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Resumo do livro de Direito Constitucional

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Direito Constitucional
Capítulo 1
1.Constitucional
· Origem do Constitucionalismo
– Ligado as Constituições rígidas e escritas dos EUA a partir Independência das Treze Colonias (1776), e da França a partir da Revolução Francesa (1789)
- O CONSTITUCIONALISMO ESCRITO SURGE COM O ESTADO COM A FUNÇÃO DE RACIONALIZAÇÃO E HUMANIZAÇÃO (os textos escritos exigem que todo o âmbito estatal esteja presidido por normas jurídicas, que o poder estatal e a atividade por ele desenvolvida se ajustem ao que é determinado pelas previsões legais, a submissão de todos ao Estado de Direito)– traz consigo a necessidade de declarações de Direito
· Traços marcantes
- Organização do Estado e limitação do poder estatal por meio da previsão de direitos e garantias fundamentais.
· Direito Constitucional é um ramo do Direito Público fundamental a organização e funcionamento do Estado
- Tem por objeto a constituição politica do Estado, estabelecendo sua estrutura, organizando suas instituições e órgãos, o modo de aquisição e limitação do poder através da previsão de direitos e garantias fundamentais.
· JORGE MIRANDA – Direito constitucional é a parcela da ordem jurídica que rege o próprio Estado enquanto comunidade e enquanto poder
· Produto legislativo máximo do Direito Constitucionalismo
- Constituição: garantia do existente e programa ou linha de direção para o futuro
1.1. Estado Constitucional: Estado de Direito e Estado Democrático
· As organizações humanas surgem e se sucedem no sentido de círculos cada vez mais largos e de cada vez maior integração dos grupos sociais – O Estado é o resultado de lenta e gradual evolução organizacional de poder 
· Não se pode considerar Estados verdadeiros no sentido hoje empregado– Estado escravista, Estado antigo, Estado egípcio, Estado medieval, Estado feudal
- Foram essenciais para a formação de um só poder político, nasceu dai o monopólio do Estado da força institucional, antes dispersa por entre várias entidades legais e clericais.
· PONTES DE MIRANDA – Surge o Estado como conhecemos hoje no século XV
- Define o Estado como o conjunto de todas as relações entre os poderes públicos e os indivíduos ou daqueles entre si.
Desde de que cesse qualquer possibilidade de relações de tal espécie o Estado Desaparece 
· JELLINEK – O Estado necessita de três elementos fundamentais: 
= poder/soberania
=população 
=território
- O Estado é a forma histórica de organização jurídica limitada a um determinado território e com população definida e dotado de soberania que configura-se em um poder supremo no plano interno e num poder independente no plano internacional
· Teorias que justificam a existência do Estado 
- legitimidade da criação do mais forte (teoria do poder de Hobbes)
em 1650 não havia ainda os estados-nações e a Europa possuía muitos e diferentes tipos de governos enquanto a Inglaterra passava por conflitos e guerras internas constantes
Contratualista – O estado é pensado como uma criação humana que busca garantir a vida e a ordem em detrimento da violência e da barbárie (ainda que faça uso da violência para isso já que o homem tem uma natureza, um estado de natureza ruim, agindo para preservar sua vida a todo custo – o lobo é o lobo do homem -e o Estado deve ser forte para contê-lo sendo tão violento ou mais violento que o estado de natureza)
O estado de natureza era um estado em que cada um agia por si e contra todos em uma guerra permanente com força, violência individual e direito de natureza em que todos deveria fazer o possível para salvar a si mesmo
Estado civil nasce com o pacto, contrato social, transposição dos direitos de natureza pelo direito civil – os indivíduos abre mão de defender a própria vida e transferem esse direito para o Estado, quem garantirá agora a vida de todos os membros da sociedade
- Laços jurídicos sociológicos (Pacto social de Rousseau e Kant)
ROUSSEAU – O homem é bom em seu estado de natureza tendo o dom selvagem sendo livres, felizes e solitários vivendo satisfazendo seus desejos simplesmente na hora que queria e quando queria. Com o tempo os homens passam a viver em conjunto e nasce a propriedade privada (Rousseau acredita que a terra deveria ser de todos e que com a propriedade privada traz consigo a origem da desigualdade, o início do estado de guerra entre os homens.
Os mais ricos agiram em para seu próprio bem propondo a todos um contrato social que oferecia uma falsa paz, segurança e justiça em que não só não chegou aos mais pobres como tirou deles o único que lhes restava a LIBERDADE
Rousseau propôs outro contrato social em que todos deveriam agir de forma coletiva nunca por sua vontade individual – O indivíduo é antes de ser um indivíduo é um cidadão (livre, autentico, autonomo- um indivíduo que sabe se impor, que não pode ser corrompido)devendo abandonar sua individualidade para passar a agir pela vontade geral. Para que os homens se tornem bons novamente, revendo sua natureza humana e seus instintos naturais e se tornem cidadãos a educação é essencial 
KANT – Admite a ideia do contrato social, vinculando a mudança do estado de natureza ao estado de sociedade a um dever moral universal de criar um estado que garanta a liberdade individual tirando o homem de seu estado de natureza cruel e selvagem para ser subordinado as leis ao Direito. Apenas o Estado pode legislar sobre a vontade coletiva, reconhecendo os direitos individuais. O Estado não pode ser destruido pelo povo – o povo pode reclamar e o soberano pode aceitar esta reclamação se boa ao Estado.
Vontade Divina (Santo Agostinho)
Para que o homem tenha a salvação seguindo a vontade divina e cabendo ao Estado fornecer uma educação religiosa e condicionar a vida do indivíduo para que ele tivesse condições para chegar a cidade divina e se afastar da vida material
Necessidade Moral (Platão, Aristóteles e Hegel )
O estado nasce pois o homem não basta por si mesmo necessitando de outros para evoluir e viver 
· Teorias que pretendem justificar os fins do Estado apontando-o como 
- à necessário à conservação das instituições (Stahl) – O estado é o principal ator da influência Divina, organizando-se no lugar de Deus
- à Realização e aperfeiçoamento moral (Hegel) – O Estado é um todo ético organizado porque é a unidade da vontade universal e subjetiva
- à realização do direito (Locke, Kant) – A função do estado é interferir minimamente atuando somente na mediação de conflitos e na defesa de direitos
- à criação e asseguração da felicidade (Cristiano Wolff e Betham)
- a realização da igualdade econômica (teoria do materialismo histórico estatalista) – o homem vive suas relações sociais segundo as relações econômicas
· O Estado de Direito é consagrado com o constitucionalismo liberal do seculo XIX 
· O Estado Social passa a ser constitucionalizado convertendo em direito positivo várias aspirações sociais elevadas à categoria de princípios constitucionais protegidos pelas garantias do Estado de Direito
- Normas relativas aos direitos sociais e econômicos, normas programáticas político-sociais, estatuto político contendo os princípios e normas sobre a ordenação social, os fundamentos das relações entre pessoas e grupos e as formas de participação da comunidade
Estado Constitucional – CANOTILHO= Uma tecnologia política de equilíbrio político-social através da qual se combateram a autocracia absolutista do poder e os privilégios orgânico-corporativo medievais – DEVE SER UM ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO
ESTADO DE DIREITO
Existirá quando houver supremacia da legalidade
1. Primazia da lei
2. Sistema hierárquico de normas que preserva a segurança jurídica e que se concretiza na diferente natureza das distintas normas e em seu correspondente âmbito de validade
3. Observância obrigatória da legalidade pela administração pública
4. Separação de poderes como garantia da liberdade ou controle de possíveis abusos
5. Reconhecimento da personalidade jurídica do Estado, que mantém relações jurídicas com os cidadãos
6. Reconhecimento e garantia dos direitos fundamentais incorporadosà ordem constitucional
7. Em alguns casos, a existência de controle de constitucionalidade das leis como garantia ante o despotismo do legislativo
The Rule of Law – direito inglês 
1. Observância do devido processo legal
2. Predominância das leis e dos costumes do país perante a discricionariedade do poder realização
3. Sujeição de todos os atos do executivo à soberania do Parlamento
4. Igualdade de acesso aos tribunais para defesa dos direitos consagrados
RECHTSSTAAT – Proteção a ordem e segurança pública com liberdade ao particular nos campos econômicos e sociais garantindo-se um modelo protetivo de jurisdição ordinária.
EUA – O estado de direito se consagrou quando a Corte Suprema proclamou a superioridade das normas constitucionais sobre o restante do ordenamento jurídico, inclusive sobre os atos do poder legislativo. - Essa conclusão não supõe de modo algum uma superioridade do poder judiciário sobre o legislativo. O poder do povo é superior a ambos, e que quando a vontade do legislativo, expressa em suas leis, entre em oposição com a do povo, expressa na Constituição, os juízes devem ser governados por esta última, regulando suas decisões pelas leis fundamentais 
ESTADO DEMOCRÁTICO
Pretende afastar a tendência humana ao autoritarismo e á concentração de poder 
O ESTADO AUTORITARIO – Caracteriza-se pela concentração no exercicío do poder, prescindindo do consenso dos governados e repudiando o sistema de organização liberal, principalmente a separação das funções do poder e as garantias individuais.
DEMOCRACIA: regime em que os governantes são escolhidos pelos governados, por intermédio de eleições honestas e livres
ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO
Caracterizador do Estado Constitucional 
Estado se rege por normas democráticas, com eleições livres, periódicas e pelo povo, bem como o respeito das autoridades públicas, bem como o respeito das autoridades públicas aos direitos e garantias fundamentais – Art 1. Paragrafo Único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição
Art 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei,mediante:
I- plebicisto
II – referendo
III- iniciativa popular
PRINCIPIO DEMOCRÁTICO – Participação de todos e de cada uma das pessoas na vida política a fim de garantir o respeito à soberania popular 
2. Conceito de Constituição
Lato sensu – em sentido amplo
Constituição, lato sensu, é o ato de constituir, de estabelecer, de firmar ou ainda o modo pelo qual se constitui algo; organização, formação.
JURIDICAMENTE – Lei fundamental e suprema de um Estado, que contém normas referentes á estruturação do Estado, à formação dos poderes públicos, forma de governo e aquisição do poder de governar, distribuição de competências, direitos, garantias e deveres dos cidadãos. Individualiza os órgãos competentes para a edição de normas jurídicas legislativas ou administrativas.
VIRGÍLIO DE JESUS MIRANDA CARVALHO = Constituição é o estatuto jurídico fundamental da comunidade, abrangendo mas não se restringindo estritamente ao politico. Lei fundamental da sociedade.
CONCEITO IDEAL DE CONSTITUIÇÃO (CANOTILHO) :
a) A constituição deve consagrar um sistema de garantias da liberdade (no sentido do reconhecimento de direitos individuais e da participação dos cidadãos nos actos do poder legislativo através do parlamento)
b) a constituição contém o princípio da divisão de poderes, no sentido de garantia orgânica contra os abusos dos poderes estatais 
c) A CONSTITUIÇÃO DEVE SER ESCRITA
3. Classificação das Constituições
NOSSA CONSTITUIÇÃO:
PROMULGADA
RÍGIDA
ANALÍTICA
FORMAL
ESCRITA
DOGMÁTICA
Legal
3.2. Quanto ao conteúdo: constituições materiais, ou substanciais e formais
CONSTITUIÇÃO MATERIAL – Conjunto de regras materialmente constitucionais estejam ou não codificadas em um único documento. 
Conjunto de regras, escritas ou não, que definem a estrutura das relações de poder de um país e o sistema de garantias dos seus cidadãos.
Normas mais fundamentais do Estado, só é considerado constituição aquilo que seja mais essencial
CONSTITUIÇÃO FORMAL – Consubstanciada de forma escrita, por meio de um documento solene estabelecido pelo poder constituinte originário.
Aquela que tem um texto escrito em um único documento. 
Se está dentro da constituição é norma constitucional, embora não seja fundamental a constituição de nosso país 
3.3. Quanto à forma: constituições escritas e não escritas
CONSTITUIÇÃO ESCRITA (Constituição legal): Conjunto de regras codificado e sistematizado em um único documento, para fixar-se a organização fundamental. Lei fundamental de uma sociedade, carta escrita fundamental, colocada no ápice da pirâmide normativa e dotada de coercibilidade
- Canotilho – Constituição Instrumental: Efeito de racionalizador, estabilizante, de segurança jurídica e de calculabilidade e publicidade. = “Se a constituição vale como lei, então as regras e princípios constitucionais devem obter normatividade regulando jurídica e efetivamente as relações da vida, dirigindo as condutas e dando segurança a expectativas de comportamento”
CONSTITUIÇÃO NÃO ESCRITA: Conjunto de regras não aglutinado em um texto solene mas baseado em leis esparsas, costumes, jurisprudenica e convencoes 
EX: Constituição Inglesa – não existe hoje em dia uma constituição completamente não escrita, pode ser que um país não possua um único texto codificado mas ele vai trazer algumas regras em textos esparsos. 
JORGE MIRANDA: “ Uma grande parte das regras sobre organização do poder político é consuetudinária (praticado repetidamente, como um costume) ; e sobretudo, no sentido de que a unidade fundamental da Constituição não repousa em nenhum texto ou documento, mas em princípios não escritos assentes na organização social e política dos Britânicos”
3.4 Quanto ao modo de elaboração: constituições dogmáticas e históricas
CONSTITUIÇÃO DOGMÁTICA – Produto escrito e sistematizado por um órgão constituinte a partir de princípios e ideias fundamentais da teoria política e do direito dominante
Formada a partir das teorias e ideologias vigentes no momento da sua elaboração – SEMPRE ESCRITAS
Nossa constituição é dogmática já que houve um rompimento com a constituição anterior e uma nova foi criada com as teorias e ideologias do momento de sua elaboração
CONSTITUIÇÃO HISTÓRICA – Fruto de lenta e contínua síntese da História e tradições de determinado povo
Construídas ao longo da história por meio de um lento processo
3.5. Quanto à origem: constituições promulgadas (democráticas, populares)
CESARISTAS – Não obstante outorgadas, dependem da ratificação popular por meio de referendo (pratica de propor a votação do eleitorado para aprovação ou rejeição medidas propostas e aprovadas por um órgão legislativo)
PROMULGADAS – Derivam do trabalho de uma Assembleia Nacional Constituinte composta de representantes do povo, eleitos com a finalidade de sua elaboração 
OUTORGADAS – Elaboradas e estabelecidas sem a participação popular, através de imposição do poder da época
3.6. Quanto à estabilidade: constituições imutáveis, rígidas, flexíveis e semirrígidas
IMUTÁVEIS – onde se veda qualquer alteração, constituindo relíquias históricas. A imutabilidade poderá ser relativa, quando se preveem as chamadas limitações temporais, ou seja, um prazo em que não se admitirá a atuação do legislador constituinte reformador.
EX: Constituição de 1824, art 174- se passados quatro anos, depois de jurada, se conhecer que algum dos seus artigos merece reforma, se fará a proposição por escripto, a qual deve ter origem na Câmara dos Deputados e ser apoiada por terça parte deles 
A constituição de 1824 era na verdade SEMIFLEXÍVEL – art 178 – “É só Constitucional o que diz respeito aos limites, e atribuições respectivas dos Poderes Politicos, e aos Direitos Politicos, e individuaes dos Cidadãos. Tudo o que não é Constitucional pode seralterado sem as formalidades referidas, pelas Legislaturas ordinárias”
RÍGIDAS – Constituições escritas que poderão ser alteradas por um processo legislativo mais solene e dificultoso do que o existente para a edição das demais espécies normativas. Exige um procedimento mais dificultoso do que o utilizado para alterar as leis em geral – uma emenda constitucional só será aprovada após passar por dois turnos tanto na câmara dos deputados quanto no senado com três quintos de aprovação em todos os turnos 
EX: Constituição 1988 – art60. A constituição poderá ser emendada mediante proposta:
I – de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos deputados (atualmente a 513 - 513:3=171) ou do senado federal (81 senadores- 81:3=27);
II- do Presidente da República;
III- mais da metade das Assembleias Legislativas (A nível estadual, temos as Assembleias Legislativas, na qual atuam os deputados estaduais. ) das unidades da Federação, manifestando-se cada uma delas, pela maioria relativa (o total de votos é maior que a metade do total de votos dos presentes) de seus membros.
§1. A constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, estado de defesa ou de estado de sítio
§2. A proposta será discutida e votada em cada casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros (senado - 81 dividido por 5 vezes 3= 48; câmara dos deputados – 513 dividido por 5 vezes 3=308)
§3. A emenda à Constituição será promulgada ( ordenar oficialmente a publicação de uma lei, tornando-a de conhecimento público de modo que entre em vigor)pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem.
§4. Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir
I- a forma federativa de Estado;
II- o voto direto, secreto universal e periódico;
III- a separação dos Poderes;
IV- os direitos e garantias individuais.
Congresso Nacional:
Art. 44. O poder Legislativo é o exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado Federal
Câmara dos Deputados:
Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal – representa as populações dos estados 
§1. O número total de Deputados, bem como a representação por Estado e pelo Distrito Federal, será estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à população, procedendo-se aos ajustes necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha menos de oito ou mais que setenta Deputados -quanto maior a população mais deputados (São Paulo, sendo o mais populoso tem 70)
§2. Cada Território elegerá quatro Deputados.
Senado Federal:
Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário – representa os estados da federação
§1. Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três senadores, com mandato de oito anos.
§2. A representação de cada Estado e do Distrito Federal será renovada de quatro em quatro anos alternadamente por um e dois terços 
§3. Cada senador será eleito com dois suplentes.
 Intervenção Federal:
Art. 36. A decretação da intervenção dependerá:
I – no caso do art 34, IV, de solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou impedido, ou de requisição do Supremo Tribunal Federal, se a coação for exigida contra o Poder Judiciário 
II – no caso de desobediência a ordem ou decisão judiciária, de requisição do Supremo Tribunal Federal, do Supremo Tribunal de Justiça ou do Tribunal Superior Eleitoral
Art. 34. A união não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
I- manter a integridade nacional;
II – repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra;
III – pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;
IV- garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação
V- reorganizar as finanças da unidade da Federação que:
a)suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo por motivo de força maior
b)deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição dentro dos prazos estabelecidos em lei
VI- prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial
VII- assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais
a)forma republicana, sistema representativo e regime democrático
b) direitos da pessoa humana
c) autonomia municipal
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta
e)aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento doensino e nas ações e serviços públicos de saúde
Estado de Defesa:
Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza
Estado de Sítio:
Art. 137. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio nos casos de:
I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa;
II – declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira.
SEMIFLEXÍVEIS/ SEMIRRÍGIDAS – Algumas regras poderão ser alteradas pelo processo legislativo ordinário, enquanto outras somente por um processo legislativo especial e mais dificultoso. Tem partes com procedimento de alteração mais dificultoso e partes mais flexiveis e podem ser alteradas como leis gerais
SUPER- RÍGIDAS - 
A constituição de 1988 pode ser considerada super- rígida já que em regra poderá ser alterada por um processo legislativo diferenciado mas, excepcionalmente, em alguns pontos é imutável. (art 60 §4, cláusulas pétreas)
FLEXÍVEIS – em regra não escritas, excepcionalmente escritas, poderão ser alteradas pelo processo legislativo ordinário. Nao preve um procedimento mais dificil para alteracao que as leis em geral
3.7. Quanto à sua extensão e finalidade: constituições analíticas (dirigentes) e sintéticas (negativas, garantias)
SINTÉTICAS – preveem somente os princípios e as normas gerais de regência do Estado, organizando-o e limitando seu poder, por meio da estipulação de direitos e garantias fundamentais.
Sucinto – Trazem somente o essencial para a formacao da estrutura do estado. Sao mais duradouras por trazerem somente o essencial
Constituição negativa, construtora apenas de liberdade-negativa ou liberdade de impedimento
EX: Constituição Norte-Americana
ANALÍTICAS – examinam e regulamentam todos os assuntos que entendam relevantes á formação, destinação e funcionamento do Estado.
Ampla – Sao mais detalhadas tendo a preocupacao em trazer mais direitos e detalhes, trazendo muitas minucias que não precisariam estar no texto constitucional
Constituição dirigente, define fins e programa de ação futura
EX: Constituição 1988 brasileira. 242, §2 – O colégio Pedro II, localizado na cidade do Rio de Janeiro, será mantido na órbita federal 
3.8. Outras classificações
CONSTITUIÇÕES DUALISTAS OU PACTUADAS- Se efetiva um compromisso entre o rei e o Poder Legislativo, sujeitando-se o monarca aos esquemas constitucionais, e resultando a constituição de dois princípios: o monárquico e o democrático 
CONSTITUIÇÃO NOMINALISTA – Aquela cujo texto da Carta Constitucional já contém verdadeiros direcionamentos para os problemas concretos, a serem resolvidos mediante aplicação pura e simples das normas constitucionais. Cabe ao interprete somente interpretá-la de forma gramatical-literal.
CONSTITUIÇÃO SEMÂNTICA – Aquela cuja interpretação de suas normasdepende da averiguação de seu conteúdo significativo, da análise de seu conteúdo sociológico, ideológico, metodológico, possibilitando uma maior aplicabilidade político-normativa-social do texto constitucional.
4. APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS
4.1. Normas constitucionais de eficácia plena, contida e limitada
JOSÉ AFONSO DA SILVA
EFICÁCIA PLENA – Aquelas que desde a entrada em vigor da Constituição produzem ou podem produzir todos os efeitos essenciais. Produz todos os efeitos por conta própria sem necessidade de uma lei sendo o que esta escrito na constituição suficiente para disciplinar a matéria.
Aplicação imediata, direta e integral
EX 1: Remédios Constitucionais 
LXVIII- conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder.
EX 2: Art 12. §3. São privativos de brasileiros nato os cargos: 
I- de Presidência e Vice- Presidência da República – curta e clara sem necessidade de complemento
EFICÁCIA CONTIDA/RESTRIGIVEL: O legislador regulou suficientemente os interesses relativos a determinada matéria, mas deixou margem à atuação restritiva por parte da competência discricionária do poder público, nos termos que a lei estabelecer ou nos termos de conceitos gerais nelas enunciados = é livre se estiver dentro de tal coisa. - aquela que admite restrições por parte do legislador para conter, restringir o alcance da constituicao 
Imediata, direita mas não integral pois ela admite restrição 
EX 1: Art 5
XIII – é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer – a PRINCIPIO VOCE E LIVRE PARA EXERCER QUALQUER PROFISSAO ENTRETANTO SE SURGIR UMA LEI REGULAMENTANDO AS PESSOAS TERAO QUE SE ADEQUAR
EFICÁCIA LIMITADA – Aplicabilidade indireta, mediata e reduzida, porque somente incidem totalmente sobre esses interesses, após uma normatividade ulterior que lhes devolva a aplicabilidade. Exige uma regulamentação pelo legislador, tem que ter uma lei regulamentadora que explique como a constituição será aplicada
Aplicabilidade indireta, mediata e reduzida pois só incidem totalmente a partir de uma normatização posterior que lhe dê essa eficacia
EX 1: Art 37.
VII- o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica.
Subdividem em:
NORMAS DE PRINCÍPIOS INSTITUTIVOS- Nas quais a constituicao traz um esquema geral de atribuicoes de órgãos e instituicoes publicas e deixa para que a lei que os estruture de forma mais concreta 
EX: ART 91 
§2. A lei regulará a organização e o duncionamento do Conselho de Defesa Nacional
NORMAS DE PRINCÍPIO PROGRAMÁTICOS – Relacionadas a planos de governo que concretizem os fins sociais do Estado. 
EX: O direito de greve- e preciso que aja uma lei para regular 
SE A LEI REGULAMENTADORA NÃO FOI CRIADA – Mandato de injunção e Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão
4.2. Normas constitucionais com eficácia absoluta, plena, relativa restringível e relativa complementável ou dependentes de complementação
MARIA HELENA DINIZ
Critérios – intangibilidade e a produção dos efeitos concretos
NORMAS CONSTITUCIONAIS DE EFICÁCIA ABSOLUTA – Intangíveis. Contra elas nem mesmo há o poder de emendar. Tem uma força paralisante total de toda a legislação que vier a contraria-la
EX: Art 2. Sao poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário
NORMAS COM EFICÁCIA PLENA – Plenamente eficazes desde sua entrada em vigor, para disciplinarem as relações jurídicas ou o processo de sua efetivação, por conterem todos os elementos imprescindíveis para que haja a possibilidade da produção imediata dos efeitos previstos, já que, apesar de suscetíveis de emenda não requerem normação subconstitucional subsequente
Incidem imediatamente sem necessidade de legislação complementar posterior 
EFICÁCIA RELATIVA RESTRINGÍVEL /REDUTÍVEL – Aplicabilidade imediata ou plena, embora sua eficácia possa ser reduzida, restrigida nos casos e na forma que a lei estabelecer, tem seu alcance reduzido pela atividade legislativa
Normas passiveis de restrição
Aplicação mediata dependem de norma posterior, lei complementar ou ordinária que lhes desenvolva a eficácia, permitindo o exercício do direito ou do benefício consagrado. Enquanto não for promulgada aquela lei complementar ou ordinária, não produzirão efeitos positivos, mas terão eficácia paralisante de efeitos de normas precedentes incompatíveis e impeditiva de qualquer conduta contrária ao que estabelecerem.
4.3. Normas Programáticas
Aplicação diferida (adiar para um momento posterior ) explicitam comandos-valores, conferem elasticidade ao ordenamento constitucional. Alguns afirmam que os direitos que delas constam tem mais natureza de expectativas que de verdadeiros direitos subjectivos, muitas vezes acompanhadas de conceitos indeterminados ou parcialmente indeterminados.
O juizo de oportunidade e a avaliação da extensão do programa incumbem ao Poder Legislativo. A eficácia técnica é limitada e a eficácia social depende da própria evolução das situações de fato.
Aplicabilidade dependente
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público; II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência; 
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: I - soberania nacional; 
A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho 
- não regulam diretamente interesses ou direitos nela consagrados mas se limitam a traças alguns preceitos a serem cumpridos pelo Poder Público
5 . Interpretação das normas constitucionais 
Conflito entre direitos e bens constitucionais protegidos acontece pôr a Constituição proteger certos bens jurídicos (saúde pública, segurança, liberdade de imprensa, integridade nacional, família, idosos, etc) que podem entrar em colisão 
+Para solucionar este conflito compatibiliza-se as normas constitucionais para que todas tenham aplicabilidade 
HERMENÊUTICA – Investigar e coordenar os princípios científicos e leis decorrentes, que disciplinam a apuração do conteúdo do sentido e dos fins das normas jurídicas e a restauração do conceito orgânico do direito para efeito de sua aplicação e interpretação
- A aplicação das normas jurídicas consiste na técnica de adaptação dos preceitos nelas contidos assim interpretados, às situações de fato que se lhes subordinam
Intérprete – Aquele que descobria o futuro nas entranhas das vítimas. Desenterrar o próprio sentido das palavras da lei.
A constituição plástica é aquela que acompanha as atualizações sociais, políticas, econômicas e culturais da sociedade, sem a necessidade de alteração do seu texto. 
A Constituição deve ser sempre interpretada já que por meio da conjugação da letra do texto com as características históricas, políticas, ideológicas, do momento, se encontrará o melhor sentido da norma jurídica, em confronto com a realidade sociopolítico-econômica e almejando sua plena eficácia
CANOTILHO – Princípios e regras interpretativas das normas constitucionais 
· UNIDADE DA CONSTITUIÇÃO – interpretação evitando contradições entre suas normas
· EFEITO INTEGRADOR – resolução dos problemas jurídico-constitucionais dando maior primazia aos critérios favorecedores da integração política e social e ao reforço da unidade politica 
· MÁXIMA EFETIVIDADE (aplicação da norma no mundo dos fatos) OU DA EFICÁCIA (Aptidão, poder, da norma para produzir efeitos)- Deve ser atribuído a norma o sentido que lhe conceda maior eficácia 
· JUSTEZA OU DA CONFORMIDADE FUNCIONAL – Os órgãos encarregados da interpretação da norma constitucional não poderão chegar uma posição que corrompa, altere ou perturbe o esquema organizatório-funcional constitucionalmente estabelecido pelo legislador constituinte originário
· CONCORDÂNCIA PRÁTICA OU DA HARMONIZAÇÃO – Coordenação e combinação dos bens jurídicos em conflito de forma a evitar sacrifício total de uns em relação aos outros
· FORÇA NORMATIVA DA CONSTITUIÇÃO – Entre as interpretações deve ser adotada aquela que garanta maior eficácia, aplicatibilidade e permanência das normas constitucionais
JORGE MIRANDA – Regras (busca a harmonia do texto constitucional adequando-se á realidade pleiteando a maior aplicabilidade dos direitos, garantias e liberdades públicas)
· Contradição dos princípios deve ser superada ou por meio da redução do alcance de cada um deles ou mediante a preferência ou a prioridade de certos princípios 
· Todas as normas constitucionais desempenham uma função útil no ordenamento, não podendo ser interpretada de forma a suprimir ou diminuir sua finalidade
· Os preceitos constitucionais deverão ser interpretados tanto explicitamente quanto implicitamente para achar seu verdadeiro significado
A SUPREMACIA ABSOLUTA DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS E A PREVALÊNCIA DO PRINCIPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA COMO FUNDAMENTO BASILAR obrigam o interprete a aplicar a norma mais favorável á proteção aos direitos humanos e eleger a interpretação que lhe garanta a maior e mais ampla proteção
6. Preâmbulo Constitucional
Promulgada – representantes do povo brasileiro reunidos em Assembleia Nacional Constituinte
Estado Democrático 
Assegurando o exercício dos direitos:
Sociais
Individuais
Liberdade
Segurança
Bem-estar 
Desenvolvimento
Igualdade
Justiça
- como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos fundada na harmonia social
-Solução pacifica das controvérsias
- SOB A PROTEÇÃO DE DEUS – Estado é laico e não ateu – esta frase reforça a laicidade do Estado garantindo a ampla liberdade e a proteção jurídica 
Preambulo pode ser definido como documento de intenções do diploma, certidão de origem e legitimidade do novo texto, proclamando princípios com suas justificativas, objetivos e finalidades, demonstrando a ruptura com o ordenamento constitucional anterior e o surgimento jurídico de um novo estado constando seus antecedentes 
É RELEVANTE por, apesar de não fazer parte do texto constitucional e não conter normas constitucionais de valor jurídico autônomo não podendo prevalecer sobre o texto expresso da Constituição nem servir para declaração de inconstitucionalidade, ser um elemento de interpretação e integração dos artigos que se seguem, traçando as diretrizes politicas, filosóficas e ideológicas da Constituição sendo linha mestra interpretativa.
7. Fundamentos da República Federativa do Brasil (art 1)
União indissolúvel dos Estados, municípios e o Distrito federal
Estado democrático de direito – rege-se por normas democráticas, com eleições livres, periódicas e pelo povo, com respeito das autoridades públicas aos direitos e garantias fundamentais.
PRINCIPIO DEMOCRÁTICO – Todo poder emana do povo que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta constituição . 
Exigência da integral participação de todos e de cada uma das pessoas na vida politica do pais
FUNDAMENTOS:
Soberania
Cidadania
Dignidade da pessoa humana
Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa
Pluralismo politico
SOBERANIA: Poder supremo (que não está limitado por nenhum outro na ordem interna) e independente (na sociedade internacional não tem de acatar regras que não sejam voluntariamente aceites estando em pé de igualdade com outros poderes supremos)
CAPACIDADE DE EDITAR SUAS PRÓPRIAS NORMAS, SUA PRÓPRIA NORMA JURÍDICA 
CIDADANIA: Status, objeto e direito fundamental das pessoas
DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA: Afasta a ideia de predomínio das concepções transpessoalistas de Estado e Nação em detrimento da liberdade individual.
A dignidade é um valor espiritual e moral inerente (inseparável) a pessoa, que se manifesta singularmente na autodeterminação consciente e responsável da própria vida. Traz a pretensão ao respeito por parte das demais pessoas 
Constitui um mínimo invulnerável que todo estatuto jurídico deve assegurar excepcionalmente limitando o exercício dos direitos fundamentais sem menosprezar a necessária estima que merecem todas as pessoas enquanto seres humanos e a busca ao direito a felicidade
EX:Súmula Vinculante 11: “Só é lícito o uso de algemas em caso de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.” 
Art. 243. As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo na forma da lei serão expropriadas e destinadas à reforma agrária e a programas de habitação popular, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei, observado, no que couber, o disposto no art. 5º.  
Parágrafo único. Todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e da exploração de trabalho escravo será confiscado e reverterá a fundo especial com destinação específica, na forma da lei. 
VALORES SOCIAIS DO TRABALHO E DA LIVRE – INICIATIVA: Através do trabalho e que se garante subsistência e o crescimento do país. A constituição prevê a liberdade, o respeito e a dignidade ao trabalhador
EX: Art. 5º - XIII - e livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer. 
PLURALISMO POLITICO: Preocupação com ampla e livre participação popular nos destinos políticos do país, garantindo-se a liberdade de convicção filosófica e política e a possibilidade de organização e participação em partidos político
8. Objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil (art 3)
A Constituição estabelece vários objetivos fundamentais a serem seguidos pelas autoridades pelo desenvolvimento e progresso da nação. 
Esses objetivos devem servir como vetores de interpretação seja na edição ou na aplicação de leis. 
Esse artigo prevê algumas finalidades primordiais a serem perseguidas sem ser taxativo (limitando ou regulamentando)
Os poderes públicos devem buscar meios e instrumentos para promover condições de igualdade real e efetiva em respeito ao fundamento - construção de uma sociedade justa.
Nesse sentido o Brasil é signatário da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência comprometendo-se a realizar as alterações legislativas e a efetivar as políticas públicas necessárias para inserir os portadores de necessidades especiais na sociedade
9. Princípios de regência das relações internacionais da república federativa do Brasil (art 4)
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina (mexico para baixo), visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações. 
9.1. Asílio Político
ASILIO-Acolhimento de estrangeiro por parte de um Estado que não o seu, em virtude de perseguição por ele sofrida e praticada por seu próprio País ou por terceiro.
Causas: dissidência politica, livre manifestação de pensamento ou crimes relacionados com a segurança do Estado que não configurem delitos no direito penal comum.
O asilio politico poderá ser diplomatico ou territorial e será outorgado como instrumento de proteção a pessoa e jamais será concedido a quem tenha cometido crimes de genocídio,crime contra a humanidade, crime de guerra ou crime de agressão, nos termos do Estatuto de Roma do Tribunal Penal internacional
 
Concessão de asilio politico a estrangeiros é ato de soberania estatal de competência do Presidente da República passível de controle de legalidade pelo Supremo Tribunal Federal 
Após concedido o Ministério da Justiça lavrara termo no qual serão fixados o prazo de estada e se for o caso as condições adicionais aos deveres que imponham o direito internacional e a legislação vigente. No prazo de 30 dias a contar da concessão do asilio, o asiliado devera registrar-se no Departamento de Polícia Federal contendo seu nome, filiação, cidade e pais de nascimento, nacionalidade, data de nascimento, sexo, estado civil, profissão, grau de instrução, local e data de entrada no Brasil, espécie e número de documento de viagem, número e classificação do visto consular, data e local de sua concessão, meio de transporte utilizado, dados relativos a filhos menores e locais de residência, trabalho e estudo.
O asilado que desejar se ausentar do país para posteriormente reingressar, sem renuncia de sua condição, devera solicitar autorização previa do Ministério da Justiça.
A saída sem previa autorização do governo importara em renúncia ao asilo e impedira o reingresso
A extradição pode acontecer desde que o fato ensejador do pedido não apresente características de crime politico ou de opinião pois nestes casos existira expressa vedação constitucional
ART 5
LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião; 
EXPULSÃO-  ato administrativo que obriga o estrangeiro a sair do território de um Estado e o proíbe de a ele retornar. 
DEPORTAÇÃO- nada mais é do que o processo de devolução obrigatória para o país de origem, de um estrangeiro que entra ou permanece de forma irregular no território de outro país. 
REFÚGIO- deixa o seu país de origem ou de residência habitual devido a um fundado temor de perseguição por motivos de RAÇA, RELIGIÃO, NACIONALIDADE, GRUPO SOCIAL ou OPINIÕES POLÍTICAS, ou devido a GRAVE E GENERALIZADA VIOLAÇÃO DE DIREITOS HUMANOS.  
EXÍLIO- estado de estar longe da própria casa (seja cidade ou nação) e pode ser definido como a expatriação, voluntária ou forçada de um indivíduo. 
Poder Constituinte
Capítulo 2
1. Conceito e finalidade
Poder constituinte é a manifestação soberana da suprema vontade politica de um povo, social e juridicamente organizado. 
2. Titularidade do poder constituinte
EMMANUEL SIEYES - O titular do Poder constituinte é a nação já que a titularidade liga-se à ideia de soberania do Estado uma vez que mediante o exercício do poder constituinte originário se estabelecera sua organização fundamental pela Constituição, que e sempre superior aos poderes constituídos 
MODERNAMENTE – A titularidade pertence ao povo pois o Estado decorre da soberania popular com o conceito mais abrangente do que o de nação. A vontade constituinte é a vontade do povo, expressa por meio de seus representantes
CELSO MELLO – As assembleias Constituintes não titularizam o poder constituinte. São apenas órgãos aos quais se atribui por delegação popular, o exercício dessa magna prerrogativa
MANOEL GONÇALVES FERREIRA FILHO – o povo pode ser reconhecido como titular do poder mas não é jamais quem o exerce. Ele e o titular passivo, ao qual se impunha uma vontade constituinte sempre manifestada por uma elite
TITULAR = O POVO
EXERCENTE = Aquele que, em nome do povo, cria o Estado, editando a nova Constituição
3. Especies de poder constituinte
PODER CONSTITUINTE
Estabelece a Constituição de um novo Estado, organizando-o e criando os poderes destinados a reger os interesses de uma comunidade.
CARACTERÍSTICAS
INICIAL = sua obra, a constituição, é a base da ordem jurídica. CANOTILHO: Não existe antes dele nenhum outro poder
ILIMITADO e AUTÔNOMO = não esta limitado pelo direito anterior não tendo que respeitar os limites postos pelo direito positivo antecessor. AUTÔNOMO CANOTILHO – A ele e só a ele compete decidir-se como e quando deve dar-se a uma constituição 
INCONDICIONADO = não esta sujeito a qualquer forma prefixada para manifestar sua vontade; não tem ela que seguir qualquer procedimento determinado para realizar sua obra de constitucionalização 
OMNIPOTENTE, INCONDICIONADO CANOTILHO – Não esta subordinado a qualquer regra de forma ou de fundo
PERMANENTE – Não desaparece com a elaboração de uma nova constituição . SIEYES – Não esgota sua titularidade manifestando-se novamente mediante uma Assembleia Nacional Constituinte ou um ato revolucionário
ORIGINÁRIO
Inexiste forma prefixada pela qual se manifesta ja que é incondicionado e ilimitado. A a possibilidade de apontar duas básicas formas de expressão:
MOVIMENTO REVOLUCIONÁRIO – a primeira Constituição de um novo pais, que consiste em uma liberdade politica sera fruto deste.
Outorgada: estabelecimento da constituição por declaração unilateral do agente revolucionário, que autolimita seu poder
ASSEMBLEIA NACIONAL CONSTITUINTE (convenção) – as demais constituições nascem de deliberação da representação popular devidamente convocada pelo agente revolucionário para estabelecer o texto organizatório e limitativo de pode
Inserido na própria constituição pois decorre de uma regra jurídica de autenticidade constitucional conhece limitações constitucionais expressas e implícitas e e passível de controle de constitucionalidade
CARACTERÍSTICAS
DERIVADO= Retira sua força do Poder Constitucional originário
SUBORDINADO= Se encontra limitado pelas normas expressas e implícitas do texto constitucional, ás quais não poderá contrariar, sob pena de inconstitucionalidade
CONDICIONADO= Seu exercício deve seguir as regras previamente estabelecidas no texto da Constituição
Texto 1: SUBDIVIDE-SE EM:
PODER CONSTITUINTE DERIVADO REFORMADOR (Competência Reformadora) + Consiste na possibilidade de alterar-se o texto constitucional respeitando-se a regulamentação especial prevista na Constituição e será exercido por determinados órgãos com caráter representativo (BR – Congresso Nacional)
=só presente nas constituições rígidas que exigem um procedimento especial para sua alteração 
TAMBÉM HÁ A MANIFESTAÇÃO DESTE NAS HIPÓTESES DO §3 DO ARTIGO 5 que permite a aprovação pelo Congresso nacional de tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos pelo mesmo procedimento das emendas constitucionais.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.
DERIVADO
1. Não poderá ser modificada pelos poderes constituídos. É distinto, anterior e fonte da autoridade dos poderes constituídos

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