à casa, 
então a esposa deverá retornar ao marido, assim 
como as crianças devem seguir seu pai. [...] 
138. Se um homem quiser se separar de sua 
esposa que lhe deu filhos, ele deve dar a ela a 
quantia do preço que pagou por ela e o dote que 
ela trouxe da casa de seu pai, e deixá-la partir. 
 
Esses quatro preceitos, selecionados do Código 
de Hamurabi (cerca de 1780 a.C.), indicam uma 
sociedade caracterizada: 
 
a) pelo respeito ao poder real e pela 
solidariedade entre os povos. 
b) pela defesa da honra e da família numa 
perspectiva patriarcal. 
c) pela isonomia entre os sexos e pela defesa da 
paz. 
d) pela liberdade de natureza numa perspectiva 
iluminista. 
e) pelo antropocentrismo e pela valorização da 
fertilidade feminina. 
 
 
 
3. Entre as principais características da 
civilização fenícia, merecem destaque especial: 
 
a) A economia agrícola de regadio, a sociedade 
de castas e a organização política teocrática. 
b) A economia mercantil, a organização política 
sob forma de cidades-estados e a criação do 
alfabeto. 
c) A religião monoteísta, a escrita cuneiforme e a 
sociedade nômade-pastoril. 
d) A religião dualista, o regime político 
democrático e a escrita hieroglífica. 
e) A sociedade estamental, a economia de 
subsistência e o expansionismo militar. 
 
4. Na Mesopotâmia,] todos os bens produzidos 
pelos próprios palácios e templos não eram 
suficientes para seu sustento. Assim, outros 
rendimentos eram buscados na exploração da 
população das aldeias e das cidades. As formas 
de exploração eram principalmente duas: os 
impostos e os trabalhos forçados. 
Marcelo Rede. A Mesopotâmia, 2002. 
 
Entre os trabalhos forçados a que o texto se 
refere, podemos mencionar a 
 
a) internação de doentes e loucos em áreas 
rurais, onde deviam cuidar das plantações de 
algodão, cevada e sésamo. 
b) utilização de prisioneiros de guerra como 
artesãos ou pastores de grandes rebanhos de 
gado bovino e caprino. 
c) escravidão definitiva dos filhos mais velhos das 
famílias de camponeses, o que caracterizava o 
sistema econômico mesopotâmico como 
escravista. 
d) servidão por dívidas, que provocava a 
submissão total, pelo resto da vida, dos 
devedores aos credores. 
e) obrigação de prestar serviços, devida por toda 
a população livre, nas obras realizadas pelo rei, 
como templos ou muralhas. 
 
5. Na História Antiga, os sumérios são 
necessariamente associados quando se 
estuda(m): 
 
a) A evolução econômica da civilização fenícia. 
b) A base cultural das civilizações 
mesopotâmicas. 
c) O caráter medicinal das religiões africanas. 
d) A tendência beligerante dos povos árabes. 
e) As raízes culturais das civilizações do Extremo 
Oriente. 
 
GABARITO 
1-D 2-B 3-B 4-E 5-B 
 
1 AULA 04 – ANTIGUIDADE ORIENTAL: EGITO 
 
Resumo 
 
Uma das mais esplendidas civilizações do mundo antigo africano, os egípcios deixaram um 
enorme legado, da medicina à administração pública passando por áreas de excelência como a 
engenharia das esfinges e pirâmides. A civilização egípcia guardou ainda uma rica cultura com inúmeras 
influências importantíssimas para a formação de uma mosaico enorme que compunha a vida dos 
habitantes das margens do Nilo. 
 
 
Localização geográfica 
 
 
 
 
Localizado no nordeste da África, nasceu e 
floresceu o Egito, a terra dos místicos faraós e da 
eterna e última rainha egípcia, Cleópatra VII. Região 
desértica e com clima agressivo e desafiador, mas 
que já possuía um fator que ainda hoje em dia 
favorece o estabelecimento humano na região: o 
poderoso rio Nilo. 
 
 
Povoamento 
 
O estabelecimento humano na região 
abençoada pelo Nilo, simplesmente o mais extenso 
rio do planeta, ocorreu há centenas de milhares de 
anos e diferentemente dos rios mesopotâmicos 
Tigres e Eufrates, que possuíam enchentes 
imprevisíveis e muitas vezes terríveis, o Nilo era 
um rio de ciclos constantes e fácil controle. 
Com a facilidade de permanência e 
abundância proporcionada pelo rio para a prática 
da agricultura e do pastoreio, os “egípcios” 
conseguiram se organizar, criando subdivisões 
administrativas chamadas de nomos 
(“povoados”). 
Cada nomo era chefiado por um 
nomarca. Nessa época os egípcios ainda não 
formavam uma civilização unificada, mas um 
conglomerado de nomos que compartilhava a 
“mesma” cultura. 
Em algum momento da história, o 
nomarca que governava o baixo egito, unificou 
todo o território sob seu domínio. Seu nome era 
Menés, e ele se tornou o primeiro Faraó. 
 
Economia do Nilo 
 
O Nilo existiria sem os egípcios, porém, 
não o contrário o rio era fundamental para a 
sociedade já que este irriga as imediações em 
tempos de cheia, com destaque para foz do rio 
(local onde se deposita a maior parte dos 
sedimentos, sendo assim o solo mais fértil) além de 
servir de transporte de mercadorias o que era uma 
atividade muito intensa, principalmente com a 
mesopotâmia. 
O comércio egípcio era ligado ao faraó, os 
artesanatos e artigos de luxo além de pedras 
preciosas eram os principais produtos 
comercializados pelos egípcios com os povos 
mesopotâmicos. 
A principal fonte de renda e movimentação 
da economia egípcia era a agricultura, sendo um 
dos primeiros dominar as técnicas estes plantavam 
gêneros variados de alimentos, sendo um dos 
primeiros povos a fermentar grãos para obter álcool 
fazendo uma espécie de cerveja de trigo. 
 
Política e Sociedade 
 
Os egípcios tinham uma sociedade 
estratificada com o Faraó no topo dessa cadeia, 
este dividiu o Egito em 42 regiões administrativas 
chamadas Nomos dados ao nomarcas ajudavam 
este na administração do território além disso o 
Faraó controlava o exército decidindo todas as 
questões militares com seus líderes, o soberano 
tinha um caráter divino sendo um dos deuses da 
religião. 
Para manter as dinastias puramente 
egípcias eram comuns os casamentos entre os 
parentes da família real, para selaremseus acordos 
ao invés de casamentos os egípcios costumavam 
presentear a outra parte. 
A vida civil e religiosa dos egípcios se 
passava nos templos já que estes serviam 
evidentemente como locais de culto, mas eram os 
locais de reunião da população para comunicação e 
de estoque de alimentos o que lhes conferia uma 
importância única na vida dos cidadãos já que 
todas as relações com o governo e com o além era 
 
2 AULA 04 – ANTIGUIDADE ORIENTAL: EGITO 
feito nos templos, isso conferia uma importância 
semelhante a figura do sacerdote. 
 
 
Cultura e Religião 
 
Eram politeístas, acreditando em uma 
infinidade de deuses antropozoomórficos (mistura 
de homens e mulheres com animais). Ao longo do 
tempo deuses e deusas ganharam ou perderam 
influência sobre os egípcios. Entre os deuses mais 
famosos, encontram-se Osíris, Ísis, Hathor, Hórus, 
Set e Anúbis. 
Outro importante aspecto da religiosidade 
egípcia era a crença na vida após a morte. 
Homens, mulheres e animais eram mumificados em 
um ritual de preparação para a reencarnação. 
A mumificação deu aos egípcios um 
amplo conhecimento sobre a anatomia humana, 
possibilitando grande acúmulo de estudos médicos 
e até cosméticos (as maquiagens, muito além de 
embelezar, tinham a função de proteger e cuidar da 
pele). 
 
EXERCÍCIOS 
 
1. Os Estados teocráticos da Mesopotâmia e do 
Egito evoluíram acumulando características 
comuns e peculiaridades culturais. Os Egípcios 
desenvolveram a prática de embalsamar o corpo 
humano por que: 
 
a) se opunham ao politeísmo dominante na 
época. 
b) os seus deuses, sempre prontos para castigar 
os pecadores, desencadearam o dilúvio. 
c) depois da morte a alma podia voltar ao corpo 
mumificado. 
d) construíram túmulos, em forma de pirâmides 
truncadas, erigidos para a eternidade. 
e) os camponeses constituíam categoria social 
inferior. 
 
 
 
 
 
2. Examine estas imagens produzidas no antigo 
Egito 
 
 
 
 
 
 
As imagens revelam: 
 
a) o caráter familiar do cultivo agrícola no Oriente 
Próximo, dada a escassez de mão de obra e a 
proibição, no antigo Egito, do trabalho 
compulsório. 
b) a inexistência de qualquer conhecimento 
tecnológico que permitisse o aprimoramento da 
produção de alimentos, o que provocava longas 
temporadas de fome. 
c) o prevalecimento da agricultura como única 
atividade econômica, dada a impossibilidade de 
caça ou pesca nas regiões ocupadas pelo antigo 
Egito. 
d) a dificuldade de acesso à água em todo o 
Egito, o que limitava as atividades de plantio e 
inviabilizava a criação de gado de maior porte. 
e) a importância das atividades agrícolas no 
antigo Egito, que ocupavam os trabalhadores 
durante aproximadamente metade do ano. 
 
3. Na África, durante a Antiguidade, entre 3000 
a.C. e 322 a.C., desenvolveu-se o primeiro 
Império unificado historicamente conhecido, cuja 
longevidade e continuidade ainda despertam a 
atenção de arqueólogos e historiadores. Esse 
império 
 
a) legou a humanidade códigos e compilações de 
leis. 
b) desenvolveu a escrita alfabética, dominada por 
amplos setores da sociedade. 
c) retinha parcela insignificante do excedente 
econômico disponível. 
d) sustentou a crença de que o caráter divino dos 
reis se transmitia exclusivamente pela via 
paterna. 
e) dependia das cheias do rio Nilo para a prática 
da agricultura. 
 
 
 
 
 
 
3 AULA 04 – ANTIGUIDADE ORIENTAL: EGITO 
4. A partir do III milênio a. C. desenvolveram-se, 
nos vales dos grandes rios do Oriente Próximo, 
como o Nilo, o Tigre e o Eufrates, estados 
teocráticos, fortemente organizados e 
centralizados e com extensa burocracia. Uma 
explicação para seu surgimento é: 
 
a) a revolta dos camponeses e a insurreição dos 
artesãos nas cidades, que só puderam ser 
contidas pela imposição dos governos 
autoritários. 
b) a necessidade de coordenar o trabalho de 
grandes contingentes humanos, para realizar 
obras de irrigação. 
c) a influência das grandes civilizações do 
Extremo Oriente, que chegou ao Oriente Próximo 
através das caravanas de seda. 
d) a expansão das religiões monoteístas, que 
fundamentavam o caráter divino da realeza e o 
poder absoluto do monarca. 
e) a introdução de instrumentos de ferro e a 
consequente revolução tecnológica, que 
transformou a agricultura dos vales e levou à 
centralização do poder. 
 
5. A navegação é providencial: do centro de alta 
pressão no mediterrâneo sopra constante vento 
par o centro de baixa pressão do deserto quente, 
facilitando a subida de navios de vela: a descida 
(a), arriadas 
 
Delgado de Carvalho História Geral Volume I, Antiguidade, 
3ª edição, Distribuidora Record. 
 
As condições descritas ajudaram a unidade 
nacional e possibilitaram, grandemente, a 
centralização do poder na Civilização: 
 
a) Babilônica, junto ao rio Eufrates. 
b) Assíria, junto ao rio Tigre. 
c) Egípcia, junto ao rio Nilo. 
d) Hebraica, junto ao rio Jordão. 
e) Cartaginesa, nos seus domínios ibéricos até o 
rio Guadalquivir. 
 
 
 
 
GABARITO 
1-C 2-E 3-E 4-B 5-C 
 
1 AULA 05 – ANTIGUIDADE OCIDENTAL: GRÉCIA 
 
Resumo 
 
A Grécia Antiga que conhecemos como o berço da civilização ocidental, da democracia, do teatro ou 
onde viveram filósofos como Sócrates, Platão e Aristóteles, é muito diferente do país Grécia que conhecemos 
atualmente. Para os gregos antigos a relação com o território era muito diferente do nosso conceito atual, pois 
para eles onde havia um grego ali estaria a Grécia ou Hélade como chamavam. Ser grego ou heleno 
significava falar o grego, todos os que não falavam a língua, portanto, eram considerados bárbaros, palavra que 
deriva de “bar-bar-bar” ou balbucios incompreendido das línguas dos outros povos, forma etnocêntrica de tratar 
os demais povos que para os gregos antigos serviam apenas para os seguintes propósitos: comércio de 
metais e alimentos, pilhagem durante as guerras e a obtenção de mão-de-obra escravizada. 
 
 
Localização geográfica 
 
 
 
 
A Grécia Antiga pode ser dividida pelo 
menos em cinco partes: Grécia continental, Grécia 
peninsular, Grécia Insular, Grécia Asiática e Magna 
Grécia (estes dois últimos são territórios mais 
longínquos que nos possibilitam perceber a migração 
dos gregos). 
 
 
Periodização básica 
 
• Período Micênico ou Pré-Homérico do 
século XV a.C. início da expansão micênica 
à até o século XII a.C. com a chegada dos 
povos indo-europeus; 
• O Período Homérico do século XII a.C. ao 
século VIII a.C., período em que foi criada 
as obras de Homero: a Ilíada e a Odisseia; 
• Período Arcaico do século VIII a.C. ao 
século VI a.C., início da expansão grega; 
• Período Clássico que vai do ano 508 a.C. 
quando a Democracia é estabelecida em 
Atenas até o ano 338 a.C. quando a Grécia 
é dominada pelos macedônios; 
• Período Helenístico do ano 336 a.C., 
quando Alexandre sobe ao trono 
macedônico até o fim do império no ano 323 
a.C. com a morte de Alexandre, o Grande. 
 
Período Pré-Homérico (XV – XII a.C.) 
 
Temos o processo de ocupação da Grécia 
e a formação dos primeiros grandes centros 
urbanos da região. Nessa época, vale destacar a 
ascensão da civilização creto-micênica que se 
desenvolveu graças ao seu movimentado comércio 
marítimo. Ao fim dessa época, as invasões dóricas 
foram responsáveis pelo esfacelamento dessa 
civilização e o retorno às pequenas comunidades 
agrícolas subsistentes. 
 
Período Homérico (XI – VIII a.C.) 
 
As comunidades gentílicas transformam-se 
nos mais importantes núcleos sociais e econômicos 
de toda a Grécia. Em cada genos, uma família 
desenvolvia atividades agrícolas de maneira 
coletiva e dividiam igualmente as riquezas oriundas 
de sua força de trabalho. Com o passar do tempo, 
as limitações das técnicas agrícolas e o incremento 
populacional ocasionou a dissolução dos genos. 
 
Período Arcaico (VIII e VI a.C.) 
 
Os genos perderam espaço para uma 
pequena elite de proprietários de terra. Tendo poder 
sobre os terrenos mais férteis, as elites de cada 
região se organizaram em conglomerados 
demográficose políticos cada vez maiores. É aqui 
que temos o nascimento das primeiras cidades-
Estado da Grécia Antiga. Paralelamente, os gregos 
excluídos nesse processo de apropriação das terras 
passaram a ocupar outras regiões do Mediterrâneo. 
 
Período Clássico (V até o IV a.C.) 
 
A autonomia política das várias cidades-
Estado era visivelmente confrontada com o 
aparecimento de grandes conflitos. Inicialmente, os 
persas tentaram invadir o território grego ao dispor 
de um enorme exército. Contudo, a união militar 
das cidades-Estado possibilitou a vitória dos 
gregos. Logo depois, as próprias cidades da Grécia 
Antiga decidiram lutar entre si para saber quem 
imperaria na Península Balcânica. 
O desgaste causado por tantas guerras 
acabou fazendo de toda a Grécia um alvo fácil para 
qualquer nação militarmente preparada. A partir do 
 
2 AULA 05 – ANTIGUIDADE OCIDENTAL: GRÉCIA 
século IV a.C., os macedônios empreenderam as 
investidas militares que determinaram o fim da 
autonomia política dos gregos. Esses eventos 
marcaram o Período Helenístico, que termina no 
século II a.C., quando os romanos conquistam o 
território grego. 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
1. (Pucsp 2016) “Em termos constitucionais mais 
convencionais, [na Atenas antiga] o povo não só 
era elegível para cargos públicos e possuía o 
direito de eleger administradores, mas também 
era seu o direito de decidir quanto a todos os 
assuntos políticos e o direito de julgar, 
constituindo-se como tribunal, todos os casos 
importantes civis e criminais, públicos e privados. 
A concentração da autoridade na Assembleia, a 
fragmentação e o rodízio dos cargos 
administrativos, a escolha por sorteio, a ausência 
de uma burocracia remunerada, as cortes com 
júri popular, tudo isso servia para evitar a criação 
da máquina partidária e, portanto, de uma elite 
política institucionalizada.” 
 
M. I. Finley. Democracia antiga e moderna. Rio de Janeiro: 
Graal, 1988, p. 37. 
 
A partir do texto, pode-se afirmar que a 
democracia, na Atenas antiga, 
 
a) limitava a atuação do conjunto da sociedade 
nas decisões e nos assuntos políticos, que 
ficavam restritos à elite intelectual e econômica. 
b) reconhecia a necessidade da tripartição do 
poder, com a separação e a isonomia entre o 
executivo, o legislativo e o judiciário. 
c) dependia do bom funcionamento do aparato 
administrativo, composto por funcionários 
estáveis e por ampla hierarquia burocrática. 
d) permitia a ampla manifestação dos cidadãos e 
tinha mecanismos que impediam a perpetuação 
das mesmas pessoas em cargos administrativos. 
 
2. (Ufpr 2016) Considere o excerto de poema 
espartano do século VII a.C.: 
 
[...] Pois não há homem valente no combate, 
se não suportar a vista da carnificina sangrenta 
e não atacar, colocando-se de perto. [...] 
É um bem comum para a cidade e todo o povo, 
que um homem aguarde, de pés fincados, na 
primeira fila, 
encarniçado e todo esquecido da fuga 
vergonhosa, 
expondo a sua vida e ânimo sofredor, 
e, aproximando-se, inspire confiança 
com suas palavras ao que lhe fica ao lado. 
(Tradução de Maria Helena da Rocha Pereira. In: Hélade: Antologia 
da Cultura Grega, Coimbra: Faculdade de Letras da Universidade 
de Coimbra / Instituto de Estudos Clássicos, 4. ed., 1982.) 
 
Com base nesse excerto, considere as 
afirmativas abaixo sobre os valores ressaltados 
no poema e sobre características da cidade-
Estado de Esparta entre os séculos VII e V a.C.: 
 
1. Esparta e Atenas compartilhavam do mesmo 
ideal militar expresso no poema, motivo pelo qual 
juntaram esforços na Liga de Delos. 
2. O poema expressa os valores esperados dos 
soldados espartanos: a coragem, o espírito de 
combate e a cooperação com o coletivo. 
3. Para sustentar o exército, o Estado espartano 
formou a Liga do Peloponeso e distribuiu as 
terras conquistadas entre as cidades-Estado 
aliadas. 
4. Esparta manteve uma elite militar, formada 
pela educação rígida de suas crianças, que eram 
controladas pelo Estado e separadas de suas 
famílias. 
 
Assinale a alternativa correta. 
 
a) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras. 
b) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras. 
c) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são 
verdadeiras. 
d) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são 
verdadeiras. 
e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras. 
 
3. (Fatec 2016) Em 2015, o noticiário 
internacional deu grande destaque à Grécia, país 
europeu que vivia uma grave crise econômica e 
convocou a população para decidir, via 
referendo, as medidas que deveriam ser 
adotadas pelo governo para gerir a crise. Parte 
da imprensa destacou o caráter democrático de 
tal medida e, em muitos textos, lembrou que os 
gregos foram os criadores da democracia. 
 
Assinale a alternativa que indica corretamente 
quais são as principais diferenças entre as 
concepções de democracia na Antiguidade grega 
e no mundo contemporâneo. 
 
a) Na Antiguidade grega, a democracia surgiu da 
necessidade de administrar países cada vez 
maiores; nas democracias contemporâneas, a 
política ajuda a administrar unidades menores, 
como as cidades. 
b) Na Antiguidade grega, o espaço reservado à 
atividade política eram os templos religiosos ou 
as residências das pessoas mais importantes; 
nas democracias contemporâneas, a atividade 
política se realiza no espaço público. 
 
3 AULA 05 – ANTIGUIDADE OCIDENTAL: GRÉCIA 
c) Na Antiguidade grega, política e religião eram 
esferas sociais separadas; nas democracias 
contemporâneas, a noção de cidadania vincula-
se estreitamente às concepções religiosas. 
d) Nas democracias contemporâneas, a 
participação política é vinculada à renda, com o 
voto censitário; na Grécia Antiga, apenas os 
proprietários de terras, homens e mulheres, 
tinham direito à participação política. 
e) Nas democracias contemporâneas, o direito à 
participação política se estende a todos os 
grupos sociais; na Grécia antiga, apenas os 
homens livres nascidos na pólis eram 
considerados cidadãos. 
 
4. (Ucs 2015) Sobre a escravidão na Grécia 
antiga, é correto afirmar que 
 
I. a mão de obra escrava era a base da economia 
grega e o critério adotado para determinar quem 
seria escravizado era o racial. Os escravos eram 
provenientes da África (negros) ou da Ásia 
(amarelos). 
II. o uso de escravos em Atenas tinha certa 
importância social, na medida em que concedia 
mais tempo para que os homens livres pudessem 
participar das assembleias, dos debates políticos, 
filosofar e produzir obras de arte. 
III. os escravos, em Esparta, cidade voltada para 
as guerras, eram chamados de hilotas, 
pertenciam ao Estado e trabalhavam para 
os esparciatas – uma minoria que participava das 
decisões políticas e administrativas e se dedicava 
única e exclusivamente à política e à guerra. 
 
Das proposições acima, 
 
a) apenas I está correta. 
b) apenas II está correta. 
c) apenas I e II estão corretas. 
d) apenas II e III estão corretas. 
e) I, II e III estão corretas. 
 
5. (Uepa 2014) “No tempo de Péricles (461-429 
a.C), o comparecimento à assembleia soberana 
era aberto a todo o cidadão. A assembleia era 
um comício ao ar livre que reunia centenas de 
atenienses do sexo masculino, com idade 
superior a 18 anos. Todos os que compareciam 
tinham direito de fazer uso da palavra. As 
decisões da assembleia representavam a palavra 
final na guerra e na paz, nos tratados, nas 
finanças, nas legislações, nas obras públicas, no 
julgamento dos casos mais importantes, na 
eleição de administradores, enfim na totalidade 
das atividades governamentais”. 
 
(BRAICK, Patrícia Ramos e MOTA, Myriam Becho. 
História: Das cavernas ao terceiro milênio, 2ª Edição. 
São Paulo: Editora Moderna, 2010. p. 102). 
Com base nesta informação, conclui-se que, em 
Atenas, no período de Péricles: 
 
a) a democracia se consolidou e atingiu sua 
plenitude por meio de princípios como o da 
isonomia, isocracia e isegoria, que se definiu 
como a igualdade de direito ao acesso à palavra 
na assembleia soberana.b) a cidadania ateniense fundamentava-se na 
igualdade de gênero, garantindo aos cidadãos o 
pleno direito à palavra independente de sexo, 
impondo como limite a idade de dezoito anos. 
c) a relação de poder entre funcionários do 
Estado e a elite política ateniense assegurava a 
manutenção de um regime de governo 
aristocrático no qual somente os homens 
exerciam o direito de cidadania. 
d) os cidadãos atenienses eram guiados por uma 
burocracia estatal que impediu o rodízio dos 
cargos administrativos, de modo que a liderança 
direta e pessoal era exercida por uma minoria de 
homens jovens. 
e) a concentração da autoridade na assembleia 
possibilitou a criação de um regime de governo 
baseado no poder pessoal, institucionalizando a 
oratória como competência mais importante para 
o exercício da política nos tempos de Péricles. 
 
 
GABARITO 
1-D; 2-B; 3-E; 4-D; 5-A. 
 
 
 
1 AULA 06 – ANTIGUIDADE OCIDENTAL: ROMA 
 
Resumo 
 
Roma, atual capital da Itália, é o centro de onde emergiu um dos mais extensos impérios constituídos 
durante a Antiguidade. Fixada na porção central da Península Itálica, esta cidade foi criada no século VIII a.C. 
e contou com diferentes influências culturais e étnicas. Antes de falarmos sobre a criação da civilização 
romana, devemos assinalar os diversos povos que contribuíram para a sua origem. Entre estes, destacamos os 
etruscos, úmbrios, latinos, sabinos, samnitas e gregos. 
 
 
Localização geográfica 
 
 
 
 
Antes da criação da cidade de Roma, os 
etruscos se destacavam como uma das principais 
civilizações da porção central da Península Itálica. Os 
territórios etruscos alcançavam porções do Lácio e da 
Campanha. Cerca de doze centros urbanos eram ali 
distribuídos, estabelecendo uma economia bastante 
estruturada em razão das intensas atividades 
comerciais. 
 
 
Periodização básica 
 
Monarquia 
 
A forma de governo adotada em Roma até 
o século VI a.C. foi a Monarquia. Os romanos 
acreditavam que o rei tinha origem divina. Esse 
período foi marcado pela invasão de outros povos 
(etruscos) que durante cerca de 100 anos, 
dominaram a cidade, impondo-lhe seus reis. 
Em 509 a.C., os romanos derrubaram o rei 
etrusco (Tarquínio - o Soberbo), e fundaram uma 
República. No lugar do rei, elegeram dois 
magistrados para governar. 
 
República 
 
Res + Publicus 
(Coisa do povo) 
 
A sociedade romana estava dividida em 4 classes: 
Patrícios, Clientes, Plebeus e Escravos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A decadência política, social e econômica, 
fez com que a plebe entrasse em conflito com os 
patrícios, essa luta durou cerca de 200 anos. 
Apesar disso, os romanos conseguiram conquistar 
quase toda a Península Itálica e logo em seguida 
partiram para o Mediterrâneo. 
Lutaram mais de 100 anos contra Cartago 
nas chamadas Guerras Púnicas e em seguida, 
ocuparam a Península Ibérica (conquista que levou 
mais de 200 anos), Gália e o Mediterrâneo Oriental. 
Os territórios ocupados foram 
transformados em províncias. Essas províncias 
pagavam impostos ao governo de Roma (em sinal 
de submissão). 
As conquistas transformaram exército 
romano em um grupo imbatível. 
 
 
A comunidade militar era formada por: 
 
- Cidadãos de Roma, dos territórios, das colônias e 
das tribos latinas que também tinham cidadania 
romana 
2 AULA 06 – ANTIGUIDADE OCIDENTAL: ROMA
- Comunidades cujos membros não possuíam
cidadania romana completa (não podiam votar nem
ser votados)
- Aliados autônomos (faziam tratados de aliança
com Roma)
Além do exército, as estradas construídas 
por toda a península itálica também contribuíram 
para explicar as conquistas romanas. 
Os romanos desenvolveram armas e 
aperfeiçoaram também a técnica de montar 
acampamentos e construir fortificações. 
A disciplina militar era severa e a punição 
consistia em espancamentos e decapitações. Os 
soldados vencedores recebiam prêmios e honrarias 
e o general era homenageado, enquanto que os 
perdedores eram decapitados nas prisões. 
As sucessivas conquistas provocaram, em 
Roma, grandes transformações sociais, econômicas 
e políticas. 
No plano social, o desemprego aumentou 
por causa do aproveitamento dos prisioneiros de 
guerra como escravos. A mão-de-obra escrava 
provocou a concentração das terras nas mãos da 
aristocracia (provocando a ruína dos pequenos 
proprietários de terras que foram forçados a migrar 
para as cidades). 
Na economia, surgiu uma nova camada de 
comerciantes e militares (homens novos ou 
cavaleiros) que enriqueceram com as novas 
atividades surgidas com as conquistas (cobrança 
de impostos, fornecimento de alimentos para o 
exército, construção de pontes e estradas, etc). 
Além disso, sociedade romana também sofreu forte 
influência da cultura grega e helenística: 
- A alimentação ganhou requintes orientais
- A roupa ganhou enfeites
- Homens e mulheres começaram a usar
cosméticos
- Influência da religião grega
- Escravos vindos do oriente introduziram suas
crenças e práticas religiosas
- Influência grega na arte e na arquitetura
- Escravos gregos eram chamados de pedagogos,
pois ensinavam para as famílias ricas a língua e a
literatura grega
Essas influências geraram graves 
consequências sobre a moral: multiplicou-se a 
desunião entre casais e as famílias ricas evitavam 
ter muitos filhos. 
Tais transformações foram exploradas 
pelos grupos que lutavam pelo poder e esse fato 
desencadeou uma série de lutas políticas. A 
sociedade romana dividiu-se em dois partidos: o 
partido popular (formado pelos homens novos e 
desempregados) e o partido aristocrático (formado 
pelos grandes proprietários rurais). Essas lutas 
caracterizaram a fase de decadência da República 
Romana. 
 
Dois nomes sobressaíram durante o 
Império Romano: Julio César e Augusto. 
Após vários conflitos, Julio César tornou-
se ditador (com o apoio do Senado) e apoiado pelo 
exército e pela plebe urbana, começou a acumular 
títulos concedidos pelo Senado. Tornou-se Pontífice 
Máximo e passou a ser: Ditador Perpétuo (podia 
reformar a Constituição), Censor vitalício (podia 
escolher senadores) e Cônsul Vitalício, além de 
comandar o exército em Roma e nas províncias. 
Tantos poderes lhe davam vários 
privilégios: sua estátua foi colocada nos templos e 
ele passou a ser venerado como um deus (Júpiter 
Julius). 
Com tanto poder nas mãos, começou a realizar 
várias reformas e conquistou enorme apoio popular. 
- Acabou com as guerras civis
- Construiu obras publicas
- Reorganizou as finanças
- Obrigou proprietários a empregar homens livres
- Promoveu a fundação de colônias
- Reformou o calendário dando seu nome ao sétimo
mês
- Introduziu o ano bissexto
- Estendeu cidadania romana aos habitantes das
províncias
- Nomeava os governadores e os fiscalizava para
evitar que espoliassem as províncias.
Em compensação, os ricos (que se 
sentiram prejudicados) começaram a conspirar. 
No dia 15 de março de 44 a.C., Julio César 
foi assassinado. Seu sucessor (Otávio), recebeu o 
título de Augusto, que significava “Escolhido dos 
Deuses”. O governo de Augusto marcou o início de 
um longo período de calma e prosperidade. 
Principais medidas tomadas por Augusto: 
- Profissionalizou o exército
- Criou o correio
- Magistrados e senadores tiveram seus poderes
reduzidos
- Criou o conselho do imperador (que se tornou
mais importante que o senado)
- Criou novos cargos
- Os cidadãos começaram a ter direitos
proporcionais aos seus bens. Surgiu assim três
ordens sociais: Senatorial (tinham privilégios
Império
 
 
3 AULA 06 – ANTIGUIDADE OCIDENTAL: ROMA 
políticos), Eqüestre (podiam exercer alguns cargos 
públicos) e Inferior (não tinham nenhum direito). 
- Encorajou a formação de famílias numerosas e a 
volta da população ao campo 
- Mandou punir as mulheres adúlteras 
- Estimulou o culto aos deuses tradicionais (Apolo, 
Vênus, César, etc) 
- Combateu a introdução de práticas religiosas 
estrangeiras 
- Passou a sustentar escritores e poetas sem 
recursos (Virgílio autor de “Eneida”, Tito Lívio, 
Horácio)Quando chegou a hora de deixar um 
sucessor, Augusto nomeou Tibério (um de seus 
principais colaboradores). 
A História Romana vivia o seu melhor 
período. A cidade de Roma tornou-se o centro de 
um império que crescia e se estendia pela Europa, 
Ásia e África. 
 
Após a morte de Augusto, houve quatro 
dinastias de Imperadores: 
 
Dinastia Julio-Claudiana (14-68): Tibério executou 
os planos deixados por Augusto. Porém, foi 
acusado da morte do general Germanicus e teve o 
povo e o Senado contra ele. Sua morte (78 anos) 
foi comemorada nas ruas de Roma. Seus 
sucessores foram Calígula (filho de Germanicus), 
Cláudio (tio de Calígula) e Nero. Essa dinastia 
caracterizou-se pelos constantes conflitos entre o 
Senado e os imperadores. 
 
Dinastia dos Flávios (69-96): neste período, os 
romanos dominaram a Palestina e houve a 
dispersão (diáspora) do povo judeu. 
 
Dinastia dos Antoninos (96-192): marcou o 
apogeu do Império Romano. Dentre os imperadores 
dessa dinastia, podemos citar: Marco Aurélio (que 
cultivava os ideais de justiça e bondade) e Cômodo 
que por ser corrupto, acabou sendo assassinado 
em uma das conspirações que enfrentou. 
 
Dinastia dos Severos (193-235): várias crises 
internas e pressões externas exercidas pelos 
bárbaros (os povos que ficavam além das 
fronteiras) pronunciaram o fim do Império Romano, 
a partir do século III da era cristã. 
 
Crise do Império Romano 
 
Alguns fatores contribuíram para a crise do 
império: colapso do sistema escravista, a 
diminuição da produção e fluxo comercial e a 
pressão dos povos que habitavam as fronteiras do 
Império (bárbaros). 
A partir do ano 235, o Império começou a 
ser governado pelos imperadores-soldados (que 
tinham como principal objetivo combater as 
invasões). 
 
Com a ascensão de Diocleciano no 
poder, em 284, o Império foi dividido em dois: 
Oriente (governado por ele mesmo) e Ocidente 
(governado por Maximiniano). 
Cada um deles era ajudado por um 
imperador subalterno – o César. Diocleciano 
acreditava que essa estrutura de poder (Tetrarquia) 
aumentava a eficiência do Estado e facilitava a 
defesa do território. Diocleciano tomou várias 
medidas para controlar a inflação. 
Seu sucessor (Constantino) governou de 
313 até 337. 
Constantino legalizou o cristianismo e 
fundou Constantinopla – para onde transferiu a 
sede do governo, além de ter abolido o sistema de 
tetrarquia. 
A partir do século IV, uma grave crise 
econômica deixou o Império enfraquecido e sem 
condições de proteger suas fronteiras, isso fez com 
que o território romano fosse ameaçado pelos 
bárbaros que aos poucos invadiram e dominaram o 
Império Romano do Ocidente formando vários 
reinos (Vândalos, Ostrogodos, Visigodos, Anglo-
Saxões e Francos). 
Em 476 (ano que é considerado pelos 
historiadores um marco divisório entre a 
Antiguidade e a Idade Média), o Império Romano 
do Ocidente desintegrou-se restando apenas o 
Império Romano do Oriente (com a capital situada 
em Constantinopla é também conhecido como 
Império Bizantino – por ter sido construído no lugar 
onde antes existia a colônia grega de Bizâncio), que 
ainda se manteve até o ano de 1453 quando 
Constantinopla foi invadida e dominada pelos 
turcos. 
Durante toda a Idade Média, Roma 
manteve parte da sua antiga importância, mesmo 
com a população reduzida. Era apenas uma 
modesta cidade quando foi eleita capital da Itália 
em 1870. 
 
A civilização romana deixou para a cultura ocidental 
uma herança riquíssima. 
 
- A legislação adotada hoje em vários países do 
mundo tem como inspiração o Direito criado pelos 
romanos 
- Várias línguas (inclusive o português) derivaram 
do latim falado pelos romanos 
- Arquitetura 
- Literatura 
 
EXERCÍCIOS 
 
1. (PUCCAMP/04) - Na Roma Antiga, a 
expressão "até tu Brutus?" foi atribuída a Júlio 
César que, de acordo com fontes históricas, a 
 
 
4 AULA 06 – ANTIGUIDADE OCIDENTAL: ROMA 
teria proferido no momento de seu assassinato, 
em 44 a.C. Nesse contexto da história de Roma, 
Júlio César tornou-se conhecido porque 
 
a) iniciou o processo de expansão romana, 
desencadeando as chamadas guerras púnicas, 
por meio das quais Roma se converteu em 
potência marítima. 
b) criou o primeiro código escrito, denominado 
"Leis das Doze Tábuas", que tratava de assuntos 
referentes ao Direito Civil e ao Direito Penal. 
c) adquiriu grandes poderes e privilégios 
especiais, como os títulos de ditador perpétuo e 
de censor vitalício, suscitando lutas políticas pelo 
poder, sobretudo no Senado Romano. 
d) contribuiu, com as suas leis abolicionistas, 
para crise geral do escravismo romano, que 
abalou as atividades agrícolas de todo o Império 
Romano. 
e) propôs à Assembleia Romana o seu projeto de 
reforma agrária, limitando a ocupação de terras 
públicas aos cidadãos romanos. 
 
2. (Mackenzie) - A ruralização econômica do 
Império Romano do Ocidente (do século III ao V 
d.C.) NÃO teve como consequência: 
 
a) o rebaixamento de muitos homens livres à 
condição de colonos que se tornaram presos à 
terra. 
b) o surgimento do colonato, que se constituiu no 
arrendamento de terras aos camponeses. 
c) o latifúndio, principal unidade de produção, 
tornou-se quase autossuficiente. 
d) o aumento do afluxo de escravos para Roma, 
que dinamizou a expansão da economia agrícola. 
e) o campo tornou-se mais seguro que as 
cidades, em decorrência das desordens político-
sociais e da crise econômica. 
 
3. (UFPR) - Toda a Gália está dividida em três 
partes, uma habitada pelos belgas, outra pelos 
aquitanos, a terceira por aqueles que nós 
chamamos de gauleses (em sua língua, celtas). 
Essas nações diferem entre si pela língua, pelos 
costumes e pelas leis.(Júlio César, Guerra das 
Gálias.)Esse trecho de Júlio César se refere às 
conquistas da Roma Antiga e à maneira como os 
romanos viam os povos que conquistavam. 
Sobre as conquistas romanas, é correto afirmar: 
 
a) O exército romano era composto somente por 
escravos. 
b) Os povos conquistados eram considerados 
incultos e menosprezados pelos romanos. 
c) As estruturas administrativas construídas pelos 
romanos foram pouco duráveis, o que limitou a 
sua capacidade de expansão. 
d) Os romanos não tinham uma política de 
destruição, nem de integração cultural dos povos 
conquistados, preservando a posição das elites 
que se aliassem a eles. 
e) Durante as guerras de conquista, houve uma 
diminuição do número de escravos capturados 
pelos romanos. 
4. (OSEC) - Quanto à história de Roma, pode-se 
considerar que: 
 
a) Roma conheceu apenas dois regimes 
políticos: a República e o Império; 
b) na passagem da República para o Império, 
Roma deixou de ser uma democracia e 
transformou-se numa oligarquia; 
c) os irmãos Tibério e Caio Graco foram dois 
tribunos da plebe que lutaram pela redistribuição 
das terras do Estado (ager publicus) entre todos 
os cidadãos romanos; 
d) no Império Romano, todos os homens livres – 
os cidadãos – eram proprietários de terras; 
e) no Império Romano, a base da economia era o 
comércio e a indústria. 
 
5. (Fgv) - O Edito de Milão (313), no processo de 
desenvolvimento histórico de Roma, reveste-se 
de grande significado, tendo em vista que 
 
a) combateu a heresia ariana, acabando com a 
força política dos bispados de Alexandria e 
Antioquia. 
b) tornou o cristianismo a religião oficial de todo 
Império Romano, terminando com a concepção 
de rei-deus. 
c) acabou inteiramente com os cultos pagãos que 
então dominavam a vida religiosa. 
d) deu prosseguimento à política de Deocleciano 
de intenso combate à expansão do cristianismo. 
e) proclamou a liberdade do culto cristão 
passando Constantino a ser o protetor da Igreja. 
 
GABARITO 
1-C; 2-D; 3-D; 4-C; 5-E. 
 
1 AULA 07 – IDADE MÉDIA 
 
Resumo 
 
A idade Média começou com a queda do Império Romano do Ocidente, em 476 d.C., e se encerrou 
com a tomada da capital do Império Bizantino, Constantinopla, pelos turcos-otomanos, em 1453. Esse 
período costuma ser dividido em dois: Alta e Baixa Idade Média. 
 
 
 
Periodizaçãobásica 
 
Alta Idade Média (Séc. V – XIII) 
 
A Alta Idade Média estendeu-se do século 
V ao X. Foi a época de consolidação, na Europa 
Ocidental, do feudalismo, sistema socioeconômico 
predominante na era medieval. 
No Oriente, porém, em vez da 
descentralização política feudal, o período foi 
marcado por dois fortes impérios: o Bizantino e o 
Árabe. 
 
Baixa Idade Média (Séc. XIII - XV) 
 
A Baixa Idade Média vai do século XI até o 
fim do período medieval, no século XV. É quando o 
feudalismo chegou ao auge e entrou em 
decadência. 
Lentamente, ele começou a sofrer 
transformações (surgimento da burguesia) que só 
se concluiriam na Idade Moderna, quando seria 
substituído, no campo político, pelas monarquias 
nacionais e, no econômico, pelo sistema 
mercantilista. 
 
Conceitos 
 
Por séculos, a Idade Média foi tida como 
uma época de insignificante desenvolvimento 
científico, tecnológico e artístico. Essa visão nasceu 
durante o Renascimento, no século XVI, quando o 
período medieval foi apelidado de Idade das 
Trevas. 
 
Modo de produção Feudal ou Feudalismo 
 
Marcam este período o feudo como base 
econômica, a estrutura política baseada no sistema 
de vassalagem e suserania, certo estatismo social, 
onde havia pouca mobilidade e uma forte hierarquia 
entre classes e o domínio da Igreja no cenário 
religioso. 
 
Sociedade Medieval ou Estamental 
 
 
 
Além disso, as guerras medievais e a 
peste negra dizimaram boa parte da população da 
época. 
O período da Idade Média também foi 
responsável por importantes avanços, sobretudo no 
que diz respeito à produção agrícola: inventaram-se 
o moinho, a charrua (um arado mais eficiente) e 
técnicas de adubamento e rodízio de terras. 
Outra herança medieval são as 
universidades, que começaram a surgir na Europa 
no século XIII. Além disso, desenvolveram-se 
importantes movimentos artísticos, como o 
românico e o gótico; viveram influentes filósofos, 
como Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino; 
e, graças ao trabalho dos monges, preservou-se a 
cultura greco-romana – o que possibilitaria, aliás, o 
surto de revalorização da Antiguidade Clássica 
ocorrido durante o Renascimento. 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
1. (Enem 2011) Se a mania de fechar, verdadeiro 
habitus da mentalidade medieval nascido talvez de 
um profundo sentimento de insegurança, estava 
difundida no mundo rural, estava do mesmo modo 
no meio urbano, pois que uma das características 
da cidade era de ser limitada por portas e por uma 
muralha. 
DUBY, G. et al. “Séculos XIV-XV”. In: ARIÈS, P.; DUBY, G. 
História da vida privada da Europa Feudal à Renascença. 
São Paulo: Cia. das Letras, 1990 (adaptado). 
Senhor Feudal 
Clero 
Nobres e 
Guerreiros 
Servos 
 
2 AULA 07 – IDADE MÉDIA 
 
As práticas e os usos das muralhas sofreram 
importantes mudanças no final da Idade Média, 
quando elas assumiram a função de pontos de 
passagem ou pórticos. Este processo está 
diretamente relacionado com: 
 
a) o crescimento das atividades comerciais e 
urbanas. 
b) a migração de camponeses e artesãos. 
c) a expansão dos parques industriais e fabris. 
d) o aumento do número de castelos e feudos. 
e) a contenção das epidemias e doenças. 
 
2. Sobre o período conhecido como Idade Média, 
é CORRETO afirmar que: 
 
1) o romance de cavalaria foi um gênero literário 
que divulgou ideias de amor cortês. 
 
2) a peste negra foi uma doença que teve graves 
consequências para a sociedade medieval, 
dizimando parte da população europeia. 
 
4) as universidades criadas no período tiveram 
importante papel no desenvolvimento da cultura e 
do ensino no Ocidente. 
 
8) a formação das corporações de ofício está 
relacionada à efervescência comercial da Europa 
no início da Idade Média. 
 
16) várias dissidências da Igreja surgiram no 
período, como foi o caso dos cátaros. Devido ao 
acolhimento à diversidade defendido pela Igreja, 
as comunidades cátaras puderam ser mantidas. 
 
32) o cristianismo difundido pela Igreja penetrou 
de tal maneira em todas as camadas da 
sociedade medieval que foi capaz de anular as 
crenças pagãs de origem antiga. 
 
64) as ordens mendicantes foram criadas por 
uma parcela do clero medieval que defendia o 
conceito de usura e estimulava o acúmulo de 
bens e lucro. 
 
 
Soma das verdadeiras:_________ 
 
 
3. (UFRGS 2017) Assinale com V (verdadeiro) ou 
F (falso) as afirmações abaixo, sobre a história da 
Idade Média ocidental. 
 
( ) A instalação de povos de origem germânica 
no território do Império Romano, as chamada 
“invasões bárbaras”, ocorreu também por meio 
de processos migratórios pacíficos e negociados 
com o Estado romano. 
( ) O processo de fragmentação territorial do 
Império Romano Germânico, após a ascensão de 
Carlos Magno no século VIII, foi decorrência da 
ruptura entre o reino franco e a Igreja cristã. 
( ) A servidão foi uma situação intermediária 
entre a escravidão definitiva e a liberdade plena, 
pois impunha uma série de limitações aos servos, 
sem torná-los propriedade dos seus senhores. 
( ) A Escolástica, principal método de ensino 
nas universidades medievais, previa o estudo 
filológico da Bíblia e recusava o recurso à 
filosofia antiga, considerada pagã e herética. 
 
A sequência correta de preenchimento dos 
parênteses, de cima para baixo, é: 
 
a) V – V – F – V. 
b) F – V – F – V. 
c) V – F – V – F. 
d) F – V – V – F. 
e) F – F – V – V. 
 
4. (UFRGS 2016) Sobre a história da Idade Média, 
assinale a alternativa correta. 
 
a) A criação do Sacro Império Romano Germânico 
no Ocidente, no contexto da expansão carolíngia do 
século VIII, resultou na conversão dos francos ao 
cristianismo. 
b) A Igreja permitia o ingresso feminino apenas nas 
ordens regulares, enquanto as seculares eram 
reservadas somente aos homens. 
c) A aristocracia exercia atividade guerreira, embora 
não fosse detentora de terras ou de direitos 
senhoriais. 
d) A criação dos relógios mecânicos públicos, a 
partir do século XIII, reforçou o monopólio 
eclesiástico no controle do tempo pela Igreja. 
e) A presença islâmica no Mediterrâneo, a partir do 
século VII, caracterizou-se pela destruição dos 
mecanismos de administração urbana nas cidades 
europeias. 
 
5. (Fuvest) Do Grande Cisma sofrido pelo 
cristianismo no século XI, resultou: 
 
a) o estabelecimento dos tribunais da Inquisição 
pela Igreja católica. 
b) a Reforma protestante, que levou à quebra da 
unidade da Igreja católica na Europa Ocidental. 
c) a heresia dos albigenses, condenada pelo papa 
Inocêncio II. 
d) a divisão da Igreja em católica romana e 
ortodoxa grega. 
e) a Querela das Investiduras, que proibia a 
investidura de clérigos por leigos. 
 
GABARITO 
 
1-A; 2-Soma 7 (1+2+4); 3-C; 4-B; 5-D. 
 
1 AULA 08 – ISLAMISMO 
 
Resumo 
 
A religião islâmica começou ou nasceu exatamente no ano de 622, de acordo com o calendário 
cristão. Tal data costuma ser considerada um marco na história do Islamismo, pois foi quando Maomé, logo 
após ter recebido a revelação divina, foi obrigado a se deslocar da cidade de Meca para a vizinha Medina, uma 
vez que os habitantes daquela cidade não foram, em um primeiro momento, sensíveis à pregação do profeta. 
Tal deslocamento (ou “fuga”, segundo alguns), recebeu o nome de Hégira, e revestiu-se de tamanha 
importância que acabou marcando o início do calendário islâmico. Assim, o ano de 622 do calendário cristão é 
o Ano I da Hégira no calendário muçulmano. 
 
 
O Corão, livro sagrado do Islã. 
 
 
O que é? 
 
É uma religião e um projeto de 
organização da sociedade expresso na palavra 
árabe islã, a submissão confiante a Alá (Allah, em 
árabe - Deus, ou "a divindade", em abstrato). 
Seus seguidores chamam-se muçulmanos 
(muslimun, em árabe): os que se submetem a Deus 
para render-lhe a honra e a glória que lhe são 
devidas como Deus único. Fundado por Maomé, o 
islamismo reúne hoje cerca de 850 milhões de fiéis 
e é a religião que mais cresce em todo o mundo. 
 
 
Localização Geográfica 
 
A civilização islâmica teve a sua origem na 
penínsulaarábica. Habitada por diferentes povos 
semitas (árabes, hebreus, assírios, fenícios e 
aramaicos), organizados em tribos, a Arábia não 
tinha unidade política, estando dividida em clãs 
familiares. 
A cidade de Meca é o mais importante 
centro religioso muçulmano e nela se localiza a 
CAABA (Casa de Deus), que abriga a Pedra Negra, 
um pedaço de meteorito, trazido do céu pelo anjo 
Gabriel para o profeta Abraão. 
Os povos árabes foram os grandes 
divulgadores da religião islâmica. A expansão 
árabe-muçulmana acabou por islamizar uma série 
de povos não árabes, como os turcos e os persas. 
 
 
A península Arábica 
 
Assim, embora os muçulmanos constituam 
a maioria da população nos países árabes, os 
quatro países com maior população muçulmana 
não são árabes: Indonésia (160 milhões), Paquistão 
(100 milhões), Índia (90 milhões) e Bangladesh (85 
milhões). 
A morte do profeta Maomé, que viveu de 
570 d.C. a 632 d.C., provocou a divisão de seus 
seguidores em dois grandes grupos: os xiitas e os 
sunitas, predominantes até hoje. 
Os sunitas seguiram os ensinamentos de 
Maomé contidos em um conjunto de textos que foi 
denominado SUNA. Para os sunitas, o SUNA é 
uma importante fonte de verdade ao lado do 
Alcorão. 
 
Xiitas e Sunitas 
 
Os xiitas consideram que o líder religioso e 
político deva ser descendente de Maomé, além de 
só admitirem o Alcorão como fonte sagrada. Os 
xiitas são contrários à ocidentalização e são 
defensores intransigentes dos fundamentos da fé 
islâmica. Os sunitas correspondem a 85% do 
mundo muçulmano e os xiitas, aos restantes 15%. 
Os xiitas são maioria em poucos países 
como o Irã, o Iraque e o Bahrein. 
No mundo muçulmano, não pode nem 
deve haver conflito entre a política e o mundo 
espiritual. O mundo político deve submeter-se ao 
espiritual e a ele deve se adequar. 
 
 
2 AULA 08 – ISLAMISMO 
 
“O mundo islâmico é constituído por uma só nação”, 
dizia o Profeta. 
 
 
O islamismo é monoteísta e o fiel 
muçulmano tem quatro deveres básicos a cumprir: 
 
• fazer orações cinco vezes ao dia, voltado 
para MECA. 
• jejuar, não consumir bebidas nem tabaco, 
abstinência sexual, especialmente no mês 
sagrado dos muçulmanos (Ramadã). 
• dar esmolas que sejam proporcionais a sua 
renda. 
• ir a Meca pelo menos uma vez na vida, em 
peregrinação religiosa. 
 
Expansão Islâmica: as dinastias 
 
Com a morte de Maomé em 634, seus 
sucessores ficaram encarregados de continuar a 
propagação da fé islâmica. Foi nesse contexto que 
apareceram as dinastias Omíadas e Abássidas. 
 
 
Império Muçulmano 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
1. (UFJF-MG) O islamismo, religião fundada por 
Maomé e de grande importância na unidade árabe, 
tem como fundamento: 
 
a) o monoteísmo, influência do cristianismo e do 
judaísmo, observado por Maomé entre povos que 
seguiam essas religiões. 
b) o culto dos santos e profetas através de imagens 
e ídolos. 
c) o politeísmo, isto é, a crença em muitos deuses, 
dos quais o principal é Alá. 
d) o princípio da aceitação dos desígnios de Alá em 
vida e a negação de uma vida pós-morte. 
e) a concepção do islamismo vinculado 
exclusivamente aos árabes, não podendo ser 
professado pelos povos inferiores. 
 
2. O islamismo, ideologia difundida a partir da 
Alta Idade Média, em que o poder político se 
confunde com o poder religioso, era dotado de 
certa heterogeneidade, o que pode ser 
constatado na existência de seitas rivais como: 
 
a) politeístas e monoteístas 
b) sunitas e xiitas 
c) cristãos e muezins 
d) sunitas e cristãos 
e) xiitas e politeístas 
 
3. A hégira, um dos eventos mais importantes do 
islamismo e que marca o início do calendário 
islâmico, corresponde: 
 
a) à entrada triunfal de Maomé em Meca em 630. 
b) ao casamento de Maomé com uma rica viúva, 
dona de camelos. 
c) à fuga de Maomé e seus seguidores de Meca 
para Medina. 
d) à revelação de Maomé que lhe foi transmitida 
pelo Arcanjo Gabriel. 
e) ao grande incêndio da Caaba em Meca em 
615. 
 
4. As invasões e dominação de vastas regiões 
pelos árabes na Península Ibérica provocaram 
transformações importantes para portugueses e 
espanhóis, que os diferenciaram do restante da 
Europa medieval. As influências dos árabes, na 
região, relacionaram-se a: 
 
a) acordos comerciais entre cristãos e mouros, a 
fim de favorecer a utilização das rotas de 
navegação marítima em torno dos continentes 
africano e asiático, para obter produtos e 
especiarias. 
b) conflitos entre cristãos e muçulmanos, que 
facilitaram a centralização da monarquia da 
Espanha e Portugal, sem necessitar do apoio da 
burguesia para efetivar as grandes navegações 
oceânicas. 
c) difusão das ideias que ocasionaram a criação 
da Companhia de Jesus, responsável pela 
catequese nas terras americanas e africanas 
conquistadas através das grandes navegações. 
d) acordos entre cristãos e muçulmanos, para 
facilitar a disseminação das ideias e ciências 
romanas, fundamentais, para o crescimento 
comercial e das artes náuticas. 
e) contribuições para a cultura científica, 
possibilitando ampliação de conhecimentos, 
principalmente na matemática e astronomia, que 
permitiram criações de técnicas marítimas para o 
desenvolvimento das navegações oceânicas. 
 
 
 
3 AULA 08 – ISLAMISMO 
5. Os movimentos fundamentalistas, que tudo querem subordinar à lei islâmica (Sharia), são hoje muito 
ativos em vários países da África, do Oriente Médio e da Ásia. Eles tiveram a sua origem histórica: 
 
a) no desenvolvimento do Islamismo, durante a Antiguidade, na Península Arábica; 
b) na expansão da civilização árabe, durante a Idade Média, tanto a Ocidente quanto a Oriente; 
c) na derrocada do Socialismo, depois do fim da União Soviética, no início dos anos noventa; 
d) no estabelecimento do Império Turco-Otomano, com base em Istambul, durante a Idade Moderna; 
e) na ocupação do mundo árabe pelos europeus, entre a segunda metade do século XIX e a primeira do 
século XX. 
 
 
GABARITO 
 
1-A 
2-B 
3-C 
4-E 
5-B 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANOTAÇÕES 
 
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________ 
 
1 AULA 09 – RENASCIMENTO 
 
Resumo 
 
O Renascimento foi um importante movimento de ordem artística, cultural e científica que se deflagrou 
na passagem da Idade Média para a Moderna. 
 
 
Onde se iniciou? 
 
 
 
Características do Renascimento 
 
A razão, de acordo com o pensamento da 
Renascença, era uma manifestação do espírito 
humano que colocava o indivíduo mais próximo de 
Deus. Ao exercer sua capacidade de questionar o 
mundo, o homem simplesmente dava vazão a um 
dom concedido por Deus (neoplatonismo). 
Outro aspecto fundamental das obras 
renascentistas era o privilégio dado às ações 
humanas, ou humanismo. Tal característica 
representava-se na reprodução de situações do 
cotidiano e na rigorosa reprodução dos traços e 
formas humanas (naturalismo). Pregavam ainda o 
domínio da natureza. 
Esse aspecto humanista inspirava-se em 
outro ponto-chave do Renascimento: o elogio às 
concepções artísticas da Antiguidade Clássica 
ou Classicismo. 
 
Relação com a burguesia e o individualismo 
 
Essa valorização das ações humanas 
abriuum diálogo com a burguesia, que floresceu 
desde a Baixa Idade Média. Suas ações pelo 
mundo, a circulação por diferentes espaços e seu 
ímpeto individualista ganharam atenção dos 
homens que viveram todo esse processo de 
transformação privilegiado pelo Renascimento. 
Ainda é interessante ressaltar que muitos 
burgueses, ao entusiasmarem-se com as temáticas 
do Renascimento, financiavam muitos artistas e 
cientistas surgidos entre os séculos XIV e XVI. 
Além disso, podemos ainda destacar a busca por 
prazeres (hedonismo) como outro aspecto 
fundamental que colocava o individualismo da 
modernidade em voga. 
 
Periodização Básica 
 
Durante o Trecento, podemos destacar o 
legado literário de Petrarca (“De África” e “Odes a 
Laura”) e Dante Alighieri (“Divina Comédia”), bem 
como as pinturas de Giotto di Bondoni (“O beijo de 
Judas”, “Juízo Final”, “A lamentação” e “Lamento 
ante Cristo Morto”). 
Já no Quatrocento, com representantes 
dentro e fora da Itália, o Renascimento contou com 
a obra artística do italiano Leonardo da Vinci (Mona 
Lisa) e as críticas ácidas do escritor holandês 
Erasmo de Roterdã (Elogio à Loucura). 
Na fase final do Renascimento, o 
Cinquecento ganhou grandes proporções, 
dominando várias regiões do continente europeu. 
Em Portugal, podemos destacar a literatura de Gil 
Vicente (Auto da Barca do Inferno) e Luís de 
Camões (Os Lusíadas). Na Alemanha, os quadros 
de Albrercht Dürer (“Adão e Eva” e “Melancolia”) e 
Hans Holbein (“Cristo morto” e “A virgem do 
burgomestre Meyer”). A literatura francesa teve 
como seu grande representante François Rabelais 
(“Gargântua e Pantagruel”). No campo científico, 
devemos destacar o rebuliço da teoria heliocêntrica 
defendida pelos estudiosos Nicolau Copérnico, 
Galileu Galilei e Giordano Bruno. Tal concepção 
abalou o monopólio dos saberes, até então 
controlados pela Igreja. 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
1. Leia este trecho, em que se faz referência à 
construção do mundo moderno: 
 
“... os modernos são os primeiros a demonstrar que o 
conhecimento verdadeiro só pode nascer do trabalho 
interior realizado pela razão, graças a seu próprio 
esforço, sem aceitar dogmas religiosos, preconceitos 
sociais, censuras políticas e os dados imediatos 
fornecidos pelos sentidos”. (CHAUÍ, Marilena. 
"Primeira filosofia". 4. ed. São Paulo: Brasiliense, 
1985. p. 80.) 
 
A leitura do trecho nos permite identificar 
características do Renascimento. Assinale a afirmativa 
que contém essas características. 
 
a) nova postura com relação ao conhecimento, a qual 
transforma o modo de entendimento do mundo e do 
próprio homem. 
 
b) ruptura com as concepções antropocêntricas, a 
qual modifica as relações hierárquicas senhoriais. 
c) ruptura com o mundo antigo, a qual caracteriza um 
distanciamento do homem face aos diversos 
movimentos religiosos. 
A península 
Itálica – Em 
seus reinos, 
principados 
e ducados. 
 
2 AULA 09 – RENASCIMENTO 
d) adaptações do pensamento contemplativo, as quais 
reafirmam a primazia do conhecimento da natureza 
em relação ao homem. 
 
2. (Enem) (...) Depois de longas investigações, 
convenci-me por fim de que o Sol é uma estrela fixa 
rodeada de planetas que giram em volta dela e de que 
ela é o centro e a chama. Que, além dos planetas 
principais, há outros de segunda ordem que circulam 
primeiro como satélites em redor dos planetas 
principais e com estes em redor do Sol. (...) Não 
duvido de que os matemáticos sejam da minha 
opinião, se quiserem dar-se ao trabalho de tomar 
conhecimento, não superficialmente, mas duma 
maneira aprofundada, das demonstrações que darei 
nesta obra. Se alguns homens ligeiros e ignorantes 
quiserem cometer contra mim o abuso de invocar 
alguns passos da Escritura (sagrada), a que torçam o 
sentido, desprezarei os seus ataques: as verdades 
matemáticas não devem ser julgadas senão por 
matemáticos. 
 
(COPÉRNICO, N. De Revolutionibus orbium 
caelestium) 
 
Aqueles que se entregam à prática sem ciência são 
como o navegador que embarca em um navio sem 
leme nem bússola. Sempre a prática deve 
fundamentar-se em boa teoria. Antes de fazer de um 
caso uma regra geral, experimente-o duas ou três 
vezes e verifique se as experiências produzem os 
mesmos efeitos. Nenhuma investigação humana pode 
se considerar verdadeira ciência se não passa por 
demonstrações matemáticas. 
 
(VINCI, Leonardo da. Carnets) 
 
O aspecto a ser ressaltado em ambos os textos para 
exemplificar o racionalismo moderno é 
 
a) a fé como guia das descobertas. 
b) o senso crítico para se chegar a Deus. 
c) a limitação da ciência pelos princípios bíblicos. 
d) a importância da experiência e da observação. 
e) o princípio da autoridade e da tradição. 
 
3. Leia atentamente os relatos a seguir: 
"O pintor que trabalha rotineira e apressadamente, 
sem compreender as coisas, é como o espelho que 
absorve tudo o que encontra diante de si, sem tomar 
conhecimento". 
 
“Experiência, mãe de toda a certeza” 
 
“Só o pintor universal tem valor” 
 
São trechos de Leonardo da Vinci, personagem 
destacada do Renascimento. Neles, o autor exalta 
compreensão, experiência, universalismo, valores que 
marcaram o: 
 
a) Teocentrismo, como princípio básico do 
pensamento moderno. 
b) Epicurismo, em alusão aos princípios dominantes 
na Idade Média. 
c) Humanismo, como postura ideológica que 
configurou a transição para a Idade Moderna. 
d) Confucionismo, por sua marcada oposição ao 
conjunto dos conhecimentos orientais. 
e) Escolasticismo, dado que admitia a fé como única 
fonte de conhecimento. 
 
4. O Renascimento, amplo movimento artístico, 
literário e científico, expandiu-se da Península Itálica 
por quase toda a Europa, provocando transformações 
na sociedade. Sobre o tema, é correto afirmar que: 
 
a) o racionalismo renascentista reforçou o princípio da 
autoridade da ciência teológica e da tradição 
medieval. 
b) houve o resgate, pelos intelectuais renascentistas, 
dos ideais medievais ligados aos dogmas do 
catolicismo, sobretudo da concepção teocêntrica de 
mundo. 
c) nesse período, reafirmou-se a ideia de homem 
cidadão, que terminou por enfraquecer os sentimentos 
de identidade nacional e cultural, os quais 
contribuíram para o fim das monarquias absolutas. 
d) o humanismo pregou a determinação das ações 
humanas pelo divino e negou que o homem tivesse a 
capacidade de agir sobre o mundo, transformando-o 
de acordo com sua vontade e interesse. 
e) os estudiosos do período buscaram apoio no 
método experimental e na reflexão racional, 
valorizando a natureza e o ser humano. 
 
O Renascimento, enquanto fenômeno cultural 
observado na Europa Ocidental no início da Idade 
Moderna, encontra-se inserido no processo de 
transição do feudalismo para o capitalismo, 
expressando o pensamento e a visão de mundos 
próprios de uma sociedade mercantil e, portanto, mais 
aberta e dinâmica. Manifestando-se principalmente 
através das artes e da filosofia, o movimento 
renascentista tinha como eixo 
 
a) a sabedoria popular e o domínio da maioria, como 
mecanismo de combate ao poder aristocrático e de 
oposição aos novos segmentos sociais em ascensão. 
b) a oposição a todas as religiões organizadas, pois os 
princípios religiosos impediam a liberdade de opinião e 
tornavam o homem alienado. A igualdade jurídica de 
todos os indivíduos, suprimindo-se os privilégios de 
classe e equiparando os direitos e obrigações dos 
cidadãos. 
c) a liberdade de trabalho inerente a qualquer pessoa, 
como instrumento capaz de possibilitar a criação e o 
crescimento do ser humano, sendo necessário abolir 
as corporações de ofício. 
d) a valorização do homem por sua razão e por suas 
criações, difundindo a confiança nas potencialidades 
humanas e superando o misticismo dominante no 
período medieval. 
e) o Racionalismo e o Geocentrismo (convicção de 
que tudo pode ser explicado pela razão e pela ciência; 
concepção de que a Terra é o centro do universo). 
 
GABARITO: 1-A; 2-D; 3-C; 4-E; 5-D. 
 
3 AULA 09 – RENASCIMENTO 
 
SUPLEMENTOS PARA

Outros materiais