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. DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITOS POLÍTICOS E PARTIDOS POLÍTICOS 2 CAPÍTULO IV DOS DIREITOS POLÍTICOS Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: I - plebiscito; • Consulta prévia que se faz aos cidadãos sobre um projeto de lei a ser posteriormente discutido pelo Congresso Nacional; • A negativa da consulta impede a discussão pelo Congresso e a aprovação permite a discussão; • No caso de fusão ou desmembramento de estado ou município, é obrigatório plebiscito; II - referendo; • Consulta posterior ao povo, após a aprovação de uma Lei, em que o povo deve ratificar ou rejeitar a medida aprovada; • A opinião popular deverá ser observada; III - iniciativa popular; • Projeto de lei que parte do povo; INICIATIVA POPULAR FEDERAL Pelo menos 1% do eleitorado nacional; No mínimo em 5 estados; Ao menos 0,3% em cada estado INICIATIVA POPULAR ESTADUAL Será definida em Lei INICIATIVA POPULAR MUNICIPAL Pelo menos 5% do eleitorado municipal § 1º O alistamento eleitoral e o voto são: I – obrigatórios para os maiores de 18 anos; II – facultativos para: a) Os analfabetos; b) os maiores de 70 anos; c) os maiores de 16 e menores de 18 anos. ALISTAMENTO E VOTO OBRIGATÓRIO Maiores de 18 anos Menores de 70 anos FACULTATIVO Maior de 16 e menor de 18 anos Maior de 70 anos Analfabetos 3 § 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos. • O único estrangeiro que pode se alistar é o Português equiparado (possui os direitos de um brasileiro naturalizado, mas não os deveres); • Além do estrangeiro e do conscrito, também não pode se alistar aquele que estiver com seus direitos políticos suspensos; § 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei: I - a nacionalidade brasileira; II - o pleno exercício dos direitos políticos; III - o alistamento eleitoral; IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; V - a filiação partidária; VI - a idade mínima de: a) 35 anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador; b) 30 anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal; c) 21 anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; d) 18 anos para Vereador. IDADES MÍNIMAS PARA CADA CARGO 35 anos Presidente (M) e Senador (M) 30 anos Governador (M) 21 anos Deputado (P), Prefeito (M) e Juiz de Paz 18 anos Vereador (P) *M – Majoritário / P – Proporcional • Todos os candidatos devem comprovar a idade mínima na data da posse, exceto o vereador, que será na data do registro da candidatura; § 4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. • As inelegibilidades podem ser absolutas (quando a pessoa não pode concorrer a cargo algum) ou relativas (quando não pode concorrer para algum cargo específico); • São inelegíveis o estrangeiro, o conscrito, os menores de 16 anos e o analfabeto; • Causa de inelegibilidade absoluta; § 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subsequente. • Causa de inelegibilidade relativa, que afeta somente cargos do Poder Executivo; § 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até 6 meses antes do pleito. 4 • Trata-se da desincompatibilização (apenas para o Poder Executivo) e não se aplica ao respectivo vice que não tiver sucedido ou substituído; • Para se candidatar à reeleição, não precisa renunciar ao cargo; • Inelegibilidade relativa; § 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o 2º grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos 6 meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. • Inelegibilidade reflexa, que atinge o cônjuge e os parentes de 1º grau (pais, filho e sogro) e de 2º grau (avô, neto, irmão e cunhado) dos candidatos; • A inelegibilidade reflexa não alcança os que são candidatos à reeleição nem os cargos do Poder Legislativo; • Em caso de morte do cônjuge ocupante de mandato eletivo, o viúvo tornar-se-á elegível; • Inelegibilidade relativa; Súmula Vinculante nº 18 - A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do mandato, não afasta a inelegibilidade prevista no § 7º do artigo 14 da CF/88. § 8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições: I - se contar menos de 10 anos de serviço, deverá afastar-se da atividade; II - se contar mais de 10 anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. Menos de 10 anos Deve se afastar da atividade. Mais de 10 anos É agregado e, se eleito, passa para a inatividade automaticamente com a diplomação. § 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para o exercício do mandato, considerada a vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta. Inelegibilidade Absoluta Constituição Federal Inelegibilidade Relativa Lei Complementar Elegibilidade Lei Ordinária • Os casos de inelegibilidade relativa são estabelecidos mediante Lei Complementar, e os casos de inelegibilidade absoluta são estabelecidos diretamente pela Constituição; 5 § 10. O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de 15 dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude. • O prazo é de 15 dias contados da diplomação e a ação deve ser constituída de provas de abuso de poder econômico, corrupção ou fraude; § 11. A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé. • A Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (AIME) tramita necessariamente em segredo de justiça; Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de: I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; II - incapacidade civil absoluta; III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII; V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. Cancelamento de Naturalização Incapacidade Civil Condenação Criminal Escusa de Consciência Improbidade Administrativa Perda Suspensão Suspensão Suspensão* Suspensão • Não importa o tipo de pena, sendo relevante a condenação criminal (crime ou contravenção). Logo, um condenado ao pagamento de cesta básica também tem seus direitos políticos suspensos; • Os detentos que ainda não possuem trânsito em julgado (restrições cautelares) podem votar; Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até 1 ano da data de sua vigência. • Norma de eficácia plena; • Princípio da anterioridade eleitoral; CAPÍTULO V DOS PARTIDOS POLÍTICOS Art. 17. É livrea criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos: I - caráter nacional; 6 II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação a estes; III - prestação de contas à Justiça Eleitoral; IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei. § 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna, organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária. • A vinculação entre as candidaturas é facultativa; § 2º Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica na forma da lei civil, registrarão seus estatutos no TSE. • Os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado; • Só registram seu estatuto no TSE após adquirir personalidade jurídica (registro dos atos constitutivos); § 3º Os partidos políticos têm direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei. • Direito a fundo partidário e ao “direito de antena”; • O fundo partidário é financiado, geralmente, pelas multas pagas pelos eleitores que se ausentaram no dia do pleito e não justificaram; § 4º É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar. • Organização paramilitar é aquela que atenta contra o Estado Democrático;
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